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sábado, 6 de maio de 2023

Velocidade x freio: entenda o que torna o pouso na Lua uma missão de alto risco para pequenas naves e sondas

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Desaceleração é a fase mais crítica do processo: sem paraquedas ou escudo, naves contam apenas com retrofoguetes para evitar impacto em alta velocidade contra o solo lunar.
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Por Júlia Putini, g1

Postado em 06 de maio de 2023 às 07h00m

 #.*Post. - N.\ 10.781*.#

A engenharia espacial coleciona uma série de fracassos quando se trata de tentar fazer pousos de pequenas aeronaves na Lua. No final de abril, a sonda japonesa Hakuto-R tentou aterrissar na superfície lunar, mas o módulo perdeu a conexão com a Terra e se espatifou contra o solo durante a tentativa frustrada.

O professor de física e astronomia Flavio Alarsa explica que a alta velocidade envolvida e o fato de a Lua não ter atmosfera dificultam as missões.

"Naves estão sempre em torno de 2 mil quilômetros por hora, o que dá 8 km por segundo. É como ir da cidade de SP ao litoral em 9 segundos. Na Lua, tem que aterrissar na velocidade de 1 metro por segundo, mais do que isso espatifa a sonda", explica o professor.

Para aterrissar em corpos celestes que têm atmosfera, como Marte, as naves contam com três sistemas diferentes de freios. São eles:

  1. Escudo térmico
  2. Paraquedas
  3. Retrofoguetes

Para "estacionar" na Lua, só é possível contar com os retrofoguetes. Entenda abaixo como funciona cada um desses itens.

Por que naves pequenas fracassam tantas vezes ao tentar pousar na Lua? — Foto: Arte g1/Juan Silva
Por que naves pequenas fracassam tantas vezes ao tentar pousar na Lua? — Foto: Arte g1/Juan Silva

1 - Escudo térmico

Como diz o nome, o escudo serve para proteger das altas temperaturas que são geradas por causa do atrito com a atmosfera, transformando a nave em uma grande bola de fogo. O escudo preserva os sensores da nave, que medem altitude e capturam outros dados. Fora, a temperatura pode atingir 2.000°C e dentro é de apenas 10°C.

De acordo com Alarsa, o atrito imposto pelo escudo consegue reduzir a velocidade em cerca de 5 a 10 mil quilômetros. Depois disso, ele é expelido pela nave e os demais sensores começam a funcionar.

2 - Paraquedas

Nesse segundo momento, um paraquedas é aberto para continuar amortecendo a velocidade da queda. No entanto, assim como o escudo térmico, ele só funciona quando há uma atmosfera (que é uma camada de gases que envolve planetas como a Terra e Marte).

3 - Retrofoguetes

Durante a etapa final, os sensores medem a distância e outras variáveis para, enfim, acionar os retrofoguetes e fazer a desaceleração final, que levará ao pouso.

Esse é o momento mais crítico. Especialmente porque os retrofoguetes são o único tipo de frenagem possível para pousar na Lua, o que exige enormes quantidades de combustível, que não é fácil de ser transportado. Se houver qualquer erro nessa etapa, a nave irá colidir e se quebrar.

Provavelmente é isso que aconteceu com a sonda japonesa. O chefe de tecnologia da empresa que comandou a missão disse que ela entrou em queda livre após ficar sem combustível para acionar os propulsores (mecanismos que ajudam a controlar a velocidade da aeronave).

"Isso cria uma instabilidade técnica. Supondo que há quatro foguetes na base da sonda, utilizados em toda descida, eles queimam muito combustível. E se um deles para de funcionar, já era, a nave fica instável", diz Alarsa.

Descida vertical

O professor também explica que, na Lua, os módulos precisam descer verticalmente, diferente dos aviões, por exemplo, que descem de maneira tangente e paralela nas pistas de pouso.

"Só que ele entra tangencial e vai ter que fazer uma curva para virar para baixo, algo muito delicado. Na missão Apollo essa curva chamava 'a curva da morte'. A nave vai chegando tangente porque ela fica orbitando e quando começa a descer vai fazendo uma curva e se virando", diz.

"E tudo isso pode dar certo e mesmo assim no final a nave pode bater numa pedra e estragar tudo", ressalta Alarsa.

Sonda japonesa faz imagem da superfície da luaSonda japonesa faz imagem da superfície da lua

Pé no freio e ângulo certo

Cassio Barbosa, astrônomo do centro universitário FEI, explica que isso acontece porque o pouso de voos espaciais são sempre momentos delicados.

"A desaceleração é a fase mais crítica porque ela vem muito rápida e ela não envolve apenas enfiar o pé no freio, tem um ângulo certo para fazer isso, para frear o suficiente para a órbita gravitacional da Lua capturar", afirma.

Ele complementa dizendo que isso não é uma característica exclusiva de pousos na Lua. "É que nem avião, os piores momentos são decolagem e pouso", diz.

Anteriormente, em 2019, duas outras missões também não obtiveram êxito. Foram elas:

  • Beresheet, de Israel, que se chocou contra a Lua após falhas nos motores. Foi a primeira missão espacial privada com o objetivo de pousar na Lua, organizada com supervisão da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa).
A selfie da nave Beresheet foi tirada a cerca de 13 quilômetros da superfície da lua. Na bandeira israelense os dizeres 'País pequeno, sonhos grandes'. — Foto: Divulgação/SpaceIL e Israel Aerospace Industries
A selfie da nave Beresheet foi tirada a cerca de 13 quilômetros da superfície da lua. Na bandeira israelense os dizeres 'País pequeno, sonhos grandes'. — Foto: Divulgação/SpaceIL e Israel Aerospace Industries
  • Chandrayaan-2, da Índia, perdeu contato com a Terra pouco antes do pouso. O objetivo da missão era obter mais informações sobre a composição mineral da Lua e sobre eventual presença de água no local (que foi confirmada em 2023, graças a uma missão chinesa que coletou esferas lunares de vidro em 2020).
Índia enviou missão até a Lua em 22 de julho de 2019. — Foto: Indian Space Research Organisation/Reuters
Índia enviou missão até a Lua em 22 de julho de 2019. — Foto: Indian Space Research Organisation/Reuters

Além disso, Cassio Barbosa credita as tentativas falhas ao fato de que, provavelmente, essas iniciativas de empresas privadas não se basearam em um plano espacial consistente.

São iniciativas particulares que não tiveram ensaios de pouso em situações mais perto do real e com isso coisas falharam.

— Cassio Barbosa, astrônomo do centro universitário FEI

Ele também diz que quando a neve perde a comunicação, o único jeito de manter a missão em curso é quando há um sistema de navegação autônomo. Já quando o problema envolve falha de motores, não há nada que possa ser feito.

China: missão bem-sucedida

Robô Yutu-2 que constitui parte da missão que chegou ao lado oculto da Lua em janeiro de 2019, levado pela sonda espacial Chang'e 4. — Foto: Our Space/Divulgação
Robô Yutu-2 que constitui parte da missão que chegou ao lado oculto da Lua em janeiro de 2019, levado pela sonda espacial Chang'e 4. — Foto: Our Space/Divulgação

No final de 2018, a China lançou um módulo de exploração para levar um robô ao 'lado oculto' da Lua. Só é possível ver um único lado da Lua porque ela gira em torno de si mesma no mesmo ritmo em que gira em torno da Terra.

O módulo Chang'e-4 chegou do outro lado em janeiro de 2019. Até então, nenhuma sonda, nem qualquer módulo de exploração espacial havia pousado nessa face da superfície lunar.

"A China conseguiu de primeira fazer o pouso, inclusive do lado oculto da Lua", destaca Cassio.

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sexta-feira, 5 de maio de 2023

Palácios, joias, selos raros e até cisnes: qual é a fortuna do rei Charles III e da família real britânica?

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Patrimônio do novo rei, que será coroado neste sábado (6), é quase o dobro do atribuído à sua mãe, a rainha Elizabeth II.
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Por André Catto, g1

Postado em 05 de maio de 2023 às 07h00m

 #.*Post. - N.\ 10.780*.#

Rei Charles III em seu primeiro discurso de Natal como monarca. — Foto: Victoria Jones/Pool Photo via AP
Rei Charles III em seu primeiro discurso de Natal como monarca. — Foto: Victoria Jones/Pool Photo via AP

O rei Charles III, que será coroado neste sábado (6), tem uma fortuna pessoal estimada em 600 milhões de libras, segundo levantamento do jornal britânico Sunday Times, um dos principais do país. No patrimônio do monarca – que inclui um conjunto complexo de propriedades – estão, entre outros bens e investimentos, palácios, joias, selos raros e até cisnes.

A fortuna pessoal do novo rei atinge algo em torno de R$ 3,8 bilhões, na cotação desta quinta-feira (4).

A coroação será transmitida pela GloboNews, e a transmissão poderá ser acompanhada pelo g1.

O patrimônio de Charles é quase o dobro do atribuído à sua mãe, a rainha Elizabeth II, de 370 milhões de libras (cerca de R$ 2,3 bilhões) – de quem ele herdou uma gama gigantesca de bens.

Como o Rei Charles III pode ser mais rico que a Rainha Elizabeth?Como o Rei Charles III pode ser mais rico que a Rainha Elizabeth?

De acordo com o levantamento do Sunday Times, Charles III já vinha turbinando suas reservas pessoais ao poupar lucros recebidos via Ducado da Cornualha, um império comercial que gera rendimentos ao príncipe (entenda mais abaixo o que são os ducados).

A publicação do jornal britânico também destaca que os rendimentos de Charles foram impulsionados em meio a uma ambiciosa política de investimentos, que foi adotada pelo então príncipe de Gales após seu divórcio com a princesa Diana, no início dos anos 1990.

A coroação de rei Charles III, neste sábado, ocorre oito meses após a morte da rainha Elizabeth, aos 96 anos. Ela foi a monarca britânica mais longeva da história, com mais de 70 anos de reinado.

Ranking da Forbes

Coroa é colocada sobre o caixão da rainha Elizabeth II — Foto: Reuters
Coroa é colocada sobre o caixão da rainha Elizabeth II — Foto: Reuters

Em novembro do ano passado, a revista Forbes também havia divulgado estimativas sobre a fortuna do novo rei. Devido à diferença metodológica de cálculo e à complexidade dos ativos da família real britânica, o resultado foi um pouco diferente – mas igualmente expressivo.

Segundo a revista, o monarca herdou de sua mãe um total de US$ 500 milhões, incluindo castelos, joias, obras de arte, selos raros, entre outros. Passou também a supervisionar instituições que administram cerca de US$ 42 bilhões em ativos, incluindo alguns dos palácios reais mais famosos do mundo, como o de Buckingham.

O ativo mais valioso do rei Charles III, de acordo com a Forbes, é o Crown Estate, um amplo portfólio imobiliário com US$ 17,5 bilhões em ativos líquidos. Nele, está incluída a Regent Street, uma das maiores ruas comerciais de Londres.

O patrimônio da família real britânica

Mensurar o império financeiro dos Windsor não é simples. Além dos palácios e joias da coroa, a fortuna inclui longas extensões de terra, que vão de propriedades de escritórios a um importante estádio de críquete (esporte de origem inglesa, que utiliza bola e tacos), além de terras agrícolas nos arredores do Reino Unido.

No caso do rei Charles III, ao assumir o trono, ele recebeu automaticamente o Ducado de Lancaster. Com isso – e seguindo a tradição –, o Ducado da Cornualha, antes em posse de Charles, passou ser de seu filho mais velho, o príncipe William, primeiro na linha de sucessão ao trono britânico.

Palácio de de Buckingham, em Londres — Foto: Reuters
Palácio de de Buckingham, em Londres — Foto: Reuters

Em definição simples, ducados são territórios tradicionalmente governados por um duque ou uma duquesa. Nesse caso, são conjuntos de propriedades privadas, que incluem terras, ativos e outros bens. O Ducado de Lancaster é de propriedade do soberano de turno do Reino Unido – ou seja, o rei ou a rainha.

O portfólio de terras e propriedades no Ducado da Cornualha é significativamente maior do que o Ducado de Lancaster, conforme levantamento do jornal The Washington Post: abrange 0,2% de todas as terras no Reino Unido, incluindo o Lord's Cricket Ground – o famoso estádio de críquete.

Propriedades em destaque

Tanto o Castelo de Balmoral, na Escócia, quanto o Sandringham Estate, na Inglaterra, foram transmitidos à rainha Elizabeth pelo pai dela, o rei George VI – e devem ficar com Charles III.

O Crown Estate, que se mantém na lista de principais propriedades da família real, inclui luxuosas propriedades em Londres. Apesar de ser um patrimônio formal da família, está sob o controle do governo britânico – que recebe as centenas de milhões de dólares geradas pela carteira a cada ano.

O governo devolve, então, 25% do lucro do Crown Estate à realeza, sob o que é conhecido como Subsídio Soberano. Em 2021, o balanço financeiro público da família real listou a doação em cerca de US$ 99 milhões – dinheiro destinado a pagar a manutenção dos palácios e outras despesas.

Os custos significativos de segurança da realeza não estão incluídos. E, em vez disso, são pagos pelo tesouro do governo britânico.

Milhões de dólares e cisnes: a herança de Elizabeth II

Cisnes no rio Tâmisa, após a morte da rainha Elizabeth II — Foto: Reuters
Cisnes no rio Tâmisa, após a morte da rainha Elizabeth II — Foto: Reuters

Além dos US$ 500 milhões estimados pela Forbes, a rainha Elizabeth II também deixou para Charles III uma grande variedade de animais: 32 mil cisnes e um número desconhecido de golfinhos, baleias e esturjões (um tipo de peixe de cuja ova é feito o caviar).

Essa atribuição à família real tem uma explicação: ainda no século XII, foi decidido conceder ao ocupante do trono britânico a propriedade dos animais, cujas espécies estão ameaçadas de extinção, com o objetivo de preservar sua população.

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quinta-feira, 4 de maio de 2023

Pesquisadores descobrem fóssil de nova espécie de camarão com 90 milhões de anos no Piauí

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O novo gênero de camarão fóssil foi denominado como Somalis. Já a nova espécie foi chamada de Somalis Piauiensis.
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Por Laura Moura, g1 PI

Postado em 04 de maio de 2023 às 08h05m

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Pesquisadores encontram primeiro camarão fóssil no Piauí e descobrem nova espécie — Foto: Divulgação
Pesquisadores encontram primeiro camarão fóssil no Piauí e descobrem nova espécie — Foto: Divulgação

Pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) descobriram um novo gênero e uma nova espécie de camarão fóssil com cerca de 90 milhões de anos. O material foi coletado em 2018, na localidade Saco do Pau Ferro, no município de Caldeirão Grande do Piauí e, após uma série de análises do fóssil pelos paleontólogos, a nova descoberta foi publicada em uma revista internacional e de renome da área.

Trata-se do primeiro camarão fóssil encontrado no Piauí. O novo gênero de camarão fóssil foi denominado como Somalis, em homenagem à professora Maria Somália Sales Viana, da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral (CE), devido a sua extensa contribuição aos estudos de geologia e paleontologia no Nordeste e no país. Já a nova espécie foi chamada de Somalis Piauiensis.

Paleontólogos Dr. Paulo Victor de Oliveira (UFPI) e Dra. Olga Alcântara Barros (URCA), responsáveis pela descoberta — Foto: Divulgação
Paleontólogos Dr. Paulo Victor de Oliveira (UFPI) e Dra. Olga Alcântara Barros (URCA), responsáveis pela descoberta — Foto: Divulgação

O nosso camarão é diferente de todos os camarões já descritos na literatura. Como ele é diferente, ele não se enquadrou em nenhum gênero e nenhuma espécie, explicou um dos pesquisadores responsáveis pela descoberta, o professor Paulo Victor de Oliveira, da UFPI de Picos.

O fóssil está tombado no Laboratório de Paleontologia de Picos, na instituição de ensino. O tombamento é um conjunto de ações realizadas pelo poder público para preservar, por meio da aplicação de legislação específica, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.

Todo material fóssil precisa estar tombado numa coleção científica. Ele passa a compor essa coleção e ele fica guardado e disponível para estudos futuros, para análises de outros pesquisadores, explicou.

Pesquisadores encontram primeiro camarão fóssil no Piauí e descobrem nova espécie — Foto: Divulgação
Pesquisadores encontram primeiro camarão fóssil no Piauí e descobrem nova espécie — Foto: Divulgação

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quarta-feira, 3 de maio de 2023

Astrônomos descobrem 'impressões digitais' das primeiras estrelas do Universo

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Achado irá ajudar cientistas a compreender melhor a natureza das primeiras estrelas que se formaram após o Big Bang.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 03 de maio de 2023 às 13h20m

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Imagem artística mostra nuvem de gás com diferentes elementos químicos, ilustrados aqui por representações esquemáticas dos vários átomos. — Foto: ESO/L. Calçada, M. Kornmesser
Imagem artística mostra nuvem de gás com diferentes elementos químicos, ilustrados aqui por representações esquemáticas dos vários átomos. — Foto: ESO/L. Calçada, M. Kornmesser

Cientistas revelaram nesta quarta-feira (3) a descoberta de "impressões digitais" deixadas pela explosão das primeiras estrelas do Universo (veja representação artística acima).

O achado inédito é fruto de observações do conjunto de telescópios VLT (Very Large Telescope, em inglês), localizado no Chile.

Segundo os pesquisadores, três nuvens de gás cuja composição química corresponde à que se espera das primeiras explosões estelares foram descobertas.

Usando quasares, uma fonte de luz muito brilhante alimentada por buracos negros supermassivos no coração de galáxias distantes, os pesquisadores foram capazes de detectar e estudar essas distantes nuvens.

Isso é possível porque à medida que a luz de um quasar viaja pelo espaço, ela passa por nuvens de gás onde diferentes elementos químicos deixam uma marca.

Com isso, como cada elemento deixa um conjunto diferente de "riscas" nesse processo, cientistas conseguem encontrar e diferenciar essas pistas, analisando o chamado espectro eletromagnético, formado pelas ondas de rádio, micro-ondas e a luz que enxergamos todos os dias.

"A nossa descoberta abre novos caminhos no estudo indireto da natureza das primeiras estrelas, complementando plenamente os estudos de estrelas da nossa galáxia", diz Stefania Salvadori, professora da Universidade de Florença e coautora do estudo publicado hoje na revista científica Astrophysical Journal.

Diagrama mostra como astrônomos analisam a composição química de nuvens de gás distantes, utilizando a luz de um objeto de fundo como um quasar. — Foto: ESO/L. Calçada
Diagrama mostra como astrônomos analisam a composição química de nuvens de gás distantes, utilizando a luz de um objeto de fundo como um quasar. — Foto: ESO/L. Calçada

E essas estrelas primordiais, que os cientistas acreditam que eram dezenas ou centenas de vezes mais massivas do que o nosso Sol, morreram rapidamente em poderosas explosões no começo do Universo.

Para se ter ideia, "logo após" (numa escala astronômica) o Big Bang, esses astros eram muito diferentes das estrelas que vemos atualmente. Quando surgiram, há 13,5 mil milhões de anos, estas estrelas continham apenas hidrogénio e hélio, os elementos químicos mais simples que existem na natureza.

Por isso, a nova descoberta dos cientistas promete trazer novas perspectivas para a observação desses astros.

O Observatório Europeu do Sul, por exemplo, responsável pelo VLT, tem planos ainda mais ambiciosos para a sua próxima geração de telescópios e instrumentos, como o futuro Extremely Large Telescope (ELT), poderosa instalação que está sendo construída a cerca de 20km do VLT.

"[Com esse telescópio] poderemos estudar com um detalhe extremo muitas destas nuvens raras de gás, conseguindo finalmente desvendar a natureza misteriosa das estrelas primordiais", acrescentou Valentina D'Odorico, investigadora no Instituto Nacional de Astrofísica, na Itália, e coautora do estudo.

Compare as fotos do supertelescópio James Webb com seu antecessorCompare as fotos do supertelescópio James Webb com seu antecessor

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Fotógrafo flagra iceberg com formato fálico na costa do Canadá

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Registro viralizou nos últimos dias nas redes sociais. 'Já perdi a conta de quantas pessoas vieram falar comigo sobre essa foto', disse o canadense Ken Pretty em entrevista ao g1.
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Por g1

Postado em 03 de maio de 2023 às 07h00m

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Imagem de iceberg em formato fálico foi tirada em Harbour Grace, em Newfoundland, no Canadá. — Foto: Ken Pretty/Arquivo Pessoal
Imagem de iceberg em formato fálico foi tirada em Harbour Grace, em Newfoundland, no Canadá. — Foto: Ken Pretty/Arquivo Pessoal

Há 7 anos o canadense Ken Pretty, da pacata cidade de Dildo (sem trocadilhos aqui, a cidade existe mesmo no mapa), vem fazendo registros das gélidas águas do litoral do país, flagrando animais como baleias e formações típicas como icebergs, que costumam se deslocar pela região nesses meses do ano.

Mas uma coleção de fotos do último desses passeios que Pretty fez na quinta-feira (27) se tornou especial depois que usuários nas redes sociais associaram as imagens a um formato fálico.

Antes mesmo de postar os registros no Facebook, o canadense conta em entrevista ao g1 que já imaginava que as fotos teriam uma repercussão, mas não tinha ideia do tamanho disso.

"Eu sabia que elas iriam chamar muita atenção nas redes sociais, mas nem sonhei que se tornariam virais", conta.

Imagem de iceberg em formato fálico foi tirada em Harbour Grace, em Newfoundland, no Canadá. — Foto: Ken Pretty/Arquivo Pessoal
Imagem de iceberg em formato fálico foi tirada em Harbour Grace, em Newfoundland, no Canadá. — Foto: Ken Pretty/Arquivo Pessoal

O registro inusitado foi feito em Harbour Grace, uma pequena cidade localizada na província canadense de Terra Nova e Labrador.

E as fotos repercutiram bastante, principalmente depois que veículos canadenses revelaram a origem do autor dos retratos: "Homem de Dildo 'quebra a internet' com foto de iceberg fálico", lia um dos registros.

Pretty brinca que tudo isso contribuiu ainda mais para divertir quem descobria a história, mas revela uma certa preocupação quando questionado sobre a percepção das pessoas com a preservação ambiental e o aquecimento global (que está aumentando consideravelmente o derretimento de geleiras em todo o mundo).

"No ano passado vimos muito mais icebergs que estamos vendo este ano", revela.

O fotógrafo Ken Pretty segura o seu drone com que fez o flagra do iceberg. — Foto: Ken Pretty/Arquivo Pessoal
O fotógrafo Ken Pretty segura o seu drone com que fez o flagra do iceberg. — Foto: Ken Pretty/Arquivo Pessoal

De acordo com a CBC, a emissora pública do Canadá, dados do Serviço de Gelo do país mostram que mais de 200 formações do tipo estavam nessa região apenas na semana passada, quanto o canadense fez o registro com seu drone.

Caçadores de icebergs costumam procurar bastante o país para fazer flagras do tipo. O governo da província onde o fotógrafo fez o registro tem até um site específico para isso: o Iceberg Finder.

Agora é preciso fazer um alerta: quem deseja encontrar a formação capturada por Pretty vai se decepcionar: ela já derreteu e perdeu sua característica mais marcante.

Derretimento de geleiras

O registro de mais um iceberg derretendo serve como mais um alerta para a atual emergência climática. Na semana passada, a Organização Meteorológica Mundial (WMO) alertou que o nível do mar está subindo duas vezes mais rápido do que na primeira década de medições (1993-2002) e atingiu um novo recorde no ano passado.

Além disso, o documento da agência da ONU demonstrou que as geleiras estão derretendo em um ritmo dramático e não podem mais ser conservadas, já que os indicadores de mudança climática atingiram níveis recordes, uma tendência que deve se consolidar até 2060.

O derretimento extremo das geleiras e o calor recorde dos oceanos - que causa a expansão do volume de água - contribuíram para uma elevação média do nível do mar da ordem de 4,62 mm por ano entre 2013 e 2022, disse à agência da ONU em um relatório detalhando a devastação da mudança climática.

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