Objetivo:
“Projetando o futuro e o desenvolvimento autossustentável da sua empresa, preparando-a para uma competitividade e lucratividade dinâmica em logística e visão de mercado, visando sempre e em primeiro lugar, a satisfação e o bem estar do consumidor-cliente."
Foco é nas regiões fora das águas das fronteiras nacionais, conhecidas como alto mar. Discussões sobre esse tratado aconteciam há quase 20 anos. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Associated Press Postado em 05 de março de 2023 às 08h00m #.*Post. - N.\ 10.702*.#
Países assinam acordo histórico para proteger oceanos
Após duas semanas de negociações em Nova York (EUA), os membros das
Nações Unidas concordaram com um tratado unificado para proteger a
biodiversidade em alto mar – quase metade da superfície do planeta.
A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar começou a se
encontrar em 1994, antes que a biodiversidade marinha fosse um conceito
bem estabelecido.
Uma estrutura atualizada para proteger a vida marinha nas regiões fora
das águas das fronteiras nacionais, conhecidas como alto mar, está em discussão há mais de 20 anos,
mas os esforços anteriores para chegar a um acordo foram repetidamente
paralisados. O tratado de acordo unificado foi alcançado no final do
sábado.
“Nós
realmente só temos dois grandes bens comuns globais – a atmosfera e os
oceanos”, disse a bióloga marinha de Georgetown, Rebecca Helm. Embora os
oceanos possam atrair menos atenção, “proteger esta metade da
superfície da Terra é absolutamente crítico para a saúde do nosso
planeta”.
Agora que o tão esperado texto do tratado foi finalizado, Nichola
Clark, especialista em oceanos do Pew Charitable Trusts que observou as
negociações em Nova York, disse: “Esta é uma oportunidade única em uma
geração para proteger os oceanos - uma grande vitória para
biodiversidade”.
O tratado criará um novo órgão para gerenciar a conservação da vida
oceânica e estabelecer áreas marinhas protegidas em alto mar. E Clark
disse que isso é fundamental para alcançar a recente promessa da
Conferência de Biodiversidade da ONU de proteger 30% das águas do
planeta, bem como suas terras, para conservação.
Tartaruga nada próximo a coral debaixo d'água na Austrália — Foto: Sam McNeil, File/AP
O tratado também estabelece regras básicas para a realização de
avaliações de impacto ambiental para atividades comerciais nos oceanos.
“Isso
significa que todas as atividades planejadas para o alto mar precisam
ser analisadas, embora nem todas passem por uma avaliação completa”,
disse Jessica Battle, especialista em governança dos oceanos do Fundo
Mundial para a Natureza.
Muitas espécies marinhas — incluindo
golfinhos, baleias, tartarugas marinhas e muitos peixes — fazem longas
migrações anuais, atravessando fronteiras nacionais e o alto mar.
Os esforços para protegê-los – e as comunidades humanas que dependem da
pesca ou do turismo relacionado à vida marinha – já foram prejudicados
por uma confusa colcha de retalhos de leis
Grupo de golfinhos são vistos na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro — Foto: Silvia Izquierdo/AP
Agência da ONU vê 55% de chance de fenômeno voltar em junho, elevando as temperaturas globais. No Brasil, pode afetar produção de grãos, cana de açúcar e outros setores. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por BBC 04/03/2023 07h59 Atualizado há 2 horas Postado em 04 de março de 2023 às 10h00m #.*Post. - N.\ 10.701*.#
Agência da ONU vê 55% de chance de El Niño voltar em junho — Foto: Getty Images
A Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência especializada das Nações Unidas (ONU) para a meteorologia, alertou em 1º de março para um possível retorno este ano do fenômeno atmosférico El Niño.
Segundo a agência, há uma probabilidade de 15% de o El Niño voltar entre abril e junho. As chances sobem para 35% entre maio e julho, e são de 55% de junho a agosto.
O El Niño provoca um aquecimento fora do normal das águas do Oceano Pacífico na parte equatorial, elevando as temperaturas globais.
Nos últimos três anos, o mundo esteve sob influência do La Niña, que esfria as águas do Pacífico na mesma região e contribuiu para frear temporariamente o aumento das temperaturas no planeta, segundo o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas – ainda que os últimos oito anos tenham sido alguns dos mais quentes já registrados.
A última vez em que o mundo enfrentou um forte El Niño foi entre 2015 e 2016.
Aquele foi o segundo El Niño mais poderoso desde 1950, atrás apenas do ocorrido em 1997 e 1998.
Sob influência do fenômeno e das mudanças climáticas, o ano de 2016 foi o mais quente já registrado na história, segundo a OMM.
No Brasil, o El Niño naquele biênio intensificou a seca no Nordeste e provocou estiagem prolongada no Norte, centro-norte de Minas e de Goiás e no Distrito Federal.
Além disso, houve fortes inundações no Sul, e impactos sobre o setor elétrico e a produção de alimentos.
E agora? O que pode vir pela frente no Brasil com a volta do El Niño?
Entenda como o fenômeno pode influenciar do cafezinho ao etanol que abastece o carro.
Como El Niño afeta o clima no Brasil
O "Niño" que dá nome ao fenômeno é ninguém menos do que o menino Jesus (el niño Jesús, em espanhol). O evento climático recebeu esse nome por ser primeiro identificado por pescadores do Peru e Equador na época do Natal.
"O El Niño e a La Niña são duas fases opostas do mesmo fenômeno, que chamamos de El Niño Oscilação Sul [ou ENSO, na sigla em inglês]", explica Vinícius Lucyrio, meteorologista da Climatempo.
Aquecimento e resfriamento do Pacífico equatorial entre 1950 e 2022 — Foto: METEREOLOGIA UNIFEI
"É um fenômeno que acopla condições oceânicas e atmosféricas. Ou seja: é o oceano influenciando diretamente na condições atmosféricas."
O El Niño é a fase quente deste fenômeno, que traz águas de temperatura mais elevada para a faixa equatorial do Pacífico Sul, na costa norte do Peru e do Equador, se estendendo ao sul da linha imaginária até quase a Oceania.
Isso ocorre por um enfraquecimento dos ventos alísios, um sistema de ventos que sopram de leste para oeste na região equatorial, explica Lucyrio.
Já a La Niña é a fase fria do fenômeno, com temperaturas abaixo da média nas água do Pacífico Sul, sob efeito de ventos alísios fortalecidos que favorecem a ressurgência de águas profundas mais frias na costa do Peru e do Equador.
"É uma ótima fase para pesca, porque traz águas mais ricas em nutrientes das profundezas do oceano para as áreas mais superficiais", observa.
No Brasil, a La Niña afeta as chuvas nos dois extremos do país.
No Sul, ficam mais irregulares, favorecendo períodos de estiagem e seca. Já no Norte e Nordeste, há um aumento das precipitações, principalmente entre agosto e fevereiro.
A La Niña também traz temperaturas abaixo da média ao país, ao favorecer a passagem de frentes frias. Isso ajuda a explicar, por exemplo, o verão mais ameno esse ano no Sudeste, observa o especialista da Climatempo.
Já o El Niño traz tempo mais quente em todo o Brasil, principalmente entre o final do inverno e o verão. E, nas chuvas, o sinal se inverte. No Norte e Nordeste, a chuva tende a ficar abaixo da média, enquanto no Sul, fica acima.
"Pode haver inundações severas e solo encharcado no Sul, trazendo prejuízos à produção agrícola", diz Lucyrio, ponderando porém que a produtividade na região também pode ser beneficiada pela maior quantidade de chuvas.
Segundo o meteorologista, os modelos apontam uma probabilidade acima de 60% de ocorrência de El Niño no período de junho, julho e agosto. E a transição entre o La Niña e o El Niño deve acontecer de forma mais acelerada do que o padrão histórico.
Em vermelho, a probabilidade de El Niño; em azul, de La Niña; em cinza, a fase neutra, conforme os trimestres, com a inicial de cada mês (ex: FMA = fevereiro, março e abril) — Foto: IRI/CPC
Impactos do cafezinho ao etanol
Os analistas são cautelosos em apontar possíveis impactos do El Niño na produção agrícola brasileira, já que ainda não é possível saber qual será a intensidade do fenômeno que pode ter início esse ano.
Mas, com base na ocorrência do evento climático no passado, é possível obter algumas pistas.
Um dos cultivos que podem ser afetados é o do café, segundo Natália Gandolphi, analista da consultoria HedgePoint Global Markets.
'O El Niño historicamente afetou negativamente a produção de café no Brasil', diz analista — Foto: Getty Images
Essa é uma possível má notícia para os apreciadores da bebida, já que o café moído chegou a acumular alta de preços de mais de 60% em 12 meses em meados de 2022, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sob efeito de secas e geadas que afetaram a safra.
Desde então, a inflação do café perdeu força, mas o produto nunca retomou o patamar anterior de preços, com o pacote de 500g vendido a um preço médio de R$ 15,48 ao fim de 2022, de acordo com a Fundação Procon-SP.
"No geral, quando observamos os eventos de El Niño, há uma redução média de 5% na produção de [café do tipo] Arábica", diz Gandolphi, analista da HedgePoint especialista neste produto.
Isso acontece, segundo ela, porque o El Niño provoca um inverno mais quente, prejudicando o desenvolvimento vegetativo do pé de café.
A época de florada, após setembro, e de crescimento, desenvolvimento e maturação dos frutos também pode ser prejudicada pelas temperaturas mais elevadas, diz a especialista.
"O El Niño historicamente afetou negativamente a produção de café no Brasil e isso é um fator altista [para os preços do produto]. Mas, hoje, a perspectiva para a safra 2024-2025, que seria a afetada pelo El Niño, é muito boa", pondera.
Na cultura de cana-de-açúcar, o pico da safra no Brasil ocorre entre abril e agosto.
"Se vier um El Niño forte, ele pode levar a um inverno mais úmido. Isso é ruim para o ritmo da safra de açúcar, porque, se chove demais, as usinas não conseguem moer", explica Lívea Coda, analista de açúcar e etanol da HedgePoint.
'Um evento climático que afete a moagem afeta tanto o açúcar como o etanol', diz analista — Foto: Getty Images
"Também é ruim para a concentração de sacarose, porque, nessa etapa do desenvolvimento da cana, se chove muito, ela fica mais 'aguada', com menor concentração de açúcar. Então, poderia ser ruim para a safra 2023-2024 do Brasil", diz Coda.
Segundo ela, se o fenômeno se estender de dezembro a fevereiro, a precipitação no Centro-Sul pode diminuir, principalmente no norte de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, comprometendo a próxima safra.
"Havendo um evento climático que afete a moagem, afeta tanto para o açúcar, como para o etanol. Se tiver um El Niño muito forte, que atrapalhe o ritmo da safra, pode ter um impacto na disponibilidade total de produto, e isso é uma pressão inflacionária para preços", explica.
"Mas precisaria ter um evento muito forte, muito relevante, para isso acontecer e termos de fato um problema na safra brasileira de cana."
Grãos e proteína animal
Pedro Schicchi, analista de grãos e proteína animal da consultoria, explica que um inverno mais úmido pode ser benéfico para a safra de milho de inverno no Mato Grosso e Goiás.
'Uma maior produção de milho pode reduzir o custo da ração para produtores de frango e suínos', diz analista — Foto: Getty Images
O evento também pode favorecer a safra de soja no Sul do país, com maior volume de chuvas, embora possa prejudicar o grão no Centro-Oeste, devido ao tempo mais seco.
"Se a chuva realmente vier e tivermos maior produção de milho, isso pode reduzir o custo da ração para os produtores de frango e suínos", diz Schicchi.
"Para o gado bovino, a chuva amplia a área de pastagem, então, o efeito também pode ser positivo."
Mas isso pode não necessariamente impactar o consumidor final, afirma o analista.
"Pode ser que essa redução de custos não seja repassada por diversos motivos, como o alto volume de exportação, real desvalorizado. Então, isso interage com outros fatores de mercado."
E o setor elétrico?
No Brasil, os principais reservatórios hidrelétricos ficam nas regiões Sudeste e central do país.
"Para o setor elétrico, geralmente a La Niña é melhor, porque favorece a formação de zona de convergência do Atlântico Sul e frentes estacionárias nessas regiões", explica o meteorologista Filipe Pungirum, mestre em Clima pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
"O El Niño favorece um tempo mais quente e seco na porção centro-norte do país e, por isso, não costuma ser positivo para a manutenção dos reservatórios de energia."
Reservatório de Furnas opera atualmente com volume útil de 96%, segundo ONS — Foto: Divulgação/Eletrobras
Por regiões, os reservatórios de Norte, Nordeste e Minas Gerais costumam ser prejudicados por um El Niño forte, enquanto o Sul é beneficiado – mas a região tem poucos reservatórios.
O fenômeno também costuma elevar as temperaturas nas capitais, pressionando a demanda, já que o ar condicionado se tornou o principal fator de pico do consumo elétrico nacional.
O meteorologista pondera, porém, que os reservatórios do país se encontram em excelente momento.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste encerraram fevereiro em patamares superiores a 70%, maior nível desde 2012. Enquanto no Sul e Nordeste, os níveis estão acima de 80%, e no Norte, em quase 100%.
"Mesmo se esse próximo El Niño for bem rigoroso e tivermos poucas chuvas, não vai ser tão grave quanto nas últimas crises", acredita o especialista.
- Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/articles/c14n1d7dlexo
A tecnologia é considerada extraordinariamente avançada para a época em que foi criada e, hoje, passa por um processo de restauração. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Guillermo D. Olmo, BBC 03/03/2023 04h00 Atualizado há 3 horas Postado em 03 de março de 2023 às 07h00m #.*Post. - N.\ 10.700*.#
A tecnologia dos olhos de água é considerada extraordinariamente avançada para a época em que foi criada — Foto: DIVULGAÇÃO
As Linhas de Nazca, no sul do Peru, são um enigma histórico que há décadas desperta a imaginação e a curiosidade de viajantes, historiadores e arqueólogos.
Hoje, sabe-se que as gigantescas linhas e geoglifos foram obra dos
habitantes da cultura nazca, que habitaram a região da cidade de Ica
entre os séculos 1 e 7, no deserto costeiro no centro-sul do Peru.
Mas ainda existem muitas incógnitas, que deram origem às mais diversas
interpretações. Algumas atribuem a formação das linhas à ação de
extraterrestres.
Sabe-se também que nem a cultura nazca nem as linhas fabulosas teriam
sido possíveis sem o extraordinário sistema de poços e canais
subterrâneos de Nazca.
Esses aquedutos permitiram que os campos de Nazca fossem irrigados e
produzissem os alimentos necessários para o florescimento de uma cultura
próspera em uma das áreas mais áridas e inóspitas do continente
americano.
Eles foram batizados de “olhos de água", devido aos pontos de captação
de água dos aquedutos e aos respiradouros em forma de espiral com cerca
de sete metros de profundidade que permitem o acesso à água em alguns
pontos da rede.
Ana María Cogorno, presidente da Associação María Reiche, diz que "sem
água não há vida, então, toda essa cultura única não teria sido possível
sem os aquedutos".
Cogorno faz parte de um projeto de conservação dos aquedutos, em colaboração com o Ministério da Cultura do Peru,
a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco) e a multinacional peruana de refrigerantes AJE Group. Muitos
ainda são usados hoje para fornecer água aos habitantes da região.
Os aquedutos de Nazca
Os aquedutos de Nazca são um sistema hídrico surpreendentemente avançado para a época.
Segundo o Ministério da Cultura do Peru, a maioria foi construída entre os anos 300 e 500, entre os períodos conhecidos como Nazca Primitiva e Nazca Média.
Estima-se que eles datem de uma época próxima à da construção das linhas e geoglifos.
Os aquedutos permitiram que a água emergisse do lençol freático — Foto: DIVULGAÇÃO
É um sistema de galerias filtrantes, com poços, reservatórios e canais
(alguns subterrâneos e outros a céu aberto) escavados pelos nazca.
Dessa maneira, foi possível extrair a água do lençol freático sob os terrenos desérticos.
O sistema capta a água por filtração e a conduz por trechos
subterrâneos e descobertos até ser armazenada em um reservatório de onde
é posteriormente distribuída para lavouras. — Foto: BBC
O sistema capta a água por filtração e a conduz por trechos
subterrâneos e descobertos até ser armazenada em um reservatório de onde
é posteriormente distribuída para lavouras.
Os canais têm uma extensão de mais de 9,5 km e conseguem irrigar mais
de 3 mil hectares de terra (o equivalente a cerca de 4,2 mil campos de
futebol).
Alberto Martorell, chefe da Diretoria Descentralizada de Cultura de
Ica, destaca que eles "foram feitos com a água de infiltração e neve dos
Andes, que passava pelo subsolo e, dali, era captada pelos aquedutos de
uma área onde não há água na superfície durante a maior parte do ano.
Quem estuda a cultura de Nazca também a admira por seu conhecimento de
astronomia e matemática. Os canais são mais um exemplo da sabedoria
deste mundo antigo e misterioso.
As linhas e geoglifos de Nazca são obras de uma cultura admirada por
seu conhecimento de matemática e astronomia — Foto: MARTIN BERNETTI
Martorell indica, no entanto, que, embora a rede tivesse basicamente a
finalidade de irrigação, "a proximidade de algumas nascentes com outras
sugere que elas também tinham um uso cerimonial".
Porque são importantes?
A cultura nazca é uma das ricas civilizações pré-hispânicas, cujo legado enche de orgulho muitos peruanos.
Os historiadores concordam que seu desenvolvimento desempenhou um papel fundamental na evolução humana no território do Peru.
A maioria dos especialistas considera os aquedutos de Nazca uma das
criações mais originais desta cultura e uma das mais decisivas para seu
desenvolvimento.
No deserto onde se localizava a cultura nazca, não há água na superfície na maior parte do ano — Foto: GETTY IMAGES
O arqueólogo Abdul Yalli destaca que “é um sistema hidráulico único no mundo andino”.
Por isso, é protegido pelo Estado peruano como Bem Cultural da Nação
desde 2006, e a Unesco colabora com os esforços de conservação.
A continuidade de seu uso o converteu em uma questão vital para os
habitantes da região, além de seu valor histórico e cultural.
Os aquedutos melhor preservados ainda estão em operação, mas outros não foram conservados da mesma maneira.
Yalli explica que “alguns aquedutos estão abandonados e alguns até desapareceram devido à expansão urbana de Ica”.
Yalli foi um dos responsáveis pelo projeto de reabilitação dos
aquedutos de Ocongalla e Cantalloc. Em Ocongalla, foram removidos 500
metros de matagal e erguidos 120 metros de muros.
Começaram os trabalhos de restauração do aqueduto Ocongalla — Foto: DIVULGAÇÃO
O objetivo é continuar a médio prazo os trabalhos com outros aquedutos e
criar um centro de interpretação arqueológica em Ocongalla que ajude a
aprofundar o aprendizado do uso racional da água.
Para Cogorno, que se dedica à recuperação do legado da cultura nazca,
"as linhas e aquedutos formam uma obra espetacular e, por isso, é um
local sagrado, onde se sente o valor de milhares de anos de história e
que vale a pena preservar”.
Segundo os pesquisadores, o corredor inacabado tem nove metros de comprimento. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 02/03/2023 07h29 Atualizado há 40 minutos Postado em 02 de março de 2023 às 08h10m #.*Post. - N.\ 10.699*.#
Turistas andam de carroça em frente ao planalto das Grandes Pirâmides
em Gizé, no Egito, em imagem de dezembro de 2022. — Foto: REUTERS/Amr
Abdallah Dalsh/Imagem de Arquivo
Autoridades de antiguidades egípcias anunciaram nesta quinta-feira (2) a descoberta de um corredor oculto denove metros de comprimentoatrás da entrada principal da Grande Pirâmide de Gizé que, segundo eles, pode ser a porta de entrada para novas descobertas.
A descoberta foi feita no âmbito do projeto Scan Pyramids,
que desde 2015 usa aparelhos modernos de tecnologia, incluindo scaners e
uma espécie de endoscópio para espiar dentro da pirâmide, a última das
Sete Maravilhas do Mundo Antigo ainda de pé.
Um corredor escondido dentro da Grande Pirâmide de Gizé foi descoberto
por pesquisas do projeto Scan Pyramids, do Ministério de Turismo Egípcio
de Antiguidades. — Foto: Reprodução/Reuters
Uma das possibilidades para explicar a construção do corredor inacabado
é que ele provavelmente foi aberto para aliviar o peso da pirâmide na
entrada principal, sete metros abaixo, ou em outra câmara ou espaço
ainda não descoberto, disse Mostafa Waziri, chefe do Conselho Supremo de
Antiguidades do Egito, conforme informou a agência de notícias Reuters.
De acordo com Christian Grosse, professor da "Technical University of
Munich" e um dos líderes do projeto, várias técnicas de varredura
digital foram usadas para localizar o espaço, incluindo medições de
ultrassom e radares de penetração no solo.
Ele espera que essas técnicas levem a novas descobertas dentro da pirâmide.
"Existem
dois grandes blocos de calcário no final da câmara, e agora a questão é
o que está por trás dessas pedras e abaixo da câmara", disse Grosse.
A Grande Pirâmide
A Grande Pirâmide foi construída como uma tumba monumental por volta de 2.560 aC, durante o reinado do faraó Khufu, ou Quéops.
Ela tem uma altura de146 metros, a estrutura mais alta construída pela humanidade até a Torre Eiffel ser erguida em Paris em 1889.
Atualmente é consenso que ela teve uma função funerária e que abrigou os corpos dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos.