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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Cientistas descobrem barata da América do Sul que brilha no escuro


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Espécie rara gera luz em áreas da cabeça como forma de defesa natural.
Bioluminescência serve para imitar besouro que produz toxina, diz estudo.

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24/08/2012 06h00 - Atualizado em 24/08/2012 11h17
Do Globo Natureza, em São Paulo
Uma espécie rara de barata que brilha no escuro foi descoberta na América do Sul por cientistas europeus. Eles estudavam a bioluminescência, capacidade dos animais de produzir luz, quando identificaram o animal.

A barata Lucihormetica luckae foi encontrada na encosta de um vulcão no Equador, segundo a pesquisa, publicada na revista científica "Naturwissenschaften" (Ciências Naturais, na tradução do alemão). O animal bioluminescente gera luz em três áreas de sua cabeça: em dois pontos maiores, que dão a aparência de serem olhos, e um ponto bem pequeno no lado direito da cabeça.
 Barata que brilha no escuro imita besouro como forma de camuflagem e defesa de predadores (Foto: Peter Vršanský/"Naturwissenschaften"/Divulgação) Barata que brilha no escuro imita besouro como forma de camuflagem contra predadores (Foto: Peter Vršanský/"Naturwissenschaften"/Divulgação)

A luz gerada pela barata segue o mesmo padrão de um inseto encontrado no Brasil, o besouro-clicador (também chamado de barata-de-estalo ou elaterídeo), de acordo com o cientista Peter Vršanský, da Academia de Ciências da Eslováquia, um dos responsáveis pela pesquisa.

Como a Lucihormetica luckae não tem veneno, a conclusão a que os cientistas chegaram é que o animal imita o besouro, que também é bioluminescente e possui toxinas. A imitação ocorre como forma de defesa natural. Esta é a primeira espécie em que a bioluminescência é usada com finalidade de defesa, avalia Vršanský no estudo.

O estudo aponta ainda que a luminescência das baratas descobertas está ligada à presença de bactérias específicas nos pontos da cabeça de onde a luz é emitida.

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