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sábado, 4 de fevereiro de 2023

'Cobra DiCaprio': fétida e comedora de lesmas, nova espécie já está em risco por causa da mineração

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Além de DiCaprio, outro conservacionista e a associação sem fins lucrativos Nature and Culture Internacional também puderam escolher os nomes de outras espécies de cobras.
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Por Júlia Putini, g1

Postado em 04 de fevereiro de 2023 às 09h05m

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Sibon irmelindicaprioae, em homenagem à mãe de Leonardo DiCaprio, é a mais rara. Ela vive nas selvas Chocó-Darién do leste do Panamá e oeste da Colômbia. — Foto: Reprodução/Alejandro Arteaga
Sibon irmelindicaprioae, em homenagem à mãe de Leonardo DiCaprio, é a mais rara. Ela vive nas selvas Chocó-Darién do leste do Panamá e oeste da Colômbia. — Foto: Reprodução/Alejandro Arteaga

Nas florestas do Equador, Colômbia e Panamá, cinco novas espécies de cobras foram descobertas e os resultados das pesquisas sobre elas foram divulgados no fim de janeiro.

Entre elas, uma teve o nome de batismo inspirado indiretamente no ator Leonardo DiCaprio, graças ao trabalho da celebridade em prol da conservação do meio ambiente.

A cobra de olhos e manchas vermelhas, Sibon irmelindicaprioae, recebeu o nome em homenagem à mãe do astro, Irmelin.

Com cerca de 38 centímetros de comprimento, ela passa as noites nas folhas das palmeiras a três metros acima do solo, procurando caracóis e lesmas.

Essa espécie vive nas árvores de selva entre Equador e Colômbia, região na qual a atividade mineradora cresceu muito nos últimos três anos, fazendo com que a espécie recém-descoberta seja ameaçada de extinção.

Extremamente dócil, a cobra se defende sem atacar, apenas se enrolando em torno da própria cabeça e exalando um odor fétido.

Além da Sibon irmelindicaprioae: também foram descritas nos estudos a cobra-caracol dossel (Sibon dossel), cobra comedora de caracóis de Marley (Sibon marleyae), cobra comedora de caramujos de Vieira (Sibon vieirai) e cobra comedora de caracóis de Welborn (Dipsas welborni).

Sob risco no Equador e Colômbia

A cobra Sibon marleyae, com tons vermelhos, laranjas, amarelos e marrom, foi batizada em homenagem à filha do conservacionista Brian Sheth. Ela foi descoberta nas florestas tropicais de Chocó, uma das mais úmidas e intocadas do Equador e Colômbia. (Veja abaixo)

Sibon marleyae, em homenagem à filha do conservacionista Brian Sheth, foi descoberta nas florestas tropicais de Chocó mais úmidas e intocadas do Equador e da Colômbia. — Foto: Reprodução/Eric Osterman
Sibon marleyae, em homenagem à filha do conservacionista Brian Sheth, foi descoberta nas florestas tropicais de Chocó mais úmidas e intocadas do Equador e da Colômbia. — Foto: Reprodução/Eric Osterman

As áreas montanhosas da floresta amazônica superior e as selvas de Chocó-Darién são mundialmente conhecidas pelas novas espécies continuamente descobertas na região, rica em biodiversidade.

Em um estudo publicado em 25 de janeiro na revista científica ZooKeys, voltada para a pesquisa de biodiversidade, os pesquisadores descreveram as cobras e relataram como a mineração de ouro e cobre na região ameaça outras espécies desse réptil.

Atividades de mineração de ouro na província de Napo, Equador. — Foto: Reprodução/Ivan Castaneira
Atividades de mineração de ouro na província de Napo, Equador. — Foto: Reprodução/Ivan Castaneira

Durante a pandemia, a mineração ilegal atingiu um nível crítico e está dizimando as populações de cobras que vivem nas árvores.

Sibon canopy foi nomeada em homenagem ao sistema de reservas Canopy Family. — Foto: Reprodução/Alejandro Arteaga
Sibon canopy foi nomeada em homenagem ao sistema de reservas Canopy Family. — Foto: Reprodução/Alejandro Arteaga

Isso ocorre por dois fatores:

  • Essas cobras são arborícolas, ou seja, não podem sobreviver em áreas sem vegetação;
  • Elas se alimentam exclusivamente de lesmas e caracóis, que vivem em córregos e rios que vão diminuindo devido à poluição dos corpos d'água.
Dipsas welborni recebeu o nome de David Welborn, ex-membro do conselho da fundação Nature and Culture International — Foto: Reprodução/Alejandro Arteaga
Dipsas welborni recebeu o nome de David Welborn, ex-membro do conselho da fundação Nature and Culture International — Foto: Reprodução/Alejandro Arteaga

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