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quinta-feira, 25 de agosto de 2022

De volta à Lua: missão Artemis I deve iniciar sua viagem em breve; veja detalhes

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Na próxima segunda-feira, 29, 'o foguete mais poderoso de todos os tempos' fará um voo de teste sem tripulação ao redor da Lua. Evento é a primeira missão da série da Nasa que pretende levar humanos de volta ao nosso satélite natural.
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Por g1

Postado em 25 de agosto de 2022 às 13h45m

 #.*Post. - N.\ 10.441*.#

O foguete SLS da NASA no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, Flórida, Estados Unidos. — Foto: AP Photo/Terry Renna
O foguete SLS da NASA no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, Flórida, Estados Unidos. — Foto: AP Photo/Terry Renna

Cinquenta anos após a última missão Apollo, o programa Artemis deve assumir a exploração lunar com um lançamento de teste na próxima segunda-feira (29) do foguete mais poderoso da história da NASA.

O objetivo é levar seres humanos de volta à Lua após a missão Apollo de 1972 e, eventualmente, à Marte.

O foguete de 98 metros do Sistema de Lançamento Espacial (SLS) está programado para decolar às 8h33 (9h33 de Brasília) do Centro Espacial Kennedy (KSC, na sigla em inglês) na Flórida.

A missão, planejada há mais de uma década, não é tripulada, mas altamente simbólica para a NASA, dada a pressão da China e de concorrentes privados como a SpaceX.

Os hotéis ao redor de Cabo Canaveral estão lotados e entre 100.000 e 200.000 espectadores são esperados para o lançamento.

O enorme foguete laranja e branco está estacionado no Complexo de Lançamento 39B do KSC há uma semana.

"Desde que foi posicionado na plataforma na semana passada, você pode sentir a emoção, a energia", diz Janet Petro, diretora do KSC.

O objetivo do voo, batizado de Artemis I, é testar o sistema SLS e a cápsula da tripulação Orion localizada no nariz do foguete.

Bonecos equipados com sensores tomarão os lugares dos membros da tripulação e registrarão os níveis de aceleração, vibração e radiação.

Além disso, câmeras irão capturar todos os momentos da jornada de 42 dias e uma "selfie" da espaçonave será feita com a Lua e a Terra ao fundo.

Pouso no Pacífico

A cápsula Orion orbitará a Lua e chegará a cerca de 100 km no máximo e, em seguida, acionará seus motores para atingir uma distância de 64.000 km, um recorde para uma aeronave feita para transportar humanos.

Um dos principais objetivos da missão é testar o escudo térmico da cápsula, que com quase 5 metros de diâmetro é o maior já construído.

Ilustração artística mostra a cápsula Orion orbitando a Lua — Foto: NASA/DIVULGAÇÃO
Ilustração artística mostra a cápsula Orion orbitando a Lua — Foto: NASA/DIVULGAÇÃO

Em seu retorno à atmosfera da Terra, o escudo térmico deve suportar uma velocidade de mais de 40.000 quilômetros por hora e uma temperatura de 2.760 graus Celsius.

Orion, cuja descida será contida por paraquedas, terminará sua jornada com um mergulho na costa de San Diego, no Pacífico.

A decolagem na segunda-feira dependerá do clima, que pode ser imprevisível na Flórida nesta época do ano. Por essa razão, a NASA tem uma janela de lançamento de duas horas.

Se o foguete não puder decolar na segunda-feira, datas alternativas estão planejadas para 2 ou 5 de setembro.

Tudo está pronto. A Nasa autorizou a missão na terça-feira, após uma inspeção detalhada.

Isso não significa que problemas poderão acontecer.

Teste de pouso na água da cápsula Orion. — Foto: NASA/Divulgação
Teste de pouso na água da cápsula Orion. — Foto: NASA/Divulgação

'Risco inerente'

"Estamos fazendo algo que é incrivelmente difícil de fazer, e com isso vem o risco inerente", disse Mike Sarafin, gerente da missão Artemis I.

Por se tratar de um voo não tripulado, Sarafin diz que a missão terá condições que não seriam adequadas para viagens com astronautas.

"Se não falharmos com os painéis solares, vamos continuar, e isso é algo que não necessariamente faríamos em uma missão tripulada", explicou.

Um fracasso geral da missão seria devastador para o programa que custa US$ 4,1 bilhões para ser lançado e já está atrasado.

A próxima missão, Artemis 2, levará astronautas a orbitar a Lua sem pisar em sua superfície.

A tripulação do Artemis 3 deverá pousar na Lua o mais tardar em 2025.

Enquanto os astronautas da Apollo que caminharam na Lua eram apenas homens, o programa Artemis planeja incluir a primeira mulher e a primeira pessoa negra.

E considerando que os humanos já visitaram a Lua, Artemis está de olho em outro objetivo: enviar uma tripulação a Marte.

lustração da Nasa mostra possível base para exploração de Marte. — Foto: NASA/DIVULGAÇÃO
lustração da Nasa mostra possível base para exploração de Marte. — Foto: NASA/DIVULGAÇÃO

O programa Artemis visa estabelecer uma presença humana permanente na Lua com uma estação espacial conhecida como Gateway e com base na superfície lunar.

A Gateway serviria como uma estação de preparação e reabastecimento para a viagem a Marte, que levaria no mínimo meses.

"Acho que será ainda mais inspirador do que a Apollo", diz o ex-astronauta e administrador associado da NASA Bob Cabana da missão Artemis.

"Será absolutamente impressionante".

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O que foi o Massacre de São Bartolomeu, ocorrido há 450 anos

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Paris foi banhada de sangue em tentativa da maioria católica de exterminar minoria protestante.
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TOPO
Por BBC

Postado em 25 de agosto de 2022 às 09h00m

 #.*Post. - N.\ 10.440*.#

Obra de arte recria carnificina que aconteceu em Paris há 450 anos — Foto: Domínio público/via BBC
Obra de arte recria carnificina que aconteceu em Paris há 450 anos — Foto: Domínio público/via BBC

Foi um massacre, uma verdadeira carnificina o que se viu em Paris há 450 anos. O episódio entrou para a história como Noite de São Bartolomeu, porque foi iniciado nas primeiras horas da madrugada do dia 24, data em que católicos celebram o santo.

A grande matança, que segundo relatos da época tingiu de sangue até mesmo as águas do Rio Sena, foi uma tentativa da maioria católica de exterminar a minoria protestante — no caso, os huguenotes, seguidores da linha protestante do teólogo francês Jean Calvino (1509-1564).

Mas os contornos religiosos na realidade eram pretexto, em um mundo em que o poder não era nada laico, para disputas geopolíticas. No contexto, vale ressaltar que a França vivia as chamadas guerras religiosas, com oito episódios confrontando católicos e reformadores entre 1560 e o fim do século 16.

Se o trono francês era ocupado por uma família católica — a Casa de Valouis, que reinou entre 1328 e 1589 —, o calvinismo avançava sobretudo nas regiões sul e oeste, tendo muitos nobres entre seus adeptos.

Com a morte do rei Henrique 2 (1519-1559), sua mulher, a rainha Catarina de Médici (1519-1589), tornou-se regente, já que o herdeiro, Carlos 10 (1550-1574) tinha apenas 10 anos.

"Ela era uma mulher muito discreta, mas antiprotestante por formação. Vinha de uma tradição assim", pontua o historiador e teólogo Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Então Paris se preparou para receber um evento que, teoricamente, deveria selar a paz entre os dois grupos. Um casamento muito simbólico, unindo a filha de Catarina, a princesa Margarida de Valois (1553-1616) e um líder huguenote, Henrique de Bourbon (1553-1610) — que mais tarde se tornaria o rei Henrique 4.

"O casamento foi uma tentativa, sem sucesso, de reaproximar católicos e protestantes na França", explica a vaticanista Mirticeli Medeiros, pesquisadora de história do catolicismo na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

"Lembrando que as guerras de religião aconteciam de maneira mais expressiva na França e na Espanha nesse período."

"Havia um acordo entre a facção protestante, liderada por Henrique de Bourbon, com a facção católica, representada pela casa real. Esse casamento tinha por finalidade selar uma espécie de pacto, uma tentativa de apaziguar os ânimos entre católicos e protestantes", pontua Moraes.

Não foi o que ocorreu.

Um atentado — e uma carnificina

Paris estava em festa. Era como se houvesse uma bandeira branca, uma trégua por conta do casamento real, ocorrido em 18 de agosto de 1572.

Muitos huguenotes viajaram até a capital para acompanhar as festividades.

"Tudo transcorria num clima ameno, até o dia 22", conta Moraes.

Foi quando um atentado a bala acertou o almirante Gaspard de Coligny (1519-1572), um dos principais líderes protestantes franceses.

"Ele não morreu nesse incidente, mas isso elevou a temperatura", diz Moraes.

Coligny era visto como um inimigo por seus antecedentes.

"Ele era líder do partido protestante e já havia entrado para a luta armada contra católicos anos antes, embora parte da historiografia o descreva como alguém que preferia mais a diplomacia", frisa Medeiros.

Não há um consenso absoluto, mas a maior parte dos historiadores acredita que esse atentado tenha sido arquitetado pela própria rainha Catarina.

"Como o atentado não foi bem-sucedido, ela então determinou que o serviço fosse executado de maneira plena, agora com a participação do próprio rei Carlos 9", narra Moraes.

Aproveitando-se do fato de que a cidade estava com os principais líderes calvinistas, por conta do casamento, os nobres católicos teriam então preparado uma lista com os nomes daqueles que deveriam ser executados. O plano era deixar a facção protestante acéfala.

A chamada Noite de São Bartolomeu teve início nas primeiras horas da madrugada do dia 24, data em que católicos celebram o santo — Foto: Domínio público/via BBC
A chamada Noite de São Bartolomeu teve início nas primeiras horas da madrugada do dia 24, data em que católicos celebram o santo — Foto: Domínio público/via BBC

Os soldados começaram o trabalho na madrugada do dia 23 para o dia 24.

"Mas as coisas saíram de controle. A matança acabou sendo indiscriminada", acrescenta o historiador.

"A ordem era para matar os líderes. Só que todos os que acabaram sendo identificados como huguenotes acabaram sendo alvos."

Em seu livro A History of Christianity, o historiador Clyde L. Manschrek, professor na Universidade Rice, nos Estados. Unidos, relata que as ruas ficaram "cobertas de corpos mortos, os rios ficaram manchados, as portas e os portões do palácio respingados com sangue".

"Carroças carregadas de cadáveres, homens, mulheres, garotas e até mesmo crianças foram jogadas no Sena, enquanto torrentes de sangue corriam em muitas áreas da cidade", escreveu ele.

Manschrek encontrou relatos até de uma garotinha que foi "banhada no sangue de seus pais assassinados e ameaçada com o mesmo destino se por ventura também ela se tornasse huguenote".

De acordo com informações da época, 1100 corpos foram retirados do Rio Sena nos dias seguintes ao massacre. Não há um número exato de quantos foram executados. Historiadores mais comedidos cravam 3 mil. Outros acreditam que a cifra pode ter sido de 100 mil. A maior parte, contudo, costuma situar entre 20 mil e 50 mil o número de mortos.

O que ninguém questiona foi a brutalidade da violência que se viu pelas ruas.

"Os protestantes foram degolados, mutilados, estripados. Foi uma situação violentíssima, um atentado contra a causa calvinista em um momento de trégua, de paz, afinal houvera um casamento", comenta Moraes.

"Dos protestantes franceses que foram a Paris, poucos escaparam com vida. Quem conseguiu, fugiu ou se escondeu", afirma ele.

"Milhares de huguenotes, juntamente com seu comandante, Gaspard de Chatillon, foram mortos", complementa Medeiros.

Evidentemente que católicos também foram mortos.

"Embora esse seja o massacre de protestantes mais famoso, as perdas aconteciam de ambos os lados, seja na parte católica quanto na parte protestante", lembra Medeiros.

A Igreja Católica

Para o historiador Moraes, o momento era de "crise da cristandade".

"Nas guerras religiosas, não tem mocinho nem bandido", relativiza.

"Onde prevalece o católico, o protestante sofre. Onde prevalece o protestante, o católico sofre."

Mais do que luto e cicatrizes, o episódio deixou sequelas históricas, evidentemente. O posicionamento da Igreja Católica na época foi controverso. Quando a notícia chegou ao papa Gregório 13 (1502-1585), ele teria celebrado uma missa em alusão ao ocorrido.

"Há uma polêmica quanto a isso porque muitas fontes dizem que ele celebrou em ação de graças pela morte dos 'hereges', o que contribuiu para acirrar ainda mais a situação entre católicos e protestantes, como se o papa tivesse chancelado uma chacina", comenta Moraes.

"Mas outros afirmam que o papa fez isso de maneira inadvertida, sem saber da gravidade do que realmente tinha ocorrido."

"Não foi um ato ordenado diretamente pela Igreja Católica, mas por Carlos 9 e sua mãe Catarina de Médici, que eram católicos", salienta a pesquisadora Medeiros.

"A Igreja exercia sua soberania espiritual sobre a França e sobre os demais reinos católicos, mas não interferia em questões de governo. É certo que tudo acontecia sob 'a bênção e chancela' da Igreja, mas não foi um massacre ordenado diretamente por Roma."

A liberdade religiosa, contudo, seria uma conquista bem mais tardia. Medeiros explica que a questão envolvia "disputas territoriais, principalmente quando os príncipes tomavam parte dessa disputa", ou seja, era algo que havia "ultrapassado a esfera religiosa".

Na França daquele momento, estava estabelecido "que os súditos deveriam professar a fé de seus soberanos", explica ela.

"Eram obrigados. Quem não quisesse professar a fé da corte deveria deixar o território", diz Medeiros.

Só em 1648 é que um acordo passou a garantir certa "liberdade de consciência". Mesmo assim, Medeiros lembra que ainda era considerado "dissidente" aquele que não professasse a religião do rei.

Consequências

O massacre praticamente acabou com o calvinismo na França.

"As principais lideranças ou morreram ou tiveram de fugir, se exilar. A causa calvinista morreu na França e renasceu em outros lugares, como nos Países Baixos", conta o historiador.

Mas outra consequência foi o desenvolvimento teórico de um debate que questionava a própria ideia de absolutismo.

Afinal, se o rei era visto como um representante de Deus na terra, era preciso um argumento que viabilizasse esse direito à resistência ao mesmo.

"Como enfrentar um rei que se julga representante de Deus? Os protestantes acabam desenvolvendo uma teoria de resistência", pontua Moraes.

Neste contexto, foram publicadas obras de intelectuais huguenotes. As principais são Franco-Gallia, do pensador François Hotman (1524-1590), Direito dos Magistrados sobre seus Súditos, do teólogo Théodore de Bèze (1519-1605), e Protesto Contra os Tiranos, do teólogo Philippe Duplessis-Mornay (1549-1623) e do diplomata Hubert Languet (1518-1581).

"Ou seja, de uma aparente derrota, surgiram na sequência trabalhos muito interessantes de contestação ao poder absolutista", comenta o historiador Moraes.

Santo mártir

Além disso, ficou ainda um capricho irônico da história. A noite do episódio celebra São Bartolomeu, como ficou conhecido no catolicismo Natanael, um dos 12 apóstolos de Jesus.

Segundo a tradição, ele teria sido martirizado quando atuava como pregador na Índia, no ano 51 da era cristã. E sua morte teria ocorrido de forma violenta, por esfolamento — por isso ele é assim representado, segurando a própria pele, na Capela Sistina, na obra-prima de Michelangelo (1475-1564).

"O suposto mártir São Bartolomeu acabaria, pela data, associado a esse martírio dos calvinistas no século 16", compara Moraes.

"Uma morte muito violenta que gerou veneração a um santo, ligado pela data a mortes muito violentas 450 anos atrás."

Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62630277

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quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Pegada de dinossauros, navio da Segunda Guerra, estátua budista e um 'Stonehenge': veja o que emergiu com a seca de rios e reservatórios; VÍDEO

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Tesouros há muito afundados e alguns perigos indesejados apareceram com as secas que atingem países no Hemisfério Norte.
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Por g1

Postado em 24 de agosto de 2022 às 10h15m

 #.*Post. - N.\ 10.439*.#

Semanas de seca em toda a Europa, nos Estados Unidos e na China fizeram com que o nível da água em rios e lagos caísse para níveis que poucos se lembram, expondo tesouros há muito afundados e alguns perigos indesejados.

'Stonhenge espanhol'

Na Espanha, que sofre sua pior seca em décadas, os arqueólogos ficaram contentes com o aparecimento de um círculo de pedras pré-histórico apelidado de "Stonehenge espanhol", que muitas vezes é coberto pela água de uma represa.

Oficialmente conhecido como Dólmen de Guadalperal, o círculo de pedras está atualmente totalmente exposto em um canto do reservatório de Valdecanas, na província central de Cáceres, onde as autoridades dizem que o nível da água caiu para 28% de sua capacidade.

Foi descoberto pelo arqueólogo alemão Hugo Obermaier em 1926, mas a área foi inundada em 1963 em um projeto de desenvolvimento rural sob a ditadura de Francisco Franco. Desde então, só foi visível na íntegra quatro vezes.

Dólmen de Guadalperal emerge do rio Taju, na Espanha — Foto: Susana Vera/REUTERS
Dólmen de Guadalperal emerge do rio Taju, na Espanha — Foto: Susana Vera/REUTERS

A memória das secas passadas também foi revivida na Alemanha com o reaparecimento das chamadas "pedras da fome" ao longo do rio Reno. Muitas dessas pedras tornaram-se visíveis nas margens do maior rio nas últimas semanas.

Com datas e iniciais de pessoas, seu reaparecimento é visto por alguns como um aviso das dificuldades que as pessoas enfrentaram durante as secas antigas. As datas visíveis nas pedras de Worms, ao sul de Frankfurt, e de Rheindorf, perto de Leverkusen, incluem 1947, 1959, 2003 e 2018.

Inscrição na pedra da fome de Děčín diz, em Alemão: 'Wenn du mich siehst, dann weine' (Se me vir, chore) — Foto: Bernd Gross/CC-BY-SA-3.0-DE
Inscrição na pedra da fome de Děčín diz, em Alemão: 'Wenn du mich siehst, dann weine' (Se me vir, chore) — Foto: Bernd Gross/CC-BY-SA-3.0-DE

Enquanto isso, o Danúbio baixou para um de seus níveis mais baixos em quase um século como resultado da seca, expondo os restos de mais de 20 navios de guerra alemães afundados durante a Segunda Guerra Mundial perto da cidade portuária sérvia de Prahovo.

Os navios estavam entre as centenas de navios afundados ao longo do Danúbio.

Destroços de navios alemães da Segunda Guerra Mundial aparecem com a seca do rio Danúbio, na Sérvia — Foto: REUTERS/Fedja Grulovic
Destroços de navios alemães da Segunda Guerra Mundial aparecem com a seca do rio Danúbio, na Sérvia — Foto: REUTERS/Fedja Grulovic

Bomba da Segunda Guerra na Itália

A Itália declarou estado de emergência em 

áreas próximas ao rio Pó e, no final de julho, uma bomba da Segunda Guerra Mundial de 450 quilos foi descoberta submersa nas águas rasas do rio mais longo do país.

No lago Garda, também na Itália, o fundo rochoso virou uma nova praia, um leito de rochas que surgiu devido à falta de chuvas e ao constante uso de água para irrigar campos agrícolas durante o verão.

Pegadas de dinossauros nos EUA

A seca também atingiu os Estados Unidos. Os rios do Parque Estadual do Vale dos Dinossauros, no estado do Texas, foram atingidos. Com o nível mais baixo, foi possível ver que no leito há pegadas de dinossauros de cerca de 113 milhões de anos.

Pegadas de dinossauros no leito de um rio no Texas, dentro do Parque Estadual do Vale dos Dinossauros — Foto: Reprodução/Dinosaur Valley State Park Friends
Pegadas de dinossauros no leito de um rio no Texas, dentro do Parque Estadual do Vale dos Dinossauros — Foto: Reprodução/Dinosaur Valley State Park Friends

Estátuas budistas na China

A seca de um rio na China revelou uma ilha submersa e três estátuas budistas que podem ter sido construídas há 600 anos.

O nível da água do Yangtze vem caindo rapidamente em meio à seca e a uma onda de calor na região sudoeste do país.

Cerca de 66 rios em 34 condados de Chongqing secaram, informou a emissora estatal CCTV.

Três estátuas budistas que estavam submersas apareceram após queda no nível de água no rio Yangtze, na China  — Foto: REUTERS/Thomas Peter
Três estátuas budistas que estavam submersas apareceram após queda no nível de água no rio Yangtze, na China — Foto: REUTERS/Thomas Peter

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IPCA-15: indicador registra deflação de 0,73%, puxada pela gasolina

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Foi a menor taxa da série histórica, iniciada em novembro de 1991.
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Por Marta Cavallini, g1

Postado em 24 de agosto de 2022 às 09h20m

 #.*Post. - N.\ 10.438*.#

Posto de gasolina combustível  — Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Posto de gasolina combustível — Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado a prévia da inflação oficial do país – teve queda de 0,73% em agosto, após alta de 0,13% registrada em julho, segundo divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (24). Trata-se da menor taxa da série histórica, iniciada em novembro de 1991.

Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 9,60%, abaixo dos 11,39% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores - trata-se da menor taxa desde agosto de 2021 (9,30%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,02%. Em agosto de 2021, a taxa havia sido de 0,89%.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para o cálculo da prévia da inflação, seis tiveram variação positiva. O resultado de agosto foi influenciado principalmente pela queda no grupo dos Transportes, que contribuiu com -1,15 ponto percentual no índice do mês. Além disso, também houve recuo nos preços dos grupos Habitação e Comunicação.

Já a maior variação e o maior impacto vieram de Alimentação e bebidas (contribuição com 0,24 ponto percentual). Destacam-se, ainda, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais e Despesas pessoais, que contribuíram com 0,18 ponto percentual no índice.

Veja a prévia da inflação de agosto para cada um dos grupos pesquisados:

  • Alimentação e bebidas: 1,12%
  • Habitação: -0,37%
  • Artigos de residência: 0,08%
  • Vestuário: 0,76%
  • Transportes: -5,24%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,81%
  • Despesas pessoais: 0,81%
  • Educação: 0,61%
  • Comunicação: -0,30%
Combustíveis foram maior contribuição para deflação

A deflação no grupo dos Transportes deve-se, principalmente, à queda no preço dos combustíveis (-15,33%). Segundo o IBGE, a gasolina caiu 16,80% e deu a maior contribuição negativa ao índice do mês (-1,07 ponto percentual).

Também foram registradas quedas no etanol (-10,78%), gás veicular (-5,40%) e óleo diesel (-0,56%). O subitem passagem aérea (-12,22%) também recuou, após subir quatro meses consecutivos.

Já os veículos próprios (0,83%) continuaram subindo: motocicleta (0,61%), automóvel novo (0,30%) e automóvel usado (0,17%).

'A inflação corrente é o principal problema para as famílias porque corrói o poder de compra', destaca economista
'A inflação corrente é o principal problema para as famílias porque corrói o poder de compra', destaca economista

No grupo Habitação, a queda está relacionada ao recuo nos preços da energia elétrica residencial (-3,29%). Isso se deve à redução da alíquota de ICMS cobrada sobre os serviços de energia elétrica e às revisões tarifárias extraordinárias de diversas distribuidoras.

Em Comunicação, o destaque ficou com os planos de telefonia fixa e de telefonia móvel, cujos preços caíram 2,29% e 1,04%, respectivamente. Já os aparelhos telefônicos registraram alta de 0,57%, após queda de 0,52% em julho.

Leite é o 'vilão' de agosto

Entenda por que o leite está tão caroEntenda por que o leite está tão caro

O resultado do grupo Alimentação e bebidas (1,12%) foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços do leite longa vida (14,21%), maior impacto individual positivo no índice do mês (0,14 ponto percentual). No ano, a variação acumulada do produto chega a 79,79%.

Outros destaques no grupo foram as frutas (2,99%), que também haviam subido em julho (4,03%), o queijo (4,18%) e o frango em pedaços (3,08%). Com isso, a alimentação no domicílio variou 1,24% em agosto.

A alimentação fora do domicílio teve alta de 0,80% em agosto, desacelerando em relação ao mês anterior (1,27%). Tanto o lanche (0,97%) quanto a refeição (0,72%) tiveram variações inferiores às de julho (2,18% e 0,92%, respectivamente).

Entenda por que o preço das frutas, hortaliças e legumes subiu acima da inflação nos últimos 12 mesesEntenda por que o preço das frutas, hortaliças e legumes subiu acima da inflação nos últimos 12 meses

Planos de saúde puxam alta em saúde

Preços dos produtos de limpeza sobem mais do que o dobro da inflação acumulada até julhoPreços dos produtos de limpeza sobem mais do que o dobro da inflação acumulada até julho

A alta registrada em Saúde e cuidados pessoais foi influenciada pelos planos de saúde (1,22%), correspondente à fração mensal do reajuste de 15,50% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 26 de maio para os planos novos. Já os itens de higiene pessoal aceleraram de 0,67% em julho para 1,03% em agosto.

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