===+===.=.=.= =---____--------- ---------____------------____::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::____-------------______--------- ----------____---.=.=.=.= +====
Ele lamentou que, apesar da “gravidade” da situação, as grandes economias continuem aumentando suas emissões de gases do efeito estufa.===+===.=.=.= =---____--------- ---------____------------____::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::____-------------______--------- ----------____---.=.=.=.= +====
Por RFI
Postado em 25 de março de 2022 às 15h35m
Post.- N.\ 10.262
Ativistas climáticos participam de uma manifestação do lado de fora do
local da Cúpula do Clima COP26 da ONU em Glasgow, em 12 de novembro de
2021 — Foto: AP/Scott Heppell, Arquivo
O mundo avança “de olhos fechados em direção à catástrofe climática”, alertou segunda-feira (21) o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. Ele lamentou que, apesar da “gravidade” da situação, as grandes economias continuem aumentando suas emissões de gases do efeito estufa.
O objetivo de limitar o aumento das temperaturas da Terra a 1,5°C em relação à era pré-industrial, o mais ambicioso do Acordo de Paris, está em “tratamento intensivo”, declarou Guterres durante uma conferência sobre o desenvolvimento sustentável organizada pelo jornal The Economist, em Londres.
De acordo com a ONU, seria necessário reduzir 45% das emissões até 2030 para conter o aumento a 1,5°C. Mas as emissões continuam em alta e o planeta ganhou em média 1,1°C desde a era pré-industrial, com consequências como temperaturas extremas, secas, tempestades e inundações catastróficas.
“O problema se agrava”, declarou Guterres em um mensagem de vídeo gravada. Ele lembrou que em 2020, as catástrofes climáticas “tiraram de suas casas 30 milhões de pessoas – quase três vezes mais que o número de migrantes gerados por conflitos”, completou.
“Se continuarmos assim, podemos dizer adeus ao objetivo de 1,5°C. O (objetivo) de 2°C também poderia ficar fora de alcance”, afirmou.
Mas ainda que as nações cumpram os compromissos feitos em Paris, as emissões podem aumentar 14% antes do fim da década, levando a um aquecimento “catastrófico” de 2,7°C, de acordo com o grupo de especialistas sobre a evolução do clima da ONU, o IPCC.
O diretor geral da ONU criticou o “otimismo inocente” após a COP26, em Glasgow, em outubro, e chamou de “loucura” a dependência persistente dos países de energias fósseis.
“Esse vício dos combustíveis fósseis nos conduz em direção à destruição coletiva”, afirmou.
A mensagem de Guterres foi feita horas antes de uma reunião, que deve durar duas semanas, com o objetivo de validar o relatório histórico do IPCC sobre os cenários que permitiriam limitar o aquecimento do planeta. O documento divide as possibilidades por grandes setores que poderiam aumentar a captura e a absorção do carbono.
O relatório deve concluir que, para alcançar os objetivos de temperatura fixados em Paris, as emissões de CO2 devem atingir um pico nos próximos anos.

De acordo com Guterres, a invasão da Ucrânia pela Rússia poderia atrapalhar ainda mais a ação a favor do clima, se os países decidirem correr atrás de novos fornecedores de gás e petróleo para substituir as importações russas, permanecendo assim na dependência de combustíveis fósseis.
Em 2021, um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) concluiu que limitar o aumento das temperaturas a 1,5°C é incompatível com novas explorações de petróleo, gás e carvão.
Guterres quebrou o protocolo habitual, que consiste em não acusar um país em particular, e reprovou a Austrália e outros “recalcitrantes” por não terem apresentado planos “significativos” a curto prazo para reduzir as emissões.
A China e a Índia, que dependem do carvão, não aderiram plenamente ao objetivo de 1,5°C e não fixaram objetivos mais ambiciosos de redução de emissões a curto prazo.
“A boa notícia é que todos os governos do G20, incluindo a China, o Japão e a Coreia, aceitaram não financiar mais o carvão estrangeiro”, relativizou Guterres. “Agora eles devem fazer o mesmo no plano interno, com urgência”, completou.
O secretário-geral da ONU responsabilizou os países ricos pelo financiamento, tecnologia e outros instrumentos necessários para ajudar as economias emergentes a eliminar o carvão de suas matrizes energéticas.
------++-====-----------------------------------------------------------------------=================--------------------------------------------------------------------------------====-++-----
Nenhum comentário:
Postar um comentário