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terça-feira, 9 de maio de 2023

Como será o espetacular e brutal final da Estação Espacial Internacional

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Por Jonathan O’Callaghan, BBC

Postado em 09 de maio de 2023 às 19h05m

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Mais pesada que 200 elefantes e do tamanho de um campo de futebol. A retirada de órbita da Estação Espacial Internacional é um desafio monumental — Foto: GETTY IMAGES
Mais pesada que 200 elefantes e do tamanho de um campo de futebol. A retirada de órbita da Estação Espacial Internacional é um desafio monumental — Foto: GETTY IMAGES

Se você navegar pelo Oceano Pacífico daqui a oito anos, poderá ter uma visão surpreendente.

Talvez você consiga observar cerca de 400 toneladas de metal rasgando o céu. Será um tremendo inferno incandescente, devido à reentrada na atmosfera terrestre. E irá cair no oceano, atingindo uma área que pode ter milhares de quilômetros de extensão.

Será o fim de um dos maiores projetos da humanidade: a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

A ISS orbita a Terra desde o início da sua construção, em 1988. Ela já recebeu mais de 250 visitantes de 20 países desde a chegada da sua primeira tripulação, em novembro de 2000.

A estação espacial é um imenso sucesso, afirma Josef Aschbacher, chefe da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês). A agência é uma dentre as mais de dez parceiras do programa.

A ISS é uma conquista da colaboração global, principalmente entre os Estados Unidos e a Rússia, que firmaram sua parceria pouco depois da queda da União Soviética.

Realmente, é uma das grandes vitórias internacionais, segundo Thomas Zurbuchen, ex-chefe de ciências da Nasa (agência espacial dos EUA).

Mas grande parte dos seus equipamentos tem décadas de idade e, algum dia, a estação pode se tornar perigosa ou até incontrolável em sua órbita da Terra. Foi o que aconteceu em 1985 com a estação espacial soviética Salyut 7, que precisou de dois cosmonautas para repará-la.

Com certeza não queremos passar por aquilo de novo, afirma a historiadora espacial Cathy Lewis, do Museu Nacional do Ar e do Espaço dos Estados Unidos.

Para evitar que uma catástrofe espacial como aquela ocorra novamente, a ISS será retirada de órbita em 2031. Ela será trazida através da atmosfera até mergulhar com segurança no Oceano Pacífico. Será a maior reentrada espacial da história.

Como controlar a queda?

O sol nasce e se põe 16 vezes a cada 24 horas sobre a Estação Espacial Internacional, durante sua órbita da Terra a cerca de 27.570 km/h — Foto: GETTY IMAGES
O sol nasce e se põe 16 vezes a cada 24 horas sobre a Estação Espacial Internacional, durante sua órbita da Terra a cerca de 27.570 km/h — Foto: GETTY IMAGES

Planejar exatamente como retirar a estação de órbita é uma tarefa imensa.

Em março, a Nasa pediu ao Congresso americano recursos para iniciar o desenvolvimento de um rebocador espacial que pode ser necessário para a tarefa – uma aeronave para empurrar a estação de volta para a atmosfera. A chefe do programa de voos espaciais humanos da Nasa, Kathy Lueders, revelou que o custo estimado do rebocador seria de pouco menos de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões).

Muitos objetos grandes já se queimaram na atmosfera terrestre. Os mais notáveis foram a estação espacial russa Mir, em 2001, e a estação espacial Skylab, da Nasa, em 1979.

Depois de fazer a órbita da Terra 34.981 vezes, a Skylab teve sua energia cortada e foi enviada rumo a uma queda descontrolada sobre a atmosfera terrestre, no dia 11 de julho de 1979. Esperava-se que ela se partisse sobre o extremo sul da África e caísse sobre o Oceano Índico.

A maior parte dos destroços realmente caiu no oceano, mas houve também uma chuva de fragmentos sobre áreas pouco povoadas do sudoeste da Austrália, ao longo de uma área de mil km de comprimento por 200 km de largura.

Já a estação espacial soviética Salyut 7 fez uma reentrada descontrolada no dia 7 de fevereiro de 1991. Depois de ficar nove anos em órbita, ela caiu em uma região montanhosa da Argentina.

Esperava-se que a Salyut 7 ficasse em órbita até 1994, até que um período de alta atividade solar aumentou o arrasto atmosférico sobre a estação espacial, acelerando sua queda orbital.

Mas a ISS é um problema completamente novo. Ela é, por exemplo, três vezes maior do que a Mir.

Para o astrônomo Jonathan McDowell, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsoniano, nos Estados Unidos, é um desafio significativo". "Um objeto de 400 toneladas caindo do céu é algo grande.

A estação começou a ser montada em 1998. Inicialmente, era um único módulo chamado Zarya, construído pelos russos.

Hoje, ela é enorme – são 16 módulos, vastos painéis solares montados sobre uma armação metálica e radiadores para retirar o calor. Uma tripulação itinerante de sete pessoas mora atualmente na estação.

A ISS tem 109 metros de comprimento e é do tamanho de um campo de futebol. É a maior estrutura humana já montada no espaço. É como as pirâmides de Gizé, afirma a analista espacial Laura Forczyk, da empresa de consultoria americana Astralytical.

A vida útil da ISS já foi ampliada várias vezes. Mas o consenso é que seria perigoso estendê-la além de 2030.

Outras soluções, como elevar a estação até uma órbita mais alta, são impraticáveis, segundo a Nasa. Seriam necessárias dezenas de espaçonaves para empurrar a ISS para uma altitude segura.

Por isso, o plano delineado pela Nasa no ano passado é empurrar a estação inteira de volta para a atmosfera.

O processo

A ISS reforçou a colaboração entre os governos dos EUA e da Rússia, laços que a invasão da Ucrânia afetou recentemente — Foto: GETTY IMAGES
A ISS reforçou a colaboração entre os governos dos EUA e da Rússia, laços que a invasão da Ucrânia afetou recentemente — Foto: GETTY IMAGES

Tudo começará em 2026, quando se permitirá que a órbita da ISS comece a cair naturalmente com o arrasto atmosférico. Ela irá cair de 400 para cerca de 320 km em meados dos anos 2030.

Nesse momento, uma última tripulação será enviada à estação, provavelmente para retirar equipamentos ou objetos de significado histórico remanescentes. Essa retirada também ajudará a reduzir o peso da ISS.

Isso ainda está em discussão, segundo Aschbacher.

Após a saída da última tripulação, a altitude da estação irá cair ainda mais, para 280 km. Essa altitude é considerada o ponto de não retorno – a estação não poderá ser impulsionada de volta, acima da força de arrasto causada pela atmosfera mais densa do nosso planeta.

O processo completo pode levar vários meses. O plano atual é que, ao atingir o ponto de não retorno, aeronaves russas Progress deem o impulso final para que a estação ingresse na atmosfera do planeta.

Mas recentes problemas verificados com alguns veículos Progress, aliados à deterioração das relações políticas entre EUA e Rússia, levaram a Nasa a pesquisar sua própria alternativa de rebocador espacial. Afinal, a Rússia já insinuou que pode se retirar da ISS em 2025.

A Nasa está resguardando suas apostas na participação russa, afirma Wendy Whitman Cobb, especialista em política espacial da Escola de Estudos Avançados do Ar e do Espaço da Força Aérea Americana.

Seja qual for a espaçonave utilizada, o impulso final fará com que a estação atinja a altitude de 120 km. Nesse ponto, ela irá atingir a atmosfera mais espessa da Terra a cerca de 29 mil km/h, iniciando sua reentrada propriamente dita.

Primeiramente, os painéis solares serão arrancados da estrutura. O vento contrário será muito forte, explica McDowell.

Estudos da reentrada da Mir indicam que isso pode acontecer a uma altitude de cerca de 100 quilômetros. A partir daí, será apenas questão de minutos para que todas as placas solares sejam arrancadas.

A cerca de 80 km acima da superfície da Terra, os módulos começarão a se separar antes de entrarem em chamas devido aos milhares de graus de temperatura na reentrada, que irão fazer com que eles derretam e se desintegrem.

Diversos estrondos serão ouvidos enquanto os destroços percorrerem o céu.

A saída de órbita da estação espacial Mir atraiu a audiência de todo o mundo. Mas a ISS é cerca de três vezes maior do que a Mir e suas 140 toneladas. Por isso, sua reentrada provavelmente será ainda mais espetacular.

Agora, você tem 400 toneladas de fragmentos flamejantes voando através da atmosfera superior em velocidades orbitais, segundo McDowell.

Mas, se tudo correr conforme o planejado, esses fragmentos flamejantes não representarão risco para a vida humana.

O local da queda

A construção da estação foi um marco, pois um objeto tão grande nunca havia sido montado no espaço — Foto: GETTY IMAGES
A construção da estação foi um marco, pois um objeto tão grande nunca havia sido montado no espaço — Foto: GETTY IMAGES

Os fragmentos que eventualmente sobreviverem à reentrada irão se dirigir ao Ponto Nemo – uma extensão do Oceano Pacífico entre a Nova Zelândia e a costa do Chile, frequentemente utilizada como cemitério de espaçonaves.

Essa área é considerada suficientemente distante de locais habitados para que o equipamento espacial possa ser descartado com segurança. E uma peculiaridade das correntes oceânicas faz com que ali haja relativamente poucos nutrientes e, portanto, pouca vida marinha.

Mesmo assim, o trajeto dos destroços da ISS será imenso e incomparável em relação a tudo o que já foi visto até hoje. Ele terá vários quilômetros de largura e, possivelmente, até 6 mil km de comprimento.

Por isso, será preciso restringir o acesso àquela parte do Oceano Pacífico durante a reentrada, para evitar acidentes.

Ainda não sabemos como eles irão conseguir isso com navios e aviões, afirma McDowell. Mas, para qualquer pessoa que presencie a morte da ISS, provavelmente será um espetáculo.

Se eu fosse a Nasa, colocaria câmeras e sensores voadores para realmente detalhar a desintegração, afirma McDowell. Certamente existe ciência esperando para ser feita.

O processo completo de reentrada, da separação inicial dos painéis solares até a queda no Ponto Nemo, deverá durar apenas 40 minutos.

Reaproveitar os recursos

Satélites e muitos veículos espaciais não tripulados são trazidos de volta da órbita de forma que se queimem na atmosfera, mas alguns detritos ainda atingem a Terra — Foto: GETTY IMAGES
Satélites e muitos veículos espaciais não tripulados são trazidos de volta da órbita de forma que se queimem na atmosfera, mas alguns detritos ainda atingem a Terra — Foto: GETTY IMAGES

O show de reentrada da estação espacial internacional deve ser impressionante, mas algumas pessoas receiam que a retirada da ISS de órbita seja um desperdício de materiais.

A ISS contém não só muitos equipamentos valiosos, mas também recursos que são úteis, como o metal da sua armação e seus painéis solares. E o transporte desses materiais para o espaço teve alto custo.

É um custo perdido no oceano, afirma o especialista em política espacial John Klein, da Universidade George Washington, nos Estados Unidos. Vamos reutilizar o que pudermos.

No final de 2022, um grupo de empresas, incluindo as americanas CisLunar Industries e Astroscale, apresentaram à Casa Branca uma ideia com esse propósito.

O plano poderá incluir o derretimento de parte do metal da armação para que seja reutilizado na construção de novas estruturas ou veículos espaciais. Até módulos inteiros poderiam ser separados e reutilizados em outras estações espaciais.

Realmente acreditamos que existe aqui uma oportunidade, afirma o executivo-chefe da CisLunar, Gary Calnan. Queremos construir um ferro-velho no espaço.

Um porta-voz da Nasa afirmou que a agência está aberta para propostas de ideias novas e inovadoras, mas, neste momento, a Nasa não solicitou nem recebeu propostas de reutilização de grandes partes estruturais da Estação Espacial Internacional com novos propósitos.

O presidente da Astroscale US, Ron Lopez, espera que a agência reconsidere. Espero que tenhamos uma oportunidade de estudar todas essas opções, afirma ele.

No momento, permanece o plano de descartar toda a ISS no Oceano Pacífico. Será um final dramático de décadas de engenhosidade e colaboração humana no espaço.

Se você, por acaso, estiver vagueando em uma área aparentemente desabitada do Oceano Pacífico em 2031, preste atenção. Você poderá se deparar com uma chuva de fragmentos quentes derretidos vindos do espaço.

Será um espetáculo para a imprensa, afirma McDowell. Um show de fogos de artifício irresistível.

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.

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Dois caças da Força Aérea são transportados pelas ruas até aeroporto em SC; VÍDEO

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Aeronaves chegaram ao Brasil pelo porto de Navegantes e foram levadas ao terminal aéreo da cidade. Na cidade catarinense, aviões F-39E Gripen vão receber assentos ejetáveis e kit de sobrevivência.
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Por Joana Caldas, g1 SC

Postado em 09 de maio de 2023 às 07h05m

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Família assiste a transporte de caça em Navegantes, Santa Catarina
Família assiste a transporte de caça em Navegantes, Santa Catarina

Dois caças da Força Aérea Brasileira (FAB) chegaram de navio a Navegantes, município do Litoral Norte de Santa Catarina. Esses aviões passaram o fim de semana no aeroporto da cidade e seguiam no local até segunda-feira (8), sem data para decolagem.

As aeronaves chegaram de navio ao porto de Navegantes na sexta-feira (5), vindas da Suécia. O modelo dos caças é o F-39E Gripen, informou a FAB.

Na madrugada de sábado (6), os aviões foram transportados do porto ao Aeroporto Internacional Ministro Victor Konder, também em Navegantes, pelas ruas da cidade. A distância entre os dois locais é de menos de 3 quilômetros.

Transporte de caça da FAB em Navegantes, Santa Catarina — Foto: Tenente Letícia Faria/Cecomsaer/Divulgação
Transporte de caça da FAB em Navegantes, Santa Catarina — Foto: Tenente Letícia Faria/Cecomsaer/Divulgação

O transporte, em que o caça é rebocado por um caminhão, atraiu curiosos, mesmo ocorrendo de madrugada (assista ao vídeo acima). Participaram da operação representantes da FAB, Polícia Militar de Santa Catarina, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, Polícia Civil, prefeitura e Receita Federal.

População assiste ao transporte de caças da FAB em Navegantes — Foto: Tenente Letícia Faria/Cecomsaer/Divulgação
População assiste ao transporte de caças da FAB em Navegantes — Foto: Tenente Letícia Faria/Cecomsaer/Divulgação

Operação no aeroporto

No aeroporto de Navegantes, os caças foram estacionados no hangar. No fim de semana e na segunda, os aviões passaram por procedimentos técnicos e receberam a instalação dos assentos ejetáveis e kit de sobrevivência, segundo a FAB.

Caças da FAB em hangar no aeroporto de Navegantes, Santa Catarina — Foto: Tenente Letícia Faria/Cecomsaer/Divulgação
Caças da FAB em hangar no aeroporto de Navegantes, Santa Catarina — Foto: Tenente Letícia Faria/Cecomsaer/Divulgação

Além disso, foram preparados para o abastecimento e acionamento em solo. Esse trabalho continua e não há previsão de quando os aviões devem deixar Santa Catarina.

Caças Gripen em navio no porto de Navegantes — Foto: Portonave/Divulgação
Caças Gripen em navio no porto de Navegantes — Foto: Portonave/Divulgação

F-39 Gripen E

De acordo com a FAB, os aviões foram adquiridos para ampliar a frota e a capacidade de defesa do espaço aéreo do país e das fronteiras.

Aviões da FAB dentro de navio no porto de Navegantes, Santa Catarina — Foto: Portonave/Divulgação
Aviões da FAB dentro de navio no porto de Navegantes, Santa Catarina — Foto: Portonave/Divulgação

A Força Aérea declarou que o Gripen é reconhecido pela eficiência, baixo custo de operação, elevada disponibilidade e capacidade tecnológica avançada. O novo caça será utilizado também pela Força Aérea Suécia, como o vetor responsável pela soberania e proteção dessas nações.

Veja mais notícias do estado no g1 SC

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segunda-feira, 8 de maio de 2023

Itaú Unibanco tem o 2º maior lucro trimestral da história dos bancos no país, atrás apenas do BB

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Resultado do banco foi o maior lucro já registrado para o 1º trimestre entre os bancos de capital aberto listados na B3.
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Por g1

Postado em 08 de maio de 2023 às 13h20m

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Fachada de agência do Itaú Unibanco — Foto: Divulgação
Fachada de agência do Itaú Unibanco — Foto: Divulgação

Com o resultado do 1º trimestre de 2023, o Itaú Unibanco registrou o segundo maior lucro trimestral da história dos bancos brasileiros, com o valor de R$ 8,17 bilhões divulgado nesta segunda-feira (8). O levantamento foi feito por Einar Rivero, da TradeMap.

O líder da lista é o Banco do Brasil, com R$ 8,62 bilhões apurados no 4º trimestre de 2022. Entre os 10 maiores lucros históricos, o Itaú Unibanco e o Banco do Brasil dominam a lista, com quatro e seis registros, respectivamente.

O resultado do 1º trimestre do Itaú Unibanco foi o maior lucro já registrado para o período entre os bancos de capital aberto listados na B3.

Resultados do 1º trimestre

O Itaú Unibanco divulgou nesta manhã lucro líquido recorrente de primeiro trimestre em alta de 14,6% sobre o mesmo período do ano passado, a R$ 8,435 bilhões, em um resultado em linha com as expectativas do mercado e marcado por controle de custos e inadimplência estável na comparação com o final do ano passado.

O maior banco do país terminou o primeiro trimestre com 4.173 agências e pontos de atendimento, redução de 42 unidades em relação ao final de março do ano passado e queda ante dezembro, quando a base era de 4.231 agências. A base de caixas eletrônicos encolheu em 1.141 pontos.

Apesar do enxugamento da presença física do Itaú Unibanco, o banco elevou o número de funcionários em 862 empregados no primeiro trimestre na comparação anual, com a linha outras despesas operacionais crescendo 9,3% no período, a R$ 16,16 bilhões.

O Itaú Unibanco encerrou março com índice de inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias de 2,9%, estável sobre o final de 2022, mas acima dos 2,6% registrados um ano antes. Mas a carteira de crédito subiu 11,7% no período, para R$ 1,153 trilhão.

O chamado índice de inadimplência antecedente, de operações vencidas entre 15 e 90 dias, passou de 2,3% no final do ano passado para 2,5% em março, o que, segundo o Itaú, marca a menor alta para um primeiro trimestre desde 2018.

O chamado "custo do crédito" disparou 30,4% na comparação anual, para R$ 9,1 bilhão, no primeiro trimestre, com os descontos concedidos crescendo 56,1%, a R$ 868 milhões.

"Essa variação (no custo do crédito) ocorreu principalmente nos negócios de varejo no Brasil, com aumento de R$ 1,625 bilhão da despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa, em função da maior originação em produtos de crédito ao consumo e sem garantia", afirmou o Itaú Unibanco no balanço.

O Itaú terminou março com uma margem financeira gerencial de R$ 24,7 bilhões, alta de 17,3% na comparação anual. O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido consolidado subiu no período de 20,4% para 20,7%.

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sábado, 6 de maio de 2023

Velocidade x freio: entenda o que torna o pouso na Lua uma missão de alto risco para pequenas naves e sondas

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Desaceleração é a fase mais crítica do processo: sem paraquedas ou escudo, naves contam apenas com retrofoguetes para evitar impacto em alta velocidade contra o solo lunar.
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Por Júlia Putini, g1

Postado em 06 de maio de 2023 às 07h00m

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A engenharia espacial coleciona uma série de fracassos quando se trata de tentar fazer pousos de pequenas aeronaves na Lua. No final de abril, a sonda japonesa Hakuto-R tentou aterrissar na superfície lunar, mas o módulo perdeu a conexão com a Terra e se espatifou contra o solo durante a tentativa frustrada.

O professor de física e astronomia Flavio Alarsa explica que a alta velocidade envolvida e o fato de a Lua não ter atmosfera dificultam as missões.

"Naves estão sempre em torno de 2 mil quilômetros por hora, o que dá 8 km por segundo. É como ir da cidade de SP ao litoral em 9 segundos. Na Lua, tem que aterrissar na velocidade de 1 metro por segundo, mais do que isso espatifa a sonda", explica o professor.

Para aterrissar em corpos celestes que têm atmosfera, como Marte, as naves contam com três sistemas diferentes de freios. São eles:

  1. Escudo térmico
  2. Paraquedas
  3. Retrofoguetes

Para "estacionar" na Lua, só é possível contar com os retrofoguetes. Entenda abaixo como funciona cada um desses itens.

Por que naves pequenas fracassam tantas vezes ao tentar pousar na Lua? — Foto: Arte g1/Juan Silva
Por que naves pequenas fracassam tantas vezes ao tentar pousar na Lua? — Foto: Arte g1/Juan Silva

1 - Escudo térmico

Como diz o nome, o escudo serve para proteger das altas temperaturas que são geradas por causa do atrito com a atmosfera, transformando a nave em uma grande bola de fogo. O escudo preserva os sensores da nave, que medem altitude e capturam outros dados. Fora, a temperatura pode atingir 2.000°C e dentro é de apenas 10°C.

De acordo com Alarsa, o atrito imposto pelo escudo consegue reduzir a velocidade em cerca de 5 a 10 mil quilômetros. Depois disso, ele é expelido pela nave e os demais sensores começam a funcionar.

2 - Paraquedas

Nesse segundo momento, um paraquedas é aberto para continuar amortecendo a velocidade da queda. No entanto, assim como o escudo térmico, ele só funciona quando há uma atmosfera (que é uma camada de gases que envolve planetas como a Terra e Marte).

3 - Retrofoguetes

Durante a etapa final, os sensores medem a distância e outras variáveis para, enfim, acionar os retrofoguetes e fazer a desaceleração final, que levará ao pouso.

Esse é o momento mais crítico. Especialmente porque os retrofoguetes são o único tipo de frenagem possível para pousar na Lua, o que exige enormes quantidades de combustível, que não é fácil de ser transportado. Se houver qualquer erro nessa etapa, a nave irá colidir e se quebrar.

Provavelmente é isso que aconteceu com a sonda japonesa. O chefe de tecnologia da empresa que comandou a missão disse que ela entrou em queda livre após ficar sem combustível para acionar os propulsores (mecanismos que ajudam a controlar a velocidade da aeronave).

"Isso cria uma instabilidade técnica. Supondo que há quatro foguetes na base da sonda, utilizados em toda descida, eles queimam muito combustível. E se um deles para de funcionar, já era, a nave fica instável", diz Alarsa.

Descida vertical

O professor também explica que, na Lua, os módulos precisam descer verticalmente, diferente dos aviões, por exemplo, que descem de maneira tangente e paralela nas pistas de pouso.

"Só que ele entra tangencial e vai ter que fazer uma curva para virar para baixo, algo muito delicado. Na missão Apollo essa curva chamava 'a curva da morte'. A nave vai chegando tangente porque ela fica orbitando e quando começa a descer vai fazendo uma curva e se virando", diz.

"E tudo isso pode dar certo e mesmo assim no final a nave pode bater numa pedra e estragar tudo", ressalta Alarsa.

Sonda japonesa faz imagem da superfície da luaSonda japonesa faz imagem da superfície da lua

Pé no freio e ângulo certo

Cassio Barbosa, astrônomo do centro universitário FEI, explica que isso acontece porque o pouso de voos espaciais são sempre momentos delicados.

"A desaceleração é a fase mais crítica porque ela vem muito rápida e ela não envolve apenas enfiar o pé no freio, tem um ângulo certo para fazer isso, para frear o suficiente para a órbita gravitacional da Lua capturar", afirma.

Ele complementa dizendo que isso não é uma característica exclusiva de pousos na Lua. "É que nem avião, os piores momentos são decolagem e pouso", diz.

Anteriormente, em 2019, duas outras missões também não obtiveram êxito. Foram elas:

  • Beresheet, de Israel, que se chocou contra a Lua após falhas nos motores. Foi a primeira missão espacial privada com o objetivo de pousar na Lua, organizada com supervisão da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa).
A selfie da nave Beresheet foi tirada a cerca de 13 quilômetros da superfície da lua. Na bandeira israelense os dizeres 'País pequeno, sonhos grandes'. — Foto: Divulgação/SpaceIL e Israel Aerospace Industries
A selfie da nave Beresheet foi tirada a cerca de 13 quilômetros da superfície da lua. Na bandeira israelense os dizeres 'País pequeno, sonhos grandes'. — Foto: Divulgação/SpaceIL e Israel Aerospace Industries
  • Chandrayaan-2, da Índia, perdeu contato com a Terra pouco antes do pouso. O objetivo da missão era obter mais informações sobre a composição mineral da Lua e sobre eventual presença de água no local (que foi confirmada em 2023, graças a uma missão chinesa que coletou esferas lunares de vidro em 2020).
Índia enviou missão até a Lua em 22 de julho de 2019. — Foto: Indian Space Research Organisation/Reuters
Índia enviou missão até a Lua em 22 de julho de 2019. — Foto: Indian Space Research Organisation/Reuters

Além disso, Cassio Barbosa credita as tentativas falhas ao fato de que, provavelmente, essas iniciativas de empresas privadas não se basearam em um plano espacial consistente.

São iniciativas particulares que não tiveram ensaios de pouso em situações mais perto do real e com isso coisas falharam.

— Cassio Barbosa, astrônomo do centro universitário FEI

Ele também diz que quando a neve perde a comunicação, o único jeito de manter a missão em curso é quando há um sistema de navegação autônomo. Já quando o problema envolve falha de motores, não há nada que possa ser feito.

China: missão bem-sucedida

Robô Yutu-2 que constitui parte da missão que chegou ao lado oculto da Lua em janeiro de 2019, levado pela sonda espacial Chang'e 4. — Foto: Our Space/Divulgação
Robô Yutu-2 que constitui parte da missão que chegou ao lado oculto da Lua em janeiro de 2019, levado pela sonda espacial Chang'e 4. — Foto: Our Space/Divulgação

No final de 2018, a China lançou um módulo de exploração para levar um robô ao 'lado oculto' da Lua. Só é possível ver um único lado da Lua porque ela gira em torno de si mesma no mesmo ritmo em que gira em torno da Terra.

O módulo Chang'e-4 chegou do outro lado em janeiro de 2019. Até então, nenhuma sonda, nem qualquer módulo de exploração espacial havia pousado nessa face da superfície lunar.

"A China conseguiu de primeira fazer o pouso, inclusive do lado oculto da Lua", destaca Cassio.

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