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terça-feira, 25 de outubro de 2022

Como o mar pode garantir a alimentação da humanidade no futuro

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Desde que mantidos padrões sustentáveis, alguns especialistas acreditam que o mar poderá ser a nova fronteira para alimentar bilhões de pessoas e garantir uma alimentação nutritiva no futuro.
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TOPO
Por BBC

Postado em 25 de outubro de 2022 às 07h00m

 #.*Post. - N.\ 10.523*.#

'A criação de mexilhões e de ostras são muito positivas em seus impactos, porque elas podem até ajudar a limpar os ecossistemas costeiros e mitigar problemas', explica o professor Chris Armstrong — Foto: Getty Images via BBC
'A criação de mexilhões e de ostras são muito positivas em seus impactos, porque elas podem até ajudar a limpar os ecossistemas costeiros e mitigar problemas', explica o professor Chris Armstrong — Foto: Getty Images via BBC

O homem criou a agricultura e, com ela, a chance de domar a natureza para gerar alimentos de maneira mais eficiente. Com ela, veio também a pecuária e, assim, aumentamos consideravelmente o total de comida à disposição da humanidade e pudemos evoluir como espécie de muitas maneiras.

Mas se a prática de cultivar e criar nossos alimentos representou muitos ganhos, também trouxe com ela alguns efeitos negativos: de uma dieta nem sempre ideal às explosões populacionais e a criação de elites favorecidas — a raiz da formação das classes sociais já estava ali.

Para alimentar mais e mais pessoas, desenvolvemos produtos químicos para aumentar a produtividade, baseamos o modelo vigente em monoculturas e criações intensivas e passamos a cobrar caro do meio ambiente.

Claro que a agricultura e a pecuária têm sido essenciais para a manutenção da vida humana na Terra, mas elas também representam hoje um desafio para todos nós em plena crise climática: como produzir mais comida sem causar um colapso?

Para muitos cientistas, a resposta pode estar nas águas, muito mais do que no solo.

Dada a crescente demanda por comida e as restrições da expansão da produção de alimentos em terra, os alimentos provenientes do oceano — ricos em nutrientes e uma fonte de proteína — estão prestes a se tornar nossa próxima grande resistência para produção alimentar capaz de suprir as quase 10 bilhões de pessoas que viverão no planeta até 2050.

Um grupo de especialistas de todo o mundo reuniu-se para analisar essa questão, contando com sua amplitude combinada de conhecimento que abrange economia, biologia, ecologia, nutrição e pesca.

E também a maricultura, termo que começa a ganhar maior projeção, e que diz respeito às práticas de cultivo da vida marinha para alimentação humana (o mesmo que a agricultura, mas feita nos mares).

São 22 pesquisadores de distintas partes do mundo que se debruçaram sobre a questão para publicar uma série de artigos (o inaugural saiu na prestigiada revista Nature) sobre a alimentação que vem do mar.

Alguns pesquisadores acreditam que o mar poderá ser mais explorado para fins alimentícios, sem que isso leve a uma exaustão do ambiente marinho — Foto: Getty Images via BBC
Alguns pesquisadores acreditam que o mar poderá ser mais explorado para fins alimentícios, sem que isso leve a uma exaustão do ambiente marinho — Foto: Getty Images via BBC

"Examinamos os principais setores produtores de alimentos na pesca oceânica - selvagem, peixes de maricultura e maricultura de bivalves - para estimar 'curvas de oferta sustentável' que levam em conta as restrições ecológicas, econômicas, regulatórias e tecnológicas. Sobrepomos essas curvas de oferta com cenários de demanda para estimar a produção futura de alimentos do mar", diz a apresentação do artigo.

Hoje, estimam os cientistas, os alimentos provenientes do mar representam apenas 17% da produção atual de carne comestível no planeta. A pesquisa visa responder quanto de alimentos podemos esperar que o oceano produza de forma sustentável até 2050.

"Os alimentos comestíveis do mar podem aumentar em 21 a 44 milhões de toneladas até 2050, um aumento de 36 a 74% em comparação com os rendimentos atuais. Isso representaria 12 a 25% do aumento estimado em toda a carne necessária para alimentar 9,8 bilhões de pessoas até 2050", concluem.

"Basicamente, a pergunta que estávamos tentando responder era: o gerenciamento sustentável do oceano nos próximos 30 anos significa que produziremos mais ou menos alimentos?", pergunta Christopher Costello, professor de Economia Ambiental e de Recursos da UCSB Bren School of Environmental Science & Management, e principal autor do artigo.

Por muito tempo pensou-se que, para gerenciar o oceano de forma sustentável, teríamos que extrair menos, o que significaria menos comida do mar. O que os pesquisadores descobriram, no entanto, foi que temos que extrair de forma melhor — que tenha a sustentabilidade como valor principal.

"Se feito de forma sustentável, é possível aumentar os alimentos do mar e em uma proporção inversa em relação à expansão dos alimentos baseados em terra", detalhou o coautor Ling Cao, membro afiliado do Centro de Segurança Alimentar e Meio Ambiente de Stanford.

"E isso pode ser feito de uma maneira muito mais ecológica para o clima, a biodiversidade e outros serviços ecossistêmicos do que a produção de alimentos em terra".

Para isso, eles propõem ações que vão de reformas políticas, inovação tecnológica e a extensão das mudanças futuras na demanda, mas sempre tendo em conta um planejamento prévio — algo que não tivemos na agricultura e na pecuária em solo, que correspondem pela esmagadora maioria dos alimentos que consumimos.

"Se esses potenciais de produção serão realizados de forma sustentável dependerá de muitos fatores, mas queremos começar essa discussão", acrescenta Costello.

Autor de um recém-lançado livro que tem sido considerado um dos mais importantes manifestos sobre as políticas de exploração dos oceanos (A Blue Deal: Why We Need a New Politics for the Ocean, ainda sem edição no Brasil), o professor Chris Armstrong, do Departamento de Políticas e Relações Internacionais da University of Southampton (Inglaterra), ecoa o coro de que novas políticas de exploração dos mares precisam ser criadas.

"O oceano já enfrenta muitas ameaças, e é importante que não as tornemos ainda piores. Se vamos adicionar novas indústrias oceânicas, elas terão que ser do tipo que possam ajudar o oceano a se recuperar, em vez de prejudicar ainda mais sua saúde", afirma, em entrevista à BBC Brasil.

Ele cita, por exemplo, a criação extensiva de salmão e camarão que têm impactos ambientais muito negativos aos mares — de danos à vida marinha e do uso de antibióticos nas águas.

Mas indica a exploração sustentável de animais que podem nos trazer maiores benefícios.

"A criação de mexilhões e de ostras são muito positivas em seus impactos, porque elas podem até ajudar a limpar os ecossistemas costeiros e mitigar problemas. O mesmo vale para o cultivo de algas marinhas, que também pode ajudar a combater as mudanças climáticas", ele afirma.

Armstrong também refuta a ideia de que o oceano é 'subexplorado', como defendem alguns pesquisadores— ainda que defenda que a oferta de alimentos provenientes do mar possam aumentar de forma ordenada e sustentável.

"Nossa primeira prioridade deve ser garantir que os ecossistemas oceânicos sejam protegidos, não que sejam 'usados' ao máximo", ele ressalta.

Com a demanda global por alimentos aumentando e questões sérias se acentuando sobre se a oferta pode aumentar de forma sustentável, o mar pode indicar uma solução no horizonte. Claro que expansão baseada em terra é possível, mas pode exacerbar as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade e comprometer a prestação de outros serviços ecossistêmicos.

"Concordo que no futuro nos voltemos para novas fontes de alimentos do mar. Sobretudo porque seus impactos ambientais são menores do que as formas convencionais de pesca e piscicultura e de outras maneiras que conhecemos para produzir alimentos para bilhões de pessoas", conclui.

- Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-63295626

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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Royal Caribbean lançará o maior navio de cruzeiros do mundo em 2024

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O Icon of the Seas terá 2.805 cabines e capacidade para 7, 6 mil passageiros. A embarcação ainda contará com sete piscinas, seis toboáguas e 40 opções de bares.
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Por g1

Postado em 24 de outubro de 2022 às 11h10m

 #.*Post. - N.\ 10.522*.#

Icon of the Seas terá sete psicinas — Foto: Divulgação
Icon of the Seas terá sete psicinas — Foto: Divulgação

A Royal Caribbean International apresentou as primeiras imagens conceituais do "Icon of the Seas" – a embarcação será o maior navio de cruzeiros do mundo e deverá entrar em operação no dia 28 de janeiro de 2024.

Construção inaugural da nova classe de navios Icon, o "Icon of the Seas" tem números grandiosos:

  • 20 andares;
  • 2.805 cabines;
  • 7,6 mil passageiros de capacidade;
  • 7 piscinas;
  • 40 opções de bares;
  • 6 toboáguas;
  • 250.800 toneladas.
Icon of the Seas será o maior navio de cruzeiros do mundo — Foto: Divulgação
Icon of the Seas será o maior navio de cruzeiros do mundo — Foto: Divulgação

Piscina suspensa com borda infinita será um dos destaques da embarcação — Foto: Divulgação
Piscina suspensa com borda infinita será um dos destaques da embarcação — Foto: Divulgação

Apesar de ainda faltar mais de um ano para a viagem inaugural, as passagens começarão a ser vendidas nesta terça-feira (25).

Na primeira temporada, a embarcação vai oferecer viagens de sete dias pelo Caribe. O ponto de partida será a Flórida com uma parada prevista na Perfect Day at Coco Cay, a ilha particular da Royal Caribbean nas Bahamas.

O bairro 'Thrill Island' terá seis toboáguas - é o maior parque aquático já construído em um navio de cruzeiros — Foto: Divulgação
O bairro 'Thrill Island' terá seis toboáguas - é o maior parque aquático já construído em um navio de cruzeiros — Foto: Divulgação


Passageiros poderão fazer um passeio do lado de fora do transatlântico, a 48 metros de altura — Foto: Divulgação
Passageiros poderão fazer um passeio do lado de fora do transatlântico, a 48 metros de altura — Foto: Divulgação

Oito 'bairros'

'AquaDome' – o espaço para shows aquáticos — Foto: Divulgação
'AquaDome' – o espaço para shows aquáticos — Foto: Divulgação

Da mesma forma como ocorre em outras embarcações, o "Icon of the Seas" será dividido em "bairros" – ao todo, serão oito.

O "Thrill Island" vai concentrar as atrações mais radicais, como o "Category 6". Com seis toboáguas, é o maior parque aquático já construído em um navio.

Outra atração desse "bairro" é o "Crown's Edge", uma trilha suspensa onde o passageiro poderá se equilibrar a 48 metros de altura, fora da embarcação.

A "Chills Island" é a zona de relaxamento do navio. Nela, serão construídas quatro das sete piscinas da embarcação. Também é nesse setor onde ficará o "Swim&Tonic", primeiro bar molhado da "Royal Caribbean".

Ainda na "Chills Island", ficará a "Royal Bay Pool", maior piscina já construída em um navio.

Mas a grande atração da área será mesmo a "The Hideaway", a piscina com borda infinita construída a 40 metros de altura.

Na parte frontal do navio, está o "AquaDome". Com sua grande cobertura de vidros, durante o dia o local funcionará como área de observação para uma das melhores vistas panorâmicas do navio.

Já à noite, o espaço vai se transformar no "AquaTheater", onde haverá shows de acrobacia aquática - tudo próximo a uma cachoeira indoor.

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Recém-descoberta, espécie de árvore gigante da Mata Atlântica recebe nome em homenagem a Hermeto Pascoal

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Dipteryx hermetopascoaliana pode alcançar até 30 metros de altura. O exemplar fica em Alagoas e foi objeto de tese de doutorado de pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
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Por g1 Rio

Postado em 24 de outubro de 2022 às 07h30m

 #.*Post. - N.\ 10.521*.#

A Dipteryx hermetopascoaliana — Foto: Divulgação
A Dipteryx hermetopascoaliana — Foto: Divulgação

Uma nova espécie de árvore gigante, que pode alcançar até 30 metros de altura, foi descoberta na Mata Atlântica e batizada em homenagem ao multi-instrumentista Hermeto Pascoal.

O primeiro exemplar da Dipteryx hermetopascoaliana foi encontrado no Município de Branquinha, em Alagoas, estado natal de Hermeto.

A façanha está descrita na tese de doutorado da pesquisadora Catarina Silva de Carvalho, da Escola Nacional de Botânica Tropical do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), e tem como coautores Haroldo Cavalcante de Lima e Domingos Cardoso, também do JBRJ, Débora Zuanny, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e Bernarda Gregório, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

Os pesquisadores Debora Zuanny, Catarina de Carvalho, Domingos Cardoso e Haroldo Lima diante da Dipteryx hermetopascoaliana — Foto: Divulgação
Os pesquisadores Debora Zuanny, Catarina de Carvalho, Domingos Cardoso e Haroldo Lima diante da Dipteryx hermetopascoaliana — Foto: Divulgação

A espécie também foi apresentada em um artigo publicado este mês na revista científica Botanical Journal of the Linnean Society.

O gênero Dipteryx, com o tronco de cor clara, pertence à família das leguminosas e é comum na Amazônia, com espécies como o cumaru (D. odorata), e, no Cerrado, como o baru (D. alata).

No entanto, a Dipteryx hermetopascoaliana é a primeira espécie do gênero descrita na Mata Atlântica, o bioma mais devastado do Brasil, atualmente com cerca de apenas 10% de sua cobertura original.

Dessa forma, a Dipteryx hermetopascoaliana já está altamente ameaçada pela destruição histórica de seu habitat. Os pesquisadores encontraram apenas um indivíduo adulto e dois jovens em um fragmento de floresta cercado de lavouras de cana-de-açúcar, descreveu o JBRJ.

Assim como Hermeto é símbolo de resistência da diversidade da cultura brasileira dentro do universo infinito do jazz, através de seu tempero nordestino e de natureza universal, sendo referência mundial, a árvore gigante Dipteryx hermetopascoaliana que catalogamos é símbolo de resistência da megadiversidade da Mata Atlântica, afirmam os autores.

Hermeto Pascoal  — Foto: Foto: Divulgação
Hermeto Pascoal — Foto: Foto: Divulgação


A Dipteryx hermetopascoaliana com seus descobridores — Foto: Divulgação
A Dipteryx hermetopascoaliana com seus descobridores — Foto: Divulgação

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domingo, 23 de outubro de 2022

Dia do Aviador: conheça a história da primeira mulher a pilotar um avião no Brasil

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Do interior de São Paulo, Anésia Pinheiro Machado conquistou o espaço aéreo internacional e foi a primeira mulher a fazer um voo interestadual.
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Por Matheus Arruda, g1 Itapetininga e Região

Postado em 23 de outubro de 2022 às 11h00m

 #.*Post. - N.\ 10.520*.#

Anésia Pinheiro Machado foi condecorada como decana da aviação feminina — Foto: Arquivo público
Anésia Pinheiro Machado foi condecorada como decana da aviação feminina — Foto: Arquivo público

Há 100 anos acontecia o primeiro voo interestadual pilotado por uma mulher. Quem comandava o manche do avião era Anésia Pinheiro Machado. Neste domingo (23), Dia do Aviador, o g1 convidou uma historiadora para contar a história de Anésia, a decana da aviação feminina.

Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que apenas 2,3% das licenças para pilotar aviões foram expedidas para mulheres nos últimos 72 anos.

Nascida em 5 de julho de 1904, no Distrito dos Carrapatos, à época distrito de Itapeva (SP), Anésia dedicou sua vida para conquistar espaços predominantes ocupados por homens, conta a historiadora Margaret Grazioli, do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga (IHGGI).

Ainda na adolescência, explica Margaret, a família da futura aviadora se mudou para Itapetininga (SP). "Foi numa festa na Catedral de Nossa Senhora dos Prazeres que Anésia viu um avião pela primeira vez. E foi ali que ela se interessou pela aviação", explica a historiadora.

Licença para pilotar aeronaves de Anésia Pinheiro Machado — Foto: Arquivo público
Licença para pilotar aeronaves de Anésia Pinheiro Machado — Foto: Arquivo público

Aos 17 anos, Anésia se mudou para a capital paulista para aprender a pilotar aviões.

A fotógrafa e documentarista Ludmila Ferolla conviveu com a aviadora por alguns meses, durante o ano de 1996, para a produção do documentário "Anésia - Um Voo no Tempo".

"Pouquíssimos homens se dedicavam à aviação no mundo quando ela, ainda uma menina do interior, resolveu ir sozinha para a capital com a determinação de aprender a pilotar. Pensem na força desta mulher, que enfrentou todo tipo de preconceito e se impôs com uma vontade de ferro", destacou Ludmila.

Estátua de Anésia Pinheiro Machado, a primeira aviadora do Brasil, em Itapetininga (SP) — Foto: Heloísa Casonato/g1/Arquivo
Estátua de Anésia Pinheiro Machado, a primeira aviadora do Brasil, em Itapetininga (SP) — Foto: Heloísa Casonato/g1/Arquivo

Primeiro voo

Segundo o Instituto Embraer, Anésia foi a segunda mulher a receber o brevê, uma permissão para pilotar aeronaves, aos 18 anos.

Pelos ares em um Caudron G3, um avião monomotor, Anésia cruzou 442 quilômetros que separam São Paulo e o Rio de Janeiro. A viagem, feita atualmente em uma hora, durou aproximadamente quatro dias e meio. "Isso porque ela só podia voar uma hora e meia por dia. E também precisava parar para fazer manutenções", explica Margaret.

Anésia Machado em frente ao 'Bandeirante', aeronave que usou para o primeiro voo interestadual pilotado por uma mulher — Foto: Arquivo público
Anésia Machado em frente ao 'Bandeirante', aeronave que usou para o primeiro voo interestadual pilotado por uma mulher — Foto: Arquivo público

O episódio, ocorrido em 7 de setembro de 1922, marcou a história da aviação brasileira. Representou também, conforme documentos da Embraer, uma importante bandeira para o movimento feminista, pois, no mesmo ano, Anésia havia participado do 1º Congresso Feminista Internacional como delegada da Liga Paulista pelo Progresso Feminino.

"Quando chega no rio, ela é recebida por autoridades, pois foi a primeira mulher brasileira a fazer um voo interestadual", conta.

A historiadora relata ainda que a aviadora recebeu do Pai da Aviação, Santos Dumont, uma carta e uma medalha de São Bento. "Esse presente foi um amuleto que ela usou a vida toda."

Novos destinos

A carreira de Anésia como aviadora não se limitou ao espaço aéreo brasileiro. A brasileira também conquistou os ares das Américas, em um voo de 17 mil quilômetros. Cruzou a Cordilheira dos Andes, de Santiago, no Chile, a Mendoza, na Argentina. E também voou entre a cidade do Rio de Janeiro e Nova York, nos Estados Unidos.

Anésia Machado nos Estados Unidos — Foto: Smithsonian Institution/Arquivo público
Anésia Machado nos Estados Unidos — Foto: Smithsonian Institution/Arquivo público

A trajetória de Anésia, destaca Margaret, é também parte da história do feminismo. "Ela já era uma feminista. Um exemplo de progressista. E lutando sempre. Nunca se casou e não teve filhos, se dedicou totalmente à aviação."

"Ela foi uma grande transformadora como mulher aviadora. Sempre procurando uma novidade, exatamente como as mulheres de hoje em dia", completa a historiadora.

A aviadora foi condecorada como decana mundial da aviação feminina. "Ela se dedicou à aviação e ficou conhecida no mundo todo pelo pioneirismo na aviação", finaliza Margaret.

Anésia Pinheiro morreu em 10 de junho de 1999, aos 95 anos, no hospital da Força Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro.

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Cratera formada por queda de asteroide em Goiás é reconhecida em lista que selecionou 100 sítios do patrimônio geológico do mundo

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Domo de Araguainha, que fica entre GO e MT, foi criado pelo impacto de um asteroide há cerca de 250 milhões de anos. Apenas outros 2 locais brasileiros entraram na lista: um no RJ e outro em MG.
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Por Danielle Oliveira, g1 Goiás

Postado em 23 de outubro de 2022 às 08h30m

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Domo de Araguainha, que fica entre GO e MT, foi criado pelo impacto de um asteroide  — Foto: Divulgação/J. Sanchez
Domo de Araguainha, que fica entre GO e MT, foi criado pelo impacto de um asteroide — Foto: Divulgação/J. Sanchez

Uma cratera formada por uma queda de um asteroide em Goiás foi reconhecida em uma lista internacional que selecionou os 100 Sítios do Patrimônio Geológico da União Internacional das Ciências Geológicas (IUGS). O Domo de Araguainha, que fica entre o estado goiano e Mato Grosso, foi criado pelo impacto de um asteroide com mais de 1 km de diâmetro há cerca de 250 milhões de anos.

Além do Domo de Araguainha, apenas outros dois locais brasileiros entraram na lista: o Pão de Açucar, no Rio de Janeiro, e o Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais.

A professora de Geologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal de Goiás (FCT/UFG) Joana Sánchez, que é a única representante do Brasil no grupo de pesquisadores, falou sobre a importância desse reconhecimento.

Nós somos o único país que tem três locais reconhecidos mundialmente. Como um exemplo, é como se fosse patrimônio mundial da humanidade, é uma coisa muito excepcional. Isso vai elevar a nossa pesquisa, mostrar o quanto é importante essa geodiversidade, contou.

O Domo de Araguainha é uma cratera de 40 km de diâmetro, que é cortada pelo Rio Araguaia, que divide os estados de Goiás e Mato Grosso. A professora conta que a cratera é uma das poucas do mundo que tem todas as estruturas preservadas.

Domo de Araguainha, que foi formado por queda de asteroide em Goiás, é reconhecido em lista internacional — Foto: Reprodução/International Union of Geological Sciences
Domo de Araguainha, que foi formado por queda de asteroide em Goiás, é reconhecido em lista internacional — Foto: Reprodução/International Union of Geological Sciences

Ela ressaltou ainda que o Domo de Araguainha foi identificado pelo professor Alvaro Crósta, do Instituto de Instituto de Geociências da Universidade de Campinas (Unicamp). O local foi objeto da pesquisa de mestrado dele.

Segundo Joana, a IUGS é uma das maiores organizações científicas do mundo. Os locais que foram selecionados passaram por uma comissão de mais de 200 especialistas, de 55 países de todos os continentes e de 13 organizações internacionais.

A professora, que estuda a região do Domo de Araguainha há anos, é a única brasileira selecionada para representar o Brasil na convenção, que começa na segunda-feira (25), na Espanha. Na ocasião, ela vai apresentar os três locais brasileiros selecionados para a lista.

Eu vou apresentar os três sítios brasileiros. É uma honra gigante, disse a professora.

Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

Domo de Araguainha, que fica entre GO e MT, foi criado pelo impacto de um asteroide  — Foto: Divulgação/A. P. Crósta
Domo de Araguainha, que fica entre GO e MT, foi criado pelo impacto de um asteroide — Foto: Divulgação/A. P. Crósta

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