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terça-feira, 3 de outubro de 2023

Nobel de Física 2023 vai para três cientistas com estudos que exploram o mundo dos elétrons

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Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier realizaram experimentos que deram à humanidade novas ferramentas para explorar o mundo dos elétrons dentro dos átomos e moléculas.
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Por g1

Postado em 03 de outubro de 2023 às 07h30m

#.*Post. - N.\ 10.964*.#

Nobel de Física 2023 vai para Pierre Agostini, Ferenc Krausz and Anne L’Huillier
Nobel de Física 2023 vai para Pierre Agostini, Ferenc Krausz and Anne L’Huillier

O Prêmio Nobel de Física 2023 foi concedido nesta terça-feira (3) a Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier. Os pesquisadores realizaram experimentos que deram à humanidade novas ferramentas para explorar o mundo dos elétrons dentro dos átomos e moléculas (entenda abaixo).

Pedro Agostini é da Ohio State University, nos Estados Unidos. Ferenc Krausz é da Hungria e atualmente é professor da Ludwig-Maximilians-Universität München, na Alemanha. Anne L'Huillier é francesa e dá aulas na Suécia.

Em suas pesquisas, eles descobriram maneiras de investigar os processos rápidos que antes eram impossíveis de acompanhar.

➡️No mundo dos elétrons, as mudanças ocorrem em alguns décimos, o que é chamado de attosegundo. Um attosegundo é tão curto que há tantos em um segundo quantos segundos desde o início do universo.

Os ganhadores conseguiram produzir pulsos de luz tão curtos, que podem ser medidos em attossegundos. Assim, esses pulsos de luz puderam fornecer imagens de processos dentro de átomos e moléculas permitindo que a humanidade conhecesse processos que antes seriam impossíveis de acompanhar pela rapidez.

Nobel de Física vai para Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier — Foto: OHIO STATE UNIVERSITY / AFP; REUTERS/Angelika Warmuth; Bertil Ericson/TT News Agency via AP
Nobel de Física vai para Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier — Foto: OHIO STATE UNIVERSITY / AFP; REUTERS/Angelika Warmuth; Bertil Ericson/TT News Agency via AP

Além do reconhecimento, eles ganharam 11 milhões de coroas suecas, a serem divididos igualmente entre eles. O valor corresponde a cerca de R$ 5 milhões.

Veja as pesquisas de cada um:

Anne L'Huillier descobriu que muitos tons diferentes de luz surgiam quando ela transmitia luz laser infravermelha através de um gás nobre. Cada harmônico é uma onda de luz com um determinado número de ciclos para cada ciclo da luz laser. Eles são causados ​​​​pela interação da luz laser com os átomos do gás e dão a alguns elétrons energia extra que é então emitida como luz. Sua pesquisa é considerada o amparo para avanços que vieram depois.

Pierre Agostini conseguiu produzir e investigar uma série de pulsos de luz consecutivos, em que cada pulso durou apenas 250 attossegundos.

Ao mesmo tempo, Ferenc Krausz trabalhava com outro tipo de experimento, que permitia isolar um único pulso de luz com duração de 650 attossegundos.

Por enquanto, esta ciência trata da compreensão do universo e não de aplicações práticas, mas a esperança é que eventualmente leve a uma melhor eletrônica e ao diagnóstico de doenças.

Anne L'Huillier é a quinta mulher a ganhar o Nobel de física — Foto: Bertil Ericson/TT News Agency via AP
Anne L'Huillier é a quinta mulher a ganhar o Nobel de física — Foto: Bertil Ericson/TT News Agency via AP

L'Huillier é a quinta mulher a ganhar um Nobel de Física.

Este é o de maior prestígio e estou muito feliz por receber este prêmio. É incrível, disse ela na entrevista coletiva de anúncio do prêmio. Como vocês sabem, não há tantas mulheres que receberam este prêmio, então é muito especial.

O Nobel segue ao longo da semana. Na segunda-feira foi divulgado o prêmio Nobel de Medicina, que foi para Katalin Karikó e Drew Weissman por seus estudos que permitiram o desenvolvimento de vacinas eficazes contra a Covid-19.

Ainda vão ser divulgados os nomes para Química, Literatura, Economia e o prêmio Nobel da Paz.

Nobel de Medicina 2023 vai para Katalin Karikó e Drew WeussnabNobel de Medicina 2023 vai para Katalin Karikó e Drew Weussnab

Nobel de Medicina

Nesta semana também foram premiados Katalin Karikó e Drew Weissman na categoria medicina por seus estudos que permitiram o desenvolvimento de vacinas eficazes contra a Covid-19.

Além do reconhecimento, eles levaram o valor de 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 5 milhões).

O que a pesquisa deles descobriu?

Todas as células do nosso corpo carregam dentro do núcleo o genoma completo, o DNA. Nesse conjunto de cromossomos, estão 'gravadas' as informações sobre nós que definem além de nossas características físicas, a propensão para algumas doenças.

O DNA envia comandos às nossas células como que espalhando uma cópia de si. Essa 'cópia' genética é o RNA mensageiro, ou mRNA.

Esse material então sai do núcleo e viaja até os ribossomos, no citoplasma da célula. Essa estrutura lê o que está na 'cópia' e fabrica uma proteína específica relacionada àquele comando.

Katalin Karikó e Drew Weissman descobriram que algumas modificações básicas na estrutura do mRNA poderiam deixá-lo menos inflamatório. A descoberta foi feita em 1997 e foi usada para a criação da vacina contra a Covid-19.

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segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Nobel de Medicina 2023 vai para Katalin Karikó e Drew Weussnab por pesquisas que permitiram criação de vacinas contra Covid

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Estudo sobre modificações na base de nucleosídeos permitiu o desenvolvimento de vacinas de RNA mensageiro contra a covid-19. Outros cinco prêmios serão anunciados nos próximos dias.
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Por g1

Postado em 02 de outubro de 2023 às 09h00m

#.*Post. - N.\ 10.963*.#

Nobel de Medicina 2023 vai para Katalin Karikó e Drew WeussnabNobel de Medicina 2023 vai para Katalin Karikó e Drew Weussnab

O Prêmio Nobel Medicina foi concedido nesta segunda-feira (2) aos cientistas Katalin Karikó e Drew Weissman por seus estudos que permitiram o desenvolvimento de vacinas eficazes contra a Covid-19.

🧬 Juntos, eles encontraram uma maneira de modificar o mRNA (entenda abaixo). Essa tecnologia revolucionária foi descoberta há mais de 15 anos e possibilitou a produção, em tempo recorde, de vacinas a partir de material sintético.

🧫 Até recentemente, as vacinas eram feitas a partir de um agente infecioso morto ou atenuado que levava o nosso organismo a reconhecê-lo como um corpo estranho e a desenvolver uma resposta imunológica para prevenir a infecção.

O prêmio, um dos mais prestigiados do mundo científico, deu aos pesquisadores, além do reconhecimento, o valor de 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 5 milhões).

Karikó nasceu na Hungria e se especializou em bioquímica. Ela trabalha na farmacêutica BioNTech e é professora da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Durante a sua pesquisa, ela enfrentou desafios, como o ceticismo acadêmico, a despromoção no trabalho e até a ameaça de deportação dos EUA.

Weissman também atua na Universidade da Pensilvânia. Natural dos EUA, ele estudou imunologia e microbiologia durante a sua formação.

O Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2023 foi atribuído a Katalin Karikó e Drew Weissman pelas suas descobertas sobre modificações de bases de nucleosídeos que permitiram o desenvolvimento de vacinas de mRNA eficazes contra a COVID-19, afirmou o órgão.

Katalin Karikó e Drew Weissman já tinham ganhado prêmios anteriores juntos por sua descoberta — Foto: AP Foto/Eugene Hoshiko
Katalin Karikó e Drew Weissman já tinham ganhado prêmios anteriores juntos por sua descoberta — Foto: AP Foto/Eugene Hoshiko

Como a pesquisa de Karikó e Weissman ajudou na pandemia?

O primeiro ponto é entender como o mRNA funciona:

  • Todas as células do nosso corpo carregam dentro do núcleo o genoma completo, o DNA.
  • Nesse conjunto de cromossomos, estão "gravadas" as informações sobre nós que definem, além de nossas características físicas, a propensão para algumas doenças.
  • O DNA não faz nada sozinho. Ele envia comandos às nossas células como que espalhando uma cópia de si. Essa "cópia" genética é o RNA mensageiro, ou mRNA.
  • Esse material, então, sai do núcleo e viaja até os ribossomos, no citoplasma da célula. Essa estrutura lê o que está na "cópia" e fabrica uma proteína específica relacionada àquele comando.

👉 Esse processo que acontece no nosso corpo é conhecido desde 1960 e, desde então, pesquisadores tentavam descobrir como impedir que essas cópias enviassem comandos para a produção de proteínas específicas. A pesquisa de Katalin Karikó e Drew Weissman foi um ponto de virada nessa questão.

  • Juntos, eles viram que algumas modificações básicas na estrutura do mRNA poderiam deixá-lo menos inflamatório. A descoberta, feita em 1997, foi usada para a criação da vacina contra a Covid-19.
📽️📽️📽️ No vídeo abaixo, veja como funciona a vacina com o RNA mensageiro:
Saiba como funciona a vacina com o RNA mensageiroSaiba como funciona a vacina com o RNA mensageiro

A escolha dos vencedores foi bem recebida no mundo científico. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, parabenizou os cientistas pelo Prêmio Nobel de Medicina.

"Suas descobertas permitiram o desenvolvimento de vacinas de mRNA eficazes contra a Covid-19. A dedicação à ciência ajudou a salvar vidas", escreveu em uma rede social.

Para o pediatra infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), "as vacinas de RNA mensageiro abrem uma janela de oportunidade não só para a prevenção das doenças infecciosas, com novas vacinas e vacinas mais potentes contra doenças já conhecidas, como também a proteção, as vacinas chamadas terapêuticas contra doenças crônicas não transmissíveis, como câncer, infarto, diabetes e Alzheimer".

"Um prêmio mais do que merecido já que as vacinas de RNA mensageiro se mostraram altamente eficazes contra a Covid-19, mas mais do que isso, são vacinas extremamente mais fáceis de produzir, não dependendo de material biológico."
— Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações

Segundo ele, essa técnica permite a possibilidade de "produzir vacinas sintéticas, de rápida produção, sem riscos biológicos e fazendo com que a gente aumente o espectro de proteção".

O prêmio Nobel

No ano passado, o Nobel de Medicina do ano passado foi para o sueco Svante Paabo pela sequenciação do genoma do Neandertal, um parente extinto dos humanos atuais, e pela descoberta de um parente humano até então desconhecido, os denisovanos.

Nobel de Medicina 2021 vai para David Julius e Ardem PatapoutianNobel de Medicina 2021 vai para David Julius e Ardem Patapoutian

Outros vencedores anteriores incluem Alexander Fleming, que dividiu o prêmio de 1945 pela descoberta da penicilina, e Karl Landsteiner em 1930 pela descoberta dos grupos sanguíneos humanos.

Os vencedores de outros cinco prêmios serão revelados nos próximos dias. Na terça-feira (3), será revelado o Nobel de Física, seguido pelo prêmio de Química na quarta-feira e o Nobel de Literatura na quinta-feira. Na sexta-feira, será a vez do Nobel da Paz. O evento se encerra na próxima segunda-feira quando o Nobel divulgará o prêmio de Economia.

O rei da Suécia entregará os prêmios numa cerimônia em Estocolmo, no dia 10 de dezembro, aniversário da morte de Nobel.

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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

O mapa da Zelândia, 'continente perdido' que levou 375 anos para ser achado

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Cientistas de Nova Zelândia publicaram o mapa definitivo da Zelândia, o continente 'perdido' que se encontra 95% submerso
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TOPO
Por BBC

Postado em 29 de setembro de 2023 às 08h25m

#.*Post. - N.\ 10.962*.#

A Zelândia tem uma superfície de cerca 5 milhões de quilômetros quadrados — Foto: BBC
A Zelândia tem uma superfície de cerca 5 milhões de quilômetros quadrados — Foto: BBC

Aristóteles, Eratóstenes e, mais tarde, o cartógrafo Ptolomeu a chamaram de Terra Australis Ignota.

Em busca desse continente imaginário, que na Grécia clássica acreditavam ter existido do outro lado do mundo devido à simetria geométrica, o explorador holandês Abel Tasman se deparou com uma nova terra em 1642, as ilhas que hoje conhecemos como Nova Zelândia. Mas isso parecia pequeno demais para ser o que procuravam.

Demorou 375 anos para confirmar que o continente, chamado Zelândia, realmente existia, embora fosse em grande parte invisível a olho nu: 94% dele está submerso.

Agora, um novo estudo conseguiu completar o mapa definitivo da Zelândia ou, como é conhecido em Maori, o povo nativo da Nova Zelândia, Te Riu-a-Māui.

Em um estudo publicado na revista Tectonics, cientistas da GNS Science da Nova Zelândia criaram um novo mapa detalhado dos limites da Zelândia, que conseguiram traçar graças a amostras de rochas dragadas do fundo do oceano.

O continente se estende por 5 milhões de quilômetros quadrados e só agora a sua superfície completa foi estabelecida.

A sua história está ligada à de Gondwana, o antigo supercontinente meridional que, ao ser dividido há centenas de milhões de anos, criou os continentes que conhecemos hoje.

A Zelândia se separou há cerca de 80 milhões de anos mas, ao contrário dos continentes vizinhos da Antártida ou da Oceânia, a maior parte do seu território ficou submerso.

Basaltos, arenitos e seixos

Mapa mostra a Zelândia em comparação com outros países e regiões — Foto: Arte BBC / Fonte GNS Science
Mapa mostra a Zelândia em comparação com outros países e regiões — Foto: Arte BBC / Fonte GNS Science

A única porção de terra que resta na superfície são as ilhas da Nova Zelândia, o território francês da Nova Caledônia e os minúsculos territórios australianos da Ilha Lord Howe e da Pirâmide de Ball.

Por estar submersa, a Zelândia foi pouco e mal estudada, criando inconsistências sobre sua forma e limites. Até agora, apenas a parte sul do continente tinha sido mapeada.

Com a nova investigação liderada pelo geólogo Nick Mortimer, foram definidos os dois terços que faltavam e os mapas existentes foram refinados, para que "o mapeamento geológico de reconhecimento terrestre e marinho de todo o continente da Zelândia, de 5 milhões de km2, fosse agora concluído", diz o estudo.

Para isso, a equipe de geólogos e sismólogos estudou as amostras de rochas e sedimentos coletados no fundo do oceano, principalmente em perfurações, e também os exemplares que surgiram nas costas das ilhas da região.

Basaltos, arenitos e seixos areníticos foram analisados ​​e datados. Os pesquisadores descobriram que os arenitos eram do Cretáceo Superior (cerca de 95 milhões de anos) e continham granito e seixos vulcânicos do Cretáceo Inferior (130 a 110 milhões de anos). Os basaltos foram datados do Eoceno (cerca de 40 milhões de anos).

Esses resultados, juntamente com dados de anomalias magnéticas regionais e informações de outros estudos, ajudaram os cientistas a mapear a geologia subaquática do norte da Zelândia.

Após o primeiro avistamento europeu em 1642 por Abel Tasman (que mais tarde daria o seu nome à ilha da Tasmânia), outros exploradores e cientistas percorreram as águas da Zelândia em busca do continente perdido sem perceber que flutuavam acima dele.

As primeiras pistas reais sobre a sua existência foram recolhidas pelo naturalista escocês James Hector, que em 1895 estudou as ilhas ao largo da costa sul da Nova Zelândia e concluiu que o país é "o remanescente de uma cordilheira que formou a crista de uma grande área continental que se estendia para o sul e o leste, e que agora está submersa.

Então, em 1995, o geofísico americano Bruce Luyendyk descreveu novamente a região como um continente e sugeriu chamá-la de Zelândia.

O que muda?

Mapa mostra possível território da Zelândia — Foto: Arte BBC / Fonte GNS Science
Mapa mostra possível território da Zelândia — Foto: Arte BBC / Fonte GNS Science

A crosta continental tem geralmente cerca de 40 km de profundidade e é significativamente mais espessa do que a crosta oceânica, que normalmente tem apenas cerca de 10 km.

A Zelândia tem cerca de 20 km de profundidade porque a sua plataforma se espalhou muito quando se separou de Gondwana. Por ser tão fina, acabou afundando, embora não ao nível da crosta oceânica normal.

Os cientistas defendem que, tanto pela altura da sua crosta como pelo tipo de rochas que a compõem, a Zelândia é definitivamente um continente.

Além do interesse científico, mudará alguma coisa se os pesquisadores definirem a Zelândia como um novo continente?

Mudará, sim.

De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, os países podem estender os seus territórios legais para além da sua Zona Econômica Exclusiva, que chega a 370 km das suas costas, para reivindicar a sua plataforma continental alargada, com todas as riquezas minerais e petrolíferas que isso engloba.

Ao provar que faz parte de um continente maior, a Nova Zelândia poderia aumentar seis vezes o seu território.

Isso significaria que as verbas para a exploração marinha se multiplicariam.

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terça-feira, 26 de setembro de 2023

Nível de gelo marinho atinge baixa histórica na Antártida e gera preocupação

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Degelo pode afetar a reprodução dos pinguins, além de acelerar o aquecimento global.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 26 de setembro de 2023 às 06h15m

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Pequenos pedaços de gelo flutuam na água perto da Baía de Fournier, na Antártica, em 2020. — Foto: Reprodução/Reuters
Pequenos pedaços de gelo flutuam na água perto da Baía de Fournier, na Antártica, em 2020. — Foto: Reprodução/Reuters

O gelo marinho que contorna a Antártida atingiu neste inverno os níveis mais baixos já registrados, de acordo com o Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, em inglês). Divulgada na segunda-feira (25), a informação agravou a preocupação dos cientistas quanto aos impactos das mudanças climáticas no Polo Sul.

O derretimento do gelo pode impactar animais como os pinguins, que dependem dos grandes blocos de água congelada para se reproduzir e criar seus filhotes. Além disso, o degelo acelera o aquecimento global por reduzir a quantidade de luz refletida para o espaço.

Em 10 de setembro o gelo marinho da Antártida atingiu seu pico, cobrindo 16,96 milhões de quilômetros quadrados. Essa é a menor máxima para o inverno desde o início dos registros por satélite, em 1979.

Trata-se de aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados a menos do que o recorde anterior, em 1986.

"Não é apenas um ano de recorde, é um ano de quebra extrema de recorde", afirmou Walt Meier, cientista sênior do NSIDC.   

Embora as mudanças climáticas estejam contribuindo para o derretimento dos glaciares da Antártida, há pouca certeza sobre o impacto das temperaturas mais elevadas no gelo marinho perto do Polo Sul. A extensão do gelo na área cresceu entre 2007 e 2016.

A mudança nos últimos anos para condições de baixas recordes tem deixado cientistas preocupados com a possibilidade de as mudanças climáticas estarem finalmente refletindo no gelo marinho da Antártida.   

Um artigo acadêmico publicado neste mês pelo jornal Communications Earth and Environment descobriu que as maiores temperaturas dos oceanos, provocadas principalmente pelos gases causadores do efeito estufa, estão contribuindo para baixar os níveis de gelo marinho desde 2016. 

"A mensagem-chave aqui é a de que precisamos proteger essas partes congeladas do mundo que são muito importantes por uma série de fatores", afirmou um dos co-autores do estudo, Ariaan Purich, da Universidade Monash, na Austrália.

Entenda a crise do clima em gráficos e mapasEntenda a crise do clima em gráficos e mapas

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