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quinta-feira, 21 de março de 2024

Nova queda da Selic: o que mudou na economia desde o primeiro corte e o que esperar para o futuro

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Banco Central promoveu um novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros nesta quarta-feira (20), para 10,75% ao ano.
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Por Isabela Bolzani, g1

Postado em 21 de março de 2024 às 06h20m

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Decisão do Banco Central é desta sexta-feira (26) — Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
Decisão do Banco Central é desta sexta-feira (26) — Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

O Banco Central do Brasil (BC) anunciou mais um corte na taxa básica de juros do país nesta quarta-feira (20). A Selic sofreu seu sexto corte de 0,50 ponto percentual (p.p.), chegando aos 10,75% ao ano.

Esse é o menor patamar da taxa básica de juros desde fevereiro de 2022. O ciclo de cortes da Selic começou em agosto do ano passado, acompanhando a melhora do quadro inflacionário no país.

Na teoria, com juros mais baixos, o crédito fica mais barato para as empresas e para as famílias — o que gera mais consumo e investimentos, ajudando a promover o crescimento da atividade. Mas os números da economia podem não melhorar tanto ao longo do ano.

O processo em que o Banco Central mantém os juros básicos em patamares elevados é chamado na economia de política monetária contracionista (entenda mais abaixo). Os cortes promovidos desde o ano passado são vistos como uma flexibilização dessa política por parte da instituição.

Especialistas ouvidos pelo g1 explicam, no entanto, que apesar de alguns empréstimos e financiamentos já estarem mais baratos, as empresas ainda não tiveram confiança para aumentar os investimentos de forma significativa. Agora, o mercado projeta uma desaceleração da atividade do país em relação aos anos passados, que haviam sido impulsionados pelos estímulos do governo e pelo consumo das famílias.

Nesta reportagem, você vai entender:

  • Quais os efeitos da queda da Selic para a população?
  • Por que a queda de juros estimula a economia?
  • Como a queda de juros também se reflete nos investimentos?
  • A política monetária do Banco Central passará a ser expansionista em algum momento?

Quais os efeitos da queda da Selic para a população?

O "repasse" da queda da Selic aos juros na ponta consumidora tem um período de defasagem, que leva de três a seis meses para ser sentido pela população. E como já se passaram sete meses desde quando o BC começou a cortar os juros, os primeiros sinais dessa redução já começaram a aparecer.

Essa mudança nas taxas costuma ser mais rápida em linhas de crédito menos arriscadas — como em empréstimos com garantia, por exemplo. Mas pode demorar um pouco mais em financiamentos mais arriscados (sem garantia ou em casos de análise de crédito mais complicada) ou em períodos de incerteza econômica.

Já começamos a ver nos dados de crédito, por exemplo. Os [números] anteriores já trouxeram uma melhora pontual de inadimplência, que pode ser o início de um processo de renegociação de crédito com juros menores, diz a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese.

Os dados do sistema financeiro nacional, compilados pelo BC, mostram que as taxas totais de juros aos empréstimos feitos com recursos livres — ou seja, aqueles contratos em que os bancos têm autonomia para emprestar e definir os juros, sem regras definidas pelo governo —já mostraram uma redução:

  • Em janeiro deste ano, essas taxas ficaram em 40,3% ao ano (ou 2,86% ao mês).
  • Em agosto, mês em que o BC começou a cortar a Selic, essa taxa era de 43,5% ao ano (ou 3,1% ao mês).

A redução das taxas e a melhora do cenário de crédito — que também foi impulsionada pelo programa Desenrola Brasil, lançado no ano passado para promover a renegociação de dívidas por parte da população — já refletem em uma inadimplência menor em comparação ao segundo semestre de 2023 e em uma melhora do consumo.

Além disso, alguns setores da economia também já começaram a melhorar suas projeções para este ano, com estimativas de investimentos maiores e crescimento das vendas.

Na construção civil, por exemplo, incorporadoras já preveem um aumento de lançamentos para este ano, enquanto o segmento automobilístico também tem estimativa de um maior número de vendas.

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No varejo, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta um crescimento de 1,6% das vendas do setor em 2024. Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê altas de 0,3% na indústria de transformação e de 0,7% na de construção.

Segundo Veronese, da B.Side, esse cenário também estimula a contratação de mão de obra e a melhora do mercado de trabalho.

"Quando a gente pensa nesse cenário, a tendência é que a taxa de desemprego diminua e até haja uma melhora na renda, já que o trabalhador passa a ter mais poder de barganha nos salários", diz.
Por que a queda de juros estimula a economia?

O aumento do consumo por parte das famílias e o maior apetite das empresas por investimentos são uma boa receita para estimular a economia.

Quando a Selic começa a ficar em patamares menores, a gente começa a ver os custos diminuindo e, com isso, as companhias têm mais dinheiro para investir e contratar, explica Veronese.

De um ponto de vista macroeconômico, forma-se um círculo virtuoso: mais investimento das empresas costuma gerar mais empregos. O emprego em alta coloca mais renda na mão da população e aumenta a confiança. Tudo isso aquece a atividade econômica.

Outro ponto: juros menores também favorecem os cofres do governo. Quando falamos de contas públicas, uma parcela relevante da dívida pública é pós-fixada e indexada à Selic. Então na medida que os juros vão diminuindo, o gasto com os encargos da dívida pública também diminui, explica o estrategista-chefe da Warren.

Na prática, isso pode ajudar a reequilibrar as contas públicas, tornando o Brasil mais atrativo para investidores estrangeiros e atraindo mais recursos para dentro do país — o que também beneficia a atividade brasileira.

Com o início dos efeitos da redução de juros despontando na economia, o Boletim Focus (relatório do Banco Central que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores do país) também tem melhorado suas previsões.

No último relatório, divulgado na terça-feira (19), a estimativa dos economistas estava em um crescimento de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024. Em agosto, a previsão era de um crescimento de 1,3%.

Em 2023, por exemplo, o PIB do país subiu 2,9%, bem próximo do avanço observado no ano anterior, quando teve alta de 3%. Mas grande parte do crescimento da atividade brasileira registrado nos últimos anos ainda reflete os estímulos fiscais dados à economia.

Em 2022, por exemplo, essa política fiscal ajudou a promover o "efeito reabertura" após as restrições da pandemia de Covid-19, trazendo um "boom" da atividade de bares, restaurantes, salões de beleza e outras atividades. O reajuste do (então chamado) Auxílio Brasil e a desoneração de combustíveis foram dois exemplos de incentivo ao consumo.

Já em 2023, mais uma série de iniciativas do governo também ajudaram a estimular o consumo e podem ter "maquiado" o avanço da atividade, tais como:

O fim de parte desses estímulos — e a mera incorporação dos demais ao dia a dia — ajuda a explicar a desaceleração projetada para a economia brasileira neste ano. Mesmo com a continuidade da queda de juros por parte do BC, a lentidão pode gerar ajustes até mesmo no mercado de trabalho brasileiro.

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Há ainda um efeito da queda de juros no mercado de capitais. Segundo Goldenstein, da Warren, uma Selic mais baixa tende, ao longo do tempo, a estimular a migração de investimentos em renda fixa para a renda variável.

Vamos pensar que em um cenário de Selic muito elevada, como estava, em 13,75% ao ano, não é muito racional o investidor querer tomar risco, explica.

Isso acontece porque, em um cenário de juros altos, é mais vantajoso para o investidor alocar seus recursos em ativos mais seguros e que prometem rendimentos maiores – como um título do Tesouro Direto, por exemplo –, do que colocar seu dinheiro em ativos mais arriscados, caso da bolsa de valores.

Então na medida em que [a Selic] sai do patamar muito exagerado e vai caminhando rumo aos 9% ao ano, [os ativos de renda fixa tendem a perder um pouco da atratividade e] uma parcela dos recursos começa a ser direcionada para ativos de mais risco, acrescenta Goldenstein, reforçando que a bolsa de valores brasileira também deve se beneficiar da queda dos juros ao longo do tempo.

Em 2023, já com um cenário de melhora no radar, o Ibovespa — principal índice acionário da bolsa brasileira (B3) — registrou um avanço de mais de 22%, melhor resultado desde 2019. Neste ano, a queda acumulada é de 4,80%, um ajuste já pensando na possível desaceleração da economia.

A valorização dos ativos de risco também acaba sendo benéfica para a economia. Isso porque com mais recursos alocados nesses ativos pelos poupadores e investidores institucionais, as empresas listadas conseguem ampliar seus horizontes de captação de dinheiro, sem depender de empréstimos.

A política monetária do Banco Central passará a ser expansionista em algum momento?

Para começar essa discussão é preciso, primeiro, explicar o que é o juro neutro e qual a sua relação com uma política monetária contracionista ou expansionista. Entenda abaixo:

  • Juro neutro

A taxa de juros neutra é aquela que não estimula e nem freia a economia. Atualmente, a taxa neutra calculada pelo Banco Central está em torno de 4,5%, sem considerar a inflação.

  • Política monetária contracionista

Na política monetária contracionista, o BC sobe a Selic acima da taxa de juro neutra como forma de desacelerar a economia e, consequentemente, controlar a inflação.

Isso acontece porque, com juros mais altos, o acesso ao crédito fica mais restrito e há uma queda no consumo e nos investimentos – o que, por sua vez, gera uma redução de circulação da moeda na economia e uma queda nos preços.

  • Política monetária expansionista

Nesse caso, o BC diminui a taxa básica de juros abaixo do patamar neutro como forma de aumentar a circulação (e, consequentemente a liquidez) da moeda nacional e aquecer a economia. Isso acontece porque, com juros mais baixos, o acesso ao crédito fica mais fácil e há um aumento no consumo e nos investimentos.

Assim, apesar de o BC já ter dado início ao ciclo de corte de juros no país, a estimativa dos analistas é que a taxa básica ainda fique em patamares contracionistas (acima do juro neutro). Isso significa que mesmo que a queda da Selic estimule a atividade brasileira, esse estímulo ainda tende a ser limitado — bem como os efeitos da queda da taxa básica para a população.

Segundo o último relatório Focus, a projeção é que a Selic encerre este ano em 9%. Para 2025, a estimativa é que a taxa básica fique em 8,50%. O recado do BC é que a Selic terminal ainda vai ser uma taxa contracionista. Mas o ponto é que vai ser muito menos restritiva do que a atual, explica Goldenstein.

Mas acho provável que a gente alcance o patamar neutro ou até mesmo expansionista em algum momento. A atividade tem impressionado para cima e esse momento do governo [com impulsos fiscais] vem contrabalanceando essa taxa mais contracionista, completa o estrategista-chefe da Warren.

Ele reforça ainda que, considerando a inflação prevista para este ano, de 3,79%, segundo o último Focus, a taxa neutra passaria para um nível próximo a 8,3% – ficando razoavelmente próxima da Selic final projetada para 2024.

Mesmo diante desse cenário, no entanto, os especialistas destacam que as expectativas de inflação continuam desancoradas, e que esse cenário ainda pode interferir nas decisões do BC.

A principal preocupação é a inflação de serviços, que é a que demora mais mesmo para cair. Isso pode fazer com que o BC não acelere o ritmo de cortes, diz Veronese.

Para Goldenstein, essa é a maior dificuldade que a instituição tem atualmente, e também pode ser algo que impeça a Selic de chegar no patamar neutro de juros no fim do ciclo de quedas.

Agora, a dúvida que fica é sobre como o Copom [Comitê de Política Monetária] vai se comportar agora, com a sua mudança de diretoria. Mas essa é uma discussão que deve ficar maior quando a Selic chegar a um dígito, completa.

Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira.

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quarta-feira, 20 de março de 2024

VÍDEO: paciente que recebeu 1º implante da Neuralink mostra como chip cerebral funciona

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Nolan, um homem tetraplégico de 29 anos, recebeu o chip da empresa de Elon Musk no fim de janeiro. Em transmissão no X (antigo Twitter), ele mostrou como está usando o equipamento para controlar seu computador.
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Por g1

Postado em 20 de março de 2024 às 20h45m

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Neuralink faz demonstração com 1º paciente a receber seu chip cerebral

A Neuralink, empresa do bilionário Elon Musk, revelou nesta quarta-feira (20) o paciente que recebeu o primeiro implante de chip cerebral da empresa, no fim de janeiro. Em uma transmissão ao vivo no X (antigo Twitter), ele demonstrou como usa o equipamento para controlar seu computador.

Noland Arbaugh, um homem de 29 anos, disse que ficou tetraplégico em um acidente de carro oito anos atrás. "Não tenho sensação ou movimento abaixo da área da lesão, abaixo dos ombros", afirmou.

Durante a transmissão, conduzida por Bliss Chapman, chefe de software da Neuralink, Nolan contou que uma das coisas que não conseguia fazer com frequência desde o acidente era jogar xadrez. "Agora, tudo está sendo feito com o meu cérebro", disse Nolan.

Neuralink faz demonstração com paciente que recebeu 1º implante de chip cerebral — Foto: Reprodução/Neuralink
Neuralink faz demonstração com paciente que recebeu 1º implante de chip cerebral — Foto: Reprodução/Neuralink

O vídeo mostrou o ponteiro de um mouse se mexendo na tela do computador, algo que, de acordo com Nolan, estava sendo feito a partir dos seus pensamentos. "Eu tenho muita sorte de fazer parte disso", afirmou.

Ele também destacou que o implante não é perfeito e que ainda há alguns problemas. "Não quero que as pessoas pensem que é o fim da jornada, ainda há muito trabalho a ser feito. Mas já mudou a minha vida".

Nolan recebeu o primeiro chip cerebral da Neuralink, mas a empresa ainda não havia revelado o seu nome. O experimento aconteceu oito meses após autorização da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês).

Antes de realizar o implante, a empresa abriu inscrições para voluntários, um processo exclusivo para pessoas com paralisia decorrente de lesão da medula espinhal cervical ou esclerose lateral amiotrófica.

Empresa de Elon Musk implanta chip em cérebro humano pela primeira vez

Musk tem a ambição de, mais à frente, usar o chip para alcançar a telepatia, mas especialistas adiantam que a prática não é viável — Foto: Arte/g1
Musk tem a ambição de, mais à frente, usar o chip para alcançar a telepatia, mas especialistas adiantam que a prática não é viável — Foto: Arte/g1

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97% dos países terão queda na taxa de fertilidade até 2100, diz estudo

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Análise publicada na revista The Lancet mostra que a taxa de nascimentos no mundo caiu para mais da metade nos últimos 70 anos
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Gabriela Maraccinida CNN
20/03/2024 às 20:31 | Atualizado 20/03/2024 às 19:17
Postado em 20 de março de 2024 às 20h45m

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Estudo mostra que as taxas de fertilidade no mundo estão caindo, o que deve mudar os padrões populacionais globais
Estudo mostra que as taxas de fertilidade no mundo estão caindo, o que deve mudar os padrões populacionais globais Mike Harrington/GettyImages

Um novo estudo mostra que, até 2050, mais de três quartos dos países não terão taxas de fertilidades altas suficientes para sustentar o tamanho da população ao longo do tempo. Até 2100, esse número aumentará para 97% dos países. As estimativas foram publicadas nesta quarta-feira (20), na renomada revista científica The Lancet.

Por outro lado, países de baixo rendimento, principalmente da África Subsaariana ocidental e oriental, terão taxas de fertilidade elevadas, o que deve continuar impulsionando o aumento populacional nesses locais ao longo do século. De acordo com o estudo, essa divisão demográfica no mundo poderá ter enormes consequências para as economias e as sociedades.

A pesquisa apresenta estimativas do Estudo Global de Carga de Doenças, Lesões e Fatores de Risco (GBD) 2021, uma pesquisa global liderada pelo Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME) da Escola de Medicina da Universidade de Washington. Essas estimativas mostram as tendências de agora e do futuro regionais, nacionais e globais em fertilidade e nativos vivos.

Em geral, os países precisam de ter uma taxa de fertilidade total (TFT) de 2,1 crianças por pessoa para sustentar a substituição geracional da população a longo prazo. A TFT de uma população é obtida através do número médio de filhos que nascem de uma mulher ao longo da vida.

De acordo com o estudo, o número de países e territórios com uma taxa de fertilidade total insustentável para a substituição da população chegará a 198, representando 97% das nações e territórios do mundo. Isso significa que, nestes locais, as populações diminuirão, a menos que a baixa fertilidade seja compensada por uma imigração eficaz ou por políticas que ofereçam maior apoio aos pais.

Para os autores do estudo, essas novas previsões reforçam os desafios ao crescimento econômico de países de rendimento médio e alto, com uma força de trabalho cada vez menor e um fardo crescente sobre os sistemas de saúde e de segurança social de uma população envelhecida.

Contraste demográfico com países de baixa renda

O novo estudo também prevê grandes mudanças no padrão global de nascimentos vivos de países de rendimento mais elevado para países de baixa renda. Em 2021, 29% dos bebês do mundo nasceram na África Subsaariana. Segundo a análise, a estimativa é que esse número aumente para mais da metade (54%) de todos os bebês, ressaltando a necessidade de melhorias no acesso a métodos contraceptivos e a educação feminina nesses países.

Estamos enfrentando mudanças sociais surpreendentes ao longo do século 21, afirma o autor sênior do estudo, Stein Emil Vollset, do professor do IHME. O mundo enfrentará simultaneamente um baby boom em alguns países e um baby bust em outros, completa.

Enquanto a maior parte do mundo enfrenta sérios desafios ao crescimento econômico em meio a uma força de trabalho em redução e a forma de cuidar e pagar por populações envelhecidas, muitos dos países com recursos mais limitados na África Subsaariana estarão debatendo sobre como apoiar a população mais jovem e de crescimento mais rápido do planeta em alguns dos sistemas de saúde mais instáveis ​​política e economicamente, analisa Vollset.

Para Natalia V. Bhattacharjee, coautora do estudo e cientista principal de pesquisa do IHME, essas tendências futuras nas taxas de fertilidade e nascimentos vivos reconfigurarão completamente a economia global e o equilíbrio internacional de poder e exigirão reorganizar as sociedades.


/ Witthaya Prasongsin/Getty Images

Fertilidade em queda em todo o mundo

Ainda de acordo com o estudo, a taxa de fertilidade total global caiu para mais da metade nos últimos 70 anos. Em 1950, essa taxa era de cerca de cinco filhos para cada mulher. Em 2021, passou para 2,2 filhos por mulher. A tendência é particularmente preocupante na Coreia do Sul e na Sérvia, onde a taxa é inferior a 1,1 filhos.

Na África Subsaariana, as taxas de fertilidade permanecem elevadas, com quatro filhos por mulher em 2021, quase o dobro da média global. No Chade, a taxa de fertilidade total é a maior do mundo, com sete nascimentos por mulher.

A análise também prevê que a fertilidade global diminuirá ainda mais, atingindo uma taxa de fertilidade total de cerca de 1,8 em 2050 e 1,6 em 2100. Até lá, apenas seis dos 204 países e territórios (Samoa, Somália, Tonga, Níger, Chade, e Tajiquistão) deverão ter taxas de fertilidade superiores a 2,1 nascimentos por mulher. Em 13 países, incluindo o Butão, o Bangladesh, o Nepal e a Arábia Saudita, prevê-se que as taxas caiam para menos de um filho por mulher.

Para somar, a maior parte do mundo está em transição para um declínio natural da população (quando o número de mortes excede o número de nascidos vivos): a previsão é de que apenas 26 países continuem registrando um crescimento populacional em 2100, com o número de recém-nascidos superando o número de mortes, incluindo Angola, Zâmbia e Uganda.

Em muitos aspectos, a queda nas taxas de fertilidade é uma história de sucesso, refletindo não só uma contracepção melhor e mais facilmente disponível, mas também muitas mulheres que optam por adiar ou ter menos filhos, bem como mais oportunidades de educação e emprego, analisa Vollset.

A análise sugere que são necessários esforços para acelerar o acesso a contraceptivos modernos e à educação feminina para ajudar a acelerar o declínio da fertilidade e reduzir as taxas de natalidade em países com maior fertilidade.

Além disso, o estudo também examinou o impacto de políticas pró-natais para fornecer apoio financeiro e cuidados às crianças e às famílias poderiam ter no aumento das taxas de fertilidade em países em que o nível de fertilidade baixo. Com base nos dados existentes de países que já implementaram essas políticas, os resultados sugerem que essas medidas podem impedir que algumas nações tenham quedas extremamente baixas nas taxas de fertilidade.

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Pior seleção do mundo, San Marino confia em primeira vitória após 20 anos

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Lanterna do ranking da Fifa, na 210ª posição, minúsculo país europeu fará dois amistosos com São Cristóvão e Névis. E espera obter segundo triunfo de sua história
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Por Redação do ge — Serravalle, San Marino

Postado em 20 de março de 2024 às 06h15m

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A seleção lanterna do ranking da Fifa acredita que, nesta quarta-feira, tem uma grande chance de superar um jejum que a incomoda. San Marino fará o primeiro de dois amistosos com São Cristóvão e Névis, e tenta conquistar uma vitória pela primeira vez em 20 anos. Seria a segunda em 203 jogos da história da equipe. O sportv3 transmite a partida ao vivo, às 16h45 (de Brasília).


O gol de Simone Franciosi contra Cazaquistão: San Marino fez gols em três jogos seguidos, algo inédito em sua história

Pequeno território dentro da Itália, San Marino tem cerca de 33 mil habitantes e é o quinto menor país do mundo. A população de Copacabana, bairro do Rio de Janeiro, é quase cinco vezes maior. A equipe da minúscula nação europeia é a 210ª colocada do ranking da Fifa.

Rival nesta quarta e no próximo domingo, o time do arquipélago caribenho São Cristóvão e Névis está na posição 147. Mas tem um histórico maior de triunfos: só em 2023 foram três.

San Marino perdeu 193 dos 202 jogos que disputou. A única vitória de sua história foi em um amistoso contra Liechtenstein, por 1 a 0, em abril de 2004. Maior artilheiro da seleção, com oito gols, Andy Selva fez aquele gol histórico.

San Marino em sua história:
202 jogos
193 derrotas
8 empates
1 vitória
825 gols tomados
31 gols marcados

Jogadores de San Marino comemoram gol contra Dinamarca, o primeiro em dois anos na seleção — Foto: Emmanuele Ciancaglini/Ciancaphoto Studio/Getty Images
Jogadores de San Marino comemoram gol contra Dinamarca, o primeiro em dois anos na seleção — Foto: Emmanuele Ciancaglini/Ciancaphoto Studio/Getty Images

De lá para cá, duas décadas se passaram, San Marino disputou 136 partidas, sofreu 556 gols e fez apenas 19 no período. O atacante Matteo Vitaioli, de 34 anos, é o jogador com mais partidas por San Marino. Atua pela seleção há quase 17 anos. E nunca comemorou uma vitória.

– A pior lembrança foi a partida contra a Holanda em 2011, que terminou 11 a 0. Já eram oito ou nove e ainda faltava muito tempo e me lembro da torcida incentivar a Holanda para ver mais gols – disse Vitaioli, em entrevista ao canal britânico BBC.

Atacante Matteo Vitaioli, de 34 anos, é jogador com mais partidas por San Marino. E nunca conquistou uma vitória — Foto: Jonathan Moscrop/Getty Images
Atacante Matteo Vitaioli, de 34 anos, é jogador com mais partidas por San Marino. E nunca conquistou uma vitória — Foto: Jonathan Moscrop/Getty Images

Vitaioli tem 89 partidas por San Marino e um gol: marcado contra a Lituânia, em 2016. Ele esteve nas 10 derrotas da seleção no Grupo H das eliminatórias da Euro, com 31 gols sofridos e apenas três marcados. O atacante, porém, acredita que o time tem chances contra São Cristóvão e Névis.

– Significaria fazer parte da história da seleção do meu país, por isso é o principal objetivo. Representa uma oportunidade de deixar uma marca, algo que não pode ser perdido. Seria algo que em 2050 e depois seria lembrado, porque houve tão poucas vitórias – diz o atacante, à BBC.

A liga local é amadora. Vitaioli, por exemplo, é designer gráfico. Mas o orgulho por representar a seleção nunca desanima os jogadores. Mesmo com seguidas derrotas por mais de dois dígitos ao longo dos anos. Aliás, o grupo tenta celebrar pequenas conquistas... como um gol. Um único gol.

E assim foi contra a Dinamarca, em outubro do ano passado. Na derrota por 2 a 1 para a seleção semifinalista da última Euro, San Marino fez o seu primeiro gol em dois anos. E atingiu uma sequência recorde de gols em três partidas seguidas: balançaram a rede na derrota por 3 a 1 para Cazaquistão e por 2 a 1 contra a Eslovênia.

A pior seleção do mundo se sente mais confiante. E é esse impulso final que o técnico Roberto Cevoli, anunciado no início deste ano, quer dar ao time para os próximos amistosos.

– Quero sonhar sem limites. Estou plenamente consciente dos problemas que a seleção tem de superar de forma diferente das outras seleções, mas espero continuar o progresso que tem mostrado. Se conseguirmos começar com uma vitória, será uma grande conquista. Seria ótimo para a autoestima dos jogadores, da comissão técnica e do ambiente do futebol em San Marino – diz Cevoli, à BBC.

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