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domingo, 4 de junho de 2023

O que são as esferas de Klerksdorp, pedras misteriosas encontradas em rocha de 2,8 bilhões de anos?

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Descoberta de rochas que datam de período onde não havia vida inteligente na Terra alimenta teorias sobre uma presença extraterrestre.
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TOPO
Por BBC

Postado em 04 de junho de 2023 às 07h00m

 #.*Post. - N.\ 10.814*.#

As ranhuras que atravessam as esferas chamaram a atenção dos que acreditam na vida extraterrestre — Foto: GETTY IMAGES via BBC
As ranhuras que atravessam as esferas chamaram a atenção dos que acreditam na vida extraterrestre — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Na segunda metade do século 20, começaram a surgir relatos de descobertas misteriosas nas minas perto da cidade de Ottosdal, na África do Sul.

Os artefatos encontrados eram esferas, polidas e com linhas perfeitamente esculpidas, que se assemelhavam muito a uma bola de críquete.

À primeira vista, parecia que esses objetos, que não passavam de 10 centímetros de diâmetro, haviam sido esculpidos pela mão humana e faziam parte do patrimônio arqueológico de uma civilização antiga.

No entanto, o surpreendente é que as bolas foram descobertas dentro de uma rocha de pirofilita (um mineral usado para esculturas chinesas) formada há cerca de 2,8 bilhões de anos.

Ou seja, uma época em que não havia vida inteligente na Terra.

As esferas foram levadas para a cidade de Klerksdorp, no norte da África do Sul, para serem estudadas e posteriormente expostas no principal museu da cidade.

Por esse motivo, ficaram conhecidas como esferas de Klerksdorp.

No entanto, no início dos anos 1980, artigos começaram a circular em publicações populares de pseudociência atribuindo às pedras uma origem alienígena e observando que elas eram "evidências de uma presença extraterrestre" na Terra antes do aparecimento dos humanos.

Um desses artigos foi assinado por um pesquisador chamado Michael Cremo e foi publicado em um portal de notícias.

Essas publicações surgiram devido à falta de estudos geológicos que explicassem a verdadeira origem dessas pedras, disse à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, o geólogo sul-africano Bruce Caircorne, da Universidade de Joanesburgo.

A pressão e o calor dentro das rochas produzem essas esferas em forma de bola de críquete — Foto: BRUCE CRAINCROSS via BBC
A pressão e o calor dentro das rochas produzem essas esferas em forma de bola de críquete — Foto: BRUCE CRAINCROSS via BBC

Cairncross aponta que as esferas estão longe de ser um mistério, muito menos um possível vestígio da passagem de seres extraterrestres em nosso planeta.

Acreditava-se que não havia necessidade de explicar algo que parecia óbvio: que as pedras haviam sido extraídas de rochas formadas há bilhões de anos, disse o geólogo.

"Embora possa ser entendido que eles chamam a atenção, esses tipos de esferas são muito comuns nas formações de pirofilita."

Mas como eles conseguiram essa forma?

Milhões de anos de formação

Como aponta o portal IFLScience, durante a década de 1980, vários artigos de pouca base científica passaram a apontar que as esferas de Klerksdorp haviam sido feitas por "uma civilização superior, uma civilização anterior ao grande dilúvio da qual praticamente nada sabemos".

Conforme observado por outras reportagens, como a Lapidary Magazine, alguns meios de comunicação foram além e acrescentaram que as esferas giravam sozinhas dentro da vitrine onde haviam sido colocadas.

Por isso, uma sociedade conhecida como Society for the Rational Investigation of Paranormal Phenomena buscou a colaboração de Cairncross para refutar os argumentos que ganhavam cada vez mais adeptos.

"Não bastava a explicação básica: que eles surgiram de uma formação de mais de 2,8 bilhões de anos, mas tivemos que ir mais fundo: explicar como eles se formaram", diz o acadêmico.

Para isso, ele explicou que as pedras foram encontradas em uma formação conhecida como "grupo dominante".

A principal característica é o que forma esse conglomerado, com várias camadas de lava vulcânica que se depositaram no topo e que, depois de muita pressão e calor, se transformaram em pirofilita, que é o que recobre as esferas, disse.

O próprio geólogo indica que a peculiaridade das pedras se deve ao fato de terem permanecido por milhões de anos sob a pressão e o calor que se formam dentro de uma rocha maior que de alguma forma as "abriga", e terem sido expostas à erosão da água.

Cairncross aponta que as esferas estão longe de ser um mistério, muito menos um possível vestígio da passagem de seres extraterrestres em nosso planeta — Foto: BRUCE CRAINCROSS via BBC
Cairncross aponta que as esferas estão longe de ser um mistério, muito menos um possível vestígio da passagem de seres extraterrestres em nosso planeta — Foto: BRUCE CRAINCROSS via BBC

"As esferas são conhecidas como concreções: objetos esféricos, elípticos ou achatados formados por diversos minerais que estão na rocha hospedeira. E são bastante comuns, tendo sido encontrados milhares ao redor do mundo", observa o geólogo.

Estas concreções, acrescenta o especialista, encontram-se em rochas de grão fino, como a pirofilita que abunda naquela região da África do Sul.

Explicações pseudocientíficas se espalharam

Cairncross aponta que uma das razões pelas quais ele decidiu dar uma explicação mais ampla sobre as esferas foi porque muita gente estava acreditando no que divulgavam as publicações pseudocientíficas.

O geólogo se refere a uma revista que noticiou que as esferas tinham sido levadas para a Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA) e citava um relatório que indicava a suposta produção das peças "num local com gravidade zero".

Mas o especialista aceita que as esferas de Klerksdorp tenham uma particularidade que talvez não se veja em todas as esferas semelhantes que já foram encontradas no mundo: as linhas paralelas que as atravessam, aquelas que lhes dão a aparência de uma bola de críquete.

"Na verdade não são linhas, mas camadas", diz o geólogo.

"Isso é um produto dos rastros deixados pela rocha hospedeira, que se acumularam em camadas ao longo de muito, muito tempo, criando o efeito que você pode ver agora", diz ele.

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sábado, 3 de junho de 2023

Pioneiro, perigoso e desconhecido: o avião de passageiros mais rápido do mundo construído pela União Soviética

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Concebido em meio à Guerra Fria, o Tupolev Tu-144 voou antes mesmo do famoso Concorde. Mas uma carreira de mistérios, problemas operacionais e até suspeitas de espionagem levaram o modelo, apelidado de 'Concorski', ao esquecimento.
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Por Daniel Médici, g1

Postado em 03 de junho de 2023 às 06h15m

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Tupolev Tu-144, apelidado de 'Concordski', com as bandeiras da Rússia e dos EUA pintadas na cauda, é exibido em aeroporto em Moscou, em 17 de março de 1996 — Foto: AP/Arquivo
Tupolev Tu-144, apelidado de 'Concordski', com as bandeiras da Rússia e dos EUA pintadas na cauda, é exibido em aeroporto em Moscou, em 17 de março de 1996 — Foto: AP/Arquivo

No dia 31 de dezembro de 1968, em um aeroporto nos arredores de Moscou, um grupo de engenheiros soviéticos estava em êxtase: pela primeira vez, um avião de passageiros mais rápido que a velocidade do som havia saído do chão. Eles haviam largado à frente no que imaginavam ser a próxima fronteira da aviação.

Essa aeronave era o que de mais moderno havia em seu tempo. Alguns de seus feitos jamais foram superados - e, no entanto, o Tupolev Tu-144 fez pouco mais de 100 voos oficiais antes de ser aposentado, caindo no esquecimento em seguida.

Por que uma das máquinas mais pioneiras da história é tão desconhecida? E por que ela provou ser um fracasso retumbante?

A história do Tu-144 se mistura com a da Guerra Fria e envolve suspeitas de espionagem, propaganda e mistérios até hoje não esclarecidos.

A batalha pelos céus

“A gente pode afirmar que o Tu-144 foi usado como uma tremenda de uma ferramenta de propaganda”, define o consultor em aviação Gianfranco Beting.

Nos anos 1960, havia uma disputa entre a União Soviética e as potências ocidentais pela supremacia tecnológica. Enquanto EUA e Moscou tomavam a frente na corrida espacial em direção à conquista da Lua, engenheiros também desenvolviam aviões de passageiros maiores e mais velozes.

“Havia duas correntes de pensamento”, afirma Beting. “Uma que apontava para o incremento da velocidade, enquanto outra dizia que o futuro estava no incremento de tamanho [dos aviões].”

Os EUA tentaram, mas fracassaram em criar um avião de passageiros mais rápido que o som. Na Europa, as empresas British Aircraft Corporation e a francesa Sud Aviation uniram esforços para desenvolver o que seria o Concorde.

'Concordski'

No bloco soviético, os engenheiros da Tupolev tomaram as rédeas do projeto - e, para a surpresa dos ocidentais, conseguiram fazer um protótipo levantar voo cerca de dois meses antes dos europeus. A semelhança motivou o apelido jocoso do modelo: 'Concordski'.

O sucesso até hoje motiva debates sobre o possível roubo de informações do projeto do Concorde por espiões russos - algo que Beting, autor de diversos livros sobre aviação, contesta.

“Até por uma questão de guerra mesmo, de propaganda entre nações, foi muito conveniente dizer que o Tupolev 144 era uma cópia do Concorde”, ele diz.

“Mas quando a gente analisa os projetos de perto, a gente vê que não é bem assim. O 144 era mais rápido, maior, tinha uma série de soluções de engenharia muito diferentes”, explica Beting, apontando para pontos cruciais, como a posição dos motores na asa.

Tupolev Tu-144 é exibido nas cores da Aeroflot à frente de Concorde, da Air France, em museu na Alemanha — Foto: Daniel Maurer/AP/Arquivo
Tupolev Tu-144 é exibido nas cores da Aeroflot à frente de Concorde, da Air France, em museu na Alemanha — Foto: Daniel Maurer/AP/Arquivo

Em 1970, ainda em fase de testes, o Tu-144 se tornou o primeiro avião de passageiros a superar Mach 2 - ou seja, duas vezes a velocidade do som (para fins de comparação, isso seria o equivalente a quase 2.500 km/h a nível do mar). Atualmente, um avião em velocidade de cruzeiro raramente ultrapassa os 1.000 km/h.

Os avanços no projeto do Tupolev, porém, escondiam uma série de problemas que iriam se tornar fatais mais adiante.

Para Beting, as inovações de um avião supersônico estavam muito à frente das capacidades tecnológicas e industriais da União Soviética na época. A vontade política de mostrar pioneirismo fez com que o Tupolev levantasse voo com um desenho menos refinado e motores mais “beberrões” que o Concorde. Até a qualidade da borracha soviética impedia que um trem de pouso mais leve fosse instalado, por exemplo.

O acidente em Paris

Para a opinião pública, a defasagem do Tupolev foi atestada com uma tragédia durante um voo de exibição em frente aos olhos do Ocidente.

Durante o Paris Air Show de 1973, no aeroporto francês de Le Bourget, Concorde e Tupolev ficaram lado a lado. Nenhum deles havia entrado em operação regular, mas a expectativa era grande no setor.

No dia 3 de junho - há exatos 50 anos -, pouco após a demonstração do Concorde, o Tupolev Tu-144 decolou, fez um rasante sobre a pista e, em seguida, entrou em uma série manobras bruscas, que fizeram a aeronave se desintegrar em pleno ar.

Vilarejo de Goussainville, na França, em meio a escombros após a queda do Tupolev Tu-144, em 1973 — Foto: Michel Lipchitz/gk/AP/Arquivo
Vilarejo de Goussainville, na França, em meio a escombros após a queda do Tupolev Tu-144, em 1973 — Foto: Michel Lipchitz/gk/AP/Arquivo

Todos os seis ocupantes morreram, além de outras oito pessoas em solo, no vilarejo de Goussainville.

Nem as autoridades francesas, nem as soviéticas foram completamente transparentes quanto à fatalidade. Especula-se que a França tenha posicionado um caça Mirage para voar perto do Tupolev - possivelmente para coletar informações do projeto, resultando em manobras evasivas do piloto russo.

“Isso é uma questão muito difundida. O fato é que foram excedidos os limites estruturais do avião, levando à ruptura da asa. Isso está filmado, muita gente viu, muita gente testemunhou o acidente”, conta Gianfranco Beting.

O mais perigoso de todos os tempos

Uma vez em operação, também antes do Concorde, os pontos fracos do Tu-144 ficaram claros até para as autoridades soviéticas e os operadores da aeronave.

O risco era tal que, antes de levar passageiros, o primeiro avião comercial supersônico do mundo passou anos levando somente carga e correspondência entre Moscou e a cidade de Almaty, que fica no atual Cazaquistão. A rota, inclusive, foi a única em que o modelo operou em toda a sua vida útil.

Para Beting, “o 144 foi sendo produzido e testado num ritmo alucinante em relação ao desenvolvimento tecnológico. Muita coisa ficou pelo caminho e, quando o avião ficou pronto pra voar, ele começou a mostrar uma série de problemas”.

Segundo o pesquisador, foram feitos somente 55 voos com passageiros entre 1977 e 78. Contando os voos de carga, foram 103 no total: “Um projeto completamente fracassado, sob vários aspectos”.

“Isso é uma coisa incrível”, completa. “Foram 181 horas voadas e, dentro delas, foram registradas 226 falhas - oitenta delas em voo. Isso é o que está, pelo menos, guardado nos livros. Esse número pode ser ainda maior.”

Isso é o suficiente, segundo Beting, para colocar o Tu-144 no topo da lista de aviões de passageiros mais perigosos para se voar.

Perigo e desconforto

O voo supersônico não era nem ao menos agradável: a fricção do ar com a fuselagem criava um barulho ensurdecedor dentro da cabine. Passageiros relataram que não era possível sequer conversar com quem estava na poltrona do lado.

Depois de outros dois acidentes com mortos, o Tu-144 jamais voltou a ser usado na aviação civil. Ele conseguiu uma sobrevida como aeronave de teste no programa espacial soviético, nos anos 80 - e, por ironia, os americanos usaram o modelo para testes para um novo avião supersônico, na década seguinte. Mais uma vez, este acabou não saindo do papel.

Enquanto o Tupolev permanecia no chão, o Concorde permaneceu em operação até 2003, antes de ser aposentado por seus altos custos operacionais. Caso sirva de consolo para os engenheiros soviéticos, porém, ele não chegou nem perto de fazer o sucesso que se esperava.

“A despeito da qualidade dos projetos”, afirma Beting, “quando esses aviões estavam sendo projetados, o preço do petróleo era um, e quando entraram em serviço, era outro”.

Com o preço do combustível nas alturas e pressões de ambientalistas por conta do ruído e do gasto energético, a operação do Concorde também ficou muito restrita. Para que desse lucro para as empresas aéreas, os supersônicos tinham passagens caríssimas, e ficaram famosos por transportar magnatas e voos regados a champanhe - principalmente entre Londres e Nova York, num trecho que durava cerca de três horas.

Hoje, com o Concorde e o Tu-144 parados em museus, fica claro que estavam certos aqueles que, lá nos anos 1960, apostaram que o futuro estava nos grandes aviões de passageiros - mesmo que eles cruzem os céus um pouco mais devagar.

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sexta-feira, 2 de junho de 2023

Agência Espacial Europeia fará primeira 'live' de Marte nesta sexta-feira (2)

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Evento inédito transmitirá novas imagens do Planeta Vermelho a cada 50 segundos, numa espécie bem diferente de transmissão ao vivo.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 02 de junho de 2023 às 10h20m

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Marte, o Planeta Vermelho, visto em um mosaico de fotos da Viking Orbiter. — Foto: NASA/JPL-Caltech
Marte, o Planeta Vermelho, visto em um mosaico de fotos da Viking Orbiter. — Foto: NASA/JPL-Caltech

Pela primeira vez, a Agência Espacial Europeia (ESA) irá realizar nesta sexta-feira (2) uma espécie de "live" de Marte.

O evento não será uma transmissão ao vivo de fato, visto que imagens do Planeta Vermelho demoram para chegar aqui na Terra, mas será o mais próximo que poderemos chegar disso, garante a ESA.

A expectativa da agência é de que a cada 50 segundos uma nova imagem do planeta seja transmitida na "live", marcada para 13h no horário de Brasília. O g1 transmitirá ao vivo o evento, que deve durar 1h.

Além disso, segundo informou a agência ao g1, as imagens serão de qualidade razoavelmente baixa, visto que a câmera de observação é bem antiga e não foi projetada especificamente para um projeto do tipo.

Agora, tecnicamente, a transmissão não é considerada uma live porque, dependendo das posições relativas dos dois planetas, as imagens capturadas pelos equipamentos de observação da superfície marciana podem demorar de 3 a 22 minutos para chegar na Terra.

Por isso, nesta sexta, a ESA espera inclusive que os novos registros tenham cerca de 18 minutos de atraso.

São 17 minutos para a luz viajar de Marte para a Terra e cerca de um minuto para passar pelos fios e servidores da agência aqui no solo terrestre.

"Normalmente, vemos imagens de Marte e sabemos que foram tiradas dias antes. Mas estou animado para ver Marte como ele é agora - o mais próximo possível de um 'agora' marciano!", celebrou James Godfrey, gerente de operações de veículos espaciais da ESA.

O Planeta Vermelho visto pela câmera do Mars Orbiter, mesmo equipamento que fará a primeira live de Marte nesta sexta (2). — Foto: ESA
O Planeta Vermelho visto pela câmera do Mars Orbiter, mesmo equipamento que fará a primeira live de Marte nesta sexta (2). — Foto: ESA

⚡🌎 Mas por que todo esse tempo de viagem? Bom, isso acontece porque a luz tem uma velocidade de propagação, que é no caso 299 792 458 m/s no vácuo. Assim, apesar de ser muito rápida (uma velocidade imensamente difícil de alcançar e impossível de ser superada por qualquer objeto), isso leva um certo tempo.

A luz do Sol, por exemplo, demora em média 8 minutos para chegar aqui na Terra. Ou seja, se você olhar para o nosso astro agora, estará vendo uma imagem dele de 8 minutos atrás.

Por isso, para a maioria das missões espaciais, esse atraso não é um problema. Os cientistas se debruçam sobre esses dados que chegam por anos, explica a ESA, descobrindo novos segredos sobre o Universo. As transmissões ao vivo é que são de fato eventos mais raros.

E a live desta sexta-feira acontece por um motivo especial: para celebrar o 20º aniversário do Mars Express, uma missão não tripulada da ESA que estuda a atmosfera e a superfície do planeta vermelho desde 2003.

"Observe que nunca tentamos nada parecido antes, então os tempos exatos de viagem para sinais no solo permanecem um pouco incertos", alertou a agência em um comunicado.
Veja as primeiras fotos divulgadas pelo supertelescópio James Webb.Veja as primeiras fotos divulgadas pelo supertelescópio James Webb.
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quinta-feira, 1 de junho de 2023

PIB do Brasil cresce 1,9% no 1° trimestre, puxado por disparada da agropecuária, diz IBGE

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Resultado foi impulsionado pela agropecuária, que teve um avanço de 21,6% no período, a maior alta desde 1996.
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Por Bruna Miato, g1

Postado em 01 de junho de 2023 às 09h35m

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Agropecuária foi a grande impulsionadora do PIB no 1° trimestre de 2023 — Foto: Embrapa Agropecuária Oeste/Divulgação
Agropecuária foi a grande impulsionadora do PIB no 1° trimestre de 2023 — Foto: Embrapa Agropecuária Oeste/Divulgação

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,9% no 1º trimestre deste ano, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (1). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,6 trilhões no trimestre.

O resultado foi impulsionado, principalmente, pela agropecuária, que teve uma alta de 21,6% no período, na maior alta para o setor desde o quarto trimestre de 1996.

Em relação ao mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 4,0%. Enquanto isso, no acumulado dos quatro trimestres terminados em março de 2023, a alta foi de 3,3% na comparação com os quatro trimestres imediatamente anteriores.

O resultado representa uma forte aceleração em relação aos números observados no último trimestre do ano passado, quando o PIB apresentou uma queda de 0,1%, segundo dados revisados do IBGE.

O PIB do 1° trimestre veio bem acima das projeções do mercado. O Itaú Unibanco previa um crescimento de 1,4% entre janeiro e março e de 3,4% na comparação anual. As projeções do BTG Pactual apontavam para um aumento de 1,1% no trimestre ante o trimestre anterior e de 2,9% ano a ano.

Na ótica da oferta, além da forte alta de agropecuária, o setor de serviços também cresceu, com variação positiva de 0,6%. Já a indústria teve leve baixa de 0,1%.

Pelo lado da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos produtivos na economia) caiu 3,4% em relação ao trimestre anterior. O consumo das famílias teve alta de 0,2%, numa desaceleração frente os trimestre anteriores, e as despesas de consumo do governo se mantiveram estáveis em 0,3%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é o principal indicador usado para medir a evolução da economia (entenda como ele é calculado).

Destaques do PIB do 1º trimestre

  • Agropecuária: alta de 21,6%
  • Serviços: alta de 0,6%
  • Indústria: baixa de 0,1%
  • Consumo das famílias: alta de 0,2%
  • Consumo do governo: alta de 0,3%
  • Investimentos: baixa de 3,4%
  • Exportações: baixa de 0,4%
  • Importação: baixa de 7,1%
PIB brasileiro em primeiros trimestres nos últimos 10 anos — Foto: g1
PIB brasileiro em primeiros trimestres nos últimos 10 anos — Foto: g1

A força do agro

Já era esperado pelos especialistas que a agropecuária apresentasse um resultado bastante positivo, mas as projeções apontavam para uma alta bem menos expressiva do que realmente foi.

Além do crescimento de 21,6% no trimestre, o setor teve um avanço de 18,8% na comparação anual. As expectativas do Itaú, por exemplo, apontavam para uma alta de 14% ano a ano.

O IBGE destaca que a agropecuária tem um peso de cerca de 8% sobre toda a economia do país.

De acordo com Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, após um período de problemas climáticos que impactaram negativamente o setor no último ano, as previsões para 2023 são de uma safra recorde de soja, com avanço de mais de 24% na produção.

"A safra da soja é concentrada no primeiro semestre do ano. Ao compararmos o quarto trimestre de um ano ruim com um primeiro trimestre bom, observamos esse crescimento expressivo da Agropecuária", pontua. 
Serviços também aceleraram

Outro setor que teve um desempenho positivo no primeiro trimestre foi o de serviços, que cresceu 0,6% frente ao trimestre anterior. Nos últimos três meses de 2022, o setor havia registrado uma alta de 0,2% na comparação trimestral, o que revela uma aceleração no começo deste ano.

Dentro de serviços, os destaques foram:

  • Transportes, com alta de 1,2%
  • Atividades financeiras, também com alta de 1,2%;
  • Informação e comunicação, com queda de 1,4%, a maior do período para serviços.

Rebeca, do IBGE, explica que as altas de transportes e atividades financeiras, que foram as que mais contribuíram para o crescimento do setor, podem ser explicadas:

  1. pelo avanço dos transportes de cargas e de passageiros;
  2. pelo bom desempenho do segmento de seguros financeiros, já que o valor dos prêmios cresceu, enquanto o de sinistros caiu, gerando um ganho para o setor.

Também tiveram alta no período o comércio e as atividades imobiliárias, ambos com alta de 0,3%, e o grupo de administração., defesa, saúde e educação públicas e seguridade social, com alta de 0,5%.

Já no campo das baixas, o desempenho negativo do segmento de informação e comunicação pode ser explicado, "em grande parte, por uma base de comparação alta. Foi a atividade que mais cresceu depois da pandemia, se encontra 22,3% acima do patamar do quarto trimestre de 2019".

O segmento de outras atividades de serviços registrou baixa de 0,5%.

Indústria cai puxada por transformação e construção

A indústria recuou 0,1% no primeiro trimestre, representando uma estabilidade em relação ao trimestre anterior.

Os dois segmentos do setor que tiveram um resultado negativo foram a indústria de transformação (que transforma matéria-prima em outros produtos), com queda de 0,6%, e a construção, com baixa de 0,8%.

Já as indústrias extrativas e o grupo de eletricidade e gás, água, esgoto, atividade de gestão de resíduos tiveram crescimento de 2,3% e 1,7%, respectivamente.

"A queda na Indústria de Transformação foi influenciada pelas quedas de bens de capital e bens intermediários, enquanto a Atividade de Eletricidade e água, gás, esgoto, atividades de gestão de resíduos subiu 6,4%, visto que estamos em um momento de boas condições hídricas, sem escassez", destaca Rebeca.

Análise do PIB, sob a ótica da oferta — Foto: g1
Análise do PIB, sob a ótica da oferta — Foto: g1



Análise do PIB, sob a ótica da demanda — Foto: g1
Análise do PIB, sob a ótica da demanda — Foto: g1

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