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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Balança comercial ultrapassa US$ 98 bilhões em 2023, maior valor da série histórica

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Saldo positivo superou o de 2022 em 60,6%. Superávit ocorre quando exportações superam importações. Setor agropecuário respondeu por 24% das exportações brasileiras em 2023.
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Por Lais Carregosa, g1 — Brasília

Postado em 05 de janeiro de 2024 às 16h00m

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O setor agropecuário respondeu por 24% das exportações brasileiras em 2023 — Foto: Reuters via BBC
O setor agropecuário respondeu por 24% das exportações brasileiras em 2023 — Foto: Reuters via BBC

O Brasil registrou superávit recorde de US$ 98,8 bilhões em 2023 – o maior da série histórica, que começa em 1989. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O saldo positivo superou o de 2022 em 60,6%. Naquele ano, o Brasil registrou superávit de US$ 61,5 bilhões.

O superávit ocorre quando o valor exportado pelo Brasil supera as importações. Do contrário, se as importações forem maiores, é registrado déficit na balança comercial.

BALANÇA COMERCIAL
EM US$ MILHÕES


Fonte: SECRETARIA DE COMÉRCIO EXTERIOR

No total, em 2023:

  • as exportações somaram US$ 339,7 bilhões;
  • as importações somaram US$ 240,8 bilhões.

Segundo o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, o desempenho da balança comercial em 2023 está relacionado à queda no preço dos produtos importados, como fertilizantes e óleo diesel.

"Isso [o resultado de 2023] é muito importante porque ajuda a economia. Ajuda nas reservas internacionais, ajuda na economia, então esse saldo da balança comercial [é] extremamente expressivo", declarou Alckmin.

Exportação recorde

As exportações aumentaram 1,7%, em relação a 2022, alcançando US$ 339,7 bilhões , segundo os dados do governo.

O setor agropecuário respondeu por 24% das exportações brasileiras, somando US$ 81,5 bilhões em 2023. O crescimento no ano foi de 9%.

Já o setor extrativista registrou participação de 23,2% no resultado do ano, com US$ 78,8 bilhões. Em relação a 2022, houve aumento de 3,5%.

A indústria extrativa, por sua vez, registrou queda de 2,3% no ano, com exportação de US$ 177,2 bilhões. O setor tem a maior parcela das exportações nacionais, com 52,2%.

Os itens mais exportados foram:

  1. soja, com 15,6% de participação;
  2. óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (12,52%);
  3. minério de ferro e seus concentrados (8,98%);
  4. açúcares e melaços (4,64%);
  5. óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (3,9%)

O ano de 2023 também estabeleceu um novo recorde de exportação para um único parceiro comercial: o Brasil exportou mais de US$ 100 bilhões para a China.

Veja os principais destinos das exportações brasileiras em 2023:

  • China, Hong Kong e Macau, respondendo por 31,1% do valor exportado;
  • União Europeia (13,6%);
  • Estados Unidos (10,8%);
  • Sudeste Asiático (7,2%);
  • Mercosul (6,9%).
Queda na importação

As importações retraíram 11,7% em relação a 2022, somando US$ 240,8 bilhões. No ano anterior, o valor foi de US$ 272,6 bilhões.

A queda nas importações é justificada pelo recuo de, em média, 8,8% nos preços de itens importados. Já o volume trazido do exterior reduziu 2,6%.

"Isso significa que o gasto com importação foi menor principalmente por causa de queda de preços. Gosto de mencionar o exemplo de adubos e fertilizantes, que foram importados com preço 44,9% menor que no ano passado [2022] ao passo em que os volumes cresceram 7,5%", explicou a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.

Perspectivas para 2024

A projeção do governo para 2024 é de queda de 4,5% no saldo da balança comercial, que deve fechar o ano em US$ 94,4 bilhões.

Segundo Prazeres, a redução do superávit está relacionada ao aumento nas importações. A previsão é que haja aumento de 5,4% no valor importado em 2024.

"[Em 2023] nós tivemos uma redução expressiva, relevante eu diria, das importações e há uma mudança desse cenário para o ano que vem [2024]", disse.

Por outro lado, as exportações devem atingir um novo recorde, chegando a US$ 348,2 bilhões, sendo puxada pelo volume exportado.

"Devo destacar que temos uma previsão de uma safra recorde para 2024, inclusive de soja, que tem uma importância tão grande para a nossa balança comercial, então nossa expectativa é de um recorde acima de um recorde já realizado este ano", afirmou a secretária. Contudo, ela não descarta revisões futuras dessa projeção.

EUA libera importação de tubos de aço

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, anunciou nesta sexta-feira (5) que os Estados Unidos suspenderam a proteção comercial que impedia ou sobretaxava as importações de tubos de aço produzidos no Brasil.

De acordo com a secretária de Comércio Exterior, a decisão foi tomada na quinta-feira (4) e já está em vigor. "É uma medida muito positiva para as nossas exportações", afirmou.

Como uma medida de proteção do mercado interno, os Estados Unidos taxam importações de tubos desde 1992, cobrando 103,4% sobre o valor do produto.

Segundo o governo, só o Brasil foi excluído da lista de exportadores taxados.

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'Dolorosamente quente': conheça Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo

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Recordista chega a ser 4 vezes mais caras que outras, e é fruto de dez anos de trabalho do agricultor Ed Currie. Sabia que as pimentas têm uma escala de ardência? Confira na reportagem.
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Por g1

Postado em 05 de janeiro de 2024 às 06h30m

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Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo. — Foto: Wikimedia Commons/ Magnolia677
Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo. — Foto: Wikimedia Commons/ Magnolia677

"Dolorosamente quente, com tons doces e frutados e notas de canela e chocolate. Pode ser usado para apimentar molhos, salsas ou em combate". Sentiu o drama?

A descrição é do próprio agricultor que criou a Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo. Ele se chama Ed Currie e vive nos Estados Unidos.

Mas quem garante esse posto é o próprio Guinness World Record. A pimenta entrou para o livro dos recordes em 2013, após testes feitos pela Winthrop University, que fica na Carolina do Sul, Estados Unidos.

Nesses estudos, a Carolina Reaper atingiu 1,64 milhão na escala de Scoville, uma tabela que mede o grau de ardência das pimentas (veja abaixo).

Para se ter ideia da potência da recordista, a pimenta malagueta, que é muito ardida, pode alcançar até 175 mil unidades nessa escala de medida, bem menos que a Reaper.

Escala de ardência: Carolina Reaper e outras pimentas famosas no Brasil. — Foto: g1
Escala de ardência: Carolina Reaper e outras pimentas famosas no Brasil. — Foto: g1

Conheça a Carolina Reaper 🌶️

De onde vem esse nome?

Carolina é uma referência ao estado em que ela foi desenvolvida, a Carolina do Sul, nos Estados Unidos. "Reaper" quer dizer "ceifador". Lembra da figura da morte com uma foice? É isso aí.

Como ela surgiu?

A pimenta mais ardida do mundo é resultado do cruzamento de duas variedades, a Sweet Habanero e a Naga Viper. Foram dez anos de trabalho até alcançar esse resultado.

O especialista em pimentas Nelo Linguanotto explica que existe uma demanda por pimentas cada vez mais picantes.

"Já até criaram uma pimenta mais forte que a Carolina Reaper, mas em laboratório. Não conseguiram replicar em plantações", revela. 
A Carolina Reaper é vendida no Brasil?

Pimentas Carolina Reaper colhidas em West Valley City, Utah, nos Estados Unidos. — Foto: Dale Thurber/Wikimedia Commons
Pimentas Carolina Reaper colhidas em West Valley City, Utah, nos Estados Unidos. — Foto: Dale Thurber/Wikimedia Commons

Sim. O produtor de pimentas Rildo Cazé, de Maringá (PR), importou sementes de Carolina Reaper dos Estados Unidos há dez anos.

Ele vende a pimenta in natura, mas também em molhos, conservas e pastas.

O produtor contou que o quilo de Carolina Reaper custa R$ 150,00 - é quatro vezes mais que outras pimentas, como a malagueta e a dedo-de-moça.

O produtor conta que a Carolina Reaper é a pimenta mais vendida. Mas, na comparação com outras variedades, o cultivo é mais difícil:

"Precisa ter cuidado, ela é muito perigosa. É melhor usar luva e máscara, porque essa pimenta exala um gás que queima a pele", explica Cazé.

Ele explica que a pimenta é produzida em todo o país.

Qual o maior recorde com essa pimenta?

Em dezembro de 2021, o americano Gregory Foster bateu o recorde ao comer três pimentas Carolina Reaper em 8,7 segundos em San Diego, Estados Unidos.

Em novembro de 2022, o canadense Mike Jack comeu 50 pimentas dessa variedade em 6 minutos e 49 segundos. O desafio foi cumprido em Ontario, no Canadá.

Esperamos que eles estejam bem!

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quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Fiat Strada é o veículo novo mais vendido do Brasil em 2023; veja a lista

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Picape permanece na liderança dos emplacamentos da Fenabrave desde 2021. País teve alta de 9,7% nos emplacamentos, chegando a 2,3 milhões de unidades no ano.
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Por Raphael Martins, g1

Postado em 04 de janeiro de 2023 às 13h40m

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Veja lista dos veículos novos mais vendidos do Brasil em 2023

A Fiat Strada foi o veículo novo mais vendido do Brasil em 2023, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Foram comercializadas 120.600 unidades da picape no país.

A Strada encabeça a lista desde 2021, quando foi o veículo mais vendido do ano pela primeira vez e derrubou do topo da lista o Chevrolet Onix, que havia sido o líder por seis anos seguidos. Em 2022, a picape também fechou o ano na liderança, com 112.456 unidades emplacadas.

A novidade é a vice-liderança do Volkswagen Polo. O novo modelo de entrada da marca, desde a aposentadoria do Gol, teve 111.242 unidades emplacadas em 2023. O Chevrolet Onix ficou em terceiro lugar, com 102.043 unidades.

Os dados foram publicados nesta quinta-feira (4) pela Fenabrave. Os emplacamentos totais no país tiveram alta de 9,7% em 2023, apoiados no programa de desconto no carro zero do governo federal em meados do ano. (veja mais abaixo)

10 veículos mais vendidos de 2023

  1. Fiat Strada: 120.600 unidades
  2. Volkswagen Polo: 111.242 unidades
  3. Chevrolet Onix: 102.043 unidades
  4. Hyundai HB 20: 88.905 unidades
  5. Chevrolet Onix Plus: 74.887 unidades
  6. Fiat Mobi: 73.428 unidades
  7. Volkswagen T-Cross: 72.441 unidades
  8. Fiat Argo: 66.717 unidades
  9. Chevrolet Tracker: 66.643 unidades
  10. Hyundai Creta: 65.817 unidades
Fiat Strada 2021 — Foto: Divulgação
Fiat Strada 2021 — Foto: Divulgação

Fiat é a líder de mercado

Entre as montadoras, a líder de emplacamentos foi a Fiat, com uma fatia de 21,82% do mercado de automóveis e comerciais leves. A Volkswagen vem logo na sequência, com 15,83%.

Veja o top 10 abaixo.

  1. Fiat: 21,82% ou 475.519 unidades;
  2. Volkswagen: 15,83% ou 344.996 unidades;
  3. Chevrolet: 15,05% ou 328.020 unidades;
  4. Toyota: 8,82% ou 192.277 unidades;
  5. Hyundai: 8,55% ou 186.235 unidades;
  6. Jeep: 5,83% ou 126.957 unidades;
  7. Renault: 5,79% ou 126.270 unidades;
  8. Nissan: 3,33% ou 72.548 unidades;
  9. Honda: 3,31% ou 72.041 unidades;
  10. Peugeot: 1,6% ou 34.910 unidades.
Emplacamentos em 2023

O país registrou 2.308.140 de emplacamentos de veículos novos em 2023, segundo dados da Fenabrave. Em 2022, foram 2.104.050 unidades emplacadas. O g1 não contabiliza motos e implementos rodoviários.

Em dezembro, a entidade registrou aumento de 16,9% nos emplacamentos em relação ao mês anterior, totalizando 248.544 unidades. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a alta foi de 14,6% (216.889).

O mercado automotivo teve um grande incentivo no ano, com o programa de descontos para carros populares. A estimativa do governo é que 125 mil veículos tenham sido vendidos entre junho e julho.

No total, o programa liberou R$ 1,8 bilhão para baratear o preço dos veículos novos. Na modalidade de carros populares foram destinados R$ 800 milhões. O desconto serviu para abater os preços de veículos com valor total de até R$ 120 mil.

Os descontos foram de R$ 2 mil a R$ 8 mil para carros de pequeno porte. De acordo com o governo, a última semana de junho havia sido o período com maior venda de veículos leves dos últimos 10 anos.

Dados por montadora

Segundo o governo, a maior parte dos descontos foi concedido pela montadora Fiat, seguida pela Volkswagen e Renault. Veja a lista abaixo:

  • FCA Fiat Chrysler: R$ 230 milhões
  • Volkswagen: R$ 100 milhões
  • Renault: R$ 90 milhões
  • Hyundai: R$ 80 milhões
  • GM: R$ 50 milhões
  • Peugeot Citroen: R$ 50 milhões
  • Nissan: R$ 20 milhões
  • Toyota: R$ 20 milhões
  • Honda: R$ 20 milhões

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quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

As imagens que mostram as mudanças na superfície do planeta causadas por ação humana em 2023

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Do Chile e da Argentina à Ucrânia e ao Vietnã, superfície do nosso planeta sofreu grandes mudanças este ano.
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TOPO
Por Richard Gray

Postado em 03 de janeiro de 2024 às 06h10m

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— Foto: MAXAR TECHNOLOGIES via BBC
— Foto: MAXAR TECHNOLOGIES via BBC

Existem pouquíssimos lugares na Terra onde os seres humanos não deixaram sua marca.

🌎 Estima-se que 95% da superfície do planeta — sem incluir a Antártica, embora a humanidade também tenha deixado marcas por lá — apresenta alguns sinais de atividade humana.

❗ Segundo uma análise recente, 16% dessas terras foram significativamente modificadas.

O desenvolvimento urbano, as obras de engenharia em grande escala e os projetos de mineração estão transformando completamente as paisagens, enquanto o desmatamento e a agricultura estão alterando ecossistemas inteiros.

A poluição produzida pelo homem pode ser encontrada em quase todos os cantos do planeta.

Essa interferência continuou em ritmo acelerado ao longo de 2023, para o bem e para o mal.

Aqui mostramos alguns exemplos das mudanças mais drásticas em nosso planeta no ano passado.

Há apenas dois anos, o recife Pearson, no Mar da China Meridional, era pouco mais do que um pequeno atol entre os mais de 100 recifes de areia que, vistos do espaço, constituíam as Ilhas Spratly.

Recife Pearson, também conhecido como Ilha Phan Vinh, é agora muito maior do que seu tamanho original após dragagem de sucção pelo Vietnã. — Foto: MAXAR TECHNOLOGIES via BBC
Recife Pearson, também conhecido como Ilha Phan Vinh, é agora muito maior do que seu tamanho original após dragagem de sucção pelo Vietnã. — Foto: MAXAR TECHNOLOGIES via BBC

Mas o Vietnã, que ocupa essas ilhas desde o final da década de 1970, embarcou num grande projeto para expandir seu território terrestre no final de 2021.

👉 Por meio de um processo de dragagem e aterro, o país acrescentou 660.000 m² às ilhas e criou um porto no meio do recife que pode ser visto em uma imagem de satélite registrada em agosto de 2023.

Esse é apenas um dos vários projetos de expansão que o Vietnã empreendeu nas Ilhas Spratly desde 2021, apesar da reivindicação de vários países, como a China e as Filipinas, bem como Taiwan, à soberania das ilhas.

Em abril de 2021, recife Pearson nada mais era do que pequeno pedaço de terra na ponta de recife submerso. — Foto: MAXAR TECHNOLOGIES via BBC
Em abril de 2021, recife Pearson nada mais era do que pequeno pedaço de terra na ponta de recife submerso. — Foto: MAXAR TECHNOLOGIES via BBC

Em 2023, o Vietnã criou 133 hectares adicionais de terras insulares em cinco novos locais nas Spratlys, segundo a ferramenta Asia Maritime Transparency Initiative (AMTI), ligada à Universidade Georgetown, em Washington, nos Estados Unidos, que monitora o ambiente marinho da área.

Mas, segundo a AMTI, na última década foram destruídos cerca de 2.150 hectares de recifes de coral devido à construção de ilhas no Mar da China Meridional, a maior parte delas pela China.

O gigante asiático construiu várias bases militares nas novas ilhas que formou, incluindo uma importante base aérea.

Argentina

Com o crescimento da produção e venda de veículos elétricos e outros dispositivos alimentados por baterias, a procura por lítio disparou nos últimos anos.

Mina de lítio Cauchari-Olaroz, na província argentina de Jujuy, visa atender à crescente demanda por mineral. — Foto: MAXAR TECHNOLOGIES via BBC
Mina de lítio Cauchari-Olaroz, na província argentina de Jujuy, visa atender à crescente demanda por mineral. — Foto: MAXAR TECHNOLOGIES via BBC

Mas os alertas sobre uma escassez iminente desse mineral crítico levaram à abertura de novas minas.

Entre as que começaram a operar em 2023, está o projeto Cauchari-Olaroz, na província de Jujuy, na Argentina.

Lagoas de evaporação verdes brilhantes são claramente visíveis na imagem de satélite da Maxar Technologies.

Mudanças nas práticas agrícolas transformaram a superfície do Lago Inle nas montanhas Shan, no leste de Mianmar.

Fazendas flutuantes reduziram drasticamente superfície do Lago Inle, em Mianmar. — Foto: EU/COPERNICUS SENTINEL-2 via BBC
Fazendas flutuantes reduziram drasticamente superfície do Lago Inle, em Mianmar. — Foto: EU/COPERNICUS SENTINEL-2 via BBC

Reconhecido como Patrimônio Mundial da Unesco (braço da ONU para cultura), o lago é famoso pelos jardins flutuantes criados pelos moradores que vivem em suas margens, bem como pelos pescadores que remam com as pernas.

Mas o crescimento da aquicultura de tomate em grande escala reduziu drasticamente a área de superfície do lago.

Chile

No alto da Cordilheira dos Andes, a cerca de 4.400 metros acima do nível do mar, uma enorme cicatriz se abriu no solo.

Trata-se da mina de cobre a céu aberto Quebrada Blanca, que ampliou suas operações em 2023.

As empresas que a administram esperam produzir 300 mil toneladas de cobre por ano.

Mina de cobre a céu aberto Quebrada Blanca, localizada na região de Tarapacá, no norte do Chile, expandiu operações em 2023. — Foto: MAXAR TECHNOLOGIES via BBC
Mina de cobre a céu aberto Quebrada Blanca, localizada na região de Tarapacá, no norte do Chile, expandiu operações em 2023. — Foto: MAXAR TECHNOLOGIES via BBC

Ucrânia

Em 6 de junho de 2023, uma série de explosões de madrugada rompeu a barragem de Nova Kakhovka, causando graves inundações nos dias seguintes.

A Ucrânia acusou a Rússia de explodir deliberadamente a barragem, enquanto os russos culparam os ucranianos.

Mina de cobre a céu aberto Quebrada Blanca, localizada na região de Tarapacá, no norte do Chile, expandiu operações em 2023. — Foto: GETTY IMAGES via BBC
Mina de cobre a céu aberto Quebrada Blanca, localizada na região de Tarapacá, no norte do Chile, expandiu operações em 2023. — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Sem o dique para reter a água, a paisagem acima e abaixo da barragem se transformou nos meses seguintes.

Antes das explosões, o nível de água do reservatório de Nova Kakhovka era o mais alto dos últimos anos, mas depois do rompimento da barragem quase secou.

Isso também afetou uma rede de canais alimentados pelo reservatório que secou durante o verão, deixando os agricultores próximos com dificuldades para irrigar as suas colheitas.

Depois que barragem rompeu, água correu rio abaixo, e reservatório secou. — Foto: NASA via BBC
Depois que barragem rompeu, água correu rio abaixo, e reservatório secou. — Foto: NASA via BBC

Uma avaliação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) descreveu os danos como um "desastre ambiental de grande alcance" que se estenderia para muito além das fronteiras da Ucrânia.

O próprio reservatório era um ecossistema em pleno funcionamento que foi dizimado, enquanto as inundações causaram danos consideráveis ​​aos habitats naturais.

O Pnuma alertou que os danos causados ​​pelo rompimento da barragem podem ser "irreversíveis".

Um pedaço de deserto localizado a 35 km de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, foi transformado na maior usina de energia solar do mundo.

Mais de 4 milhões de painéis solares apontam para o céu no Projeto de Energia Solar Al Dhafra, capaz de gerar eletricidade suficiente para quase 200 mil moradias.

Projeto de energia solar Al Dhafra, nos Emirados Árabes Unidos, se alastra por mais de 20 km² de deserto. — Foto: MAXAR TECHNOLOGIES via BBC
Projeto de energia solar Al Dhafra, nos Emirados Árabes Unidos, se alastra por mais de 20 km² de deserto. — Foto: MAXAR TECHNOLOGIES via BBC

Etiópia

Em setembro de 2023, a Etiópia anunciou que tinha enchido com sucesso a sua Grande Barragem da Renascença Etíope (Gerd, na sigla em inglês) no Nilo Azul.

Mas a notícia irritou os países localizados rio abaixo, especialmente o Egito, que acusa a Etiópia de ameaçar o seu abastecimento de água.

A barragem, que a Etiópia cogita utilizar para produzir eletricidade, tem sido motivo de polêmica, pois também poderia dar ao governo do país o controle sobre o abastecimento de água de seus vizinhos.

Etiópia encheu barragem durante três anos, levando a preocupações de países vizinhos. — Foto: MAXAR TECHNOLOGIES via BBC
Etiópia encheu barragem durante três anos, levando a preocupações de países vizinhos. — Foto: MAXAR TECHNOLOGIES via BBC

Arábia Saudita

As fundações de parte do The Line ("A Linha", em tradução livre para o português), uma cidade de 170 quilômetros de extensão que está sendo construída em um enorme território na costa ocidental da Arábia Saudita, estendem-se pelo deserto.

As obras de construção do projeto — que a Arábia Saudita quis promover como uma cidade ecológica de alta tecnologia que será o "modelo de amanhã" — podem ser vistas numa extremidade de uma rodovia que liga as cidades de Gayal e Ras Al Sheikh Al Hamid.

Alguns críticos também questionaram as credenciais verdes da cidade planejada.

Imagem do projeto The Line na Arábia Saudita. — Foto: GETTY IMAGES via BBC
Imagem do projeto The Line na Arábia Saudita. — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Leia a íntegra desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.

2023 deve ser o ano mais quente em 125 mil anos, diz observatório europeu

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