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quinta-feira, 2 de maio de 2024

Novo porta-aviões da China chega ao mar pela primeira vez

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Maior e mais avançado porta-aviões, Fujian tem deslocamento de 80 mil toneladas métricas, superando dois porta-aviões ativos da marinha chinesa; apenas os EUA operam porta-aviões maiores.
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Brad Lendonda CNN
Seul, Coreia do Sul
02/05/2024 às 09:51

#.*Post. - N.\ 11.188*.#

O terceiro porta-aviões da China, o Fujian, parte para os primeiros testes no mar no estaleiro Shanghai Jiangnan, em Xangai, no leste da China, em 1º de maio de 2024
O terceiro porta-aviões da China, o Fujian, parte para os primeiros testes no mar no estaleiro Shanghai Jiangnan, em Xangai, no leste da China, em 1º de maio de 2024 Li Yun/Xinhua

O mais novo, maior e mais avançado porta-aviões da China, o Fujian, deu um grande passo para se juntar à maior frota naval do mundo na quarta-feira (1º), ao partir de Xangai para os seus primeiros testes no mar.

A avaliação naval deverá ocorrer no Mar da China Oriental, a cerca de 130 quilômetros do Estaleiro Jiangnan, onde o porta-aviões está em construção há mais de seis anos, segundo a Administração de Segurança Marítima de Xangai.

Os testes no mar verificarão principalmente a confiabilidade e a estabilidade dos sistemas elétricos e de propulsão do porta-aviões, dizia um anúncio da agência de notícias estatal Xinhua na quarta-feira.

O navio de guerra foi lançado em 2022 e concluiu os testes de amarração, trabalho de equipamento e ajustes de equipamentos até os últimos testes no mar, disse a Xinhua.

Com um deslocamento de 80 mil toneladas métricas, o Fujian supera os dois porta-aviões ativos da Marinha do Exército de Libertação Popular, o Shandong de 66 mil toneladas e o Liaoning de 60 mil toneladas. Apenas a Marinha dos Estados Unidos opera porta-aviões maiores que Fujian.

Os testes do Fujian no mar representam um marco importante para a Marinha do Exército de Libertação Popular, marcando a sua entrada no pequeno clube de marinhas com capacidade de aviação de porta-aviões de primeira classe, disse John Bradford, membro do Conselho de Relações Exteriores e Assuntos Internacionais.

A principal característica do Fujian é um sistema de catapulta eletromagnética que permitirá lançar aeronaves maiores e mais pesadas do que o Shandong e o Liaoning permitem, que usam um método de lançamento do tipo salto de esqui.

Analistas dizem que a capacidade do Fujian de lançar aviões de guerra maiores que transportam mais cargas de munições para distâncias mais longas dará ao porta-aviões um maior alcance de combate do que os seus antecessores na frota chinesa, proporcionando à Marinha do Exército de Libertação Popular as chamadas capacidades de água azul.

Esses testes no mar marcam o primeiro grande passo no desenvolvimento da capacidade da China de projetar poder aéreo baseado no mar em áreas oceânicas profundas, disse Carl Schuster, ex-capitão da Marinha dos EUA e ex-diretor de operações do Centro Conjunto de Inteligência do Comando do Pacífico dos EUA.


Um rebocador reboca o terceiro porta-aviões da China, o Fujian, para longe de uma doca em Xangai, no leste da China, em 1º de maio de 2024 / Li Tang/Xinhua

Comparação com porta-aviões dos EUA

O sistema de catapulta eletromagnética coloca o Fujian no mesmo nível do mais novo porta-aviões da Marinha dos EUA, o USS Gerald R Ford, o único porta-aviões ativo no mundo com um sistema de catapulta eletromagnética. Os 10 porta-aviões mais antigos da Marinha dos EUA, a classe Nimitz, dependem de catapultas movidas a vapor para lançar aeronaves.

Todos os porta-aviões dos EUA, no entanto, manterão duas vantagens principais sobre o Fujian: potência e tamanho.

Os porta-aviões dos EUA são movidos a energia nuclear, o que lhes dá a capacidade de permanecer no mar enquanto durarem as provisões da tripulação, enquanto o Fujian é movido por combustível convencional, o que significa que deve fazer uma escala no porto ou emparelhar com um navio-tanque no mar para reabastecer.

Quanto à vantagem de tamanho da Marinha dos EUA sobre o Fujian, o Ford desloca 100 mil toneladas e os 10 navios da classe Nimitz 87 mil toneladas métricas. Os navios maiores dos EUA podem transportar mais aeronaves, cerca de 75, em comparação com cerca de 60 no Fujian, segundo estimativas do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS).

Os analistas também notaram que os porta-aviões dos EUA têm mais catapultas, uma via aérea maior e mais elevadores para permitir uma implantação mais rápida de aeronaves a partir do convés do hangar abaixo. Os porta-aviões americanos permanecem em um escalão próprio, disse Bradford.

Schuster disse que a atual rodada de testes do Fujian no mar deverá durar de três a seis dias e não incluirá operações de voo.


Porta-aviões da Marinha dos EUA USS Gerald R. Ford ancorado no Golfo de Trieste / Andrej Tarfila/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Os radares e equipamentos de comunicação serão testados, mas os primeiros testes no mar sempre se concentram na integridade do casco, na propulsão e na engenharia, uma vez que os problemas impedem que todo o resto funcione bem, disse Schuster.

No total, os analistas esperam que os testes do Fujian no mar levem pelo menos um ano, com seu comissionamento provavelmente ocorrendo no próximo ano ou em 2026. Uma matéria no site do Ministério da Defesa chinês em janeiro observou que o Liaoning passou por 10 testes no mar e o Shandong teve nove testes antes de entrar em serviço.

Quando se juntar à frota da Marinha do Exército de Libertação Popular, o Fujian se tornará o ícone daquela que é hoje a maior força naval do mundo, com mais de 340 navios de guerra e contando com a produção de novos navios de guerra pelos estaleiros chineses a um ritmo frenético.

Será o símbolo mais visível do crescente poder naval da China, disse Brian Hart, membro do China Power Project no CSIS.

Enquanto isso, o anúncio de um quarto porta-aviões para a frota chinesa poderá ocorrer em breve, disse o comissário político da Marinha do Exército de Libertação Popular, Yuan Huazhi, em março, de acordo com uma reportagem do jornal estatal Global Times. Quando esse anúncio for feito, a resposta sobre se a China terá um porta-aviões movido a energia nuclear será respondida, afirma a reportagem.

A Marinha dos EUA já tem três novos porta-aviões da classe Ford em construção, os futuros John F Kennedy, Enterprise e Doris Miller.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Como os juros nos Estados Unidos vão influenciar a decisão do Copom na semana que vem

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Decisão e comunicado do Federal Reserve são fundamentais para a avaliação dos rumos de um cenário externo que piorou. BC brasileiro deve avaliar a questão e também o impacto da alteração da meta fiscal brasileira e seus desdobramentos nas expectativas de inflação.
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Por André Catto, Raphael Martins, g1

Postado em 02 de maio de 2024 às 07h15m

#.*Post. - N.\ 11.187*.#

Copom, do BC, decide na próxima quarta-feira (8) sobre taxa básica de juros brasileira. — Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
Copom, do BC, decide na próxima quarta-feira (8) sobre taxa básica de juros brasileira. — Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Em pleno feriado de 1º de Maio, não havia um economista brasileiro que tivesse ficado desligado da reunião de política monetária dos Estados Unidos.

A decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) traria duas notícias: uma que não surpreenderia ninguém, e outra que seria decisiva para o trabalho nos próximos meses.

  • ▶️ A primeira: o Fed decidiu manter os juros do país inalterados, em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, como era amplamente esperado. Nas apostas de parte dos investidores, o maior nível das taxas desde 2001 deve prosseguir, no mínimo, até setembro.
  • ▶️ A segunda, e mais importante: o comunicado, no qual o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) manifestou sua preocupação com a falta de avanço no processo de desinflação dos EUA. (entenda mais abaixo)

O Brasil não pode tirar os olhos desse impasse nos EUA: juros mais altos em um país desenvolvido tornam os emergentes menos atrativos. E o aumento de risco interno, desde a mudança da meta fiscal, agrava a situação.

Com as pistas dadas pelo Fed em mãos, os investidores agora aguardam os sinais que serão enviados pelo Comitê de Política Monetária (Copom), no dia 8 de maio.

O Copom sinalizou na última reunião que faria mais um corte de 0,50 ponto percentual na próxima quarta. Na visão de analistas, essa promessa poderia ser descumprida, tanto por um eventual endurecimento do Fed como pela questão fiscal brasileira. O mais provável, no entanto, é que esse volume de corte seja mantido.

Entenda melhor abaixo.

A questão externa

O Fed estagnou em sua briga para trazer a inflação americana para a meta de 2% ao ano. No pior momento, em 2022, o indicador passou dos 9%. Mas, desde o início do ano, a desaceleração dos preços estacionou na casa de 3%, por mais que os juros estejam nos maiores níveis em 20 anos.

No comunicado desta quarta-feira, em que decidiu manter a taxa de juros inalterada, o BC norte-americano enfatizou sua preocupação com a inflação do país.

"Nos últimos meses, não houve novos progressos em direção ao objetivo de inflação de 2%", informou o colegiado, reforçando que os indicadores recentes da economia norte-americana continuaram se expandindo "em um ritmo sólido".

O Fed indicou, portanto, que o patamar de juros dos EUA não foi suficiente para construir uma confiança na queda inflacionária nos primeiros meses de 2024. Isso mantém no mercado um cenário de dúvida em relação a quando podem ocorrer cortes no referencial de juros do país.

Desde a última reunião do Fed, em março, foram divulgados novos dados da economia norte-americana que indicaram um mercado de trabalho aquecido e até uma reversão da trajetória da inflação no país. São informações importantes e que deixam o BC dos EUA receoso de cortar os juros do país.

O principal dado veio no dia 10 de abril, com a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA.

Contra as expectativas do mercado financeiro, a inflação ao consumidor acelerou e chegou a 3,5% em março, ante 3,2% registrados em fevereiro. Esse repique tirou o "conforto" que o Fed chegou a demonstrar no início do ano para iniciar seus cortes.

Não à toa, em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para que as autoridades do BC dos EUA ganhem a confiança necessária para iniciarem os cortes nas taxas de juros.

A inflação ainda está muito alta, disse Powell. "Progressos adicionais para derrubá-la não estão garantidas e o caminho a seguir é incerto. É provável que ganhar maior confiança demore mais do que o esperado anteriormente."

Por outro lado, o presidente do Fed disse ser "improvável" que haja um aumento na taxa básica de juros dos EUA na próxima decisão. Segundo ele, o foco do BC norte-americano tem sido manter sua atual postura restritiva.

"Acho improvável que o próximo movimento seja uma elevação da taxa", disse Powell, após ser questionado sobre os riscos de que os juros precisem ser elevados para reduzir a inflação do país.

Na visão de investidores, o discurso do presidente do Fed foi menos duro do que o esperado, mesmo com uma série de dados negativos de inflação nos últimos meses.

Os comentários de Powell se revelaram "notavelmente menos agressivos do que o que muitos temiam, alinhando-se à declaração do Fomc em vez de atacar o mercado", apontaram analistas da Evercore ISI, conforme noticiou a Reuters.

"A mensagem básica foi que os cortes foram adiados, e não descarrilhados", continuou a consultoria.

O economista Francisco Nobre, da XP, destaca que a reação do mercado foi "marginalmente positiva". "Isso porque Powell essencialmente descartou a possibilidade de aumento das taxas por enquanto. E os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA de 2 anos caíram cerca de 8 pontos-base", diz.

Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em entrevista coletiva após decisão sobre juros, em Washington, nos EUA. (1/5/24) — Foto: Reuters/Kevin Lamarque
Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em entrevista coletiva após decisão sobre juros, em Washington, nos EUA. (1/5/24) — Foto: Reuters/Kevin Lamarque

Quando os juros americanos estão elevados, a rentabilidade das Treasuries (os títulos públicos norte-americanos), os mais seguros do mundo, é maior. Assim, quem busca segurança e boa remuneração prioriza o investimento no país, e se afasta de emergentes, como o Brasil.

Com o fluxo de dólares direcionado aos EUA, a taxa de câmbio piora por aqui — o que, por sua vez, pode complicar a inflação.

Para o economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, tanto o discurso de Powell quanto o comunicado do Fomc vieram em um tom dentro do esperado.

"A depender do comportamento do mercado de trabalho e do mercado imobiliário, a inflação dos Estados Unidos pode ficar elevada ao longo de todo o ano. Aí, existe o risco de não ocorrer corte de juros — o que, em alguma medida, já está precificado por parte do mercado", diz.

O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, acredita que a tendência é que o BC norte-americano continue bastante cauteloso e postergue um provável início de queda de juros mais para o final de 2024.

"Ou seja, está se confirmando aquele cenário de que a taxa de juros nos Estados Unidos deve permanecer estável, nesse nível, ao longo deste ano", diz o economista.

"Isso traz para o Banco Central aqui no Brasil a certeza de que ele pode reduzir a taxa de juros na semana que vem em 0,5 ponto percentual, sem alterar a sua estratégia de política monetária — que é de 0,5 ponto agora e, depois, de 0,25 ponto", complementa Agostini.

Na visão do economista, o cenário indica, portanto, certa tranquilidade para o BC brasileiro. A expectativa dele é que a taxa básica de juros do país, a Selic, encerre 2024 no patamar de 9,50% ao ano.

Galhardo, da Análise Econômica, segue a mesma linha. Ele acredita que o resultado do Fed nesta quarta-feira não vá desmobilizar o Copom a ponto de reduzir o ritmo de cortes da Selic. A projeção do especialista é de que os juros encerrem o ano entre 9,5% e 9,75%.

Composição do Copom, responsável por definir a Selic. — Foto: GloboNews
Composição do Copom, responsável por definir a Selic. — Foto: GloboNews

A questão interna

Além do efeito dos juros americanos na economia brasileira, houve uma piora no quadro interno de riscos, desde que o governo federal anunciou a mudança da meta fiscal para os próximos anos. Para 2025, o governo propôs uma meta fiscal zero — em vez de um superávit de 0,5% do PIB — e uma redução também para os próximos anos.

A decisão acabou sendo encarada pelo mercado como uma derrota da equipe econômica, que chegou a defender inicialmente que a meta fosse alterada pelo menos para um superávit primário de 0,25% do PIB.

O mercado financeiro também entende que a decisão abre espaço para mais gastos e menor controle da dívida pública, o que demanda juros mais altos para que investidores estrangeiros considerem o país atraente.

Além dessa questão, o Banco Central monitora também a inflação de serviços. É um segmento que se mostrou mais persistente desde o choque inflacionário causado pela pandemia de Covid.

A inflação de serviços é muito sensível à força do mercado de trabalho. Economistas dizem que um contingente menor de desempregados e um aumento da renda sem ganhos de produtividade podem gerar pressão extra na inflação.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego foi de 7,9% no trimestre encerrado em março. Além de ser a melhor taxa para um primeiro trimestre desde 2014, com ocupação de mais de 100 milhões de trabalhadores, o rendimento real habitual subiu 1,5% no trimestre, e passou a R$ 3.123 por mês.

Já os dados do Ministério do Trabalho e do Emprego mostram que o Brasil criou 244,3 mil empregos formais em março, alta de 25,7% contra o mesmo mês do ano passado. Foi a maior geração de vagas com carteira assinada para um mês de março desde o início da série histórica do novo Caged, em 2020.

Com ótimos resultados de emprego, a inflação ainda não teve grandes sobressaltos. No IPCA de março, a média dos preços subiu apenas 0,16% no mês, um ótimo resultado.

Mas os serviços subjacentes — um núcleo focado em serviços e que exclui itens mais voláteis — teve alta levemente mais forte que o mês anterior, de 0,44% para 0,45%. É uma métrica que o BC usa para verificar se a inflação está cedendo.

"O ponto de preocupação continua sendo os serviços subjacentes, que, ao se manterem praticamente estáveis, continuam em um patamar incompatível com as metas de inflação – e deverão continuar justificando a cautela do Banco Central", disse a economista-chefe da B. Side, Helena Veronese, no dia a divulgação.

Em suma, o que o Copom vai procurar entender em seus modelos de projeção econômica é o tamanho do impacto que as últimas mudanças no cenário vão trazer para as expectativas de inflação à frente. E essa é a resposta que analistas vão procurar, seja pela desaceleração surpresa no corte ou nas entrelinhas do comunicado.

Com a decisão, o comunicado e a ata da reunião, agentes de mercado vão balizar as leituras para entender se o país precisará de juros mais altos para continuar atraindo investimentos estrangeiros.

Uma pitada de preocupação e mau humor já está aí: o boletim Focus do BC — levantamento que monitora as projeções de mais de 100 instituições financeiras — subiu para 9,50% a expectativas de taxa Selic para o fim de 2024. Antes de tudo isso acontecer, foram cerca de quatro meses projetando uma taxa final de 9%.

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quarta-feira, 1 de maio de 2024

Agência Moody's mantém nota de crédito do Brasil, mas muda perspectiva para 'positiva'

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Revisão sinaliza que pode haver alteração futura na nota; hoje, Brasil está a dois degraus do 'grau de investimento'. Índice sinaliza a investidores onde é mais seguro aplicar o dinheiro.
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Por Mateus Rodrigues, Kevin Lima, g1 — Brasília

Postado em 01 de maio de 2024 às 13hh55m

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A agência de classificação de riscos Moody's anunciou nesta quarta-feira (1º) que manteve a nota de crédito do Brasil no nível Ba2, mas mudou a perspectiva da avaliação de "estável" para "positiva".

O "rating" atual do Brasil na classificação da Moody's é Ba2 – o que coloca o país no chamado "grau especulativo", indicando um risco maior para investimentos estrangeiros.

Ao indicar um viés positivo na análise, a Moody's sinaliza que pode elevar a nota de crédito no futuro. Representantes da agência se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no último dia 23, mas não houve anúncios após o encontro.

"A Moody's avalia que as perspectivas para o crescimento real do produto interno bruto (PIB) do Brasil são mais robustas do que nos anos pré-pandêmicos, como consequência da implementação de reformas estruturais em vários governos, bem como pela presença de barreiras institucionais que reduzem a incerteza sobre a direção futura das políticas públicas", diz a nota da agência.

O comunicado diz que um "crescimento mais forte" e uma "consolidação fiscal" podem estabilizar o peso da dívida nas constas públicas, mas aponta que "há riscos" para a continuidade dessa melhora.

"A afirmação do rating Ba2 está baseada na força fiscal ainda relativamente fraca do Brasil, dado o nível elevado de endividamento do país e sua fraca capacidade de pagamento da dívida, que permanece sensível a choques econômicos ou financeiros", afirma a Moody's.

A nota de crédito é usada pelos investidores para avaliar em quais países ou empresas o investimento é mais seguro. Se a nota é mais baixa, o risco é maior – o que, em economia, significa cobrar juros mais altos.

Alguns fundos europeus ou norte-americanos, por exemplo, só investem em títulos de países com grau de investimento – as notas mais altas. Ou seja: ter uma classificação boa ajuda a atrair esses recursos internacionais.

Educação financeira: o que é grau de investimento e grau especulativoEducação financeira: o que é grau de investimento e grau especulativo

Em busca do 'grau de investimento'

Na classificação da Moody's, o Brasil está atualmente a "dois degraus" do grau de investimento. O mesmo acontece nas classificações das agências S&P e Fitch (veja abaixo).

O país chegou receber o grau de investimento da Moody's entre 2009 e 2015, mas vem se mantendo na nota de crédito Ba2 desde então.

"O Ministério da Fazenda reafirma o compromisso do país com uma trajetória sustentável para as contas públicas, combinando esforços para melhorar a arrecadação e para conter a dinâmica das despesas", diz a nota divulgada pelo governo.

"O melhor balanço fiscal do governo levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito. Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do Brasil", prossegue o ministério.

Veja as notas de crédito do Brasil (ratings) em todas as agências de risco — Foto: Arte g1
Veja as notas de crédito do Brasil (ratings) em todas as agências de risco — Foto: Arte g1

Grau especulativo

Além da Moody's, há outras duas agências principais de classificação de risco que concedem (ou não) o chamado grau de investimento às economias globais: a S&P Global Ratings e a Fitch.

As três firmas adotaram trajetórias semelhantes ao avaliar a segurança para investir no Brasil nos últimos anos.

S&P e Fitch concederam o grau de investimento ao Brasil um ano antes da Moody's, em 2008 – e também retiraram o grau um ano antes, em 2014.

Em dezembro de 2023, a S&P elevou a nota do Brasil de BB- para BB. Assim como na escala da Moody's, o Brasil ficou a dois degraus do grau de investimento.

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