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A moeda norte-americana avançou 0,65%, cotada em R$ 5,5837. Já a bolsa de valores brasileira encerrou em queda de 0,65%, aos 135.299 pontos.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Redação g1 — São Paulo
Postado em 14 de Julho de 2.025 às 10h00m
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Brasil também pode ser afetado por possíveis tarifas dos EUA à Rússia
O dólar fechou a sessão desta segunda-feira (14) em alta de 0,65%, cotado a R$ 5,5837. A moeda americana chegou ao maior valor em mais de um mês, com as preocupações do mercado com as novas tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, encerrou em queda de 0,65%, aos 135.299 pontos.
▶️ As novas taxas de Trump continuaram a mexer com os mercados financeiros. O republicano anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil na semana passada. Os investidores já antecipam os efeitos da medida para alguns exportadores brasileiros, os impactos do câmbio e na inflação.
▶️ Enquanto isso, esperam os próximos passos do governo brasileiro em relação ao tarifaço. Um comitê de empresários deve ser criado para tratar de saídas para a crise, enquanto o governo trabalha para tentar reverter a tarifa. (leia mais abaixo)
▶️ No exterior, Trump agora ameaçou aplicar um pacote de "tarifas severas" à Rússia, caso o governo de Vladimir Putin não alcance um acordo de paz na Ucrânia em um prazo de até 50 dias. Trump disse que o valor das tarifas será de cerca de 100%.
No final de semana, o republicano anunciou a imposição de taxas de 30% para o México e a União Europeia (UE), que agora estudam as possibilidades de negociações para amenizar o impacto das tarifas.
▶️ Na agenda do dia, o destaque ficou com o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, que teve a primeira queda do ano, de 0,7%.
Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
- Acumulado da semana: +0,65%;
- Acumulado do mês: +2,76%;
- Acumulado do ano: -9,64%.
- Acumulado da semana: -0,66%;
- Acumulado do mês: -2,57%;
- Acumulado do ano: +12,48%.

Mercado de mel impactado: anúncio de taxação por Donald Trump prejudica a exportação
Apesar de alguns exportadores brasileiros já estarem enfrentando efeitos da medida de Trump, como os de mel orgânico e pescados, o impacto mais forte deve começar a ser sentido em agosto — especialmente se a tarifa de 50% for, de fato, aplicada, explica o consultor em comércio internacional Welber Barral.
Segundo ele, como uma carga pode levar até um mês para chegar aos EUA, muitas já foram despachadas na tentativa de desembarcar antes do dia 1º de agosto, quando a taxação entra em vigor.
Entre os setores que devem ser afetados pela tarifa, também estão o de café, carne bovina, suco de laranja, petróleo e aeronaves, produtos que lideram as vendas do Brasil para os EUA.
Outra preocupação no Brasil é a inflação. O mercado financeiro reagiu mal à nova taxa e o dólar subiu forte na semana do anúncio de Trump.
"Se o dólar permanecer alto, a inflação no Brasil persiste e o Banco Central mantém os juros altos [atualmente no patamar de 15%, o maior em quase 20 anos]. Isso desacelera a economia e pode entrar em recessão", alerta o economista Robson Gonçalves, professor de MBAs da FGV.Brasil estuda como responder Trump

Camarotti: Brasil vai negociar com firmeza tarifaço de Trump
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu, na noite deste domingo (13), ministros e o presidente do Banco Central, no Palácio da Alvorada, residência oficial, para discutir os próximos passos que o governo deve dar em relação ao tarifaço anunciado pelo governo dos Estados Unidos.
Entre os assuntos que foram discutidos, está a criação de um comitê de empresários para tratar de saídas para a crise, que deve acontecer ainda na manhã de segunda-feira (14).
De acordo com apurado pelo blog do Valdo Cruz, Lula quer mostrar que o tarifaço é um problema do país e não só do governo e que, por isso, todos devem se unir para proteger a economia brasileira, independentemente de suas preferências partidárias.
Também neste domingo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Ro berto Barroso publicou uma carta pública em defesa da democracia e disse que diferentes visões de mundo "não dão direito a ninguém de torcer a verdade".
O ministro ainda chamou os argumentos do governo americano para o tarifaço de "compreensão imprecisa" dos fatos ocorridos nos últimos anos.
- 🔎 A fala tem relação com a carta enviada por Trump para anunciar a tarifa de 50%. No documento, o presidente norte-americano justificou a elevação das taxas atacando o julgamento de Jair Bolsonaro no STF e as ações sobre as grandes empresas de redes sociais — as big techs.
Por isso, em notas, discursos e publicações nas redes sociais, o presidente Lula tem dito que o Brasil é um país soberano e que não aceitará ser tutelado por ninguém. Ele também tem afirmado que, embora o país ainda aposte nas negociações com os americanos, usará a lei da reciprocidade se for necessário.
Já nesta segunda-feira, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que o governo realizará reuniões com o setor privado para discutir a resposta brasileira ao aumento das tarifas.
Ainda segundo o vice-presidente, a expectativa é que o governo edite até esta terça (15) o decreto que regulamenta a lei de reciprocidade. (entenda mais sobre a medida)
Trump diz, porém, que se o Brasil reagir elevando suas próprias tarifas, os EUA aumentarão ainda mais as taxas sobre produtos brasileiros.
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União Europeia declara que está pronta para responder às tarifas de Donald Trump
Na semana passada, o presidente Donald Trump prorrogou até 1º de agosto a trégua tarifária iniciada em abril, dando mais três semanas para concluir acordos comerciais ainda pendentes. No entanto, em um movimento de pressão, publicou 25 cartas notificando mudanças tarifárias a países parceiros.
As últimas notificações foram enviadas ao México e a União Europeia, que receberam taxas de 30%. Além disso, Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre todas as importações de cobre nos EUA e de até 200% sobre produtos farmacêuticos.
Em resposta, a União Europeia estendeu a suspensão das medidas do bloco contra o tarifaço até o início de agosto, visando uma solução negociada para o comércio com Washington.
Nesta segunda (14), o ministro das Relações Exteriores dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, disse que as tarifas são "absolutamente inaceitáveis", mas que os membros da UE tentarão negociar com os EUA.
- 🔎 A volta das atenções de Trump para as tarifas reacende preocupações sobre eventuais efeitos dessas taxas na inflação dos EUA e do mundo. Isso porque a leitura dos investidores é que as taxas impostas por Trump podem acabar aumentando os custos de produção baseados em produtos importados e, consequentemente, elevar os preços ao consumidor.
Caso se concretize, esse cenário tende a pressionar a inflação norte-americana e pode forçar o Fed a manter os juros do país altos por mais tempo — o que, por sua vez, também poderia fortalecer o dólar e afetar as taxas de juros de outros países pelo mundo.
O republicano também ameaçou, nesta segunda-feira, um pacote de tarifas severas à Rússia, caso o governo de Putin não alcance um acordo de paz com a Ucrânia em até 50 dias. Segundo o presidente norte-americano, as taxas serão de "cerca de 100%", além dos valores já aplicados atualmente.
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Notas de real e dólar — Foto: Amanda Perobelli/ Reuters