Total de visualizações de página

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Humanos alteraram tanto a Terra que animais migratórios têm risco de extinção

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Das 1.189 criaturas listadas, mais de uma em cada cinco estão ameaçadas e incluem espécies de todos os grupos; peixes são principal preocupação, com 97% das espécies em risco de extinção
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
inglês
Angela Dewanda CNN
12/02/2024 às 11:16
Postado em 12 de fevereiro de 2024 às 12h10m

#.*Post. - N.\ 11.110*.#

Momento em que uma tartaruga verde volta para o mar após botar seus ovos em praia do Omã
Momento em que uma tartaruga verde volta para o mar após botar seus ovos em praia do Omã Prêmio Qasim Al Farsi / Drone 2021

As fêmeas das tartarugas-de-couro estão entre as criaturas mais intrépidas do mundo, fazendo viagens de até 16 mil quilômetros após nidificarem para encontrar comida em mares distantes. Sabe-se que elas partem do sudeste asiático tropical até as águas frias do Alasca, onde as águas-vivas são abundantes.

Mas viajar tão longe significa encontrar ameaças que podem ser fatais: redes de pesca destinadas a outras espécies, caçadores furtivos, poluição e águas aquecidas pela crise climática, que obrigam as tartarugas a viajar ainda mais longe para encontrar as suas presas.

Essas tartarugas são apenas uma das centenas de espécies migratórias – aquelas que fazem viagens notáveis todos os anos através de terras, rios e oceanos – que estão em risco de extinção devido à interferência humana, de acordo com um relatório histórico da agência da ONU publicado na segunda-feira (12).

Das 1.189 criaturas listadas pela Convenção sobre a Conservação das Espécies Migratórias de Animais Selvagens, ou CMS, mais de uma em cada cinco estão ameaçadas. Incluem espécies de todos os tipos de grupos animais – baleias, tubarões, elefantes, gatos selvagens, aves de rapina, pássaros e insetos, entre outros.

Cerca de 44% das espécies listadas estão passando por declínios populacionais, disse o relatório. O mais alarmante é o estado dos peixes migratórios do mundo: quase todos, 97%, dos peixes listados estão ameaçados de extinção.

O relatório é o primeiro a avaliar o estado das espécies migratórias e como elas estão tentando sobreviver em um mundo dramaticamente alterado pelos humanos.

Ele concluiu que as duas maiores ameaças eram a superexploração e a perda de habitat devido à atividade humana, como o desmatamento de terras para agricultura, estradas e infraestruturas. Essas atividades também fragmentam os percursos das espécies migratórias, muitas vezes impossibilitando-as de completar o seu percurso.

Cerca de 58% dos locais monitorados reconhecidos como importantes para espécies migratórias enfrentam o que a convenção considera níveis insustentáveis de pressão humana.

As mudanças climáticas e a poluição também são ameaças importantes. As temperaturas mais altas não só forçam algumas espécies a viajar mais longe, mas também podem levar os animais a se deslocarem em diferentes épocas do ano. Isso pode significar perder uma presa ou um par para reprodução.


Morcegos frugívoros / Ron Magill / Arquivo Pessoal

Um exemplo particularmente marcante é o narval. Essas criaturas marinhas de aspecto mítico, famosas pelas suas presas em espiral, passam os verões em zonas costeiras quase sem gelo antes de migrarem para sul, para as águas mais profundas do Ártico.

No entanto, à medida que os oceanos aquecem e a expansão anual do gelo marinho acontece cada vez mais tarde, os cientistas descobriram que alguns narvais estão atrasando a sua viagem, arriscando-se a ficarem presos no gelo marinho, sem aberturas para respirar, se o flash de gelo congelar no outono.

O aquecimento global também pode causar a destruição de habitats, como recifes de coral para criaturas marinhas.

A poluição luminosa também está tornando a migração mais perigosa para algumas espécies, especialmente para as aves. No McCormick Place Lakeside Center, um edifício de Chicago às margens do Lago Michigan, mais de 40 mil aves mortas foram recuperadas desde 1978, observou o relatório, tendo colidido contra o prédio após serem atraídas pela luz de suas janelas.

Alguns encalhes em massa de baleias têm sido associados à poluição sonora, enquanto a poluição por plásticos tem sido associada à mortalidade de albatrozes, grandes aves marinhas migratórias.

O relatório esclarece como as criaturas que fazem essas viagens muitas vezes espetaculares também desempenham um papel vital na manutenção do delicado equilíbrio ecológico da Terra.

Esses animais fazem, antes de mais nada, parte dos ecossistemas onde são encontrados, disse a secretária executiva da CMS, Amy Fraenkel, à CNN. E temos muitas evidências que mostram que se removermos essas espécies, se elas diminuirem, isso terá impactos nos ecossistemas onde são encontradas, e não de uma forma positiva.

Veja os morcegos, por exemplo. Pode ser difícil pensar neles como criaturas que tornam o mundo um lugar mais bonito. Mas aquelas que migram têm um papel crucial como polinizadores de uma enorme variedade de frutos e flores – polinizam mais de 500 espécies de plantas com flores, afirma o relatório.

Os morcegos dispersam sementes, que ajudam a manter florestas saudáveis, e regulam a propagação de insetos consumindo grandes quantidades deles.

Mas os morcegos estão ameaçados pelo desmatamento, que destrói o seu habitat, bem como pela caça – a sua carne é considerada uma iguaria em alguns países. A poluição sonora também distrai os morcegos em busca de alimento, tornando-os caçadores menos eficientes.

Há também boas notícias no relatório. Existem 14 espécies que registaram tendências positivas, incluindo baleias azuis e jubarte. Mas, no geral, o quadro é alarmante.


Baleia Jubarte saltando no México / Marcel Morais

O relatório de hoje nos mostra claramente que as atividades humanas insustentáveis estão colocando em perigo o futuro das espécies migratórias – criaturas que não só atuam como indicadores de mudanças ambientais, mas também desempenham um papel fundamental na manutenção da função e da resiliência dos complexos ecossistemas do nosso planeta, disse Inger Andersen, diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

O relatório foi apresentado na segunda-feira, em uma importante conferência da ONU sobre conservação da vida selvagem em Samarcanda, no Uzbequistão.

A redução das ameaças às espécies migratórias exigirá esforços globais, dizem os especialistas, uma vez que muitos animais que fazem essas jornadas regulares atravessam fronteiras internacionais, seja em terra, no mar ou no céu.

As espécies migratórias têm um papel especial na natureza, pois não reconhecem fronteiras políticas, disse Anurag Agrawal, professor de estudos ambientais na Universidade Cornell. Em vez disso, elas unem grandes áreas do planeta através de seus movimentos. A sua conservação requer, portanto, cooperação internacional.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

versão original

Tópicos

------++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========--------------------------------------------------------------------------------====-++----

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Sistema de correntes do Atlântico mostra sinais de colapso; resultado pode ser catastrófico

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Temperatura pode cair drasticamente em algumas regiões e a subir em outras, além de alterar os ciclos de chuva na Amazônia, perturbando o ecossistema
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>

Laura Paddisonda CNN
10/02/2024 às 04:00
Postado em 10 de fevereiro de 2024 às 06h00m

#.*Post. - N.\ 11.109*.#

Parece nuvens no céu, mas o registro de Angel Fitor de baixo d'água, na hora da quebra de uma onda
Parece nuvens no céu, mas o registro de Angel Fitor de baixo d'água, na hora da quebra de uma onda GDT EWPY 2023/Angel Fitor

Um sistema crucial de correntes oceânicas pode estar próximo de entrar em colapso, de acordo com um novo relatório, com implicações alarmantes para o aumento do nível do mar e para o clima global, derrubando drasticamente as temperaturas em algumas regiões e fazendo os termômetros subirem em outras.

Usando sistemas de computação excepcionalmente complexos e caros, os cientistas encontraram uma nova maneira de detectar um sinal de alerta precoce para o colapso dessas correntes, de acordo com o estudo publicado sexta-feira (9) na revista Science Advances.

E à medida que o planeta aquece, já há indícios de que está caminhando nessa direção.

A Circulação Meridional do Atlântico (AMOC, na sigla em inglês), da qual a Corrente do Golfo faz parte, funciona como uma gigantesca transportadora global, levando água quente dos trópicos em direção ao extremo Atlântico Norte, onde a água esfria, torna-se mais salgada e afunda profundamente no oceano, antes de se espalhar para o sul.

As correntes transportam calor e nutrientes para diferentes áreas do globo e desempenham um papel vital em manter o clima de grandes partes do hemisfério norte relativamente ameno.

Durante décadas, os cientistas têm soado o alarme sobre a estabilidade da circulação, à medida que as mudanças climáticas aquecem o oceano e derretem o gelo, perturbando o equilíbrio de calor e sal que determina a força das correntes.

Embora muitos cientistas acreditem que a AMOC ficará menos intensa devido às mudanças climáticas, podendo até parar, permanece uma enorme incerteza sobre quando e com que rapidez isso poderá acontecer. Essa corretne é monitorada continuamente desde 2004.

Os cientistas sabem, a partir da construção de uma imagem do passado usando artefatos como núcleos de gelo e sedimentos oceânicos, que há mais de 12 mil anos a AMOC parou, após o rápido derretimento dos glaciares.

Agora, eles estão lutando para descobrir se isso poderia acontecer novamente.

Esse novo estudo proporciona um avanço importante, avaliou René van Westen, pesquisador marinho e atmosférico da Universidade de Utrecht, na Holanda, e coautor do estudo.

Os cientistas utilizaram um supercomputador para executar modelos climáticos complexos durante um período de três meses, simulando um aumento gradual de água doce para a AMOC, representando o derretimento do gelo, assim como a precipitação e o escoamento dos rios, que podem diluir a salinidade do oceano e enfraquecer as correntes.


Grandes icebergs perto de Kulusuk, Groenlândia. Os cientistas dizem que uma circulação oceânica crítica no Atlântico Norte pode entrar em colapso nas próximas décadas / Felipe Dana/AP

À medida que aumentavam lentamente a quantidade de água doce no modelo, eles viram a AMOC enfraquecer gradualmente até entrar em colapso abruptamente.

É a primeira vez que um colapso é detectável utilizando esses modelos complexos, representando más notícias para o sistema climático e para a humanidade, afirma o relatório.

O que o estudo não faz, contudo, é dar prazos para um potencial colapso. É necessária mais pesquisa, ressaltou van Westen, incluindo modelos que também imitem os impactos das mudanças climáticas, como os níveis crescentes de poluição que provocam o aquecimento do planeta.

Mas podemos pelo menos dizer que estamos caminhando na direção do ponto de inflexão no âmbito das mudanças climáticas, alertou van Westen.

Os impactos do colapso da AMOC poderão ser catastróficos. Algumas partes da Europa poderão ver as temperaturas cair até 30 graus Celsius ao longo de um século, conclui o estudo, levando a um clima completamente diferente ao longo de apenas uma ou duas décadas.

Nenhuma medida de adaptação realista pode lidar com mudanças de temperatura tão rápidas, escrevem os autores do estudo.

Os países do hemisfério sul, por outro lado, poderão registar um aumento do calor, enquanto as estações chuvosa e seca da Amazônia poderão mudar, causando graves perturbações no ecossistema.


Ondas na Passagem de Drake, no sul do Oceano Atlântico / Mike Hill / Getty Images

O colapso da AMOC também pode fazer com que o nível do mar suba cerca de um metro, ressaltou van Westen.

Stefan Rahmstorf, oceanógrafo físico da Universidade de Potsdam, na Alemanha, que não esteve envolvido no estudo, afimrou que foi um grande avanço na ciência da estabilidade da AMOC.

Isso confirma que a AMOC tem um ponto de inflexão além do qual se decompõe se o Oceano Atlântico Norte for diluído em água doce, pontuou à CNN.

Estudos anteriores que encontraram o ponto de inflexão da corrente do atlântico utilizaram modelos muito mais simples, segundo o especialista, o que dava esperança a alguns cientistas de que isso poderia não acontecer em modelos mais complexos. Entretanto, o novo estudo destrói essas esperanças, avaliou Rahmstorf.

Especialista pede cautela

Joel Hirschi, chefe associado de modelagem de sistemas marinhos do Centro Nacional de Oceanografia do Reino Unido, destacou que o estudo foi o primeiro a usar modelos climáticos complexos para mostrar que a AMOC pode passar de ligada para desligada em resposta a quantidades relativamente pequenas de água doce entrando no oceano.

Mas há razões para ser cauteloso, acrescentou. Embora o estudo tenha utilizado um modelo complexo, ainda tem baixa resolução, disse ele, o que significa que pode haver limitações na representação de algumas partes das correntes.

Esse estudo acrescenta ao crescente conjunto de evidências de que a AMOC pode estar se aproximando de um ponto de inflexão – e que pode até estar próximo.

Um estudo de 2021 descobriu que a AMOC estava mais fraca do que em qualquer outro momento nos últimos mil anos. E um relatório particularmente alarmante – e controverso – publicado em julho do ano passado, concluiu que a AMOC poderia estar em vias de entrar em colapso potencialmente já em 2025.

No entanto, permanecem enormes incertezas. Jeffrey Kargel, cientista sênior do Instituto de Ciências Planetárias do Arizona, pontuou suspeitar que a teoria de um desligamento potencialmente iminente da AMOCpermanecerá um tanto controversa até que, um ano, saibamos que isso está acontecendo.

Ele comparou o potencial colapso às girações violentas de um mercado de ações que precedem um grande crash — é quase impossível identificar quais mudanças são reversíveis e quais são precursoras de um desastre.

Dados modernos mostram que a força da AMOC se altera, mas ainda não há evidências observadas de declínio, disse Hirschi.

Se mudanças abruptas na AMOC semelhantes às observadas no passado ocorrerão à medida que nosso clima continua a aquecer é uma importante questão em aberto, comentou.

Esse estudo é uma peça desse quebra-cabeça, disse Rahmstorf. (Isso) aumenta significativamente a preocupação crescente sobre o colapso da AMOC em um futuro não muito distante, disse ele. Ignoraremos isso por nossa conta em risco, concluiu.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========--------------------------------------------------------------------------------====-++----

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

IPCA: preços sobem 0,42% em janeiro, com nova alta forte dos alimentos

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


País tem uma inflação acumulada de 4,51% em 12 meses, acima das expectativas de analistas. Alimentação e bebidas teve a maior alta do grupo desde abril de 2022.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Raphael Martins, g1

Postado em 08 de fevereiro de 2024 às 10h00m

#.*Post. - N.\ 11.108*.#

Aumento de preço da cenoura foi de 43,85% no mês de janeiro de 2024 — Foto: Pixabay
Aumento de preço da cenoura foi de 43,85% no mês de janeiro de 2024 — Foto: Pixabay

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostra que os preços subiram 0,42% em janeiro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado do mês representa uma desaceleração contra o mês anterior, já que o IPCA havia fechado dezembro com alta de 0,56%. E em janeiro de 2023, teve alta de 0,53%.

Com isso, o país tem uma inflação acumulada de 4,51% em 12 meses.

O resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que esperavam aumento de 0,35% dos preços em janeiro. No acumulado, era esperada uma alta de 4,43%.

Sete dos nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta no mês. Mais uma vez, o destaque foi o grupo de Alimentação e bebidas, que registrou a maior variação (1,38%) e o maior impacto (0,29 ponto percentual) no índice geral.

É a maior alta do grupo desde abril de 2022 (2,06%). Houve, portanto, piora em relação ao mês anterior, quando havia demonstrado aumento de 1,11% e impacto de 0,23 p.p.

E novamente a Alimentação no domicílio, que engloba produtos in natura, puxou todo o grupo, com alta de 1,81% no mês. A cenoura (43,85%), a batata-inglesa (29,45%), o feijão-carioca (9,70%), o arroz (6,39%) e as frutas (5,07%) foram os destaques do IBGE.

Já a Alimentação fora do domicílio teve uma desaceleração contra dezembro, passando de 0,53% para 0,25% de alta. O lanche (0,32%) e a refeição (0,17%tiveram altas menos intensas que no mês anterior (0,74% e 0,48%).

Veja o resultado dos grupos do IPCA:

  • Alimentação e bebidas: 1,38%;
  • Habitação: 0,25%;
  • Artigos de residência: 0,22%;
  • Vestuário: 0,14%;
  • Transportes: -0,65%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,83%;
  • Despesas pessoais: 0,82%;
  • Educação: 0,33%;
  • Comunicação: -0,08%.

Transportes seguem em queda

O grupo Transportes teve nova queda, de 0,65% em janeiro, e contribuiu com deflação para o índice geral (-0,14 p.p.). O subgrupo de combustíveis teve mais uma redução (-0,39%), com recuo do etanol (-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%). Apenas o gás veicular subiu (5,86%).

Os preços de janeiro ainda não captam o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMSpara combustíveis que entrou em vigor neste mês. O aumento foi deliberado pelo Comitê Nacional de Secretários de Estado da Fazenda (Comsefaz) em outubro de 2023.

Os preços do óleo diesel, da gasolina e do gás de cozinha aumentaram em cerca de 12,5% desde o dia 1º. Antes da alta do ICMS, os combustíveis já haviam ficado mais caros por conta da retomada da tributação federal. Desde 1º de janeiro, houve reoneração de PIS/Cofins, cujas alíquotas estavam zeradas até 31 de dezembro de 2023.

Quem puxou de fato o resultado do grupo para baixo foram as passagens aéreas. O subitem tem colhido altos e baixos ao longo dos últimos meses, mas teve deflação em janeiro (-15,22%) e maior impacto negativo no índice do mês (-0,15 p.p.).

A base de comparação, porém, é alta, pois o subitem vem de uma sequência de quatro meses de alta intensa. As passagens fecharam o ano de 2023 com alta de 47,24%. Com a queda de janeiro, o acumulado em 12 meses agora é de 25,48%.

IPCA sobe 0,42% em janeiro

Serviços e monitorados desaceleram

A inflação de serviços, uma das métricas observadas pelo Banco Central do Brasil para a condução da taxa básica de juros, voltou a desacelerar com o apoio da redução dos preços das passagens aéreas.

Em 2023, o indicador havia fechado com alta de 6,22%. Neste mês, fechou a janela de 12 meses com alta de 5,62%, menor resultado desde outubro.

"A redução da taxa de desocupação e o aumento da massa salarial são fatores que podem contribuir para o consumo das famílias, mas ainda é preciso aguardar os dados para entender os efeitos no setor de serviços", afirma André Almeida, gerente de pesquisa do IPCA no IBGE.

"Por ora, o índice de serviços tem sido bastante influenciado pelas passagens aéreas e questões sazonas. Neste mês, vemos a alta dos preços de hospegadem [por conta das férias escolares]", prossegue.

Já os monitorados, itens cujos preços são definidos pelo setor público ou por contratos, também tiveram leve desaceleração na esteira da redução de preços de combustíveis e da tarifa de energia elétrica residencial.

Em 2013, o grupo fechou em alta acumulada de 9,12%. Em janeiro, desacelerou para 8,56% em 12 meses.

Resultado acima das expectativas

O mercado financeiro se surpreendeu com um resultado forte dos serviços subjacentes (0,76%), uma das principais métricas observadas pelo BC para a continuidade do ciclo de quedas da Selic. A taxa básica de juros passou por cinco quedas seguidas, mas o Comitê de Política Monetária (Copomdeixou clara a preocupação com a continuidade do processo de desinflação.

Para Andrea Damico, economista-chefe da Armor Capital, os resultados ainda não revertem a tendência de queda da Selic, mas ligam alertas sobre a trajetória dos preços. Ainda que tenha ficado claro que itens voláteis influenciaram o resultado do núcleo, é preciso observar como será o trajeto dos próximos meses.

"Já esperávamos um número feio para esse fechamento, mas veio muito pior. É um sinal desconfortável, mas mantemos visão de que deve haver alguma descompressão nos próximos meses. Ainda tem um componente dos reajustes anuais nesse dado", diz a especialista.

Já Laiz Carvalho, economista para Brasil do BNP Paribas, indica que o banco esperava Alimentação no domicílio ainda mais alto, produtos de higiene mais baixos e Transportes mais baixos, o que causou diferenças da expectativa para o resultado final.

Mas a preocupação também ficou com serviços subjacentes, algo que vinha se desenhando desde os resultados do IPCA-15 do mês.

"Ainda é cedo para falar de reversão da desaceleração de serviços. Mas, daqui para a frente, além do índice cheio em si, esse é o aspecto que todos vão acompanhar para entender o impacto da atividade econômica na inflação, em especial do mercado de trabalho", diz a economista. 
INPC tem alta de 0,57% em janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC— que é usado como referência para reajustes do salário mínimo, pois calcula a inflação para famílias com renda mais baixa — teve alta de 0,57% em janeiro. Em dezembro, houve alta de 0,55%.

Como os alimentos têm peso maior no INPC — e as passagens aéreas, menor — o resultado do mês veio maior que o IPCA.

Assim, o INPC teve leve aceleração no acumulado em 12 meses, com alta de 3,82%. No mês anterior, o índice havia acumulado 3,71%.

"Os produtos alimentícios passaram de 1,20% de variação em dezembro para 1,51% em janeiro. A variação dos não alimentícios foi menor: 0,27% em janeiro frente à alta de 0,35% no mês anterior", destaca o IBGE.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========--------------------------------------------------------------------------------====-++----

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

A impressionante foto de urso polar dormindo em iceberg que venceu prêmio de fotografia

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


O fotógrafo amador britânico Nima Sarikhani fez a imagem depois de três dias procurando ursos polares no arquipélago norueguês de Svalbard.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
TOPO
Por BBC

Postado em 07 de fevereiro de 2024 às 12h00m

#.*Post. - N.\ 11.107*.#

Foto vencedora de concurso sobre vida selvagem — Foto: NIMA SARIKHANI/WILDLIFE PHOTOGRAPHER OF THE YEAR
Foto vencedora de concurso sobre vida selvagem — Foto: NIMA SARIKHANI/WILDLIFE PHOTOGRAPHER OF THE YEAR

Uma imagem impressionante de um jovem urso polar dormindo em um iceberg, feita pelo fotógrafo amador britânico Nima Sarikhani, foi eleita a vencedora do prêmio Wildlife Photographer of the Year People's Choice Award (Prêmio Escolha Popular de Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano, em tradução livre).

A imagem comovente e de tirar o fôlego de Sarikhani nos permite ver a beleza e a fragilidade do nosso planeta, disse Douglas Gurr, diretor do Museu de História Natural de Londres, na Inglaterra.

A imagem instigante é um lembrete claro do vínculo entre um animal e seu habitat e serve como uma representação visual dos impactos negativos das mudanças climáticas e da perda de habitat.

Sarikhani fez a imagem depois de três dias procurando ursos polares em meio à espessa neblina do arquipélago norueguês de Svalbard.

Os fotógrafos da vida selvagem e os fãs da natureza de todo o mundo foram convidados a votar a partir de uma seleção de 25 imagens.

Quatro outros finalistas de destaque foram classificados pelo prêmio como altamente elogiado.

'A Tartaruga Feliz' de Tzahi Finkelstein

'A Tartaruga Feliz' de Tzahi Finkelstein — Foto: TZAHI FINKELSTEIN/WPY
'A Tartaruga Feliz' de Tzahi Finkelstein — Foto: TZAHI FINKELSTEIN/WPY

Finkelstein estava posicionado em seu esconderijo fotografando pássaros costeiros quando avistou uma tartaruga dos Balcãs caminhando em águas rasas.

A libélula pousou inesperadamente no nariz da tartaruga e ele capturou o momento.

'Murmuros de Estorninhos' por Daniel Densescu

'Murmuros de Estorninhos' por Daniel Densescu — Foto: DANIEL DENCESCU/WPY
'Murmuros de Estorninhos' por Daniel Densescu — Foto: DANIEL DENCESCU/WPY

Dencescu passou horas seguindo pássaros estorninhos pela cidade e subúrbios de Roma, na Itália.

Finalmente, em um dia sem nuvens de inverno, o bando tomou a forma de um pássaro gigante.

'Paternidade Compartilhada' por Mark Boyd

'Paternidade Compartilhada' por Mark Boyd — Foto: MARK BOYD/WPY
'Paternidade Compartilhada' por Mark Boyd — Foto: MARK BOYD/WPY

As grandes felinas partiram para caçar na noite anterior, deixando os cinco filhotes do bando escondidos durante a noite em densos arbustos.

Retornando de sua missão mal sucedida, elas chamaram os filhotes para a pastagem aberta e começaram a cuidar deles.

'Geleias de Aurora' de Audun Rikardsen

'Geleias de Aurora' de Audun Rikardsen — Foto: AUDUN RIKARDSEN/WPY
'Geleias de Aurora' de Audun Rikardsen — Foto: AUDUN RIKARDSEN/WPY

As águas-vivas lunares enxameiam nas águas frias do outono de um fiorde nos arredores de Tromsø, no norte da Noruega, iluminadas pela aurora boreal.

Abrigando seu equipamento em uma caixa à prova d'água feita por ele mesmo, Audun utilizou uma única exposição, assim como seu próprio sistema para ajustar o foco e a abertura durante a exposição.

As cinco imagens serão exibidas online e na exposição que as acompanha no Museu de História Natural de Londres, até 30 de junho de 2024.

Todas as fotos têm os direitos autorais da Wildlife Photographer of the Year

------++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========--------------------------------------------------------------------------------====-++----