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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Náufrago salvadorenho chega às Ilhas Marshall para atendimento médico


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Homem desembarca com barba espessa e caminhando com dificuldade
Ele afirma ter sobrevivido comendo peixes e aves capturados com as mãos e bebendo sangue de tartaruga

O náufrago José Salvador Alvarenga desembarca em Majuro, nas Ilhas Marshall: ele afirma ter ficado mais de um ano à deriva
Foto: GIFF JOHNSON / AFP
O náufrago José Salvador Alvarenga desembarca em Majuro, nas Ilhas Marshall: ele afirma ter ficado mais de um ano à deriva GIFF JOHNSON / AFP
ILHAS MARSHALL - Com uma barba espessa, segurando uma latinha de Coca-Cola e caminhando com dificuldade, o náufrago que afirma ter ficado mais de um ano à deriva no Oceano Pacífico após zarpar do México desembarcou nesta segunda-feira em Majuro, capital das Ilhas Marshall.

Segundo ele, seu nome é José Salvador Albarengo, nasceu em El Salvador e sobreviveu parte do tempo em alto mar bebendo sangue de tartaruga. Um enfermeiro teve que ajudá-lo a desembarcar, após a viagem de 22 horas desde o atol de corais de Ebon. Cerca de mil pessoas aguardavam para ver a chegada do náufrago, que sorriu e acenou antes de ser levado para um hospital onde se submeterá a exames médicos.

“Eu não sabia que hora era, qual era o dia”, disse no hospital ao jornal britânico “The Telegraph”. “Só sabia quando era dia ou noite... nunca vi terra. Só oceano.”
José tem 37 anos e afirma ter zarpado do México no fim de 2012 com um companheiro, que morreu no mar, para pescar tubarões. 

Eles estavam em uma pequena embarcação de fibra de vidro, de 7,3 metros, cujos motores perderam as hélices. Ele conta ter se alimentado de peixes e aves, que teria apanhado apenas com as mãos.

O náufrago disse ter pensado em se matar quando o companheiro de viagem, Ezekiel, morreu após quatro meses no mar. Segundo ele, Ezekiel se recusava a comer.
“Por quatro dias, eu quis me matar. Mas não pude fazê-lo”, contou ao jornal.

Ele foi encontrado a 10 mil quilômetros de distância, desorientado, em um remoto atol de corais com o qual havia topado no fim de semana. Ele tinha acabado de matar um passarinho para comer quando viu árvores.

- Ele saiu do barco com uma barba bem grande - contou o cineasta Jack Niedenthal, que vive em Majuro. - Ele está com dificuldades para caminhar, suas pernas estão muito finas. 

Não estou pronto para chamar isso de farsa, acho que esse sujeito passou um bom tempo no mar.
Relatos iniciais indicaram que José seria mexicano, considerando que o barco que ficou à deriva saiu do país. 

Nesta segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores do México informou que José nasceu no povoado de Garita Palmera, em Ahuachapán, em El Salvador. Ele morava em Tonalá, no estado mexicano de Chiapas - de onde saiu o barco - mas não tinha nenhum parente no México.

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