Total de visualizações de página

segunda-feira, 30 de junho de 2025

'Drone mosquito': conheça o 'nanoespião' da China capaz de atuar no campo de batalha

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Pequim quer usar minúsculo espião em atividades de inteligência e combate. Minidrones potentes são cada vez mais requisitados no campo de batalha. Mas tecnologia ainda não é tão acessível assim.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
TOPO
Por Deutsche Welle

Postado em 30 de Junho de 2.025 às 12h50m

#.* --  Post. - Nº.\  11.701  --  *.#

Drone 'mosquito', desenvolvido pela China e exibido em reportagem na TV chinesa. — Foto: CCTV/ SCMP via DW
Drone 'mosquito', desenvolvido pela China e exibido em reportagem na TV chinesa. — Foto: CCTV/ SCMP via DW

O sonho de todo serviço secreto parece uma mosca, tem duas asas translúcidas, um corpo miúdo e três perninhas. Mas não é um inseto, e sim um minidrone desenvolvido pela Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa (NUDT) da China.

O minúsculo equipamento foi projetado para uso em operações militares e de inteligência, segundo o jornal "South China Morning Post", de Hong Kong. Ele foi apresentado em uma reportagem recente do canal militar CCTV7, parte da rede de emissoras estatais controladas pelo governo chinês.

"Aqui na minha mão está um robô parecido com um mosquito. Minirrobôs biônicos como este são especialmente indicados para obtenção de informações e operações especiais no campo de batalha", afirmou à CCTV7 Liang Hexiang, pesquisador da NUDT que também desenvolve robôs humanoides.

A reportagem também exibiu o protótipo de um outro minidrone com quatro asas que pode ser controlado por um smartphone.

Corrida militar pelo menor drone

A reportagem do CCTV7 surpreendeu não só pela demonstração dos avanços dos militares chineses no setor de tecnologia robótica, mas também pela revelação pública da existência do minúsculo drone espião.

Ao redor do mundo, militares trabalham há anos no desenvolvimento de drones cada vez menores e mais potentes. O processo é complexo, já que requer a acomodação de diversos componentes, como microfones, câmeras, controles e baterias.

Ao mesmo tempo, o produto final precisa ser silencioso, robusto, potente e capaz de percorrer grandes distâncias.

A fabricação de minidrones também demanda conhecimentos específicos em diversas disciplinas, como robótica, ciência de materiais e sensores – expertise técnica disponível principalmente em instalações militares.

Muito semelhante a modelo americano

Mas não são só os militares da China que investem pesado no desenvolvimento de drones minúsculos inspirados em abelhas, vespas ou mosquitos.

O modelo chinês da NUDT lembra o "RoboBee", um drone de cerca de três centímetros de tamanho que foi apresentado em 2013 por pesquisadores de Harvard. O aparelho, porém, havia sido projetado para o monitoramento agropecuário e ambiental, e é bem maior que a versão chinesa.

Alguns modelos autônomos do "RoboBee" são capazes de nadar embaixo da água e, dali, alçar voo, ou manter-se "sobre superfícies com a ajuda de eletricidade estática", segundo o Wyss Institute, de Harvard.

Nanodrones robustos para uso no campo de batalha

Vídeo mostra momento em que drone russo atinge prédio em Kiev
Vídeo mostra momento em que drone russo atinge prédio em Kiev

Mas esses minidrones espiões não são robustos o suficiente para uso em campo de batalha. Para isso, eles teriam que resistir às intempéries do clima. Além disso, as imagens e dados teriam que ser precisos, a bateria teria que ter maior durabilidade e o alcance teria que ser tal que possibilitasse a soldados controlá-los de uma posição segura.

Por isso, os militares se empolgam mais com drones do tamanho aproximado da palma da mão, como o "Black Hornet" desenvolvido na Noruega e que já é usado há alguns anos para reconhecimento seguro em operações de combate.

O aparelho, que lembra um mini-helicóptero de brinquedo, também está em uso pela Bundeswehr, as forças armadas alemãs. Ele serve para o "reconhecimento óptico silencioso em áreas táticas próximas" e "permite que os soldados realizem um reconhecimento imediato e discreto, mesmo sem um treinamento especial", segundo a instituição.

O "Black Hornet" também dispõe de tecnologia infravermelha, é "muito leve e não emite praticamente ruído nenhum", afirma a Bundeswehr. Com uma capacidade de voo de até 25 minutos, o nanodrone portátil entrega vídeos ao vivo e imagens em HD, o que pode ser útil para reconhecer armadilhas.

O Exército norte-americano também desenvolve minidrones próprios, conforme anunciado pela Força Aérea dos EUA em 2021. Mas a instituição mantém segredo sobre o estágio de desenvolvimento e uso de seus produtos.

++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========----------------------------------------------------------------------  -----------====-++----

domingo, 29 de junho de 2025

Observatório do Chile captura o universo com câmera de 3.200 megapixels; confira novas imagens

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Com 3.200 megapixels, a supercâmera já identificou mais de 2.100 asteroides em 10 horas e promete gerar 1.000 imagens por noite do céu do hemisfério sul.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
TOPO
Por Reuters

Postado em 29 de Junho de Junho de 2.025 às 08h00m

#.* --  Post. - Nº.\  11.700  --  *.#

O aglomerado estelar aberto Messier 21 é visto em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, em Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS
O aglomerado estelar aberto Messier 21 é visto em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, em Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS

O Observatório Vera C. Rubin do Chile, que possui a maior câmera digital do mundo, começou a exibir suas primeiras imagens do cosmos. As imagens podem permitir que os astrônomos descubram como o sistema solar se formou e até mesmo se um asteroide representa uma ameaça para a Terra.

O observatório detectou mais de 2.100 asteroides nunca antes vistos somente em 10 horas, concentrando-se em uma pequena área do céu visível. Seus pares terrestres e espaciais descobrem, no total, cerca de 20.000 asteroides por ano.

Localizado na Colina Pachón, na região de Coquimbo, o telescópio de 8,4 metros tem uma câmera de 3.200 megapixels que alimenta um poderoso sistema de processamento de dados.

Os céus mais escuros sobre o árido deserto do Atacama fazem do Chile um dos melhores lugares do mundo para a observação astronômica.

A cada noite, o Rubin fará cerca de 1.000 imagens do céu do hemisfério sul, permitindo que ele cubra todo o céu do sul a cada três ou quatro noites.

A Nebulosa Trífida é vista em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS
A Nebulosa Trífida é vista em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS

"Isso realmente mudará e desafiará a maneira como as pessoas trabalham com seus dados", disse William O'Mullane, gerente de projeto focado em dados no Vera Rubin.

O'Mullane disse que o observatório permitirá que os astrônomos coletem grandes quantidades de dados rapidamente e façam descobertas inesperadas.

"Em vez [da apresentaçãodas habituais observações e da redação de um artigo acadêmico. Não, eu lhe darei um milhão de galáxias, um milhão de estrelas ou até mesmo um bilhão, porque nós as temos: 20 bilhões de medições de galáxias", afirmou ele.

O nome do centro é uma homenagem à astrônoma norte-americana Vera C. Rubin, pioneira na descoberta de provas conclusivas da existência de grandes quantidades de material invisível conhecido como matéria escura.

"O número de alertas que o telescópio enviará todas as noites é equivalente às caixas de entrada de 83.000 pessoas. É impossível que alguém dê uma olhada em cada um deles. Teremos que usar ferramentas de inteligência artificial", disse o astrofísico Francisco Foster.

O aglomerado globular NGC 6544 é visto em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, em Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS.
O aglomerado globular NGC 6544 é visto em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, em Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS.


As Nebulosas Trífida e Laguna são vistas em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS
As Nebulosas Trífida e Laguna são vistas em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS


Galáxias distantes são vistas em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachon, Região de Coquimbo, Chile, em 18 de junho de 2025 — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS
Galáxias distantes são vistas em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachon, Região de Coquimbo, Chile, em 18 de junho de 2025 — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS


Super telescópio James Webb fotografa, pela primeira vez, um planeta fora do Sistema Solar
Super telescópio James Webb fotografa, pela primeira vez, um planeta fora do Sistema Solar

sábado, 28 de junho de 2025

Análise: Trump ordenou ataques ao Irã por “Fomo”? Entenda

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Priscila Yazbek explica que o líder americano autorizou ofensiva contra programa nuclear iraniano por "medo de ficar de fora" de situações
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Da CNN
28/06/25 às 04:00 | Atualizado 28/06/25 às 05:17
Postado em 28 de Junho de 2.025  às 07h00m

#.* --  Post. - Nº.\  11.699  --  *.#

Donald Trump ordenou ataques às instalações nucleares do Irã no último sábado (21), alegando ter concluído uma operação "muito bem-sucedida" contra os complexos de Fordow, Natanz e Isfahan.

Segundo Priscila Yazbek, correspondente da CNN, Trump teria autorizado o ataque devido ao fenômeno conhecido como "Fomo" (Fear of Missing Out), que pode ser traduzido como "medo de ficar de fora".

Ela sugere que o líder americano estava ansioso para não perder a oportunidade de participar da ofensiva contra o Irã e receber crédito por uma operação considerada bem-sucedida, especialmente após ações realizadas por Israel.

Leia Mais:

A correspondente da CNN destaca que essa ação reflete um padrão de comportamento de Trump, que frequentemente acredita ser capaz de solucionar questões complexas baseando-se em sua experiência como negociador imobiliário.

No entanto, Yazbek ressalta que as tentativas de negociações diplomáticas de Trump não têm sido bem-sucedidas, evidenciando suas limitações nessa área.

Críticas também foram direcionadas a Steve Witkoff, enviado especial de Trump, cuja falta de experiência diplomática tem sido questionada por muitos especialistas.

Essa situação, segundo Yazbek, afeta a visão americana sobre as possibilidades de acordos e falha em alertar Trump sobre os riscos de tais intervenções.

Eficácia do ataque contra o Irã

Priscila Yazbek pondera que há debates sobre a real eficácia do ataque dos EUA contra o Irã.

Citando Rafael Grossi, da Agência Internacional de Energia Atômica, a correspondente indicou que, embora possa ter havido algum dano, é exagerado falar em "obliteração" do programa nuclear iraniano.

Em briefings realizados no Senado e na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a oposição argumenta que está longe de se poder afirmar que o programa nuclear do Irã foi neutralizado.

Yazbek alerta por fim que tais interferências externas em conflitos podem, a médio prazo, agravar a situação, mesmo que o Irã pareça momentaneamente enfraquecido.


Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. 


Tópicos


++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========----------------------------------------------------------------------  -----------====-++----

Terras raras: conheça os minerais pouco conhecidos que dão poder à China na era digital

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Presentes em celulares, carros elétricos e armas militares, os elementos desses compostos são estratégicos — e quase todos vêm do gigante asiático.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
TOPO
Por Deutsche Welle

Postado em 28 de Junho de 2.025 às 06h00m

#.* --  Post. - Nº.\  11.698  --  *.#

Terras raras: o que são as matérias-primas do acordo comercial anunciado por Trump entre EUA e China
Terras raras: o que são as matérias-primas do acordo comercial anunciado por Trump entre EUA e China

As terras raras formam um grupo de 17 elementos químicos essenciais para o funcionamento de diversos produtos modernos — de smartphones e televisores a câmeras digitais e LEDs. Apesar de usados em pequenas quantidades, são insubstituíveis.

O uso mais importante dessas substâncias está na fabricação de ímãs permanentes. Potentes e duráveis, esses ímãs mantêm suas propriedades magnéticas por décadas. Com eles, é possível produzir peças menores e mais leves, algo essencial para turbinas eólicas e veículos elétricos.

Esses elementos também são fundamentais para a indústria de defesa. Estão presentes em aviões de caça, submarinos e equipamentos com telêmetro a laser. Justamente por essa relevância estratégica, o valor comercial é elevado.

O quilo de neodímio e praseodímio — os mais usados na produção de ímãs — custa cerca de 55 euros (R$ 353). Já o de térbio pode ultrapassar 850 euros (R$ 5.460). Para comparação, o minério de ferro custa cerca de R$ 0,60 o quilo.

Apesar do nome, as terras raras não são exatamente raras. Estão espalhadas por todo o mundo, mas em concentrações muito pequenas. O desafio é encontrar depósitos onde a extração seja economicamente viável.

Hoje, 70% da produção global vem da China, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). A principal mina é Bayan Obo, no norte do país. Ela reúne enormes quantidades de todos os elementos usados em ímãs permanentes e supera em larga escala depósitos como Monte Weld, na Austrália, e Kvanefjeld, na Groenlândia.

Depois de extraídos, os elementos passam por processos complexos de separação e refino até se tornarem compostos utilizáveis. Essa etapa também é dominada pela China, que lidera a produção mundial de ímãs.

O controle é ainda maior em relação a certos elementos. Os mais leves — com exceção de neodímio e praseodímio — são mais abundantes e fáceis de extrair. Mesmo assim, a União Europeia importa de 80% a 100% desse grupo da China. Para os elementos mais pesados, a dependência chega a 100%.

Na última quinta (26), os Estados Unidos anunciaram um acordo com a China para acelerar a chegada de terras raras vindas do país asiático.

O domínio chinês acendeu alertas no Ocidente. Nos últimos anos, EUA e UE começaram a formar reservas estratégicas de terras raras e outros materiais críticos.

Em 2024, a União Europeia aprovou a Lei de Matérias-Primas Críticas, com metas não obrigatórias para aumentar a produção interna até 2030. O texto também cria a figura dos projetos estratégicos — dentro do bloco ou com aliados, como a Noruega — para facilitar acesso a financiamento e acelerar processos de aprovação.

Nos Estados Unidos, o Departamento de Defesa investe desde 2020 em empresas nacionais com o objetivo de criar, até 2027, uma cadeia de fornecimento completa — da extração ao ímã final. Elementos como gálio, germânio e antimônio estão entre os mais relevantes para o país.

UE e EUA também demonstram interesse em novas fontes desses minerais. Sob o governo Trump, a Ucrânia e a Groenlândia foram apontadas como potenciais fornecedoras. "Ambas têm depósitos promissores, mas o acesso é difícil".

Enquanto isso, o futuro do abastecimento de terras raras no Ocidente segue incerto — e no centro de disputas geopolíticas e tecnológicas.

As terras raras são minerais compõem um grupo de 17 elementos químicos encontrados na natureza, — Foto: Reprodução/Jornal Nacional
As terras raras são minerais compõem um grupo de 17 elementos químicos encontrados na natureza, — Foto: Reprodução/Jornal Nacional

O lavador de pratos que criou a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo
O lavador de pratos que criou a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo

++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========----------------------------------------------------------------------  -----------====-++----

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Pela 1ª vez, SP tem mais gente saindo do que chegando; SC tem maior ganho de população por migração no Brasil

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Dados do IBGE mostram que os dois estados historicamente destinos da migração interna passaram a perder moradores para outras regiões. Além de SC, Goiás, Minas e Mato Grosso também se destacaram.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Camila da Silva, g1

Postado em 27 de Junho de 2.025 às 10h50m

#.* --  Post. - Nº.\  11.697  --  *.#

Pela 1ª vez, SP tem mais gente saindo do que chegando
Pela 1ª vez, SP tem mais gente saindo do que chegando

Pela primeira vez desde o começo da série histórica, em 1991, o estado de São Paulo registrou mais saídas do que entradas de moradores vindos de outros estados, segundo dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (27).

Os dados indicam uma mudança no mapa migratório brasileiro, com os principais centros urbanos do Sudeste perdendo protagonismo como polos de atração, aponta o levantamento.

📉 São Paulo perdeu 89,5 mil habitantes no saldo migratório interno entre 2017 e 2022.

📉 O Rio de Janeiro também perdeu habitantes no saldo migratório interno, 165,3 mil pessoas deixaram o estado.

Ambos os casos representam uma reversão inédita no padrão de redistribuição populacional.

Com isso, São Paulo e Rio de Janeiro encerraram o período com populações de 44,4 milhões e 16 milhões de pessoas, respectivamente. Até o Censo anterior, em 2010, os dois estados apresentavam saldos positivos, sendo São Paulo o principal destino da migração brasileira.

😯 É como se, em média, São Paulo tivesse perdido 49 moradores por dia para outros estados entre 2017 e 2022 e 91 pessoas por dia tivessem deixado o Rio no mesmo período.

Movimentação de pessoas na Rodoviária Tietê, na zona norte de São Paulo, na tarde de 29 de março de 2021, em meio à pandemia do coronavírus.   — Foto: André Pera/Pera Photo Press/Estadão Conteúdo
Movimentação de pessoas na Rodoviária Tietê, na zona norte de São Paulo, na tarde de 29 de março de 2021, em meio à pandemia do coronavírus. — Foto: André Pera/Pera Photo Press/Estadão Conteúdo

Na outra ponta, Santa Catarina se tornou o principal destino de migrantes no país, com saldo positivo de 354,3 mil novos moradores vindos de outras unidades da federação.

O estado recebeu 503.580 imigrantes interestaduais e viu saírem 149.230 pessoas, o que resultou em um aumento de 4,66% da população total, a maior taxa de crescimento por migração no Brasil no período.

Primeiro voo chegou a Jaguaruna (SC) por volta das 13h15 — Foto: Julio Cavalheiro/Secom
Primeiro voo chegou a Jaguaruna (SC) por volta das 13h15 — Foto: Julio Cavalheiro/Secom

Segundo o Censo 2022, os cinco estados que mais ganharam moradores no saldo migratório interno entre 2017 e 2022 foram:

  • Santa Catarina (+354.350 pessoas);
  • Goiás (+186.827);
  • Minas Gerais (+106.499);
  • Mato Grosso (+103.938) e;
  • Paraná (+85.045).

Na outra ponta, os que mais perderam população para outros estados foram:

  • Rio de Janeiro (-165.360 pessoas),
  • Maranhão (-129.228),
  • Distrito Federal (-99.593);
  • Pará (-94.097) e;
  • São Paulo (-89.578).
Quem ganhou e quem perdeu população entre os estados — Foto: Arte g1
Quem ganhou e quem perdeu população entre os estados — Foto: Arte g1

📋Para chegar ao saldo, os pesquisadores do Censo perguntaram onde a pessoa morava em 31 de julho de 2017, cinco anos antes da data de referência (2022). A partir dessa resposta, o IBGE calculou os fluxos migratórios por estado. As estimativas têm base na amostra do Censo, aplicada a 10,6% dos domicílios do país — cerca de 7,8 milhões de entrevistas —, e os resultados são preliminares.

De acordo com os dados do Censo 2022:

  • São Paulo teve saldo negativo de 89,5 mil moradores entre 2017 e 2022;
  • Rio de Janeiro perdeu 165,3 mil habitantes para outros estados;
  • Santa Catarina foi o estado com maior ganho: +354,3 mil pessoas;
  • Goiás, Minas e Mato Grosso também lideram crescimento por migração;
  • Paraíba foi o único estado do Nordeste com saldo positivo;
  • DF passou a perder população, principalmente para Goiás;
  • Jovens de 25 a 34 anos concentram a maioria dos fluxos migratórios.
Saindo de SP e RJ 💨
Avião decolando da pista do Aeroporto Internacional de Cumbica — Foto: Sidnei Barros/Prefeitura de Guarulhos
Avião decolando da pista do Aeroporto Internacional de Cumbica — Foto: Sidnei Barros/Prefeitura de Guarulhos

São Paulo, que historicamente concentrou a chegada de migrantes do Nordeste, Sul e Centro-Oeste, apresenta saldo negativo pela primeira vez. Foram 825.958 saídas contra 736.380 entradas, o que resulta no saldo negativo de 89.578 moradores. O novo padrão indica um esgotamento relativo do potencial de atração do estado.

⏳ No Censo de 2010, São Paulo se manteve como principal destino da migração interna brasileira à época, com um ganho de 255.796 moradores.

No Rio de Janeiro, o cenário é ainda mais acentuado: o estado teve 332.574 saídas e apenas 167.214 entradas, o que totaliza uma perda de 165,3 mil habitantes. A perda é de 1,03% da população, que era de 16,05 milhões de habitantes em 2022.

A reversão acentuada também marca uma mudança significativa na dinâmica migratória fluminense.

O novo padrão indica que, mesmo mantendo certa capacidade de atração, o estado passou a registrar uma evasão populacional expressiva, com destaque para fluxos de saída rumo a São Paulo (21,4%), Minas Gerais (17,7%) e Espírito Santo (7,3%), segundo o IBGE.

Migração de retorno

O saldo migratório negativo de São Paulo foi puxado principalmente pela saída de pessoas que já haviam migrado para o estado em décadas anteriores. Segundo o IBGE, a maior parte dos moradores de SP nascidos fora do estado vem da Bahia (21,4%), Minas Gerais (18,8%) e Paraná (11,9%).

Já entre os emigrantes — pessoas que moravam em São Paulo em 2017 e passaram a viver em outro estado até 2022 —, os principais destinos foram Minas Gerais (19,1%), Bahia (15,4%) e Paraná (12,8%), o que indica um movimento de retorno à terra natal ou migração para estados vizinhos, aponta o IBGE.

No caso do Rio de Janeiro, o saldo migratório negativo é puxado por saídas em direção principalmente a São Paulo (21,4%), Minas Gerais (17,7%) e Espírito Santo (7,3%).

‘Descer pra SC’

Orla de Balneário Camboriú — Foto: Prefeitura de Balneário Camboriú
Orla de Balneário Camboriú — Foto: Prefeitura de Balneário Camboriú

Santa Catarina recebeu 503.580 pessoas de outros estados entre 2017 e 2022 e viu 149.230 moradores deixarem o território, resultando em um saldo positivo de 354.350 pessoas — o maior do Brasil em números absolutos e também em proporção.

Segundo o IBGE, os principais estados de origem dos novos moradores de Santa Catarina são Rio Grande do Sul (26,8%), Paraná (19,1%) e São Paulo (12,4%), mas o fluxo migratório também passou a incluir regiões mais distantes, como o Pará (8,9%), que já aparece como a quarta maior origem.

Por outro lado, entre os emigrantes — pessoas que saíram de Santa Catarina entre 2017 e 2022 —, os destinos mais frequentes foram Paraná (37,4%), Rio Grande do Sul (24,9%) e São Paulo (13,4%), o que reforça a dinâmica de circulação regional no Sul do país.

⏳ Em 2010, Santa Catarina era o 3º maior destino de migrantes no país em 2010.

Santa Catarina lidera chegada de novos moradores — Foto: Arte g1
Santa Catarina lidera chegada de novos moradores — Foto: Arte g1

Centro-Oeste em alta

Depois de Santa Catarina, Mato Grosso e Goiás também se destacaram como estados que mais ganharam população que perderam.

Mato Grosso teve saldo positivo de 103.938 pessoas, com uma taxa de migração de 2,84% — a segunda maior do Brasil, atrás apenas de Santa Catarina.

Os principais estados de origem dos novos moradores de Mato Grosso foram Maranhão (17,7%), Pará (11,2%) e Goiás (10,4%), além de contribuições significativas de São Paulo.

Essa tendência pode ser explicada por fatores estruturais como a expansão agrícola, investimentos em infraestrutura e o fortalecimento dos polos urbanos da região, explicam os pesquisadores.

Goiás ganhou 186.827 pessoas, o terceiro maior do Brasil, o que representou um crescimento de 2,65% na população total do estado.

Segundo o IBGE, 28,2% dos novos moradores de Goiás vieram do Distrito Federal, reforçando o vínculo territorial entre o DF e o entorno goiano. Outros estados que mais enviaram moradores para Goiás foram o Maranhão (12,3%) e o Pará (9,5%), o que revela também o alcance da migração nordestina e nortista para a região.

Centro-Oeste ganha força na migração interna — Foto: Arte g1
Centro-Oeste ganha força na migração interna — Foto: Arte g1

Nordeste ainda perde população — com exceção da Paraíba

O Nordeste como um todo manteve a tendência histórica de perdas populacionais para outras regiões, com destaque para a Bahia (-41.549), Pernambuco (-41.486) e Maranhão (-129.228).

📈 A exceção foi a Paraíba, que registrou saldo positivo de 30.952 pessoas — o único estado nordestino com mais entradas do que saídas entre 2017 e 2022.

Perda de população na região Nordeste — Foto: Arte g1
Perda de população na região Nordeste — Foto: Arte g1

Jovens são maioria entre os migrantes

A migração interna é, sobretudo, um movimento jovem — 1 em cada 5 migrantes tinha entre 25 e 29 anos. De acordo com o Censo 2022, mais de 3,5 milhões de pessoas com idades entre 25 e 29 anos mudaram de cidade nos cinco anos anteriores à coleta — o equivalente a 22,8% do total de migrantes do período, segundo o IBGE.

Também se destacam os grupos de 20 a 24 anos e 30 a 34 anos — que representam cerca de 18,5% a 17,5%, respectivamente, da migração — o que reforça que a mobilidade pode estar diretamente associada ao ciclo de entrada na vida adulta, com busca por trabalho, estudo, moradia e formação de família.

A migração é amplamente reconhecida como um fenômeno demográfico fortemente seletivo por idade, manifestando padrões distintos de mobilidade entre os diversos grupos etários, afirmam os pesquisadores.
Mais destaques do Censo em imigração

📍 Minas Gerais ultrapassa São Paulo em saldo migratório. Com saldo de 106,5 mil pessoas, Minas ultrapassou São Paulo e passou a figurar entre os estados que mais atraem do que perdem moradores de outras regiões. O movimento foi puxado por quem saiu justamente de SP e do Rio: 19,1% dos emigrantes paulistas e 17,7% dos fluminenses escolheram Minas como novo destino — reforçando o interior mineiro como novo polo de atração no Sudeste.

📍 Espírito Santo ganha força no mapa migratório. Apesar de estar fora do top 5 em números absolutos, o estado se destacou como nova alternativa para migrantes que saem de grandes centros, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, e teve ganho populacional de 27,8 mil pessoas entre 2017 e 2022.

📍 Distrito Federal também inverte padrão e passa a perder população. O DF teve a maior queda de perda de população do país - 3,53%. A maior parte dos emigrantes foi para Goiás (48,5%), revelando a expansão da urbanização no entorno. Quase 1 em cada 2 moradores que saíram do DF foi morar em Goiás.

📍 Pará perde mais população. Antes um dos estados que mais recebia migrantes — especialmente vindos do Nordeste —, o Pará perdeu 94 mil moradores para outras regiões do país.

Outros destaques do Censo 2022

  • O Brasil atingiu a menor taxa de fecundidade da história: 1,6 filho por mulher, abaixo do nível de reposição populacional (2,1);
  • A idade média das mulheres ao ter filhos subiu para 28,1 anos em 2022;
  • Mulheres com ensino superior têm, em média, 1,2 filho; entre aquelas com menor escolaridade, a média é de 2,0;
  • Mulheres indígenas têm a maior taxa de fecundidade do país (2,8 filhos); espíritas, a menor (1,0);
  • O número de estrangeiros no Brasil chegou a 1 milhão em 2022 — maior índice dos últimos 45 anos;
  • Venezuelanos ultrapassaram os portugueses e passaram a ser a principal nacionalidade de estrangeiros no país;
  • Roraima tem o maior percentual de população formada por estrangeiros: 12,8%.
Amanhecer na região do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, no dia 4 de junho de 2025 — Foto: GloboNews/Reprodução
Amanhecer na região do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, no dia 4 de junho de 2025 — Foto: GloboNews/Reprodução

++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========----------------------------------------------------------------------  -----------====-++----