Total de visualizações de página

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Dólar fecha em R$ 5,58, no maior valor em um mês, de olho nas tarifas de Trump e reação do Brasil

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


A moeda norte-americana avançou 0,65%, cotada em R$ 5,5837. Já a bolsa de valores brasileira encerrou em queda de 0,65%, aos 135.299 pontos.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 14 de Julho de 2.025 às 10h00m

#.* --  Post. - Nº.\  11.721  --  *.#

Brasil também pode ser afetado por possíveis tarifas dos EUA à Rússia
Brasil também pode ser afetado por possíveis tarifas dos EUA à Rússia

O dólar fechou a sessão desta segunda-feira (14) em alta de 0,65%, cotado a R$ 5,5837. A moeda americana chegou ao maior valor em mais de um mês, com as preocupações do mercado com as novas tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, encerrou em queda de 0,65%, aos 135.299 pontos.

▶️ As novas taxas de Trump continuaram a mexer com os mercados financeiros. O republicano anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil na semana passada. Os investidores já antecipam os efeitos da medida para alguns exportadores brasileiros, os impactos do câmbio e na inflação.

▶️ Enquanto isso, esperam os próximos passos do governo brasileiro em relação ao tarifaço. Um comitê de empresários deve ser criado para tratar de saídas para a crise, enquanto o governo trabalha para tentar reverter a tarifa. (leia mais abaixo)

▶️ No exterior, Trump agora ameaçou aplicar um pacote de "tarifas severas" à Rússia, caso o governo de Vladimir Putin não alcance um acordo de paz na Ucrânia em um prazo de até 50 dias. Trump disse que o valor das tarifas será de cerca de 100%.

▶️ Na agenda do dia, o destaque ficou com o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, que teve a primeira queda do ano, de 0,7%.

Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

💲Dólar

  • Acumulado da semana: +0,65%;
  • Acumulado do mês: +2,76%;
  • Acumulado do ano: -9,64%.
📈Ibovespa

  • Acumulado da semana: -0,66%;
  • Acumulado do mês: -2,57%;
  • Acumulado do ano: +12,48%.
Primeiros impactos das tarifas
Mercado de mel impactado: anúncio de taxação por Donald Trump prejudica a exportação
Mercado de mel impactado: anúncio de taxação por Donald Trump prejudica a exportação

Apesar de alguns exportadores brasileiros já estarem enfrentando efeitos da medida de Trump, como os de mel orgânico e pescados, o impacto mais forte deve começar a ser sentido em agosto — especialmente se a tarifa de 50% for, de fato, aplicada, explica o consultor em comércio internacional Welber Barral.

Segundo ele, como uma carga pode levar até um mês para chegar aos EUA, muitas já foram despachadas na tentativa de desembarcar antes do dia 1º de agosto, quando a taxação entra em vigor.

Entre os setores que devem ser afetados pela tarifa, também estão o de café, carne bovina, suco de laranja, petróleo e aeronaves, produtos que lideram as vendas do Brasil para os EUA.

Outra preocupação no Brasil é a inflação. O mercado financeiro reagiu mal à nova taxa e o dólar subiu forte na semana do anúncio de Trump.

"Se o dólar permanecer alto, a inflação no Brasil persiste e o Banco Central mantém os juros altos [atualmente no patamar de 15%, o maior em quase 20 anos]. Isso desacelera a economia e pode entrar em recessão", alerta o economista Robson Gonçalves, professor de MBAs da FGV.
Brasil estuda como responder Trump

Camarotti: Brasil vai negociar com firmeza tarifaço de Trump
Camarotti: Brasil vai negociar com firmeza tarifaço de Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu, na noite deste domingo (13), ministros e o presidente do Banco Central, no Palácio da Alvorada, residência oficial, para discutir os próximos passos que o governo deve dar em relação ao tarifaço anunciado pelo governo dos Estados Unidos.

Entre os assuntos que foram discutidos, está a criação de um comitê de empresários para tratar de saídas para a crise, que deve acontecer ainda na manhã de segunda-feira (14).

De acordo com apurado pelo blog do Valdo Cruz, Lula quer mostrar que o tarifaço é um problema do país e não só do governo e que, por isso, todos devem se unir para proteger a economia brasileira, independentemente de suas preferências partidárias.

Também neste domingo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Ro          berto Barroso publicou uma carta pública em defesa da democracia e disse que diferentes visões de mundo "não dão direito a ninguém de torcer a verdade".

O ministro ainda chamou os argumentos do governo americano para o tarifaço de "compreensão imprecisa" dos fatos ocorridos nos últimos anos.

  • 🔎 A fala tem relação com a carta enviada por Trump para anunciar a tarifa de 50%. No documento, o presidente norte-americano justificou a elevação das taxas atacando o julgamento de Jair Bolsonaro no STF e as ações sobre as grandes empresas de redes sociais — as big techs.

Por isso, em notas, discursos e publicações nas redes sociais, o presidente Lula tem dito que o Brasil é um país soberano e que não aceitará ser tutelado por ninguém. Ele também tem afirmado que, embora o país ainda aposte nas negociações com os americanos, usará a lei da reciprocidade se for necessário.

Já nesta segunda-feira, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que o governo realizará reuniões com o setor privado para discutir a resposta brasileira ao aumento das tarifas.

Ainda segundo o vice-presidente, a expectativa é que o governo edite até esta terça (15) o decreto que regulamenta a lei de reciprocidade. (entenda mais sobre a medida)

Trump diz, porém, que se o Brasil reagir elevando suas próprias tarifas, os EUA aumentarão ainda mais as taxas sobre produtos brasileiros.

União Europeia declara que está pronta para responder às tarifas de Donald Trump
União Europeia declara que está pronta para responder às tarifas de Donald Trump

Na semana passada, o presidente Donald Trump prorrogou até 1º de agosto a trégua tarifária iniciada em abril, dando mais três semanas para concluir acordos comerciais ainda pendentes. No entanto, em um movimento de pressão, publicou 25 cartas notificando mudanças tarifárias a países parceiros.

As últimas notificações foram enviadas ao México e a União Europeia, que receberam taxas de 30%. Além disso, Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre todas as importações de cobre nos EUA e de até 200% sobre produtos farmacêuticos.

Em resposta, a União Europeia estendeu a suspensão das medidas do bloco contra o tarifaço até o início de agosto, visando uma solução negociada para o comércio com Washington.

Nesta segunda (14), o ministro das Relações Exteriores dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, disse que as tarifas são "absolutamente inaceitáveis", mas que os membros da UE tentarão negociar com os EUA.

  • 🔎 A volta das atenções de Trump para as tarifas reacende preocupações sobre eventuais efeitos dessas taxas na inflação dos EUA e do mundo. Isso porque a leitura dos investidores é que as taxas impostas por Trump podem acabar aumentando os custos de produção baseados em produtos importados e, consequentemente, elevar os preços ao consumidor.

Caso se concretize, esse cenário tende a pressionar a inflação norte-americana e pode forçar o Fed a manter os juros do país altos por mais tempo — o que, por sua vez, também poderia fortalecer o dólar e afetar as taxas de juros de outros países pelo mundo.

O republicano também ameaçou, nesta segunda-feira, um pacote de tarifas severas à Rússia, caso o governo de Putin não alcance um acordo de paz com a Ucrânia em até 50 dias. Segundo o presidente norte-americano, as taxas serão de "cerca de 100%", além dos valores já aplicados atualmente.

Notas de real e dólar — Foto: Amanda Perobelli/ Reuters
Notas de real e dólar — Foto: Amanda Perobelli/ Reuters
++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========----------------------------------------------------------------------  -----------====-++----  

domingo, 13 de julho de 2025

Rocha marciana vai a leilão nos EUA e pode custar até R$ 22,2 milhões

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Maior pedaço de Marte já achado na Terra estava no deserto do Saara; esqueleto de um dinossauro com mais de 2 metros de altura também está à venda.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
TOPO
Por Associated Press

Postado em 13 de Julho de 2.025 às 10h50m

#.* --  Post. - Nº.\  11.720  --  *.#

Meteorito marciano que será leiloado em Nova York pesa quase 25 kg — Foto: Richard Drew/AP
Meteorito marciano que será leiloado em Nova York pesa quase 25 kg — Foto: Richard Drew/AP

À venda: uma rocha de quase 25 kg. Preço estimado no leilão: entre US$ 2 milhões (cerca de R$ 11,2 milhões) e US$ 4 milhões (R$ 22,2 milhões).

Por que tão caro? Trata-se do maior pedaço de Marte já encontrado na Terra.

A casa Sotheby's, em Nova York, colocará à venda na quarta-feira (16) o meteorito NWA 16788. Além da rocha marciana, o pacote inclui também o esqueleto de um ceratossauro, com mais de 2 metros de altura e quase 3 metros de comprimento.

Segundo a Sotheby's, o meteorito provavelmente foi lançado da superfície de Marte por um impacto de grande intensidade, causado por um asteroide. Depois, percorreu cerca de 225 milhões de quilômetros até atingir a Terra, caindo no deserto do Saara.

Um caçador de meteoritos encontrou a rocha no Níger, em novembro de 2023, informa a casa de leilões.

A peça, em tons de vermelho, marrom e cinza, é cerca de 70% maior do que o segundo maior fragmento marciano já descoberto na Terra.

De acordo com a Sotheby's, ela representa quase 7% de todo o material de origem marciana atualmente conhecido no planeta.

O meteorito mede aproximadamente 37,5 x 27,9 x 15,2 centímetros.

Rocha marciana de 25 kg que irá a leilão — Foto: Richard Drew/AP
Rocha marciana de 25 kg que irá a leilão — Foto: Richard Drew/AP

Este meteorito marciano é, de longe, o maior pedaço de Marte já encontrado, afirmou Cassandra Hatton, vice-presidente de ciência e história natural da Sotheby's. Ele é mais do que o dobro do tamanho daquele que antes era considerado o maior.

A rocha é também um achado raro. Dos mais de 77 mil meteoritos oficialmente reconhecidos na Terra, apenas cerca de 400 têm origem comprovada em Marte, diz a Sotheby's.

Hatton explicou que um pequeno fragmento foi removido da peça principal e enviado a um laboratório especializado. A análise confirmou sua origem marciana.

O material foi comparado à composição química distinta de outros meteoritos marcianos identificados pelas sondas espaciais Viking, que pousaram em Marte em 1976.

Segundo a Sotheby's, trata-se de uma rocha formada a partir do resfriamento lento do magma marciano, com textura de grão grosso e presença dos minerais piroxena e olivina.

O meteorito possui ainda uma superfície vítrea, provavelmente causada pelo intenso calor gerado durante sua entrada na atmosfera terrestre. Essa foi a primeira pista de que não era apenas uma rocha comum caída no chão, comentou Hatton.

A rocha já esteve em exibição na Agência Espacial Italiana, em Roma. A Sotheby's não divulgou quem é o atual proprietário.

Não se sabe ao certo quando o meteorito atingiu a Terra, mas análises sugerem que a queda pode ter ocorrido nos últimos anos.

Esqueleto de dinossauro

Esqueleto de Ceratosaurus nasicornis jovem que vai a leilão — Foto: Richard Drew/AP
Esqueleto de Ceratosaurus nasicornis jovem que vai a leilão — Foto: Richard Drew/AP

Já o esqueleto juvenil de Ceratosaurus nasicornis foi descoberto em 1996, perto de Laramie, no estado de Wyoming (EUA), na Bone Cabin Quarry — um local famoso por sua riqueza em fósseis de dinossauros.

Cerca de 140 ossos fósseis foram reunidos, complementados por materiais esculpidos, para recriar o esqueleto. A montagem já está pronta para exibição, segundo a casa de leilões.

Estima-se que o exemplar tenha vivido no final do período Jurássico, há cerca de 150 milhões de anos. Seu valor de leilão é estimado entre US$ 4 milhões e US$ 6 milhões - R$ 22,2 milhões e R$ 33,3 milhões, respectivamente.

Os ceratossauros eram dinossauros bípedes, com braços curtos, de aparência semelhante ao Tyrannosaurus rex, embora menores. Podiam alcançar até 7,6 metros de comprimento, enquanto o Tyrannosaurus rex chegava a cerca de 12 metros.

O esqueleto foi adquirido no ano passado pela Fossilogic, empresa especializada na preparação e montagem de fósseis, com sede em Utah.

O leilão da Sotheby's inclui outros 122 itens, como meteoritos, fósseis e pedras preciosas.

Novo estudo questiona existência de água líquida em Marte
Novo estudo questiona existência de água líquida em Marte

++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========----------------------------------------------------------------------  -----------====-++----  

sábado, 12 de julho de 2025

Mesmo golpeado, Hamas adota táticas de guerrilha contra Israel

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Recente sequência de ataques mostra que o objetivo de Netanyahu de erradicar o grupo palestino continua muito distante
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Oren Liebermann e Dana Karni, da CNN*
12/07/25 às 18:22 | Atualizado 12/07/25 às 18:23
Postado em 12 de Julho de 2.025 às 19h00m

#.* --  Post. - Nº.\  11.719  --  *.#


Abu Ubaida, porta-voz das brigadas al-Qassam do Hamas  • 11/11/2019REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

Na noite de segunda-feira (7), um grupo de soldados israelenses caminhava por uma rota usada por tanques e veículos blindados, a cerca de 1,6 km da cerca de fronteira, quando uma bomba explodiu.

Operada remotamente, ela atingiu as tropas do batalhão Netzah Yehuda, uma unidade composta por soldados ultraortodoxos.

Mais forças israelenses correram para prestar socorro quando uma segunda bomba explodiu, também acionada remotamente.

Momentos depois, uma terceira bomba foi detonada, acompanhada por uma rajada de tiros de armas leves disparados por uma célula do Hamas que estava escondida nas proximidades. Em poucos minutos, cinco soldados israelenses estavam mortos e outros 14 feridos, alguns com lesões críticas.

Leia mais

O ataque ocorreu na cidade de Beit Hanoun, no canto nordeste de Gaza, facilmente visível da cidade israelense de Sderot, em um território que supostamente estaria sob controle militar israelense.

Uma investigação inicial descobriu que a célula do Hamas posicionou as bombas nas 24 horas anteriores, preparando uma emboscada contra as forças israelenses, que provavelmente acreditavam estar operando com relativa segurança tão perto do território israelense.

O ataque complexo destaca uma mudança do Hamas para táticas de guerrilha, à medida que o grupo militante, abalado e enfraquecido após quase 21 meses de guerra, conduz uma campanha de insurgência contra o exército israelense.

Mesmo em seu estado debilitado, o Hamas continua realizando ataques letais contra as forças israelenses na Faixa de Gaza.

Ao longo da guerra, as forças israelenses tiveram que retornar repetidamente a partes de Gaza, à medida que o Hamas reaparecia em áreas que Israel afirmava já ter vistoriado. A recente sequência de ataques mostra que o objetivo de Israel de erradicar o Hamas continua muito distante.

A ala militar do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, afirmou que o ataque de segunda-feira ocorreu em uma área que a ocupação achava segura, depois de revirar cada pedra.

Sequestros e foguetes

Em uma declaração, o Hamas descreveu a guerra como uma batalha de atrito contra Israel, na qual tentaria capturar mais soldados, como ocorreu nos ataques de 7 de outubro.

Mesmo que tenha conseguido milagrosamente libertar seus soldados do inferno recentemente, pode fracassar depois, deixando-nos com novos prisioneiros, disse o Hamas.

Recentemente, militantes do Hamas atacaram um veículo de engenharia militar israelense em Khan Younis, lançando um foguete propelido por granada (RPG) e avançando contra o veículo enquanto o motorista tentava fugir, conforme visto em um vídeo do ataque divulgado pelo Hamas.

Segundo o exército israelense, os militantes tentaram sequestrar um soldado, que acabaram matando. A tentativa foi frustrada por forças israelenses que operavam na área.

Em uma declaração publicada no Telegram dois dias depois, as brigadas Al-Qassam prometeram: o destino do próximo soldado será melhor, como nosso novo prisioneiro.

Veículo militar de Israel passa em frente a cartaz que pede volta de reféns feitos pelo Hamas perto da fronteira com Gaza • Kai Pfaffenbach/Reuters
Veículo militar de Israel passa em frente a cartaz que pede volta de reféns feitos pelo Hamas perto da fronteira com Gaza • Kai Pfaffenbach/Reuters

A guerra brutal e desgastante em Gaza contrasta fortemente com a operação rápida e precisa de Israel no Irã, uma campanha realizada por ar e por terra sem baixas militares. Desde o fim do conflito de 12 dias entre Israel e Irã, pelo menos 19 soldados foram mortos em Gaza, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), incluindo o ataque em Beit Hanoun.

No dia do cessar-fogo entre Israel e Irã, um militante do Hamas lançou um dispositivo incendiário de um veículo blindado de engenharia no sul de Gaza, matando todos os sete soldados que estavam dentro. Foi um dos incidentes mais letais em meses para as IDF em Gaza.

Hamas recruta centenas de novos combatentes

O ex-chefe IDF, tenente Herzi Halevi, disse em janeiro que Israel matou 20 mil combatentes do Hamas desde o início da guerra.

Israel também assassinou grande parte da liderança superior da organização terrorista. Mas o Hamas recrutou novos combatentes, afirmou um alto oficial militar israelense no início deste ano, repondo suas fileiras. Em março, a emissora pública israelense Kan News relatou que o Hamas havia recrutado centenas de novos combatentes.

O que resta é um grupo de células militantes fracamente organizadas, capazes de realizar ataques do tipo bater e correr, usando o que sobrou da rede de túneis subterrâneos de Gaza para se mover e permanecer escondidas, segundo o Major-General reformado Israel Ziv, ex-chefe da Diretoria de Operações das IDF.

O Hamas teve tempo para estudar como as IDF operam, disse Ziv à CNN, e está usando isso a seu favor.

A guerra deles é construída em torno das nossas fraquezas. Eles não defendem território — eles procuram alvos, afirmou.

Organização em pequenas células

Ziv disse que a pressão sobre o efetivo militar de Israel permitiu que o Hamas explorasse vulnerabilidades, mesmo em seu estado enfraquecido.

O Hamas passou por uma transformação — tornou-se uma organização guerrilheira operando em pequenas células. Possui abundância de explosivos, muitos deles provenientes das munições que as IDF lançaram ali. Esta é uma guerra de IEDs (artefatos explosivos improvisados). O Hamas está criando emboscadas e tomando a iniciativa ao controlar gargalos estratégicos, disse Ziv.

Operando como grupos descentralizados e independentes, ficou mais difícil para Israel atingir uma estrutura de liderança coesa. No mês passado, um oficial militar israelense disse à CNN que se tornou mais difícil atingir de forma eficaz o que restou do Hamas.

Agora é mais difícil alcançar objetivos táticos, afirmou o oficial.

O Hamas há muito tempo esgotou a maior parte de seu arsenal de foguetes, sendo capaz agora de lançar apenas foguetes esporádicos, com impacto quase nulo.

Integrantes do Hamas reunidos em Khan Younis, sul de Gaza • Reuters
Integrantes do Hamas reunidos em Khan Younis, sul de Gaza • Reuters

Mas sua capacidade de se movimentar entre as ruínas de Gaza, armado com explosivos improvisados feitos a partir de dezenas de milhares de munições israelenses, transformou os escombros do enclave sitiado em uma fonte de resistência.

Mesmo enfrentando gangues armadas no sul de Gaza e uma população que expressa abertamente seu ressentimento contra o grupo, o Hamas encontrou uma maneira de continuar lutando, cobrando um preço mortal a cada semana que passa sem um cessar-fogo.

Mesmo com as negociações em andamento em Doha e sinais de algum progresso, um cessar-fogo permanece fora de alcance, com os mediadores ainda incapazes de superar as principais divergências entre os lados.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou, durante sua recente viagem a Washington, DC, que o Hamas deve entregar armas, abrindo mão de sua capacidade militar e de governo, ou Israel retomará a guerra.

Mas o Hamas não demonstrou disposição para fazer concessões tão grandes nas negociações, e os ataques recentes são uma indicação do poder que o grupo ainda mantém.

Tópicos


++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========----------------------------------------------------------------------  -----------====-++----