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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Concurso de organização americana elege os melhores arranha-céus do mundo

 

Concurso...



INTERNACIONAL    --\--   ECONOMIA



Karine Tavares

 
 
Vencedor das Américas, prédio nova-iorquino tem fachada metálica ondulada e plantas diferentes em casa aparamento/ Fotos de divulgação (CTBUH)

!^*=%=*^! RIO - Para quem tem, como os cariocas, imponentes montanhas cercando a cidade, pode até parecer estranho olhar para o alto e admirar arranha-céus. Mas os gigantes de concreto são levados tão a sério que já existe um concurso internacional para eleger os melhores do ano. Realizado pelo Conselho de Grandes Edifícios e Habitat Urbano (ou Council on Tall Buildings and Urban Habitat, CTBUH) - organização de Chicago, também responsável por definir o prédio mais alto do mundo -, o Prêmio para o Melhor Arranha-Céu reconhece os melhores de quatro regiões: Ásia e Austrália, Europa, Américas e Oriente Médio e África.

E a edição do prêmio deste ano já tem seus quatro finalistas, eleitos por um júri formado por arquitetos de diferentes países. O representante das Américas é o "Eight Spruce Street", projetado pelo arquiteto Frank Gehry, em Nova York. Pela Ásia, concorre o "Guangzhou International Finance Center", de Wilkinson Eyre, na China. O vencedor da Europa é o "KfW Westarkade", projetado por Sauerbruch Hutton, em Frankfurt. E "The Index", de Norman Foster, erguido em Dubai, completa a lista. Em novembro, um deles será escolhido como o melhor do mundo.

O design é um dos critérios avaliados. Mas, não o único. Técnicas inovadoras, em especial as que levam em conta a sustentabilidade, e a contribuição futura que esses prédios podem oferecer tanto às cidades onde estão quanto a seus moradores também são atributos avaliados.

Mais baixinho dos concorrentes, o alemão KfW é também o mais eficiente em termos energéticos: gasta metade da média dos prédios europeus

- O uso inovador de materiais, a redução de água e energia (ou adoção de alguma fonte alternativa) e os efeitos positivos para os habitantes são essenciais. Os prédios devem demonstrar relevância para a comunidade onde estão localizados tanto agora como futuramente - explica Steve Henri, responsável pelo marketing do CTBUH, por e-mail, de Chicago.

Segundo o arquiteto Richard Cook, presidente do júri, este ano os competidores eram tão fortes que poderiam ter vencido em edições anteriores do prêmio, criado em 2007. O número de inscrições também foi recorde: 88 em todo o mundo. Entre eles, estava o paulista Eco Berrini, prédio comercial de 36 andares na Avenida Berrini, uma das mais importantes da capital, que acaba de ser entregue e ganhou o selo Leed Gold, de sustentabilidade.

- É o segundo ano consecutivo que somos convidados a participar do concurso - ano passado, inscrevemos o Ventura Tower, do Rio. Desta vez, chegamos a ficar entre os semifinalistas das Américas, o que é um grande reconhecimento, já que o concurso reúne grandes nomes da arquitetura mundial - comemora André Navarro, do escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos, responsável pelo projeto do Eco Berrini.

Design e inovações nas fachadas contam pontos

Mas o que impressionou os jurados e tirou da jogada o prédio brasileiro? A fachada metálica ondulada do edifício nova-iorquino é certamente uma das explicações. Considerado pelo júri como um típico arranha-céu de Nova York, o "Eight Spruce Street", que tem 76 andares e foi projetado pelo arquiteto Frank Gehry, tem cada apartamento com uma planta diferenciada, por conta das irregularidades da fachada.

O chinês Ghagzhou tem formato aerodinâmico que minimiza a ação do vento

Já o "Guangzhou International Finance Center", na China, levou a melhor por seu formato aerodinâmico: o edifício alcança sua maior largura, após percorrer um terço de sua altura (440 metros ou 103 andares), e vai afinando até o topo. Isso permite que o prédio sofra menos com a ação do vento, reduzindo também a necessidade de uma estrutura mais complexa.

- Ele tem uma elegante simplicidade tanto na forma quanto na estrutura - disse Antony Wood, um dos jurados.

Escolhido como o melhor europeu, o "KfW Westarkade" é um baixinho perto dos outros concorrentes: tem apenas 56 metros (14 andares), mas é considerado um dos mais eficientes do mundo, já que utiliza metade da energia normalmente usada por edifícios comerciais europeus, ou um terço dos norte-americanos. Sua fachada dupla auxilia na ventilação natural e sua forma bloqueia parte da luz solar.

Já o projeto de "The Index", o vencedor da África e Oriente Médio, permite que quem está do lado de fora veja a organização interna do prédio. Com 326 metros e 80 andares (sendo 25 de escritórios), o prédio tem 520 apartamentos de luxo e um lobby com pé-direito duplo com vista para toda a cidade de Dubai. No térreo, uma área aberta facilita a socialização de trabalhadores e moradores.
Só basta saber quem leva a melhor na final em novembro. Faça suas apostas!

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