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segunda-feira, 7 de abril de 2025

Reação ao tarifaço mostra que a China está ‘pronta’ para a guerra comercial; entenda

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Para o diretor-executivo do Brasil no FMI, medidas abrem uma possibilidade comercial imensa para a China. A revista britânica “The Economist” defende ainda que medidas criam oportunidades para redesenhar o mapa geopolítico da Ásia.
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Por Yoanna Stavracas, GloboNews

Postado em 07 de Abril de 2.025 às 19h30m

#.* Post. - Nº.\  11.581*.#

EUA x China: quem pode se sair melhor? — Foto: GloboNews
EUA x China: quem pode se sair melhor? — Foto: GloboNews

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez questão de desencadear insegurança nos mercados globais após uma enxurrada de tarifas comerciais impostas a mais de 180 países.

Enquanto os líderes mundiais analisam respostas ao republicano e as bolsas mundiais derretem, a China tenta mostrar ao mundo a confiança no crescimento do país, projetando a imagem de um país estável e pacífico.

Pequim reagiu com força às novas tarifas comerciais impostas pelo republicano, e alertou os EUA que está pronta para lutar em "qualquer tipo" de guerra. Analistas observam que o momento pode ser propício para beneficiar os chineses, se conseguirem se aproveitar da lacuna deixada por Washington.

Para o diretor-executivo do Brasil no FMI, André Roncaglia, as medidas recentes de Trump abrem uma grande oportunidade para a China avançar no comércio exterior, e consolidar seu poder comercial, econômico e financeiro na Ásia.

Alguns países podem sofrer tremendamente até que consigam entrar no processo de negociação. [...] É como se você estivesse na entrada de um shopping e, agora, os EUA colocaram uma catraca. Então você tem que pagar para entrar para poder se beneficiar daquele comércio, defende.

Segundo Roncaglia, é possível que existam agora duas regiões polares que convidem o resto do mundo a negociar com elas, e algumas áreas devem receber mais atenção de Pequim.

Onde acho que a China tem muito poder de avançar é na área tecnológica. A direção que aponta a gestão Trump é de uma deterioração nas condições da produção de conhecimento científico no país, afirmou.

Roncaglia, no entanto, vê limites para o alcance da China.Acho mais difícil que ela avance aqui no hemisfério Ocidental, porque o desenho que a administração Trump vem fazendo cria um polo com forte poder de atração, para que os países da região orbitem em torno dele, afirmou.

EUA e China iniciam cabo de guerra após retaliação tarifária

A revista britânicaThe Economist também traz uma perspectiva positiva para a China. A capa da publicação desta semana traz o famoso boné MAGA, marca da política de Trump, com a inscrição Make China great again (Faça a China grande de novo, em tradução para o português).

No editorial, a revista descreve como os americanos poderiam acabar fazendo a China grande de novo e chama o momento de uma bela grande oportunidade.

O MAGA está pressionando os líderes da China para corrigir seus piores erros econômicos. Também está criando oportunidades para redesenhar o mapa geopolítico da Ásia em favor da China, escreve.

O texto lembra que as exportações ainda representam cerca de 20% do PIB da China, como em 2017, o que prejudicará a economia do país — situação agravada pela tática de Pequim de redirecionar as cadeias de fabricação de empresas para países como o Vietnã, fortemente taxado por Trump.

Mas, apesar da deflação, crise imobiliária e consumo fraco, o editorial defende que a China entra na nova era MAGA mais forte do que no primeiro mandato de Trump.

Xi [Jinping] vem se preparando para o mundo caótico de hoje desde que se tornou líder da China, em 2012. Ele pediu autossuficiência econômica e tecnológica. A China reduziu sua vulnerabilidade aos estrangulamentos americanos, como sanções e controles de exportação.

Um exemplo é o DeepSeek, app de inteligência artificial que supera a performance dos modelos criados pelas gigantes de tecnologia do Vale do Silício, nos EUA. O assistente de IA, desenvolvido por uma startup chinesa, demonstrou a capacidade do país de inovar mesmo diante dos embargos de semicondutores dos EUA.

Xi não tem intenção de preencher o vazio deixado pelo Tio Sam, mas ele tem a chance de expandir a influência da China, especialmente no sul global, afirma o texto.

Capa da revista "The Economist" — Foto: Reprodução
Capa da revista "The Economist" — Foto: Reprodução

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Desextinção do lobo-terrível: empresa diz ter dado vida a espécie extinta há 10 mil anos

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A espécie, natural da América do Norte, seria a primeira a retornar da extinção. Empresa diz ter utilizado DNA extraído de fósseis antigos.
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Por Redação g1

Postado em 07 de Abril de 2.025 às 17h25m

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Rômulo e Remo, da espécie lobo-terrível, que foi desextinta, de acordo com a Colossal Biosciences. — Foto: Colossal Biosciences
Rômulo e Remo, da espécie lobo-terrível, que foi desextinta, de acordo com a Colossal Biosciences. — Foto: Colossal Biosciences

A Colossal Biosciences, empresa que busca trazer de volta animais extintos há milhares de anos, anunciou, nesta segunda (7), a primeira desextinção de uma espécie: o lobo-terrível (dire wolf, em inglês).

Segundo a empresa, a espécie, extinta há mail de 10 mil anos, teria retornado com o nascimento de três filhotes "trazidos de volta à vida usado DNA antigo extraído de resto fossilizado".

Batizados de Rômulo e Remo, a primeira dupla nasceu em 1 de outubro de 2024. Já Khaleesi, o terceiro filhote, nasceu em 31 de janeiro de 2025.

➡️Os lobos-terríveis eram visualmente semelhantes aos lobos cinzentos e aos chacais, apesar de terem uma linha genética distinta. Natural da América do Norte, o registro mais antigo da espécie data de 250 mil anos atrás.

"Este momento marca não apenas um marco para nós como empresa, mas também um salto à para a ciência, a conservação e a humanidade", afirma a empresa em uma postagem no X.
Como foi feita a desextinção

Para trazer a espécie de volta, a Colossal afirma ter utilizado edições genéticas derivadas de um genoma completo de lobo-terrível.

A empresa teria reconstruído o genoma a partir de um DNA antigo encontrado em fósseis que datam de 11,5 mil e 72 mil anos.

Após os nascimentos de sucesso, a empresa acompanhou o desenvolvimento dos primeiros novos integrantes da espécie. Atualmente, os mais velhos estão com cinco meses (Rômulo e Remo) e vivem em um centro de preservação da vida selvagem nos Estados Unidos.

A companhia tem como objetivo se tornar a primeira empresa a utilizar a tecnologia Crispr para trazer de volta à vida espécies já extintas.

➡️O Crispr é uma espécie de "tesoura genética", que permite à ciência mudar parte do código genético de uma célula. Com essa "tesoura", é possível, por exemplo, "cortar" uma parte específica do DNA, fazendo com que a célula produza ou não determinadas proteínas.

Lobo-terrível atualmente, já com cinco meses. — Foto: Colossal Biosciences
Lobo-terrível atualmente, já com cinco meses. — Foto: Colossal Biosciences

Em março deste ano, a Colossal já havia anunciado um avanço em suas pesquisas com a criação de camundongos geneticamente modificados com pelos semelhantes aos dos mamutes-lanosos, espécie extinta há quatro mil anos.

Mas essa seria a primeira vez em que uma espécie teria sido desextinta com todas as suas características originais.

A empresa foi criada em 2021 com o objetivo de "ressuscitar" animais extintos em versões modificadas para buscar o equilíbrio ambiental.

Segundo os pesquisadores da Colossal, o aquecimento global tem aumentado as temperaturas na tundra da Sibéria e da América do Norte, acelerando a liberação de grandes volumes de dióxido de carbono na atmosfera.

Atualmente, a tundra é ocupada principalmente por musgo, mas, na época dos mamutes, havia pastagens. Biólogos acreditam que o mamute desempenhava um papel fundamental nesse ecossistema, ajudando a manter o pasto ao remover musgo, derrubar árvores e fertilizar o solo com seus excrementos.

A ideia é que, com a volta desses animais, esse equilíbrio possa ser restaurado, ajudando a conter as emissões de dióxido de carbono.

Com essa proposta, a empresa vem arrecadando bilhões de dólares desde sua criação. Hoje, as avaliações de mercado indicam que a Colossal vale aproximadamente US$ 10 bilhões (cerca de R$ 58 bilhões na cotação atual).

Desextinção de espécies: ficção ou realidade?

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EUA intensificam ataques contra Houthis, mas grupo parece inabalável

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A história mostra que os Houthis têm uma tolerância extraordinariamente alta à dor e a determinação do governo Trump de erradicar a ameaça que eles representam pode, em última análise, exigir uma ofensiva terrestre  
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Nadeen EbrahimTim Listerda CNN
06/04/2025 às 19:10
Postado em 07 de Abril de 2.025 às 07h00m

#.* Post. - Nº.\  11.580*.#

Rebeldes armados da milícia Houthi. apoiada pelo Irã. participam de uma manifestação contra os EUA e Israel
Rebeldes armados da milícia Houthi. apoiada pelo Irã. participam de uma manifestação contra os EUA e Israel • Osamah Yahya/picture alliance via Getty Images

Há semanas, os ataques aéreos dos EUA têm atingido alvos Houthis no Iêmen, como refinarias de petróleo, aeroportos e locais de mísseis, com o presidente americano Donald Trump prometendo usar “força esmagadora” até que governo atinja seu objetivo de impedir o grupo de atacar navios no Mar Vermelho.

Os Houthis começaram uma série de ataques a navios comerciais em solidariedade com os palestinos quando Israel entrou em guerra na Faixa de Gaza em outubro de 2023. O grupo realizou mais de 100 ataques e afundou duas embarcações. O resultado: 70% dos navios mercantes que antes transitavam pelo Mar Vermelho agora fazem a rota longa ao redor do sul da África.

Os EUA dizem que a operação americana está funcionando. O conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz, disse que vários líderes Houthis foram mortos.

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Mas cada rodada de ataques provoca mais desafio.

Os Houthis são o que um veterano observador do Iêmen chama de texugos da resistência, referindo-se ao mamífero beligerante conhecido por sua atitude destemida em relação aos predadores. Mordido por uma cobra, eles se levantam minutos depois e atacam a cobra.

Embora 80 oficiais militares Houthis possam ter sido mortos, de acordo com analistas, a hierarquia da sua liderança militar e política parece intacta. Assim são pelo menos alguns dos seus locais de lançamento de mísseis. Desde meados de março, os Houthis lançaram uma dúzia de mísseis balísticos contra Israel, além drones e mísseis em navios da marinha dos EUA. Embora nenhum tenha causado grandes danos, a ameaça permanece.

A CNN informou na sexta-feira que o custo total da operação militar dos EUA contra os militantes Houthis apoiados pelo Irã no Iêmen está se aproximando de 1 bilhão de dólares em pouco menos de três semanas, de acordo com três pessoas informadas sobre a operação, mas os ataques tiveram até agora um impacto limitado na destruição das capacidades do grupo.

“Estamos queimando a prontidão – munições, combustível, tempo de implantação”, disse um oficial.

Longe de serem intimidados, os Houthis ameaçaram estender sua gama de alvos para os EAU, que apoiam o governo rival ao grupo na Guerra Civil do Iêmen. Da mesma forma, autoridades sauditas dizem que as defesas aéreas do país estão em alerta máximo.

“As dezenas de ataques aéreos contra o Iêmen não impedirão as Forças Armadas do Iêmen de cumprir seus deveres religiosos, morais e humanitários”, disse um porta-voz Houthi no início desta semana.

Não há dúvida de que a operação dos EUA degradou as capacidades do grupo. Michael Knights, um colega sênior do Instituto de Washington, diz que suspeita que os Houthis “perderam muita capacidade de fabricação de drones, e parece haver uma interdição mais eficaz dos embarques de reabastecimento vindo pelo mar e via Omã. Assim, os militantes não estão confortáveis.”

Mas a história mostra que os Houthis têm uma tolerância extraordinariamente alta à dor. E a determinação do governo Trump de erradicar a ameaça que eles representam pode, em última análise, exigir uma ofensiva terrestre.

“Os Houthis estão acostumados a estar em guerra com um exército do primeiro mundo,” diz Knights. “Eles são ideológicos, mas também são guerreiros tribais muito duros do norte do Iêmen.”

A capacidade dos Houthis de sobreviver é ajudada por uma elaborada rede de contrabando que traz peças de mísseis e outros equipamentos. No ano passado, escondidos entre a carga de um navio interceptado, foram descobertos estruturas aéreas e aletas para foguetes de artilharia, pequenos motores turbojatos e células de combustível de hidrogênio, segundo uma investigação da Conflict Armament Research (CAR).

Esse equipamento poderia permitir que os UAVs houthis carregassem cargas úteis maiores e viajassem por períodos muito mais longos. Isso “ampliaria muito a ameaça potencial colocada pelos houthis”, informou o CAR.

Os Houthis sobreviveram a várias ofensivas durante a longa presidência de Ali Abdullah Saleh no Iêmen, uma ofensiva saudita há dez anos, seguida por ataques aéreos israelenses, britânicos e americanos mais recentes.

Ahmed Nagi, um analista sênior sobre o Iêmen no Grupo de Crise Internacional, diz que Israel e as potências ocidentais não têm uma compreensão profunda dos Houthis. “Sua liderança opaca e estrutura interna criaram lacunas persistentes na inteligência.”

Outra especialista do Iêmen, Elisabeth Kendall, questiona o fim da operação dos EUA. “Os houthis foram bombardeados dezenas de milhares de vezes ao longo da última década e permanecem firmes. Assim, fica-se pensando que o bombardeio é em grande parte performativo: vamos mostrar ao mundo – vamos fazê-lo porque podemos.”

Coagir os Houthis, disse Knights à CNN, é “muito, muito difícil.”

“Eles são um movimento extremamente agressivo. A melhor maneira de acabar com eles permanentemente é derrubá-los, removê-los da capital, removê-los da costa do Mar Vermelho.”

Fontes diplomáticas regionais, bem como analistas, dizem que, em última análise, apenas uma ofensiva terrestre pode desalojar os Houthis, que atualmente controlam a capital iemenita, Sanaa, seu principal porto, Hodeidah, e grande parte do norte do Iêmen.

Ahmed Nagi, analista sênior sobre o Iêmen no Grupo de Crise Internacional, diz que os EUA estão errados ao acreditar que ataques aéreos podem compelir os Houthis a recuar. “Esta abordagem falhou sob a administração de Biden e é improvável que tenha sucesso sob a administração de Trump.”

“Sua lógica é moldada por anos de guerra; eles veem a resiliência como uma forma de força e são levados a provar que não são facilmente dissuadidos.”

“As únicas vezes que vi os Houthis irem à mesa de negociações ou se comprometerem foi quando foram ameaçados com a perspectiva realista da derrota no terreno: perda territorial, perda de controle das populações e perda de acesso ao litoral do Mar Vermelho”, disse Knights.

Isso aconteceu brevemente em 2017, quando forças apoiadas pelos Emirados Árabes Unidos ameaçaram o acesso dos Houthis ao Mar Vermelho, crítico para as receitas e os suprimentos militares.

O grupo pode realmente estar desfrutando de ataques dos EUA. Eles são uma “resposta direta às preces dos Houthis de ter uma guerra com os EUA”, disse Farea Al-Muslimi, pesquisadora iemenita da Chatham House. O grupo “quer arrastar os EUA para uma escalada regional maior.”

Uma ofensiva terrestre

Os Houthis estão lutando pelo controle do Iêmen contra o governo internacionalmente reconhecido que controla parte do sul e é apoiado principalmente pelos EAU. A questão não respondida é se as forças leais a esse governo podem levar a luta para os Houthis. “Eles já estão treinados e equipados,” diz Knights. Mas há dúvidas sobre sua unidade.

Os analistas não esperam que os EUA coloquem quaisquer tropas no terreno, além de um punhado de forças especiais para ajudar ataques aéreos diretos. Os EUA talvez forneçam [forças iemenitas] “um pouco de logística e certas munições-chave”, diz Knights.

Os Emirados Árabes Unidos seriam “silenciosamente solidários” como há muito tempo forneceram ao governo baseado em Aden, acrescenta.

A perspectiva saudita é menos clara. Os cavaleiros acreditam que Riade está apreensivo sobre o Houthis retaliar com drones de longo alcance e mísseis contra sua infraestrutura. Mas os EUA aceleraram as entregas de defesas antimísseis à Arábia Saudita nos últimos meses.

Os EUA terão de dizer a Riade: “Nós vamos protegê-lo da mesma forma que protegemos Israel em 2024 das duas rodadas de ataques iranianos”, diz Knights.

Fontes diplomáticas regionais dizem que estão em andamento os preparativos para uma operação terrestre que seria lançada a partir do sul e leste, bem como ao longo da costa. Uma ofensiva coordenada também poderia envolver o apoio naval saudita e dos EUA em uma tentativa de retomar o porto de Hodeidah.

“Ainda não está claro se tal operação é viável, já que a década passada mostrou resultados mistos, sucessos em algumas áreas e fracassos em outras”, disse Nagi à CNN.

A ligação com o Irã

Desde o primeiro dia, o presidente Donald Trump e outros funcionários dos EUA associaram a campanha contra os Houthis ao Irã. Trump disse que responsabilizaria o Irã por “todos os tiros” disparados pelos rebeldes e que enfrentaria consequências “terríveis” para qualquer ataque dos militantes iemenitas.

Até agora não está claro se Teerã pode simplesmente ordenar que os Houthis parem de atirar. Embora parte do eixo de resistência do Irã, os Houthis mantêm uma autonomia considerável.

Trump continua alertando o Irã que enfrentará uma operação massiva de bombardeio se ele não fizer um acordo para limitar seus programas nucleares e de mísseis balísticos. Para a administração americana, a campanha dos houthis e a campanha da “pressão máxima” em Teerã são dois lados da mesma moeda.

Os iranianos estão pisando com cuidado, oferecendo apoio moral ao seu aliado no Iêmen. O ex-comandante dos Guardas da Revolução Iraniana, Mohsen Rezaee, saudou “as forças de resistência do Iêmen descalços, que trarão os navios de guerra avançados americanos aos seus joelhos.”

Mas a liderança iraniana não quer ser vista fornecendo mais apoio militar para os Houthis.

Os EUA parecem prontos para expandir sua campanha. Bombardeiros B-2 e aviões de reabastecimento KC-135 chegaram à ilha de Diego Garcia, no Oceano Índico. Isso pode gerar ataques contra alvos no Iêmen, mas também pode ser um sinal para o Irã.

As próximas semanas podem ser um teste crucial da resiliência dos texugos.

domingo, 6 de abril de 2025

Waack: Trump não percebe o buraco que cavou para si

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Economistas de várias tendências preveem que o "tarifaço" vai, na verdade, libertar os americanos de suas poupanças, empregos e salários; além disso, fará subir imediatamente a inflação
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William Waack
03/04/2025 às 22:02 | Atualizado 03/04/2025 às 22:27
Postado em 06 de Abril de 2.025 às 08h00m

#.* Post. - Nº.\  11.579*.#

O mínimo que se disse sobre o tarifaço de Trump é que se trata de uma ação ingênua, contraproducente, ignorante dos fundamentos da economia, mal calibrada, desnecessária, perigosa e destrutiva.

E o tom só aumenta: uma demonstração de extraordinária estupidez.

A péssima reação dos mercados — ou seja, dos investidores — ao redor do mundo tem todos esses componentes. E provavelmente mais um. A maneira como a Casa Branca chegou às tarifas que impôs, sobretudo na Ásia, foi por meio de um cálculo tosco, em um nível de amadorismo comparável à discussão que os principais assessores de Trump para defesa nacional levaram adiante sobre planos de guerra em um aplicativo de mensagens comercial. Seria apenas engraçado, não fossem as consequências destruidoras para a ordem internacional em geral — e não apenas para o sistema internacional de comércio.

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Para os Estados Unidos, economistas de várias tendências preveem que o tarifaço — apelidado de Dia da Libertação — vai, na verdade, libertar os americanos de suas poupanças, empregos e salários. Além disso, fará subir imediatamente a inflação, enquanto diminui a taxa de crescimento da economia.

O dano no resto do mundo já é descrito como imenso, pois engloba desde a quebra de confiança até a destruição de alianças militares e uma guerra comercial. Trump foi descrito hoje até mesmo pelo American Enterprise Institute, uma famosa instituição conservadora, como umanalfabeto em economia — alguém que não entendeu as causas do déficit comercial americano (basicamente, um país que consome mais do que investe) e não consegue ler os sinais de perigo à frente, nem mesmo para si mesmo.

Tópicos

Como vive a tribo isolada que um turista americano tentou contatar antes de ser preso

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A Sentinel Island é o lar de uma das tribos mais isoladas do mundo.
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TOPO
Por BBC

Postado em 06 de Abril de 2.025 às 06h00m

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Os pesquisadores estimam que não há mais de 200 indígenas na tribo da Ilha Sentinela do Norte — Foto: INDIAN COASTGUARD/SURVIVAL INTERNATIONAL
Os pesquisadores estimam que não há mais de 200 indígenas na tribo da Ilha Sentinela do Norte — Foto: INDIAN COASTGUARD/SURVIVAL INTERNATIONAL

Pouco se sabe sobre os habitantes da Ilha Sentinela do Norte, localizada no meio do Oceano Índico. Não se sabe que idioma eles falam, nem o número exato de indígenas que vivem isolados nesse local a 1.200 km da Índia continental.

O mistério que envolve essa pequena tribo levou vários curiosos a tentar se aproximar deles, algo que as organizações de povos indígenas descrevem como uma "nova e crescente ameaça" para a população local.

Especialmente depois do que aconteceu em 31 de março, quando Mykhailo Viktorovych Polyakov, um turista americano de 24 anos, desembarcou na ilha sem autorização.

Em mais uma tentativa de um visitante de conhecer membros dessa comunidade, Polyakov não apenas registrou parte de sua jornada, mas também deixou uma lata de refrigerante e um coco na praia.

Como a entrada é restrita - por uma lei de 1956 que busca proteger a integridade dos habitantes locais - as autoridades indígenas locais detiveram o jovem americano.

"Os influenciadores são vistos como uma ameaça crescente a essa tribo indígena isolada", disse à BBC Mundo a jornalista da BBC Marathi Janhavee Moole, de Mumbai.

Antropólogos e ativistas indígenas expressaram preocupação com as tentativas de alguns indivíduos de entrar em contato com a tribo nos últimos anos. Eles acreditam que a tribo já deixou claro mais de uma vez seu desejo de não ter contato com pessoas de fora e exigem que isso seja respeitado.

A Survival International, uma organização de direitos indígenas, alegou que o americano colocou em risco sua própria vida e a da tribo com sua visita.

Ele também descreveu o fato como "profundamente perturbador" e alertou que os influenciadores representam uma "nova e crescente ameaça" para essas tribos.

Por sua vez, as autoridades dos EUA disseram que estão cientes do caso e que irão "monitorar de perto a situação".

Mas quem são os habitantes de Sentinel e qual é o risco de visitá-los?

Isolada da Índia

Essa tribo vive em uma pequena ilha chamada North Sentinel Island no arquipélago de Andaman e Nicobar, um grupo de ilhas a cerca de 1.200 km da Índia continental.

Nelas vivem cinco tribos consideradas "particularmente vulneráveis". Entre elas estão os Jarawa e os Sentinelenses do Norte, que permanecem em grande parte isolados do resto do mundo.

O pouco que se sabe sobre eles é que migraram da África há cerca de 60.000 anos, são uma das poucas tribos de caçadores-coletores do mundo e habitam uma pequena área de selva.

Os especialistas estimam que entre 50 e 200 pessoas compõem a tribo, embora não se saiba o número exato. Sua cultura ainda não é conhecida, nem mesmo seu idioma, que é nitidamente diferente dos outros idiomas das ilhas próximas.

Eles também se distinguem pelo uso de arcos e flechas, ferramentas com as quais caçam e se defendem, e têm se mostrado hostis aos forasteiros.

"Os Sentinelenses são conhecidos por sua hostilidade contra qualquer estrangeiro. Eles tendem a evitar qualquer tentativa de contato e, em algumas ocasiões, responderam com força letal", diz Moole.

Em 1974, um cineasta visitante foi atingido na perna por uma flecha em chamas enquanto sua equipe tentava filmar um documentário para a National Geographic.

E em novembro de 2018, John Allen Chau, um americano de 27 anos, foi morto pela tribo depois de visitar a ilha.

As autoridades locais disseram que o jovem era um missionário cristão.

Ele foi alvejado com arcos e flechas. Relatos da época sugeriam que ele havia subornado pescadores para levá-lo à ilha.

As tentativas de entrar em contato com os moradores fracassaram. — Foto: INDIAN COASTGUARD/SURVIVAL INTERNATIONAL
As tentativas de entrar em contato com os moradores fracassaram. — Foto: INDIAN COASTGUARD/SURVIVAL INTERNATIONAL

Ilhas estratégicas

Pesquisadores indígenas realizaram alguns estudos e tentaram estabelecer contato com a tribo.

Em 1991, eles distribuíram alguns presentes doces, como cocos, e tentaram se comunicar em linguagem de sinais, mas não obtiveram uma boa resposta. Como resultado, pouco tempo depois, o governo indiano abandonou essas expedições e proibiu a entrada de pessoas de fora da ilha.

Após o tsunami de 2004, o governo fez um reconhecimento para se certificar de que os habitantes da ilha estavam vivos, mas quando os helicópteros sobrevoaram a ilha, os habitantes locais atiraram neles com flechas.

O grupo de ilhas, do qual o Sentinel faz parte, é estrategicamente importante para a Índia, pois está localizado na Baía de Bengala, próximo às principais rotas marítimas do Indo-Pacífico.

Dessa forma, esse local é estabelecido como um ponto estratégico para monitorar o tráfego marítimo no Estreito de Malaca, uma rota comercial importante para muitos países, inclusive a China.

Por esse motivo, a Índia tem procurado construir um porto internacional de transbordo de contêineres semelhante ao de Hong Kong na região. No entanto, muitos acreditam que esses projetos podem representar uma ameaça existencial para a tribo.

As Ilhas Andaman e Nicobar ficam na costa leste da Índia. — Foto: Getty Images via BBC
As Ilhas Andaman e Nicobar ficam na costa leste da Índia. — Foto: Getty Images via BB

O risco de visitas à tribo

Os habitantes dessa tribo viveram em isolamento quase total por dezenas de milhares de anos.

Isso significa que eles provavelmente não têm imunidade a doenças comuns, como gripe ou sarampo.

Por esse motivo, as visitas foram proibidas desde 1956 devido ao risco de a tribo ser contaminada por doenças de fora da comunidade.

Nesse sentido, a guarda costeira indiana mantém um olhar atento sobre a área ao redor da ilha para evitar que os curiosos se aproximem do local.

"Aproximar-se deles pode ser fatal, já que eles geralmente não recebem pessoas de fora e já demonstraram hostilidade contra qualquer um que se aproxime no passado", diz Moole, de Mumbai.

É a crescente exposição da tribo que preocupa os grupos de proteção indígena.

Os Jarawa, juntamente com o povo Sentinel, são uma das tribos mais isoladas do mundo. — Foto: Getty Images via BBC
Os Jarawa, juntamente com o povo Sentinel, são uma das tribos mais isoladas do mundo. — Foto: Getty Images via BBC

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