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quarta-feira, 19 de julho de 2017

Economia do Brasil deve continuar se estabilizando, mas crise política preocupa, diz Moody's

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Agência de risco mantém projeções para o país, mas afirma que as dificuldades do governo em aprovar a reforma da Previdência podem atrasar a recuperação.

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Por Karina Trevizan, G1

A agência internacional de risco Moody’s disse nesta terça-feira (18) que a economia do Brasil deve continuar se estabilizando neste ano, mas a crise política pode dificultar a recuperação na medida em que reduz a capacidade do governo em aprovar no Congresso reformas para reequilibrar as contas públicas.

A Moody’s destaca as dificuldades de aprovação da reforma da Previdência como a principal preocupação em relação ao cenário político conturbado. Um fracasso para passar essas reformas enfraqueceria a força fiscal do Brasil, diz a agência, apontando que que os gastos do governo apresentam um crescimento insustentável.

A aprovação da reforma da Previdência, ainda segundo a Moody’s, poderia melhorar a confiança do investidor e dar suporte à uma recuperação econômica em 2017 e 2018. No entanto, se nenhuma reforma for tomada em um intervalo entre 12 e 18 meses, o sentimento do investidor poderia se tornar mais negativo, abalando as projeções econômicas.

A agência piorou em maio a perspectiva para a nota de crédito do Brasil, de estável para negativa, ou seja, com previsão de cortes. O motivo apontado foi o aumento dos riscos políticos e as denúncias de corrupção envolvendo o presidente Michel Temer. A nota atualmente é Ba2, na categoria de especulação. O Brasil perdeu em 2016 o grau de investimento pela agência, uma espécie de selo de bom pagador.

Mesmo após o agravamento das turbulências políticas a partir das delações da JBS, em maio, a Moody’s manteve sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2017, estimando alta entre 0,5% e 1%. Já as outras agências internacionais de risco, Fitch e Standard&Poor’s, pioraram suas estimativas.
Classificações das agências de risco (Foto: Arte G1)
Classificações das agências de risco (Foto: Arte G1)
Moody’s 
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