Total de visualizações de página

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Com novembro, 2023 tem o 6º mês consecutivo a quebrar um recorde histórico de calor, diz observatório

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Informação foi divulgada por pesquisadores do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia. Por causa dessas altas temperaturas, 2023 será o ano mais quente de que se tem registro.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 06 de dezembro de 2023 às 10h05m

#.*Post. - N.\ 11.034*.#

Um avião decola do Aeroporto Internacional Sky Harbor na tarde de 12 de julho de 2023, em Phoenix, nos Estados Unidos. — Foto: AP Foto/Matt York
Um avião decola do Aeroporto Internacional Sky Harbor na tarde de 12 de julho de 2023, em Phoenix, nos Estados Unidos. — Foto: AP Foto/Matt York

Novembro de 2023 marcou o sexto mês consecutivo de recordes de calor na Terra, anunciaram cientistas do observatório europeu Copernicus nesta quarta-feira (6).

Desde junho, temos registrado um mês mais quente a cada novo período. E, por causa disso, os cientistas do observatório europeu já confirmam que este ano quebrará recordes, sendo o mais quente da história, conforme vinham alertando há alguns meses.

As extraordinárias temperaturas globais de novembro, incluindo dois dias mais quentes do que 2ºC acima do período pré-industrial, significam que 2023 é o ano mais quente já registrado na história.
— Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S).

Ainda de acordo com o observatório, novembro de 2023 foi o novembro mais quente já registrado globalmente porque teve uma temperatura média do ar de superfície de 14,22°C, 0,85°C acima da média de novembro de 1991-2020 e 0,32°C acima do novembro mais quente anterior, em 2020.

Além disso, a temperatura média para o período de janeiro a novembro foi 0,13°C mais alta do que a média para o mesmo período em 2016, atualmente o ano mais quente registrado.

Lista de recordes

A marca de temperatura de novembro se soma à lista de recordes globais de calor deste ano:

  • Primeiro, o planeta registrou o mês de junho mais quente da história.
  • Depois, a marca foi sendo quebrada a cada novo mês: julho, agosto, setembro, outubro e agora novembro.
  • Além disso, o número de dias que ultrapassou o limiar de aquecimento politicamente significativo de 1,5ºC já atingiu um novo máximo, muito antes do final do ano.
  • E, para piorar, pela 1ª vez, o mundo registrou um dia com a temperatura média global 2°C acima da era pré-industrial.
  • Fora tudo isso, julho foi tão quente que pode ter sido o mês mais quente em 120 mil anos, enquanto as temperaturas médias de setembro quebraram o recorde anterior em 0,5°C.
No vídeo a seguir, o g1 explica a crise do clima em gráficos e mapas:
Entenda a crise do clima em gráficos e mapas
Entenda a crise do clima em gráficos e mapas

------++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========--------------------------------------------------------------------------------====-++----

PIB do Brasil cresce 0,1% no 3° trimestre de 2023, diz IBGE

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Economia brasileira passa por desaceleração, já que o resultado vem depois de uma alta de 1% no segundo trimestre deste ano.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Raphael Martins, g1

Postado em 06 de dezembro de 2023 às 08h00m

#.*Post. - N.\ 11.033*.#

PIB teve o terceiro resultado positivo consecutivo do indicador em bases trimestrais — Foto: WAGNER VILAS/ESTADÃO CONTEÚDO
PIB teve o terceiro resultado positivo consecutivo do indicador em bases trimestrais — Foto: WAGNER VILAS/ESTADÃO CONTEÚDO

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,1% no 3º trimestre de 2023 na comparação com os três meses imediatamente anteriores, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (5).

A economia brasileira passa por um processo de desaceleração, já que o saldo vem depois de a atividade crescer 1% no segundo trimestre deste ano. Em relação aos mesmos três meses de 2022, o PIB brasileiro teve alta de 2%.

Este é o terceiro resultado positivo consecutivo do indicador em bases trimestrais — o IBGE revisou os números do 4º trimestre de 2022 para uma queda de 0,1%.

Já na janela anual, a alta acumulada em quatro trimestres é de 3,1%. E, no acumulado dos nove meses de 2023, o ganho foi de 3,2% contra o mesmo período do ano passado.

Variação trimestral do PIB brasileiro até o 3° tri de 2023 — Foto: g1
Variação trimestral do PIB brasileiro até o 3° tri de 2023 — Foto: g1

Grande destaque do primeiro semestre, a Agropecuária teve recuo de 3,3% entre julho e setembro por conta da saída da colheita da base de comparação. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, contudo, acumula alta de 8,8%.

O segmento de serviços, setor mais importante da economia brasileira, voltou a subir 0,6% no trimestre. A alta em relação ao mesmo período de 2022 é de 1,8%.

Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,741 trilhões. Foram R$ 2,387 trilhões vindos de Valor Adicionado (VA) a preços básicos, e outros R$ 353,8 bilhões de Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

Principais destaques do PIB no 3º trimestre:

  • Serviços: 0,6%
  • Indústria: 0,6%
  • Agropecuária: -3,3%
  • Consumo das famílias: 1,1%
  • Consumo do governo: 0,5%
  • Investimentos: -2,5%
  • Exportações: 3%
  • Importação: -2,1%

PIB do Brasil cresce 0,1% no 3° trimestre de 2023, diz IBGE
PIB do Brasil cresce 0,1% no 3° trimestre de 2023, diz IBGE

Revisão de resultados

No terceiro trimestre, o IBGE costuma realizar revisões de resultados anteriores do PIB do país. Foram revistos os números de todos os trimestres do ano de 2022, além dos dois primeiros trimestres de 2023.

A principal revisão foi uma queda menor da Agropecuária em 2022. O recuo passou de 1,7% para 1,1%. A mudança de base também altera os resultados em 2023, já que a base de comparação muda.

Assim, o setor passou de um crescimento de 18,8% para 22,9% no primeiro trimestre, e de 17% para 20,9% no segundo.

PIB brasileiro em terceiros trimestres — Foto: g1
PIB brasileiro em terceiros trimestres — Foto: g1

Agro e Serviços continuam fortes

O terceiro trimestre de 2023 fica marcado por uma desaceleração mais clara da economia, que vinha de dois trimestres crescendo na casa de 1%. O resultado mais marcante é o da Agropecuária, com queda de 3,3%. O resultado é influenciado pela saída da supersafra de soja do 1º semestre.

Ainda assim, o setor puxa a economia brasileira para cima no ano, tanto que ainda há alta de 8,8% em relação ao mesmo trimestre de 2022, apoiadas por culturas de milho (19,5%), cana (13,1%), algodão (12,5%) e café (6,9%). No acumulado do ano, o agro cresce 18,1%, líder absoluto entre os setores.

Os serviços também continuaram a trajetória de crescimento, com alta de 0,6% em relação ao trimestre anterior.

O IBGE destaca que seis das sete atividades analisadas registraram crescimento neste trimestre. Os maiores aumentos percentuais vieram das atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%) e as imobiliárias (1,3%). Destaque também para Informação e comunicação (1%).

Também subiram outras atividades de serviços (0,5%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%) e comércio (0,3%). Quem teve queda foi o setor de transporte, armazenagem e correio (-0,9%), atividade ligada ao transporte de passageiros, mas também aos fretes da Agropecuária.

Contra o mesmo período do ano passado, a alta foi de 1,8%. Os destaques são a Intermediação financeira e seguros (7%) e Atividades imobiliárias (3,6%).

Os serviços totais chegam ao maior patamar da série histórica e 8% acima do pré-pandemia.

A Indústria teve alta de 0,6% no trimestre e de 1% contra o mesmo trimestre do ano passado. O destaque vai para a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que cresceu 3,6% no período e de 7,3% versus o terceiro trimestre do ano passado.

Por outro lado, a Construção foi destaque de queda, com recuo de 3,8% e de 4,5%, respectivamente.

A Indústria Extrativa também vem bem no ano. A alta no trimestre foi de 0,1%, mas de 7,2% em relação ao trimestre de 2022. Segundo o IBGE, o desempenho puxado pelo crescimento da extração de petróleo e gás.

Análise do PIB sob a ótica da oferta — Foto: g1
Análise do PIB sob a ótica da oferta — Foto: g1

Investimento cai, consumo das famílias sobe

Na ótica da demanda houve recuo importante nos Investimentos, que caíram 2,5%. Em entrevista ao g1, a economista Juliana Trece, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), indica que a ação dos juros foi determinante para o resultado.

As taxas mais altas, somadas às indefinições da agenda econômica do governo, foram freios na decisão de investimentos de empresários e trouxeram impacto ao setor. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a queda é ainda mais acentuada, de 6,8%.

O IBGE destaca a influência de uma queda na produção interna de bens de capital, decréscimo na Construção e redução na importação de bens de capital.

Já o consumo das famílias continua crescendo, influenciado pelas políticas de transferência de renda (como o reajuste do Bolsa Família e aumento real do salário mínimo), a melhora do mercado de trabalho e a desaceleração geral da inflação.

Por outro lado, a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, afirma que os juros seguem altos e as famílias seguem endividadas, o que trouxe queda no consumo de bens duráveis.

No trimestre, o consumo das famílias teve alta de 1,1%. Contra o mesmo trimestre de 2022, a alta foi de 3,3%. O segmento também está nas máximas da série histórica do IBGE e 5,8% acima do pré-pandemia.

Análise do PIB sob a ótica da demanda — Foto: g1
Análise do PIB sob a ótica da demanda — Foto: g1

Setor externo contribui

Os bons desempenhos da Agropecuária e da Indústria extrativa no ano têm relação direta com o setor externo.

As Exportações de bens e serviços chegaram a 10% de alta em relação ao mesmo período do ano passado e de 9,8% no acumulado do ano. O IBGE destaca justamente os Produtos agropecuários, a indústria extrativa mineral, os derivados de petróleo e produtos alimentícios.

Na ponta oposta, as Importações tiveram queda de 6,1% e de 1,3% nas mesmas janelas de tempo. A redução de vendas de máquinas e equipamentos, produtos químicos e produtos farmacêuticos são alguns dos destaques.

Economista analisa resultado do PIB no 3° trimestre
Economista analisa resultado do PIB no 3° trimestre

Haddad espera alta de 3% no ano

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (5) que o resultado do PIB brasileiro “surpreendeu positivamente” porque o mercado esperava uma retração, e chamou atenção para o possível efeito da queda da taxa básica de juros do país, a Selic, para o resultado final da atividade no ano.

Nós tivemos um PIB positivo, mas fraco. Com os cortes nas taxas de juros, nós esperamos que, neste ano, nós fechemos o PIB em mais de 3% de crescimento e esperamos um crescimento na faixa de 2,5% no ano que vem. Mas o Banco Central precisa fazer o trabalho dele.
— Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Em entrevista ao g1, o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, afirma que as travas de crédito e desaquecimento da economia por conta dos juros devem, na verdade, mostrar mais as caras neste segundo semestre, o que já fez economistas revisarem para baixo a projeção de fechamento do PIB para este ano.

" o risco é voltarmos para um cenário de 2017 a 2019, em que as commodities não estavam com desempenho brilhante e a economia relativamente fraca”, disse Vale, lembrando que efeitos da política monetária demoram a se mostrar na atividade — tanto quando juros sobem, como quando descem.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também comentou brevemente o resultado: “Eu acho que não é só surpresa. É resultado de um trabalho de pessoas que acreditam que é possível fazer as coisas acontecerem.”

------++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========--------------------------------------------------------------------------------====-++----

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Brasil e Alemanha assinam acordo para laboratório de R$ 1 bilhão que ajudará em futuras pandemias

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Batizado de Orion, laboratório de biossegurança máxima (NB4) será 'único no mundo', uma vez que será integrado ao Sirius, acelerador de partículas no CNPEM, em Campinas (SP).
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Fernando Evans, g1 Campinas e Região

Postado em 05 de dezembro de 2023 às 11h00m

#.*Post. - N.\ 11.032*.#

Perspectiva artística do Orion, complexo laboratorial de máxima contenção biológica que será construído no CNPEM, em Campinas (SP) — Foto: Reprodução/CNPEM
Perspectiva artística do Orion, complexo laboratorial de máxima contenção biológica que será construído no CNPEM, em Campinas (SP) — Foto: Reprodução/CNPEM

Brasil e Alemanha assinaram nesta segunda-feira (4), em Berlim, um acordo de cooperação para implantação do Orion, laboratório de biossegurança máxima (NB4) de R$ 1 bilhão que será construído no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP).

A estrutura que permitirá o enfrentamento de futuras pandemias, com estudos de patógenos capazes de causar doenças graves, e terá uma característica única no mundo: é a primeira vez que um NB4 estará conectado a uma fonte de luz síncrotron, o Sirius. Conheça, abaixo, detalhes do projeto.

A declaração conjunta de inteção foi assinada entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o CNPEM, o Ministério da Saúde (MS) e o Instituto Robert Koch (RKI) da Alemanha.

Antonio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM, Luciana Santas, ministra da Ciência e Tecnologia, e Lars Schaade, presidente do Instituto Robert Koch, assinam acordo de cooperação para instalação do Orion, laboratório de biossegurança máxima que será construído em Campinas (SP) — Foto: Lísia Gusmão/MCTI
Antonio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM, Luciana Santas, ministra da Ciência e Tecnologia, e Lars Schaade, presidente do Instituto Robert Koch, assinam acordo de cooperação para instalação do Orion, laboratório de biossegurança máxima que será construído em Campinas (SP) — Foto: Lísia Gusmão/MCTI

De acordo com a ministra da Ciência, Luciana Santos, o acordo envolve planejamento, construção, operação, monitoramento e avaliação de instalações de nível de biossegurança 4, além de trabalhos de pesquisa e das oportunidades de intercâmbio.

Antonio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM, destacou que o instituto alemão é um dos centros de referência mundial na área de pesquisas em biomedicina, com particular ênfase em patógenos.

"A parceria terá papel importante não apenas durante a execução e desenvolvimento do projeto Orion, mas também ao auxiliar na mobilidade e treinamento de pesquisadores, na realização de pesquisas conjuntas e, de forma mais ampla, na área de saúde, do diagnóstico e do desenvolvimento de vacinas, explicou Silva.
Como será o Orion?

🧪 O complexo laboratorial de máxima contenção biológica representa um avanço para o Brasil, que permitirá pesquisas com patógenos capazes de causar doenças graves e com alto grau de transmissibilidade (das chamadas classes 3 e 4) - estrutura essa que não existe até hoje em toda a América Latina.

💉Possuir um laboratório de biossegurança máxima (NB4) oferece condições ao país de monitorar, isolar e pesquisar os agentes biológicos para desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos.

🧫No caso do Brasil, mais do que armazenar e manipular essas amostras biológicas, o laboratório de biossegurança máxima terá acesso exclusivo a três linhas de luz (estações de pesquisa) do Sirius, o que não existe em nenhum outro lugar do mundo.

🌟 É por conta dessa conexão com o Sirius que vem o nome do projeto, Orion, em homenagem à constelação que possui três estrelas apontadas para a estrela que batizou o acelerador de partículas brasileiro.

👩‍🔬 O projeto prevê a capacitação de cientistas brasileiros para lidar com agentes infecciosos desses tipos. Essa formação já integra o custo previsto de R$ 1 bilhão.

🏗 O complexo laboratorial terá cerca de 20 mil metros quadrados, e sua construção está prevista para ficar pronta até 2026. Após essa etapa, o Orion passará pelo chamado comissionamento técnico e científico, e também por certificações internacionais de segurança, para que possa entrar em operação regular.

O Orion será único no mundo, uma vez que o complexo laboratorial de máxima contenção biológica estará conectado ao Sirius, fonte de luz síncrotron de 4ª geração — Foto: CNPEM/Divulgação
O Orion será único no mundo, uma vez que o complexo laboratorial de máxima contenção biológica estará conectado ao Sirius, fonte de luz síncrotron de 4ª geração — Foto: CNPEM/Divulgação

Vírus circulantes na mira

De acordo com o CNPEM, existem cerca de 60 laboratórios de máxima contenção no mundo, com estrutura e certificados para manipular amostras biológicas classificados como "classe 4" - nenhum deles na América do Sul, Central ou Caribe.

🥼 E o que isso permite? Para se ter uma ideia, o primeiro e único vírus desta categoria já identificado no Brasil, o Sabiá (SABV), que causa a febre hemorrágica brasileira, doença diagnosticada em humanos pela primeira vez na década de 1990, tem amostras isoladas armazenadas no exterior.

Pesquisas mais aprofundadas sobre a doença não são realizadas hoje em solo brasileiro por falta de infraestrutura adequada. Segundo Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM, a doença teve recentes notificações.

😷 Veja exemplos de outros vírus que poderão ser manipulados no Orion e que são circulantes na América Latina:

  • Junín: causador da febre hemorrágica argentina
  • Guanarito: causador da febre hemorrágica venezuelana
  • Machupo: causador da febre hemorrágica boliviana

No mundo, estruturas como essa são as responsáveis por análises e estudos de vírus como o Ebola, por exemplo, que são mais perigosos que o Sars-Cov-2, causador da Covid-19.

E a própria Covid-19 serve de alerta sobre a necessidade de monitoramento de agentes conhecidos, em constante mutação, e novas ameaças - crescimento populacional e desmatamento, por exemplo, são apontados como fatores de desequilíbrio em áreas que podem ser reservatórios naturais de doenças ainda desconhecidas.

A pandemia recolocou no centro do debate a importância do domínio nacional de uma base produtiva em saúde, bem como o papel do Estado na coordenação de agentes e investimentos no enfrentamento da crise sanitária. Nesse contexto, a implantação do laboratório de biossegurança nível 4 é estratégica para o país. E a conexão entre o NB4 e a fonte de luz síncrotron abrirá grandes oportunidades de pesquisa e desenvolvimento na área de patógenos, posicionando o Brasil como liderança global, afirmou a ministra Luciana Santos.

Por que o Orion será único no mundo?

De acordo com Antonio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM, além de instalações laboratoriais em NB3 e NB4 e das estações de pesquisa com técnicas de luz síncrotron, junto ao Sirius, o projeto deve ainda reunir laboratórios de pesquisa básica, técnicas analíticas e competências avançadas para imagens biológicas, como microscopias eletrônicas e criomicroscopia.

"Todas essas competências científicas reunidas em um único complexo é algo que o diferencia de toda infraestrutura disponível no Brasil e no mundo", destaca.

Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM — Foto: Fernando Evans/G1
Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM — Foto: Fernando Evans/G1

📝Um dos pontos-chave do projeto está na capacitação de pessoal, que contará com parcerias com instituições internacionais de referência e treinamentos no exterior. O programa prevê atividades práticas em ambiente-modelo (Laboratório Mockup), no próprio CNPEM.

Segundo Silva, as equipes enfrentrão condições simuladas, sem a manipulação de materiais infecciosos ou risco de contágio, sob supervisão de profissionais capacitados.

"Paralelamente às obras e aos desenvolvimentos tecnológicos do Projeto Orion, o CNPEM irá conduzir um programa nacional de treinamento e capacitação em infraestruturas de alta e máxima contenção biológica, voltado à formação de recursos humanos em competências ainda pouco desenvolvidas no Brasil e nos demais países da América Latina", detalha o diretor.

Sirius, laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, reforça a ciência no enfrentamento do novo coronavírus — Foto: Nelson Kon
Sirius, laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, reforça a ciência no enfrentamento do novo coronavírus — Foto: Nelson Kon

Sirius, fase 2

Considerado o principal projeto científico brasileiro, o Sirius é um laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, que atua como uma espécie de "raio X superpotente" que analisa diversos tipos de materiais em escalas de átomos e moléculas.

Ele foi projetado para abrigar até 38 linhas de luz (estações de pesquisa), sendo 14 delas previstas na primeira fase. Com o novo PAC, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) vai destinar mais R$ 800 milhões para avançar no projeto, com a construção de mais 10 novas linhas.

Junto as novas estações previstas, outras três serão construídas e conectadas ao complexo Orion (dentro do orçamento do laboratório). As linhas no Sirius são batizadas com nomes inspirados na fauna e flora brasileira, e essas serão a Hibisco, Timbó e Sibipiruna.

As três linhas, segundo o diretor do CNPEM, devem ser entregues justamente com toda a estrutura voltada para pesquisa básica, técnicas analíticas e competências de bioimagens previstas para o Orion.

"Essas estações de pesquisa permitirão extrair informações estruturais quantitativas a respeito dos sistemas infectados com patógenos de classe 3 e 4, desde o nível subcelular até o nível de organismo. Com isso, geraremos imagens 3D que permitirão, por exemplo, o estudo celular em escala nanométrica, passando pela dinâmica de inflamação nos tecidos e danos aos órgãos, até o acompanhamento do processo de infecção no organismo. Juntamente com as outras técnicas avançadas que serão integradas no Orion, teremos condições para que patógenos, células, tecidos e organismos sejam pesquisados de forma segura, o que tornará possível a compreensão dos fenômenos biológicos relacionados ao desenvolvimento das doenças e guiará o desenvolvimento de futuros métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos", detalha Silva.

Como funciona o Sirius? Para observar as estruturas, os cientistas aceleram os elétrons quase na velocidade da luz, fazendo com que percorram o túnel de 500 metros de comprimento 600 mil vezes por segundo. Depois, os elétrons são desviados para uma das estações de pesquisa, ou linhas de luz, para os experimentos.

🧲 Esse desvio é realizado com a ajuda de ímãs superpotentes, e eles são responsáveis por gerar a luz síncrotron. Apesar de extremamente brilhante, ela é invisível a olho nu. Segundo os cientistas, o feixe é 30 vezes mais fino que o diâmetro de um fio de cabelo.

CNPEM, que abriga o Sirius, fechou acordo de cooperação com China em maio deste ano, assista:

Brasil e China assinam acordo para cooperação científica
Brasil e China assinam acordo para cooperação científica

------++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========--------------------------------------------------------------------------------====-++----

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Conheça o Harpastum e o Tsu Chu, precursores do futebol citados em pergunta que fez participante perder prêmio de R$ 1 milhão em 'Quem quer ser um milionário'

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Futebol moderno surgiu na Inglaterra inspirado em influências mais antigas que tinham jogos com bola e divisão de quadra que aconteceram na China e Roma.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Poliana Casemiro, g1

Postado em 04 de dezembro de 2023 às 11h35m

#.*Post. - N.\ 11.031*.#

Participante erra pergunta do milhão no 'Quem quer ser um milionário?' — Foto: Reprodução/TV Globo
Participante erra pergunta do milhão no 'Quem quer ser um milionário?' — Foto: Reprodução/TV Globo

Driblado pela história, o recifense Luiz Pratines, de 51 anos, errou a resposta da pergunta de R$ 1 milhão do quadro "Quem Quer Ser Um Milionário" do programa Domingão com Huck. A questão era sobre duas práticas esportivas da China e da Roma antigas que inspiraram o que conhecemos hoje como o futebol: o Harpastum e o Tsu Chu.

O futebol moderno surgiu na Inglaterra. No entanto, ele é resultado de influências mais antigas que tinham jogos com bola e divisão de quadra. Por desconhecer isso, Luiz errou a pergunta e voltou para casa com R$ 300 mil.

Apaixonado por aviação, Luiz já trabalhou na Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), tem mestrado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), morou em Dubai por 16 anos e, hoje, vive na França.

Veja abaixo quais são os jogos e as regras, segundo a Fifa:

Tsu Chu da China

Ilustração mostra o Tsu Chu — Foto: Reprodução/Fifa
Ilustração mostra o Tsu Chu — Foto: Reprodução/Fifa

O jogo chinês tem uma história que remonta há mais de 2.000 anos. Quando surgiu, ele era disputado na corte imperial, onde os jogos eram organizados para diversão da guarda do império e de outros soldados.

Como funcionava

Há poucos relatos que explicam como o jogo acontecia. Um deles é um poema em que o autor descreve a quadra como um campo com seis objetivos, que seriam como gols, de cada lado. Os times oponentes tinham que acertar os objetivos. No trecho, ele ainda fala sobre como no momento do jogo havia rivalidade.

Selecionar os capitães e nomear o(s) árbitro(s),
com base nos regulamentos inalteráveis.
Não respeite parentes e amigos.
Afaste-se da parcialidade.

Um dos pontos que o Tsu Chu contribuiu para o futebol que hoje conhecemos é a bola. À época, já havia outros jogos que envolviam chutar bola, mas o império chinês decidiu investir e criou uma oficina com processos que foram sendo modernizados e criaram uma bola com o peso similar à que conhecemos hoje. Foi essa mudança que revolucionou o jogo.

Harpastum

Harpastum nasceu em Roma — Foto: Reprodução/FIFA
Harpastum nasceu em Roma — Foto: Reprodução/FIFA

O jogo também nasceu no cenário militar e, além da competição, incluiu combate. Apesar das semelhanças como a bola, a divisão de equipes e os lados opostos no campo, o Harpastum não buscava um gol, por exemplo.

Como funcionava?

No Harpastum, o participante tinha que lançar e pegar uma bola, tirá-la das mãos dos jogadores adversários, atacar (usando golpes de luta livre) e enganar os oponentes.

Os jogadores se alinhavam em lados opostos do campo e se esforçavam para impedir que o jogador do meio, que pertencia a uma das equipes, recebesse a bola.

Primeiro registro de uma partida de futebol na Inglaterra em 1800 — Foto: Reprodução/TV Globo
Primeiro registro de uma partida de futebol na Inglaterra em 1800 — Foto: Reprodução/TV Globo

O futebol na Inglaterra

Milhares de anos depois, em 1700, é que surge o futebol moderno, na Inglaterra. Quando começou, no entanto, era diferente de como hoje o conhecemos pela falta de algumas regras.

  • Era possível, por exemplo, pegar a bola com as mãos no meio do jogo e colocá-la no chão para continuar a partida.
  • O último toque antes do lateral também não tinha a menor importância; cobrava o jogador que pegasse a bola primeiro.
  • E, para fazer o gol, não era preciso balançar a rede. Se a bola passasse por cima do travessão, mas entre as duas traves, o time já podia sair para o abraço.

Foi só em 1863 que a Associação de Futebol Britânica decidiu colocar ordem em campo e escreveu "As leis do futebol", um conjunto com 13 regras.

Anos mais tarde, em 1904, foi formada a Fifa, com a ideia de organizar e difundir a realização de partidas e campeonatos internacionais.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========--------------------------------------------------------------------------------====-++----