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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Após acordo, carretas de urânio podem seguir para Caetité, na BA

População bloqueou passagem de material radioativo na segunda-feira (16).
Por segurança, dia e hora do transporte não foram divulgados pela INB.


Do G1 BA

$$=$$ A Comissão Institucional Provisória resolveu, após quatro horas de negociação na tarde de quinta-feira (19), que as 90 toneladas de material radioativo estacionadas provisioriamente na cidade de Guanambi irão para as instalações da INB (Indústrias Nucleares do Brasil), localizada no município de Caetité, a 757 km de Salvador.
As nove carretas que transportavam a carga estão paradas há cinco dias no pátio da Polícia Militar de Guanambi, a 688 km de Salvador, depois que a população impediu que elas se dirigissem até a mina de urânio da INB, em Caetité, na segunda-feira (16).

Representantes do Ibama, da Comissão Nacional de Energia Nuclear, do INB e membros da população de Caetité e Guanambi, que formaram a Comissão Provisória, firmaram o termo de compromisso, que prevê que a carga ficará lacrada até que sejam realizados todos os requisitos de segurança dos trabalhadores da INB e dos meio ambiente.

Será formada uma Comissão Permanente para acompanhamento, diálogo e fiscalização, a ser criada pela Prefeitura Municipal de Caetité e integrada por representantes dos movimentos sociais organizados. Outro ponto decidido é a revisão do plano de comunicação social da INB, que será requerido pelo Ibama, com participação dos membros da Comissão Institucional Provisória.

O dia e a hora em que os contâiners com urânio serão levados de Guanambi para Caetité não foram divulgados, por motivo de segurança.

Ministério Público

Impasse com a carga de urânio no sudoeste do estado da Bahia continua (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Carretas estacionadas em Guanambi
(Foto: Reprodução/TV Bahia)
 
Ainda na quinta-feira foi instaurado um inquérito civil público com o objetivo de investigar a origem, as características, a finalidade e o destino final da carga radioativa pelo Ministério Público Federal (MPF) em Guanambi.
De acordo com o procurador da República Vladimir Aras, o prazo normal de duração de um inquérito é de 30 dias, mas como algumas ações foram adotadas antecipadamente – a exemplo do ofício que foi encaminhado para as Indústrias Nucleares Brasileiras (INB) na última segunda-feira, solicitando esclarecimentos sobre a carga transportada – este caso especificamente vai durar de 10 a 15 dias para ser concluído.

Entre as informações que estão sendo apuradas, está a de que o MPF de São Paulo teria determinado a retirada do material de lá e por isso ele teria sido encaminhado para a Bahia.

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