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segunda-feira, 29 de julho de 2024

'Boletim Focus': mercado financeiro eleva estimativa de inflação deste ano para 4,1%

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Pesquisa reúne impressões de mais de 100 instituições financeiras. Inflação de 4,1%, se confirmada, continua dentro da meta, mas acima do valor central definido pelo governo.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 29 de julho de 2024 às 09h45m

#.* Post. - Nº.\  11.283 *.#

Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para este ano, que passou de 4,05% para 4,10%.

As projeções, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras, constam do relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC).

Com isso, a expectativa dos analistas para a inflação de 2024 continua se distanciando da meta central de inflação, mas segue abaixo do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano.

Para 2025, a estimativa de inflação avançou de 3,90% para 3,96% na última semana.

No próximo ano, a meta de inflação também é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2025.

Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.

Inflação do setor de serviços desacelera em 2024

Produto Interno Bruto

Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado subiu de 2,15% para 2,19%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.

Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro avançou de 1,93% para 1,94%.

Taxa de juros

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano.

Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, após sete reduções seguidas promovidas pelo Banco Central.

Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia continuou em 10,50% ao ano.

Com isso, o mercado segue prevendo que não haverá mais reduções da taxa Selic no restante deste ano.

Para o fim de 2025, o mercado financeiro manteve sua expectativa de 9,50%. Isso quer dizer que os economistas continuam estimando corte dos juros ano que vem.

Outras estimativas

Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:

  • Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 ficou estável em R$ 5,30. Para o fim de 2025, a estimativa continuou em R$ 5,25.
  • Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção permaneceu em US$ 82 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo cresceu de US$ 78 bilhões para US$ 78,5 bilhões.
  • Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 69,6 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso recuou de US$ 72,1 bilhões para US$ 71,6 bilhões.
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domingo, 28 de julho de 2024

Olimpíadas de Paris: quanto ganha um medalhista — e como os jogos ajudam o bolso dos atletas

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A remuneração dos esportistas de alto nível tende a ser maior no período olímpico. Além do pagamento dos clubes e de programas como o Bolsa Atleta, a tendência é que os competidores melhorem seus contratos com patrocinadores e recebam mais convites para campanhas publicitárias.
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Por André Catto, g1

Postado em 28 de julho de 2024 às 13h00m

#.* Post. - Nº.\  11.282 *.#

Jogos Olímpicos Tóquio 2020 - Finais da natação no centro aquático de Tóquio. Na foto, uma medalha de ouro. — Foto: Jonne Roriz/COB
Jogos Olímpicos Tóquio 2020 - Finais da natação no centro aquático de Tóquio. Na foto, uma medalha de ouro. — Foto: Jonne Roriz/COB

A premiação em dinheiro para os atletas que conquistarem o pódio durante as Olimpíadas de Paris já foi definida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Os valores mais altos vão, claro, para os medalhistas de ouro: os atletas que vencerem disputas individuais vão levar R$ 350 mil para casa.

Mas nem sempre o prêmio em dinheiro é a principal conquista do competidor: subir no pódio de uma Olimpíada também significa avançar alguns degraus em termos de reconhecimento e oportunidades — o que, consequentemente, pode se refletir na segurança financeira.

O surfista Italo Ferreira, por exemplo, considera os Jogos de Tóquio, em 2021, um "divisor de águas" na vida dele. O surfista levou o ouro justamente na edição que marcou a estreia do esporte como modalidade olímpica. "Isso fica na memória de todos", diz.

Além de falar sobre o que mudou após subir no topo do pódio, ele contou ao g1 que usou parte do dinheiro para tornar um antigo sonho realidade. (veja o relato mais abaixo)

Segundo o COB, o chamado Programa Medalha, que define o pagamento em dinheiro para os vencedores olímpicos, divide os esportistas ganhadores em três categorias:

  • 🚣‍♂️ Provas individuais (um atleta)
  • 🏊‍♀️ Provas em grupo (dois a seis atletas)
  • ⛹️ Provas coletivas (sete ou mais atletas)

Cada uma das categorias tem um valor específico de premiação. No caso das categorias "grupoe "coletiva", há um valor total definido a ser pago, que será dividido entre os medalhistas de forma igualitária, independentemente de serem titulares ou reservas.

Outro ponto importante sobre os valores: os atletas que ganharem mais de uma medalha acumulam a premiação  ou seja, eles recebem por cada prova premiada.

Veja abaixo:

Valores pagos por medalha nas Olimpíadas de Paris. — Foto: Juan Silva/Arte g1
Valores pagos por medalha nas Olimpíadas de Paris. — Foto: Juan Silva/Arte g1

"Os valores estão cerca de 40% mais altos com relação aos praticados no último ciclo olímpico" — que inclui os Jogos de Tóquio, em 2020 —, informou o COB em comunicado.

Naquele ciclo, que envolve também os Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022, o Comitê Olímpico do Brasil desembolsou R$ 5,2 milhões em premiações pelas medalhas conquistadas.

O avanço na remuneração também está conectado ao desempenho esportivo. Segundo o COB, melhores resultados nas principais competições do calendário olímpico — que incluem os Jogos Sul-americanos, Pan-americanos e as próprias Olimpíadas — significam aumento nos investimentos.

"Isso se reflete para atletas, confederações e o próprio COB", informou o Comitê.

As medalhas das Olimpíadas de Paris vistas de frente. — Foto: Divulgação/Comitê Organizador dos Jogos de Paris 2024
As medalhas das Olimpíadas de Paris vistas de frente. — Foto: Divulgação/Comitê Organizador dos Jogos de Paris 2024

Ganhos com patrocinadores e publicidade

A simples proximidade dos jogos também colabora com os rendimentos financeiros dos atletas. Esse costuma ser o período em que os competidores tendem a receber mais de seus patrocinadores, explica o especialista em marketing Idel Halfen.

Esse é um dos efeitos do ciclo olímpico, que tem início no ano após uma olimpíada e termina no final da edição seguinte. O ciclo seguinte aos jogos de Paris, por exemplo, começa em 2025 e se encerra em 2028, nos jogos de Los Angeles, nos Estados Unidos.

"Existem muitos contratos escalonados. Os atletas ganham menos no primeiro ano e vão aumentando a remuneração", diz.

"Isso acontece porque não se sabe qual será o desempenho do atleta. Há também a questão da exposição [da marca]. Ela é muito menor no início do que no final do ciclo olímpico."

Nesses casos, cabe ao atleta avaliar as condições do contrato. Do lado das empresas, é comum que haja um interesse menor quando os jogos não estão em evidência. "Normalmente, o marketing das companhias também investe em outras ações não relacionadas ao esporte", destaca Halfen.

No caso de atletas olímpicos individuais, há contratos com cláusulas que podem definir bonificação para aqueles que ganharem medalhas de ouro, prata ou bronze — melhorando, assim, a remuneração.

A exposição durante as Olimpíadas também pode abrir mais espaço para ações pontuais, como convites para campanhas publicitárias.

"Além disso, logo após os jogos os atletas acabam sendo muito demandados para palestras e eventos. São presenças VIPs. Eles passam a ter uma história a contar", conclui Halfen.

De acordo com o COB, além dos patrocinadores pessoais, alguns competidores também são contratados por patrocinadores do próprio Comitê "para fazer parte do squad [esquadrão] deles", informou a organização ao g1.

Olimpíadas de Paris: quanto ganha um medalhista?

'Divisor de águas'

Em 2021, o surfista Italo Ferreira estreou em uma Olimpíada junto com a própria modalidade. Para o atleta, levar o ouro na primeira edição do surfe olímpico teve um sabor especial.

"Conquistei a primeira medalha de ouro da história. Então, isso fica marcado na memória de todos os brasileiros e dos fãs do surfe", diz.

Perguntado pelo g1 sobre como a vitória se refletiu na abertura de novas oportunidades, o surfista destacou a Olimpíada como a maior vitrine do esporte.

"Na minha vida, foi um divisor de águas. (...) Consequentemente, as marcas escolhem atletas com quem se identificam mais ou que têm mais chances de subir no pódio", diz.

"Ganhar uma medalha aumenta a procura por marcas que querem estar com você. E quando elas entendem a importância de não ser algo pontual, mas que acompanhe mais um ciclo de quatro anos, dá ainda mais motivação pra gente performar e continuar no topo."

Italo Ferreira levou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, realizados em 2021 devido à pandemia. — Foto: Jonne Roriz/COB
Italo Ferreira levou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, realizados em 2021 devido à pandemia. — Foto: Jonne Roriz/COB

No caso especificamente do surfe, o principal objetivo dos atletas é entrar para a Liga Mundial de Surfe (WSL) — onde estão as grandes marcas. Italo relata, no entanto, que o caminho não é fácil: antes, é preciso disputar campeonatos em diferentes países, a custos muito altos.

"Quando você consegue patrocinadores, dá um respiro para focar só na performance, enquanto a parte financeira e administrativa fica resolvida. E o surfe só depende de você. Então, também tem a pressão de performar e ganhar títulos para manter as marcas com você", relata.

O surfista diz que usou os recursos conquistados nas Olimpíadas de Tóquio para tirar um velho sonho do papel.

"Com a premiação, eu consegui construir o Instituto Italo Ferreira, lá em Baía Formosa [RN]", diz. "Queria mostrar para as crianças que é possível realizar os nossos sonhos. Para isso, precisava de um lugar para elas estudarem, praticarem esporte e terem a perspectiva de um futuro melhor."

O projeto de Italo, que saiu do papel há dois anos, atende a cerca de 120 crianças.

Italo Ferreira chora ao falar do ouro: 'Meu nome está escrito na história do surfe'

Outros tipos de rendimentos

▶️ Bolsa Atleta

Alguns esportistas de alto rendimento contam ainda com bolsas de incentivo, a níveis municipal, estadual ou federal.

O Bolsa Atleta, do governo federal, é o principal programa para esse fim. Criado em 2005, o incentivo é destinado a atletas de alto rendimento e com bons resultados em competições nacionais e internacionais. Os pagamentos são feitos pela Caixa Econômica Federal.

A ideia do programa é garantir que os esportistas tenham condições mínimas para se dedicarem ao treinamento e às competições, incluindo os jogos olímpicos e paralímpicos. Receber recursos do programa não impede que os atletas tenham outros patrocínios.

São seis categorias do Bolsa Atleta, indo dos níveis "Basee "Estudantil" — destinados a esportistas mais jovens — ao "Pódio", com bolsas a medalhistas olímpicos e atletas bem colocados em rankings mundiais. Nessa última categoria, o benefício pode chegar a R$ 15 mil.

Veja as categorias abaixo:

  • 🧒🏿 Atleta de Base: R$ 370
  • 👩🏽‍🎓 Estudantil: R$ 370
  • 🔰 Nacional: R$ 925
  • 🌎 Internacional: R$ 1.850
  • 🤽 Olímpico/Paralímpico: R$ 3.100
  • 🥇 Pódio: R$ 5 mil a R$ 15 mil

Segundo o governo federal, das 21 medalhas conquistadas nas Olimpíadas de Tóquio, 19 tiveram participação de atletas que recebem o apoio do programa: foram 8 bronzes, 5 pratas e 6 ouros relacionados ao Bolsa Atleta.

O surfista Italo Ferreira, por exemplo, é um dos medalhistas do programa, na categoria Pódio. São os casos também do canoísta Isaquias Queiroz e da ginasta Rebeca Andrade, premiados com o ouro naquela edição dos jogos — e que buscam repetir o feito em Paris.

▶️ Programa Olímpico da Marinha (Prolim)

De acordo com o COB, alguns atletas estão dentro do Programa Olímpico da Marinha (Prolim) e recebem soldo (a remuneração básica como militares). O Programa é supervisionado pelo Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais.

Ao g1, a Marinha do Brasil informou que o Prolim terá 59 atletas nas Olimpíadas de Paris — quase 20% do total de competidores brasileiros nos jogos. Dentre os 59 atletas, 43 integram atualmente o programa, enquanto os outros 16 fizeram parte pelo tempo limite de 8 anos.

Como militares da instituição, os atletas de alto rendimento recebem remuneração de acordo com a graduação, como previsto na Lei de Remuneração dos Militares.

O atleta com o ensino fundamental concluído pode ser incorporado como cabo, com soldo de até R$ 2.627. Já o que tem ensino médio completo pode ser admitido como terceiro-sargento (R$ 3.825), informou a Marinha.

Além da remuneração, os atletas recebem alimentação, uniforme, assistência médico-odontológica, psicológica, social e religiosa.

Atualmente, o Prolim tem um total de 235 esportistas militares de alto rendimento. Na história, 716 atletas de alto nível já participaram do programa.

"Nas últimas três Olimpíadas (2020, 2016 e 2012), das 57 medalhas conquistadas pelo Brasil, 26 foram ganhas por atletas das Forças Armadas brasileiras, sendo 14 delas graças ao desempenho dos atletas da Marinha", disse a instituição.

▶️ Confederações e clubes

Ao g1, o Comitê Olímpico do Brasil informou que, de forma geral, a maioria dos atletas recebe também um salário dos clubes que defendem.

Eles podem ainda ter remuneração de suas respectivas confederações esportivas — que são responsáveis, inclusive, pela convocação dos atletas às Olimpíadas e Paralimpíadas.

De acordo com o COB, cada confederação tem liberdade para criar seus programas de benefícios, o que significa que os valores podem variar a depender da modalidade esportiva.

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Estudo acredita ter decifrado motivo pelo qual "estamos sozinhos" no universo e a chave está na própria Terra

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História de Viny Mathias 
 • 6 d • 5 minutos de leitura
Postado em 28 de julho de 2024 às 07h30m

#.* Post. - Nº.\  11.281 *.#

Em 2022, foi publicado um estudo que deu um novo começo à origem das placas tectônicas. Em essência, concluiu-se que a colisão entre Gaia e Theia que deu origem à Terra moderna foi decisiva para que hoje tenhamos placas tectônicas dinâmicas. Agora, um novo estudo vai um passo além. A razão pela qual não encontramos vida fora da Terra é essencialmente por causa das nossas placas tectônicas.

Publicado na Nature, o trabalho explora a falta de "civilizações ativas e comunicativas" e sugere uma mudança substancial na Equação de Drake, a fórmula desenvolvida pelo astrônomo Frank Drake em 1961 que os astrônomos usam para estimar o número de civilizações inteligentes em nossa galáxia capaz de se comunicar com humanos. Esta equação consiste em fazer uma pergunta, embora não forneça nenhuma resposta nem tenhamos encontrado evidências que a sustentem, causando assim o mistério do Paradoxo de Fermi.


Estudo acredita ter decifrado motivo pelo qual© Fornecido por IGN Brasil(Imagem: NASA/Unsplash)

O que os geofísicos estão postulando agora? Há uma parte da fórmula elaborada por Drake que se refere à fração de planetas com vida onde surge vida inteligente. A nova investigação sugere que a necessidade de grandes oceanos, continentes e placas tectônicas também deve ser tida em conta.

A teoria das placas tectônicas

Esta formulação torna-se um objeto de estudo que explica a estrutura e o movimento da litosfera terrestre. Seguindo a proposta, a litosfera (camada mais externa e rígida da Terra, manto superior e crosta) é dividida em várias placas grandes e rígidas chamadas placas tectônicas. Estas placas movem-se lentamente sobre a astenosfera, uma camada plástica mais macia do manto superior da Terra, e eventualmente estes movimentos criam montanhas, vulcões e oceanos.

Abordar esta teoria em detalhe é muito mais complexo, mas para nos dar uma ideia, a sua formulação revolucionou a geologia, fornecendo um quadro coerente para compreender a dinâmica da Terra e as suas mudanças ao longo do tempo geológico. E agora ela mostra que para se ter vida em um planeta é necessário muito mais do que água.


Estudo acredita ter decifrado motivo pelo qual© Fornecido por IGN Brasil
Placas tectônicas dinâmicas foram indispensáveis para a vida na Terra (Imagem: NASA)

Robert Stern, professor da Escola de Ciências Naturais e Matemática da Universidade do Texas em Dallas e principal pesquisador do novo estudo, disse que as placas tectônicas colocam a máquina da evolução em movimentoe achamos que entendemos o porquê. A este respeito, Stern lembra que a vida existe na Terra há cerca de quatro bilhões de anosmas organismos complexos como os animais só apareceram há cerca de 600 milhões de anos, pouco depois do episódio moderno das placas tectônicas.

Em essência, Stern enfatiza a teoria da tectônica de placas. A saber: à medida que as placas se movem, elas criam novos acidentes geográficos, que geram sistemas meteorológicos e novos climas. O intemperismo faz com que os nutrientes cheguem aos oceanos, enquanto o nascimento e a morte de habitats forçam as espécies a evoluir e a se adaptar.

Paradoxo de Fermi

Quando falamos sobre isso estamos nos referindo à aparente contradição entre a alta probabilidade de existência de vida extraterrestre no universo e a falta de evidências ou contato com tais civilizações. Esta contradição nasceu do físico Enrico Fermi, que perguntou: "Onde estão todos?" durante uma conversa informal em 1950. O paradoxo destaca a discrepância entre a expectativa de que o universo deveria estar repleto de vida e a realidade de que não temos qualquer sinal disso.


(Imagem: Getty Images)

O estudo da University of Texas at Dallas (UTDsugere que o problema do paradoxo de Fermi com o tipo de atividade tectônica dos planetas que afeta a evolução biológica foi resolvido. A partir desta linha de argumento, há evidências de que uma mudança da tectônica simples para as placas tectônicas modernas ocorreu entre 1 bilhão e 541 bilhões de anos atrás, o que acelerou o desenvolvimento da vida complexa na Terra.

Quase sempre se sugere que tanto os continentes como os oceanos são necessários para a vida extraterrestre. A infância precisa de água, mas a vida avançada que pode criar tecnologia precisa de terra. Para explicar o paradoxo de Fermi, o trabalho sugere adicionar dois novos fatores à equação de Drake: a fração de planetas habitáveis ​​com grandes continentes e oceanos, e a fração daqueles planetas que têm placas tectônicas há pelo menos 500 milhões de anos.

A explicação é que é raro que os planetas tenham essas duas condições adequadas para civilizações inteligentes. Esta escassez, indica o estudo, poderia explicar porque não encontramos nenhuma evidência deles. Além disso, parte da equação de Drake refere-se à fração de planetas portadores de vida onde surge vida inteligente. A nova pesquisa indica que também deve ser considerada a necessidade de grandes oceanos, continentes e placas tectônicas (estas últimas, como dissemos, com duração de mais de 500 milhões de anos).

Conclusão

O estudo realizado pela Universidade do Texas em Dallas e pelo Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Zurique conclui que, em essência, as placas tectônicas da Terra e a existência de continentes e oceanos são cruciais para a existência de vida avançada. A fragmentação de uma placa grande e única em várias é o que permitiu o surgimento e evolução da vida no nosso planeta.

Adicionando estes fatores à equação de Drake (fração de planetas com continentes e oceanos significativos, e fração com placas tectônicas de longo prazo), os autores argumentam que a probabilidade de encontrar tais planetas é extremamente baixa (menos de 0,00003 a 0,002). Por todas estas razões, esta falta de condições adequadas explicaria a ausência de evidências de civilizações comunicativas ativas que abordem o paradoxo de Fermi.

Por fim, o trabalho conclui que a Terra é o único planeta do sistema solar com placas tectônicas. É muito mais comum que os planetas tenham uma camada externa sólida que não esteja fragmentada, conhecida como tectônica de camada única. Mas a tectônica de placas é muito mais eficaz do que a tectônica de camada única para impulsionar o surgimento de formas de vidas avançadasdizem os pesquisadores.

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IGN Brasil

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sábado, 27 de julho de 2024

Cientistas descobrem misterioso 'oxigênio negro' produzido nas profundezas do oceano Pacífico

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Descoberta coloca em debate a teoria sobre as origens da vida na Terra e pode influenciar regulamentação da exploração mineral em águas profundas.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 27 de julho de 2024 às 14h35m

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Relicanthus sp., uma espécie recém-descoberta de cnidário na zona de fratura de Clarion-Clipperton, no centro do Pacífico, em frente à costa oeste do México. — Foto: Noaa/ABYSSLINE via Craig Smith e Diva Amon
Relicanthus sp., uma espécie recém-descoberta de cnidário na zona de fratura de Clarion-Clipperton, no centro do Pacífico, em frente à costa oeste do México. — Foto: Noaa/ABYSSLINE via Craig Smith e Diva Amon

Nas profundezas do oceano Pacífico, ao largo da costa do México, os cientistas descobriram que o oxigênio não vem de organismos vivos, mas sim de nódulos polimetálicos, uma espécie de pequenas pedras. A descoberta coloca em debate a teoria sobre as origens da vida na Terra, de acordo com um estudo.

Este peculiar "oxigênio negro" é produzido por um processo diferente da fotossíntese, a mais de 4.000 metros de profundidade, na planície abissal da zona de fratura de Clarion-Clipperton, no centro do Pacífico, em frente à costa oeste do México.

Os nódulos polimetálicos são agregados minerais ricos em metais (manganês, cobre, cobalto...) muito procurados pela indústria para fabricação de baterias, aerogeradores ou painéis fotovoltaicos.

Um navio da Associação Escocesa para Ciências Marinhas (SAMS) estava realizando amostragens na área para avaliar o impacto dessa prospecção de metais em um ecossistema que abriga espécies animais únicas, que sobrevivem sem luz.

"Estávamos tentando medir o consumo de oxigênio no fundo do oceano usando câmaras bentônicas", disse à agência AFP Andrew Sweetman, autor principal do estudo publicado na revista "Nature Geoscience".

O processo envolve instalar essas câmaras no sedimento marinho e observar como a concentração de oxigênio na água diminui dentro delas, à medida que é absorvido pela respiração dos organismos vivos.

No entanto, algo inesperado ocorreu: "o oxigênio aumentava na água sobre os sedimentos, em completa escuridão e sem fotossíntese", explicou Sweetman, líder do grupo de pesquisa em ecologia e biogeoquímica de fundos marinhos da SAMS.

Nódulos polimetálicos coletados do oceano. — Foto: FRANZ GEIGER/NORTHWESTERN UNIVERSITY
Nódulos polimetálicos coletados do oceano. — Foto: FRANZ GEIGER/NORTHWESTERN UNIVERSITY

Supresa dos cientistas

A surpresa foi tão grande que os cientistas chegaram a pensar que seus sensores submarinos estavam fornecendo dados incorretos.

Os especialistas repetiram o experimento a bordo do navio para verificar se o fenômeno se repetia. Mais uma vez, observaram que o oxigênio aumentava nas amostras de sedimento, em completa escuridão.

"Detectamos uma tensão elétrica na superfície dos nódulos quase tão alta quanto em uma pilha AA", descreveu Sweetman, comparando os nódulos a "baterias dentro de rochas".

Essas propriedades surpreendentes podem ser resultado de um processo de eletrólise da água, que separa suas moléculas em hidrogênio e oxigênio usando corrente elétrica.

"O descobrimento da produção de oxigênio por um processo diferente da fotossíntese nos leva a repensar como a vida surgiu na Terra", comentou Nicholas Owens, diretor da SAMS.

A visão convencional é que o oxigênio começou a ser produzido há cerca de 3 bilhões de anos por cianobactérias, levando ao desenvolvimento de organismos mais complexos.

"A vida poderia ter começado em lugares diferentes da superfície terrestre e perto da superfície do oceano. Dado que este processo existe em nosso planeta, poderia criar habitats oxigenados em outros 'mundos oceânicos' como Encélado ou Europa (luas de Saturno e Júpiter) e assim criar condições para a vida extraterrestre", sugeriu Sweetman.

Ele acredita que este estudo possibilitará uma melhor regulamentação da exploração mineral em águas profundas, com base em informações ambientais mais precisas.

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