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domingo, 3 de abril de 2022

Fotógrafo brasileiro 'emplaca' foto do dia da Nasa com registro da conjunção de Vênus e Marte

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Imagem foi feita em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, em 4 de de março.
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Por Carolina Dantas, g1

Postado em 03 de abril de 2022 às 11h00m

Post.- N.\ 10.277

Fotografia de Kiko Fairbairn foi selecionada pela Nasa — Foto: Kiko Fairbairn
Fotografia de Kiko Fairbairn foi selecionada pela Nasa — Foto: Kiko Fairbairn

O fotógrafo de astronomia Kiko Fairbairn registrou um fenômeno raro, a conjunção entre Vênus e Marte, e emplacou a seleção de imagem do dia da agência espacial americana (Nasa) nesta terça-feira (29). Veja acima.

Ao g1, Fairbairn informou que o clique foi feito em Teresópolis, no Rio de Janeiro. Os dois planetas foram avistados da perspectiva da Terra próximos um do outro no início deste mês, em 4 de março, durante o Carnaval. Na região serrana do estado, é possível ver Vênus, à esquerda, e Marte, à direita.

"Quando dois planetas passam pelo céu à noite, eles podem ser vistos geralmente próximos um do outro por uma semana ou mais. Nesta conjunção planetária, Vênus e Marte passaram a uma distância de 4 graus no início deste mês", disse a publicação da agência americana.

"A imagem em destaque foi tirada alguns dias antes, quando Vênus estava subindo lentamente no céu antes do amanhecer, noite após noite, enquanto Marte estava se pondo lentamente", complementou.

Além disso, Fairbairn explica que as fotos não são montagens, nem têm partes acrescentadas por edição. Ele usa um software específico para "limpar" a imagem e mostrar todos os elementos do espaço.

"Eu sabia que essa conjunção de Vênus com Marte estava acontecendo. Eu dei muita sorte que o tempo na região serrana do Rio durante o Carnaval foi excelente. Foram noites limpíssimas, sem nuvens. Além disso, era um local livre de poluição luminosa", contou o fotógrafo.

"Esperei dar 3h da manhã, que é um horário que eu sabia que Vênus e Marte iriam sair ali do lado leste. Fiz todo um pré-planejamento, montei todos os meus equipamentos. O interessante é que o leste é justamente essa cadeia de montanhas que a gente vê na foto".

Esta não é a primeira vez que o fotógrafo brasileiro tem suas imagens publicadas pela agência espacial americana. Em 2016, o g1 noticiou um dos primeiros registros selecionados pela Nasa: nele, é possível ver Marte, Saturno, e a estrela laranja e brilhante Antares. Também se vê parte da Via Láctea. Veja abaixo:

Foto selecionada pela Nasa, em maio de 2016 — Foto: Kiko Fairbairn
Foto selecionada pela Nasa, em maio de 2016 — Foto: Kiko Fairbairn

Em 2018, Fairbairn conseguiu capturar um eclipse lunar no Rio, na praia do Botafogo, com o Pão de Açúcar de "moldura".

À época, ele disse que planejou a foto com uma semana de antecedência e precisou da ajuda de um app para fazer o alinhamento, para conseguir capturar melhor os objetos espaciais.

Eclipse lunar fotografado no Pão de Açúcar — Foto: Carlos Kiko Fairbairn/Facebook
Eclipse lunar fotografado no Pão de Açúcar — Foto: Carlos Kiko Fairbairn/Facebook

Veja mais fotos de Fairbairn:

Imagem retrata a constelação do Órion subindo no horizonte, com bastante destaque para as estrelas e as famosas Nebulosas do Órion e da Cabeça do Cavalo e um grande jatobá — Foto: Carlos Fairbairn
Imagem retrata a constelação do Órion subindo no horizonte, com bastante destaque para as estrelas e as famosas Nebulosas do Órion e da Cabeça do Cavalo e um grande jatobá — Foto: Carlos Fairbairn


Imagem é de 2015 e mostrauma foto do Cruzeiro do Sul tirada no Parque Nacional de Itatiaia (RJ), mas que incluía outros objetos de destaque como a Nebulosa de Carina, vários aglomerados de estrelas, além do próprio braço da Via Láctea — Foto: Carlos Fairbairn
Imagem é de 2015 e mostrauma foto do Cruzeiro do Sul tirada no Parque Nacional de Itatiaia (RJ), mas que incluía outros objetos de destaque como a Nebulosa de Carina, vários aglomerados de estrelas, além do próprio braço da Via Láctea — Foto: Carlos Fairbairn


A Via Láctea, por Carlos Fairbairn — Foto: Carlos Fairbairn
A Via Láctea, por Carlos Fairbairn — Foto: Carlos Fairbairn


Panorâmica da Via Láctea foi feita no Altiplano Chileno — Foto: Carlos Fairbairn
Panorâmica da Via Láctea foi feita no Altiplano Chileno — Foto: Carlos Fairbairn


Jogo de luzes faz composição com elementos da natureza — Foto: Carlos Fairbairn
Jogo de luzes faz composição com elementos da natureza — Foto: Carlos Fairbairn
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sábado, 2 de abril de 2022

Cientistas publicam o primeiro genoma humano completo

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Pesquisa foi publicada na revista Science.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 02 de abril de 2022 às 11h55m

Post.- N.\ 10.276

Cientistas publicam o primeiro genoma humano completo. — Foto: Science Photo Library
Cientistas publicam o primeiro genoma humano completo. — Foto: Science Photo Library

Cientistas publicaram nesta quinta-feira o primeiro genoma humano completo, preenchendo lacunas remanescentes de esforços anteriores e oferecendo uma nova promessa na busca de pistas sobre mutações causadoras de doenças e variação genética entre os 7,9 bilhões de pessoas do mundo.

Em 2003, pesquisadores revelaram o que foi então anunciado como a sequência completa do genoma humano. Mas cerca de 8% dele não havia sido totalmente decifrado, principalmente porque consistia em pedaços de DNA altamente repetitivos que eram difíceis de combinar com o resto.

Um consórcio de cientistas resolveu isso em pesquisa publicada na revista Science. O trabalho foi inicialmente tornado público no ano passado, antes de seu processo formal de revisão por pares.

"Gerar uma sequência do genoma humano verdadeiramente completa representa uma conquista científica incrível, fornecendo a primeira visão abrangente do nosso modelo de DNA", disse Eric Green, diretor do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano (NHGRI), parte do Instituto Nacional de Saúde dos EUA, em comunicado.

"Esta informação fundamental fortalecerá os muitos esforços em andamento para entender todas as nuances funcionais do genoma humano, o que, por sua vez, capacitará os estudos genéticos de doenças humanas", acrescentou Green.

A versão completa do consórcio é composta por 3,055 bilhões de pares de bases, as unidades a partir das quais os cromossomos e nossos genes são construídos, e 19.969 genes que codificam proteínas. Desses genes, os pesquisadores identificaram cerca de 2.000 novos.

(VÍDEO: Nobel de Química, entenda o uso prático da técnica de edição do genoma.)

Nobel de Química: entenda o uso prático da técnica de edição do genomaNobel de Química: entenda o uso prático da técnica de edição do genoma

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Proporção de desempregados há mais de 2 anos é a maior em uma década

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Dos 3,6 milhões de desempregados há mais de dois anos sem conseguir emprego, 65,8% são mulheres, 66,5% são pretos ou pardos e 82% não têm nível superior de escolaridade.
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Por Marta Cavallini, g1

Postado em 02 de abril de 2022 às 08h15m

Post.- N.\ 10.275

Pelo menos 30% dos desempregados estão há 2 anos fora do mercado de trabalho
Pelo menos 30% dos desempregados estão há 2 anos fora do mercado de trabalho

Levantamento da LCA Consultores mostra que 30,3% do total de desempregados do país estavam há mais de dois anos sem conseguir voltar ao mercado de trabalho em dezembro do ano passado. Trata-se da maior proporção registrada desde o início da série histórica da Pnad Contínua do IBGE, que fornece indicadores relativos ao mercado e rendimento.

De acordo com o economista Bruno Imaizumi, dos 3,637 milhões de desempregados há mais de dois anos sem conseguir emprego, 2,393 milhões são mulheres (65,8%) e 2,422 milhões são pretos ou pardos (66,5%).

O levantamento foi feito com base nos dados da Pnad Contínua trimestral desde março de 2012 até dezembro de 2021. A proporção registrada em setembro de 2021 era a mais alta até então: 28,9%, que acabou sendo superada pela de dezembro.

Já a proporção entre os que estão desempregados entre um mês e menos de 1 ano foi a menor desde o início da série histórica: 39,4%.

Desemprego entre os jovens

O levantamento de Bruno Imaizumi aponta ainda que os trabalhadores mais jovens são os que mais estão tendo dificuldades de voltar ou entrar no mercado de trabalho.

As faixas etárias de 19 a 27 anos registraram o maior contingente de desempregados há mais de 2 anos, com números acima do patamar de 100 mil pessoas, somando 1.395.041, ou 38,3% do total de 3.637.069. A faixa etária de 21 anos teve o maior número: 195.594, seguida pela de 20 anos (182.076).

O levantamento aponta ainda que os menos escolarizados são os que mais sofrem para voltar ao mercado de trabalho. A proporção é maior entre os trabalhadores com nível fundamental e médio, e 82% dos que não conseguem emprego há mais de dois anos não têm nível superior.

Pandemia ampliou desigualdade, diz economista

De acordo com Imaizumi, o levantamento mostra que quem mais sofre com o desemprego são mulheres negras e pardas e pouco escolarizadas.

O economista credita o recorde do percentual de desempregados há mais de dois anos à pandemia, que dificultou ainda mais a recolocação no mercado de trabalho e levou ao recorde da informalidade.

Há ainda o fato de que quanto mais tempo tempo as pessoas ficam sem conseguir emprego, mais difícil fica a recolocação no mercado de trabalho, e isso atinge principalmente os trabalhadores menos escolarizados e qualificados, aponta.

"Essas pessoas vão sobrando no mercado de trabalho, e todo mundo que está um pouco mais bem qualificado ou que está há menos tempo sem conseguir emprego tem mais facilidade para voltar a trabalhar. Então esse pessoal vai saindo da fila de desempregados e fica um grupo maior de pessoas procurando emprego há mais tempo. Esse é um dos efeitos duradouros da pandemia", explica.

De acordo com Imaizumi, a desigualdade racial e de gênero no mercado de trabalho, que sempre foi preponderante, foi agravada pela pandemia.

"Existe uma correlação forte entre renda e raça. Os negros estão atrelados à questão da escolaridade e renda mais baixas, são problemas estruturais do país, e a pandemia intensificou essas desigualdades socioeconômicas no mercado de trabalho. Infelizmente o fato de eles serem a maioria e os mais prejudicados não surpreende", diz.

Já o fato de os jovens terem mais dificuldade de reinserção no mercado de trabalho envolve a questão da primeira experiência e a dificuldade de conseguir o primeiro emprego. Por isso, eles são o grupo com maior número de desempregados há mais de dois anos, justifica o economista.

Imaizumi afirma que os números podem aumentar nos próximos meses, por causa da inflação e juros altos e o crescimento menor da economia.

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sexta-feira, 1 de abril de 2022

Produção industrial cresce 0,7% em fevereiro, mas segue abaixo do patamar pré-pandemia

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Setor permanece 2,6% abaixo do nível de fevereiro de 2020 e também está 18,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Apenas 8 dos 26 segmentos retomaram o padrão de produção pré-Covid.
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Por Darlan Alvarenga, g1

Postado em 01 de abril de 2022 às 11h00m

Post.- N.\ 10.274

Produção industrial cresceu 0,7% em fevereiro
Produção industrial cresceu 0,7% em fevereiro

A produção industrial brasileira cresceu 0,7% em fevereiro, na comparação com janeiro, segundo divulgou nesta sexta-feira (1) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Esse resultado eliminou parte da queda de 2,2% registrada em janeiro, mas, mesmo com o avanço, o setor permanece 2,6% abaixo do patamar de antes do início da pandemia. Também está 18,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011", destacou o IBGE.

O IBGE também revisou o resultado de janeiro para uma queda de 2,2%, ante leitura inicial de recuo de 2,4%.

Frente a fevereiro de 2021, a indústria teve queda de 4,3% – a sétima seguida nesta base de comparação.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de aumento de 0,3% na variação mensal e de recuo de 5,2% na base anual.

A indústria acumula queda de 5,8% no ano e crescimento de 2,8% nos últimos doze meses, o que representa uma desaceleração da intensidade do crescimento e da recuperação do setor.

Na média móvel trimestral até fevereiro, a indústria teve crescimento de 0,4%, após avançar 0,2% nos trimestre até janeiro e 0,7% no trimestre até dezembro de 2021.

O setor vem enfrentando dificuldades para aumentar seu ritmo de produção. Nos últimos 12 meses, registrou avanço frente ao mês imediatamente anterior em apenas 4.

"Mesmo com essa melhora de comportamento nos últimos meses, o setor industrial ainda está longe de recuperar as perdas mais recentes", destacou o gerente da pesquisa, André Macedo, destacando que a atividade econômica continua sendo pressionada pelos juros altos, inflação persistente , queda da massa de rendimentos e aumento da inadimplência. 
O que puxou a alta no mês

Todas as quatro grandes categorias econômicas e 16 dos 26 ramos pesquisados tiveram avanço na passagem de janeiro para fevereiro, com destaque para a produção das indústrias extrativas (5,3%) e de produtos alimentícios (2,4%).

O setor extrativo teve uma queda importante em janeiro (-5,1%), por conta do maior volume de chuvas em Minas Gerais, naquele mês, o que prejudicou a extração do minério de ferro. Com a normalização das chuvas, houve uma regularização da produção", destacou o gerente da pesquisa.

Já produtos alimentício tiveram o quarto mês seguido de avanço, acumulando no período ganho de 14%, com destaque para a produção de açúcar e carnes e aves.

Outras altas significativas no mês vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (12,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,2%), metalurgia (3,3%), bebidas (4,1%), outros equipamentos de transporte (15,1%) e produtos de borracha e de material plástico (2,9%).

Do lado das quedas, os recuos que mais pesaram no índice geral foram em produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,8%) e celulose, papel e produtos de papel (-3,4%).

Só 8 segmentos retomaram nível pré-pandemia

Dos 26 ramos pesquisados pelo IBGE, apenas 8 superaram ou igualaram em fevereiro o nível pré-pandemia. Na lanterna, estão os segmentos de produção de veículos (-19,6%), artigos de couro e calçados (-21,1%) e móveis (-23%) .

Veja quadro abaixo:


Patamar de produção das grandes categorias:

  • Bens de capital: 6,9% acima do patamar pré-pandemia
  • Bens intermediários: 1,3% acima do patamar pré-pandemia
  • Bens de consumo duráveis: 6,2% abaixo do patamar pré-pandemia
  • Bens de consumo semiduráveis e não duráveis: 5,7% abaixo do patamar pré-pandemia
Perspectivas

A produção industrial fechou 2021 com um avanço de 3,9%, depois de dois anos seguidos de perdas, mas ainda continua sendo impactada pela alta dos preços das matérias-primas, pela falta de insumos e também pela demanda fraca.

"Continuamos enxergando dificuldades para a produção industrial, mesmo com a redução do IPI adotada pelo governo federal. O setor sofre com o aperto das condições financeiras e monetárias, além do aumento de custos, intensificados com o conflito geopolítico na Ucrânia, e problemas logísticos, relacionados às novas medidas de restrições adotadas na China para conter o avanço da Covid-19", afirmou Felipe Sichel, sócio e economista-chefe do banco Modal.

O índice de confiança da indústria cai pelo 8º mês seguido em março e atingiu o menor nível desde julho de 2020, segundo mostrou a FGV.

A alta dos juros e inflação persistente têm tirado o poder de compra e de consumo das famílias. A quantidade de endividados e a proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso bateram recorde em março, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Os economistas do mercado financeiro projetam atualmente um avanço de apenas 0,50% do PIB em 2022, bem abaixo da média global, e inflação de 6,86%, segundo o último boletim Focus do Banco Central. Parte dos analistas já veem, no entanto, uma inflação acima de 6% no ano.

Para a taxa básica de juros da economia, atualmente em 11,75% ao ano, os analistas projetam Selic l em 13% ao ano no final de 2022.

Sardenberg analisa os dados do Pnad sobre desemprego no BrasilSardenberg analisa os dados do Pnad sobre desemprego no Brasil

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quinta-feira, 31 de março de 2022

Instagram cria recurso para enviar trechos de músicas em mensagens; veja como funciona

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Rede social reconhecerá links de serviços de streaming para reproduzir faixas diretamente no aplicativo.
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Por g1

Postado em 31 de março de 2022 às 15h00m

Post.- N.\ 10.273

Instagram ganha recurso para compartilhar trechos de músicas em mensagens — Foto: Divulgação/Instagram
Instagram ganha recurso para compartilhar trechos de músicas em mensagens — Foto: Divulgação/Instagram

O Instagram anunciou um recurso que permite enviar trechos de músicas pela seção de mensagens, conhecida como Direct. A opção está sendo liberada nesta quinta-feira (31) para usuários da rede social em todo o mundo.

Com a novidade, será possível copiar o link de uma música em serviços de streaming e compartilhar um trecho de 30 segundos. O Instagram mostrará a capa do álbum em que a faixa foi lançada e um botão para as outras pessoas ouvirem no Direct.

O recurso funciona por meio de uma integração com Apple Music e Amazon Music – a rede social terá integração com o Spotify em breve.

Em comunicado sobre o recurso de música, o Instagram também oficializou outras funcionalidades que já estavam disponíveis para usuários no Brasil.

Entre elas, estão o atalho "@silencioso", que permite enviar mensagens sem notificar o destinatário – o Messenger também ganhou esse recurso – e as enquetes, em que usuários podem enviar perguntas com até quatro alternativas para outros integrantes de um grupo opinarem.

Instagram oficializou atalho de mensagens silenciosas e de enquetes em grupos — Foto: Divulgação/Instagram
Instagram oficializou atalho de mensagens silenciosas e de enquetes em grupos — Foto: Divulgação/Instagram

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O espetáculo sexual submarino mais extravagante da natureza

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Todos os anos, uma pequena cidade na Austrália vira palco de um grande evento: a desova da sépia-gigante-australiana.
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Por BBC

Postado em 31 de março de 2022 às 12h15m

Post.- N.\ 10.272

Duas sépias-gigantes-australianas acasalando — Foto: Getty Images via BBC
Duas sépias-gigantes-australianas acasalando — Foto: Getty Images via BBC

"A primeira vez que você vai e coloca a cabeça debaixo d'água e vê centenas e centenas de sépias nesta pequena área, parece um caleidoscópio caótico", conta Tony Bramley.

Como proprietário da Whyalla Diving Services e defensor há décadas da sépia-gigante-australiana, Bramley observa há anos o acasalamento frenético e colorido das sépias, que acontece no Parque Marinho do Norte do Golfo Spencer, na Austrália do Sul.

Outrora apenas de interesse dos pescadores e mergulhadores locais — que tratavam de avisar uns aos outros que "as sépias estavam na área" —, este fenômeno marinho atrai agora turistas e pesquisadores de todo o mundo.

É um incentivo bem-vindo para a pequena cidade siderúrgica de Whyalla, na Península de Eyre, na Austrália do Sul.

As sépias — um tipo de invertebrado marinho que é parente próximo do polvo — são moluscos inteligentes capazes de mudar de cor e textura instantaneamente.

Sabe-se que conseguem escapar de labirintos e podem hipnotizar suas presas transformando seus corpos em luzes estroboscópicas, emitindo rapidamente cores pela pele para distrair e atordoar um caranguejo ou peixe desavisado.

Suas habilidades de camuflagem deixam os camaleões envergonhados e chegaram até a chamar a atenção de militares dos EUA, que pesquisaram as habilidades de mudança de cor das sépias na esperança de replicar suas técnicas para uso do exército.

Se isso não é inusitado o suficiente, seus comportamentos de acasalamento são estranhos, para dizer o mínimo.

De maio a setembro de cada ano, centenas de milhares de sépias-gigantes-australianas se reúnem nas águas próximas de Point Lowly, na parte mais ao norte do Golfo Spencer, com o único propósito de acasalar.

É quando acontece o espetáculo de sexo subaquático mais extravagante da natureza.

Farol de Point Lowly — Foto: Getty Images via BBC
Farol de Point Lowly — Foto: Getty Images via BBC

As maiores sépias do mundo são encontradas nas águas do sul da Austrália, mas apenas em Whyalla elas se reúnem em grande número para acasalar.

"O número estimado de sépias na agregação reprodutiva de 2020 foi de 247 mil, o mais alto já registrado", afirmou Bronwyn M Gillanders, uma renomada pesquisadora de sépias e chefe da escola de ciências biológicas da Universidade de Adelaide, na Austrália.

"Este número foi reportado, mas sabemos que provavelmente é subestimado."

De acordo com Gillanders, Whyalla atrai as sépias devido à sua paisagem marinha única.

A região mais ao norte do Golfo Spencer oferece muitas saliências rochosas que as fêmeas usam para colocar seus ovos.

A sépia-gigante-australiana é a maior sépia do mundo, chegando a 50 centímetros de comprimento — elas possuem oito tentáculos, além de dois mais longos para caçar, acasalar e se defender — Foto: Carl Charter
A sépia-gigante-australiana é a maior sépia do mundo, chegando a 50 centímetros de comprimento — elas possuem oito tentáculos, além de dois mais longos para caçar, acasalar e se defender — Foto: Carl Charter

Embora as sépias acasalem em outros lugares, o Golfo Spencer é o palco da maior agregação conhecida do planeta.

Não há nenhum outro lugar no mundo em que se pode observar comportamentos de acasalamento tão espetaculares e estranhos em massa, incluindo mudanças de cor e machos que se disfarçam de fêmeas.

Ninguém disse que encontrar um parceiro era fácil — e estas sépias estão solteiras/os e prontas para se misturar —, mas primeiro, precisam chegar à festa.

Bramley explica que algumas sépias foram marcadas, revelando que algumas delas viajam pelo menos 65 km do sul da cidade e outras 35 km do norte para chegar às zonas de reprodução no Golfo Spencer.

A desova em massa era um fenômeno marinho relativamente desconhecido até o início dos anos 2000 — Foto: Carl Charter
A desova em massa era um fenômeno marinho relativamente desconhecido até o início dos anos 2000 — Foto: Carl Charter

Chegando em Whyalla, é fácil observar as sépias, seja mergulhando com garrafa de oxigênio ou apenas com snorkel — os cefalópodes se encontram perto da costa, entre 2 e 6 metros.

Embora a água seja calma, não é quente.

"Você realmente precisa se vestir para a ocasião," diz Bramley rindo.

Com a temperatura do oceano em torno de 10 a 16 °C, eu vim preparada com uma roupa de mergulho grossa, capuz, luvas e botas.

Mesmo assim, o frio me pegou com força — mas uma vez que eu estava debaixo d'água, tinha um ingresso na primeira fila para o espetáculo mais incrível da cidade.

Uma vez que meus olhos se adaptaram, percebi que estava cercada por sépias — e elas não pareciam nem um pouco incomodadas em ter um ser humano assistindo a seus momentos mais íntimos.

Machos brigando por uma fêmea — Foto: Science Photo Library
Machos brigando por uma fêmea — Foto: Science Photo Library

Com um arco-íris vibrante e pulsante de roxo, laranja, turquesa e rosa — e tentáculos por toda parte —, levei algum tempo para entender o flerte cefalópode, já que as sépias possuem mais do que algumas artimanhas de sedução em seus tentáculos.

Em um ambiente em que os machos podem superar em número as fêmeas, numa proporção de 10 para 1, a disputa para transmitir os genes é acirrada.

Na maioria das espécies, o tamanho importa: machos grandes e agressivos lutam contra seus rivais para conseguir a chance de se acasalar.

Isso também é observado no caso das sépias — sabe-se que os machos grandes lutam entre si pelo domínio na presença de uma fêmea.

Para qualquer outra espécie, isso significa que os machos menores ficam de fora. Mas as sépias não são como qualquer outro animal. Elas descobriram que se você quer impressionar um crush, você precisa usar a criatividade.

"Os machos menores têm um dilema em suas mãos, porque sabem que não conseguem vencer esses machos muito maiores", explica Sarah McAnulty, bióloga especializada em lulas da Universidade de Connecticut, nos EUA.

"Eles criaram uma abordagem alternativa — se disfarçando de fêmea para evitar a batalha."

Brigar ou se disfarçar? — Foto: Getty Images via BBC
Brigar ou se disfarçar? — Foto: Getty Images via BBC

Talvez seja o comportamento de acasalamento mais fascinante de qualquer espécie — os machos menores podem desbotar sua coloração translúcida, chegando ao bordô e branco manchado de uma fêmea, antes de aconchegarem seus braços ondulantes em seus corpos.

Isso faz com que pareçam fêmeas, e como os machos corpulentos estão ocupados brigando entre si, deixando sua parceira em potencial vulnerável, os pequenos passam velozmente por eles disfarçados para obter acesso à fêmea — e, em seguida, mudam rapidamente de volta para a coloração de macho: ponto para o azarão sagaz.

Se a fêmea decidir acasalar, o espetáculo que se segue pode fazer você se perguntar se a sépia se inspirou em filmes proibidos para menores de 18 anos.

Em meio ao emaranhado de tentáculos, as sépias se conectam, e o macho deposita seu pacote de esperma na boca da fêmea, usando um braço especialmente desenvolvido para isso, conhecido como hectocótilo.

A fêmea retém então o esperma até que esteja pronta para colocar seus ovos.

O momento tão esperado — Foto: Getty Images via BBC
O momento tão esperado — Foto: Getty Images via BBC

A fêmea acasala com vários machos e pode usar uma mistura de diferentes depósitos de esperma para seus ovos.

Curiosamente, as fêmeas preferem os machos menores do que seus homólogos musculosos, de acordo com McAnulty, indicando que estão selecionando cérebros, em vez de músculos.

"Estudos mostraram, inclusive, que quando as fêmeas vão botar seus ovos, elas dão uma proporção maior de paternidade a esses machos astutos", diz ela.

"Assim, quando nos perguntamos como esses benditos cefalópodes ficaram tão inteligentes? É por que eles estão selecionando sexualmente para isso!"

Embora hoje não falte ação censurada para menores de 18 anos debaixo d'água, nem sempre foi assim.

Nas últimas décadas, a pesca excessiva na região reduziu a população local de sépias, o que incentivou os moradores a agir.

Isso levou à criação de uma zona de exclusão de pesca, em 2013, ao longo da parte norte do Golfo Spencer durante a temporada de acasalamento.

No final da década de 1990, os números de agregação estavam em seu menor nível — Bramley estima que havia apenas de 30 mil a 40 mil sépias presentes em 1999.

Em uma reviravolta do destino, o declínio da população de sépias atraiu a atenção da mídia.

Uma vez que se espalhou a notícia sobre os incríveis cefalópodes de Whyalla, a região começou lentamente a atrair mergulhadores e turistas no início dos anos 2000, ansiosos para observar o que era então um fenômeno marinho relativamente desconhecido.

Nos últimos anos, a alta temporada da sépia resultou em hotéis e restaurantes lotados, e a injeção de fundos do turismo foi um impulso bem-vindo para uma economia que depende principalmente da produção de aço.

Embora se fale em construir mais hotéis para atender ao fluxo de turistas, a temporada da sépia dura apenas de três a quatro meses — como os operadores de turismo se sustentam então durante o resto do ano?

Uma solução que a cidade espera que ajude é melhorar a infraestrutura, com um subsídio de US$ 4 milhões para o Projeto de Conservação e Turismo do Santuário das Sépias, anunciado em 2021.

Isso ajudará a cidade a gerenciar visitantes adicionais a cada temporada e a promover Whyalla como um destino de turismo de natureza com um acesso mais fácil a praias e trilhas, melhor sinalização, acréscimo de mais vegetação nativa e maior proteção dos delicados ecossistemas da região.

Embora o turismo da sépia em Whyalla esteja apenas em sua segunda década, a cidade espera que se torne uma fonte de renda viável a longo prazo.

Quanto às sépias em si, só podemos esperar que continuem com suas travessuras sexuais ostensivas, provando que a vida pode ser tão colorida e selvagem quanto você deseja.

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