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sábado, 5 de fevereiro de 2022

Estação Espacial Internacional vai cair na Terra em 2031, diz Nasa

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Plano de aposentar a ISS marca transição para o setor comercial nas atividades na órbita terrestre baixa, de acordo com a agência espacial americana.
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TOPO
Por BBC

Postado em 05 de fevereiro de 2022 às 09h10m

Post.- N.\ 10.199

Nasa planeja jogar a ISS no Oceano Pacífico em 2031 — Foto: Nasa
Nasa planeja jogar a ISS no Oceano Pacífico em 2031 — Foto: Nasa

A Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) continuará funcionando até 2030, antes de ser lançada no Oceano Pacífico no início de 2031, informou a Nasa.

Em um relatório divulgado nesta semana, a agência espacial americana disse que a ISS cairia em uma parte do oceano conhecida como Ponto Nemo.

Este é o ponto mais distante da costa no planeta Terra, também conhecido como cemitério de naves espaciais. Muitos satélites antigos e outros detritos espaciais caíram lá, incluindo a estação espacial russa Mir em 2001.

A Nasa anunciou que, no futuro, as atividades espaciais próximas à Terra serão lideradas pelo setor comercial.

A ISS — um projeto conjunto envolvendo cinco agências espaciais — está em órbita desde 1998 e tem sido continuamente ocupada por astronautas desde 2000. Mais de 3 mil projetos de pesquisa foram realizados em seu laboratório de microgravidade.

No entanto, ela só tem aprovação para funcionar até 2024 e qualquer prorrogação deve ser acordada por todos os membros.

De acordo com a Nasa, o plano de aposentar a ISS marca uma transição para o setor comercial nas atividades na órbita terrestre baixa — a área do espaço próxima à Terra.

"O setor privado é técnica e financeiramente capaz de desenvolver e operar destinos comerciais na órbita terrestre baixa, com a assistência da Nasa", disse Phil McAlister, diretor de espaço comercial da Nasa.

Em 2020, a Nasa concedeu um contrato à empresa Axiom Space, com sede no Texas, para construir pelo menos um módulo habitável a ser conectado à ISS.

Também forneceu financiamento a três empresas para desenvolver projetos para estações espaciais e outros destinos comerciais em órbita.

A expectativa é de que esses novos projetos estejam em operação pelo menos parcialmente antes de a ISS ser aposentada.

A Nasa afirmou que queria criar uma "economia comercial robusta, liderada pelos americanos, na órbita terrestre baixa".

O setor comercial já é uma parte importante do programa espacial dos EUA, com empresas privadas responsáveis ​​pelo transporte de tripulação e carga. As espaçonaves russas Soyuz e Progress também são usadas.

De acordo com a Nasa, haverá uma economia de US$ 1,3 bilhão ao fazer a transição para o setor privado das atividades na órbita terrestre baixa, dinheiro que pode ser gasto na exploração do espaço profundo.

A economia é esperada porque a Nasa pagará apenas pelos serviços de que precisa, em vez de pela manutenção e operação da ISS.

A agência também destacou que as estações espaciais do setor privado serão mais novas e deverão exigir menos peças de reposição.

A Nasa informou que havia analisado seu orçamento para a ISS anualmente e que continuará refinando suas estimativas de economia.

O relatório de transição publicado pela agência espacial nesta semana foi divulgado após o governo do presidente americano, Joe Biden, anunciar que havia se comprometido a estender as atividades da estação espacial até 2030.

No entanto, a extensão ainda requer o apoio de parceiros internacionais, incluindo a Rússia, e o financiamento para a ISS só está aprovado atualmente pelo Congresso americano até 2024.

Em entrevista à agência de notícias russa Interfax em dezembro de 2021, o chefe do programa espacial da Rússia, Dmitry Rogozin, demonstrou disposição de trabalhar com a Nasa além de 2024.

"As atitudes valem mais do que as palavras", ele disse.

"Neste ano, nós enviamos um novo módulo Nauka para a ISS, que deve durar pelo menos 10 anos."

O chefe da Roscosmos também reclamou que as sanções dos EUA à Rússia estavam prejudicando a indústria espacial do país — e ele havia dito anteriormente que a Rússia poderia encerrar sua participação no programa da ISS se as sanções não fossem suspensas.

Os EUA e seus aliados ocidentais ameaçam impor novas sanções à Rússia se ela invadir a Ucrânia, embora a natureza exata dessas sanções ainda não seja conhecida.

A Rússia também havia dito anteriormente que devido à fadiga estrutural a ISS não seria capaz de funcionar além de 2030 — e alertou que equipamentos ultrapassados poderiam levar a falhas "irreparáveis".

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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

O perigo do mito sobre 'fortalecer' o sistema imunológico

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Por causa da pandemia, estamos todos falando sobre imunidade – mas o quanto realmente entendemos? O escritor de ciência Philipp Dettmer ajuda a esclarecer um dos mitos mais comuns sobre nosso sistema imunológico.
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TOPO
Por Philipp Dettmer*, BBC — Especial para a BBC News

Postado em 04 de fevereiro de 2022 às 11h20m

Post.- N.\ 10.198

São os anticorpos do nossos sistema imunológico que nos defendem de invasores como o vírus da gripe — Foto: Science Photo Library (via BBC)
São os anticorpos do nossos sistema imunológico que nos defendem de invasores como o vírus da gripe — Foto: Science Photo Library (via BBC)

Devido à pandemia, estamos todos falando sobre imunidade – mas o quanto realmente entendemos? O escritor de ciência Philipp Dettmer ajuda a esclarecer um dos mitos mais comuns sobre o sistema imunológico.

Da próxima vez que você acordar se sentindo mal, pense no exército de soldados lutando contra milhões de inimigos por você, dentro do seu corpo.

Enquanto micro-organismos intrusos atacam centenas de milhares de células do corpo, seu sistema imunológico está organizando uma defesa complexa, se comunicando através de vastas distâncias e gerando uma morte rápida para milhões, ou bilhões, desses invasores. Tudo isso enquanto você está tomando uma ducha, levemente irritado por estar doente. Os sintomas que você está tendo – coriza, febre, dor de garganta, o mal-estar geral – na verdade são o efeito dessa batalha que está acontecendo dentro do seu corpo.

O sistema imunológico é o sistema biológico mais complexo do corpo humano, com exceção do cérebro. E está sendo assunto agora mais do que nunca.

A pandemia introduziu um novo vocabulário em nossas vidas. Falamos sobre imunidade natural em pessoas que se recuperaram de Covid, em imunidade gerada por vacinas, em doses, efeitos colaterais... De repente, esses assuntos se tornaram tão comuns em uma conversa quanto falar sobre o clima.

Mas o fato de a imunidade estar presente com mais frequência em conversa não significa necessariamente que as pessoas saibam mais sobre ela. Vamos dar um exemplo. Talvez o maior equívoco seja a preocupação em obter um sistema imunológico "fortalecido".

A internet está cheia de produtos que prometem fazer exatamente isso: de café misturados com proteína em pó, de raízes místicas da floresta amazônica a pílulas de vitaminas, a lista é interminável.

Mas o que muitas pessoas não entendem é que o sistema imunológico pode ser perigoso. Não é uma coisa que queremos que seja desencadeada dentro de nós sem limites.

Em um mundo onde a autoajuda é um grande negócio, a ideia de "fortalecer" seu sistema imunológico é muito atraente. Mas não é um sistema imunológico forte que queremos, e sim um sistema imunológico equilibrado, que mantém todos os diferentes sistemas sob controle.

Estamos falando de uma coleção complexa e interconectada de centenas de bases e centros de recrutamento em todo o seu corpo. Eles estão conectados por uma superestrada, uma rede de vasos, tão vasta e onipresente quanto seu sistema cardiovascular.

Além de órgãos e infraestrutura, bilhões de células de defesa patrulham essas superestradas, ou sua corrente sanguínea, e estão prontas para enfrentar seus inimigos quando chamadas. Outras bilhões ficam de guarda no tecido do seu corpo que faz fronteira com o exterior, esperando que os invasores passem por elas. Há também trilhões de proteínas que você pode pensar que são como minas terrestres.

Seu sistema imunológico também tem universidades onde as células aprendem contra quem e como lutar, com a maior biblioteca biológica do universo, capaz de identificar e lembrar todos os possíveis invasores que você pode encontrar em sua vida.

O sistema imunológico é essencialmente uma ferramenta para distinguir "o outro", o estranho, do "eu". Não importa se o outro vai prejudicar o seu corpo ou não. Se o estranho não estiver em uma lista de convidados muito exclusiva que concede entrada gratuita, ele deve ser atacado e destruído – porque existe a possibilidade de prejudicá-lo. O que as vacinas fazem, por exemplo, é ajudar no reconhecimento desse inimigo.

Você provavelmente já entendeu a metáfora – é um sistema altamente complexo composto de muitos componentes diferentes. Um sistema imunológico que funciona bem é capaz de dosar a quantidade certa de força necessária para atacar qualquer infecção. Então a ideia de "fortalecer" esse sistema para ele ser mais agressivo é absurda.

Você não quer que o sistema imunológico seja como um jogador de rúgbi batendo nas coisas indiscriminadamente, você precisa que ele seja mais como um dançarino de balé: altamente treinado, preciso, capaz de agir rapidamente, mas dançando em harmonia com a música (o resto do corpo).

Há uma antiga palavra grega – homeostase, o equilíbrio de todas as coisas – que é o que devemos buscar.

É um sistema tão intrincado que muitas coisas podem dar errado se ele for forte demais, se estiver desregulado. Ele pode reagir exageradamente a uma infecção menor.

Esse mal-entendido é em parte resultado de uma imagem mental errada do que o termo significa. As pessoas pensam no sistema como um escudo de energia que você pode carregar. Mas ele não é isso, ele é uma infinidade de coisas ao mesmo tempo.

Na realidade, ninguém sabe quantas células de quais tipos e em que nível de atividade são necessárias para que seu sistema imunológico funcione de maneira ideal. Qualquer um que diga que sabe o que é necessário provavelmente está tentando lhe vender alguma coisa.

Pelo menos por enquanto, não há maneiras cientificamente comprovadas de tornar seu sistema imunológico mais agressivo por meio de um superalimento ou pílula. E, se houvesse, seria muito perigoso usá-los sem supervisão médica.

As pessoas preferem soluções fáceis e rápidas, mas a saúde depende de coisas muito chatas que as pessoas não querem ouvir. Exercício, uma dieta equilibrada e estresse reduzido. Todos sabemos que essas coisas são boas para nós, mas não queremos fazê-las.

O mais importante é ter uma dieta que forneça todas as vitaminas e nutrientes que seu corpo precisa, ingerindo frutas e legumes. Seu sistema imunológico constantemente produz muitos bilhões de novas células e elas precisam ser alimentadas.

Os efeitos positivos do exercício regular moderado para a saúde são conhecidos há muito tempo. A boa circulação permite que suas células e proteínas imunológicas se movam com mais eficiência e liberdade, o que as faz fazer seu trabalho melhor. O exercício também pode retardar seu declínio na velhice.

Levar uma vida menos estressante traz benefícios tangíveis à nossa saúde de várias maneiras, e uma delas é o sistema imunológico. Sem entrar em muitos detalhes, o estresse pode desencadear série de eventos que atrapalham o trabalho e o equilíbrio desse sistema.

Então, por que algumas pessoas parecem ter resfriados e gripes mais do que outras? Há três razões para isso.

A realidade é que não somos iguais. As escolhas de estilo de vida importam. Talvez você fume ou não coma tão bem quanto os outros. Talvez você tenha um trabalho muito estressante ou um trabalho que o exponha mais aos vírus, ou talvez você simplesmente seja sedentário.

E há genética. Todo mundo é um pouco diferente. Uma pessoa pode ser melhor no combate a vírus e outra no combate às bactérias.

E, em terceiro lugar, há a percepção. Todo mundo afirma conhecer alguém que diz que nunca fica doente, mas isso não é verdade.

Então, talvez da próxima vez que você acordar com o nariz escorrendo ou um pouco suado, pense no exército de ajudantes que o mantém vivo. E em vez de se sentir azarado, sinta-se agradecido.

*Philipp Dettmer é autor do novo livro IMMUNE (imune, sem edição em português) e criador do canal Kurzgesagt, um dos canais de ciência mais populares do YouTube.

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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Brasil retoma liderança do ranking mundial de juros reais

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País estava na segunda posição, mas 'recuperou' o topo com a alta da Selic para 10,75% nesta quarta-feira (2). Ranking leva em consideração os juros praticados em 40 países.
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Por g1

Postado em 03 de fevereiro de 2022 às 14h00m

Post.- N.\ 10.197

Brasil retoma liderança do ranking mundial de juros reais
Brasil retoma liderança do ranking mundial de juros reais

O Brasil é novamente o país com a maior taxa mundial de juros reais, segundo ranking compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management.

O país já tinha conquistado a liderança em outubro do ano passado mas, em dezembro, foi ultrapassado pela Turquia – que agora caiu para a 8ª posição.

O topo do ranking nada lisonjeiro foi retomado pelo Brasil após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de elevar a taxa básica de juros do país a 10,75% nesta quarta-feira (2).

Com a nova Selic, os juros reais, ou seja, descontada a inflação (leia mais abaixo), atingiram 6,41% ao ano.

A taxa de juros real é calculada com abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses, sendo considerada uma medida melhor para comparação com outros países.

VEJA O RANKING ABAIXO:

Ranking de juros reais — Foto: Economia g1
Ranking de juros reais — Foto: Economia g1

Juros nominais

Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira subiu para a terceira posição, atrás apenas de Argentina e Turquia.

Veja abaixo:

  1. Argentina 40,00%
  2. Turquia 14,00%
  3. Brasil 10,50%
  4. Rússia 8,50%
  5. México 5,50%
  6. Chile 5,50%
  7. Índia 5,40%
  8. China 4,35%
  9. África do Sul 4,00%
  10. Colômbia 4,00%
  11. República Checa 3,75%
  12. Indonésia 3,50%
  13. Hungria 2,90%
  14. Polônia 2,25%
  15. Filipinas 2,00%
  16. Malásia 1,75%
  17. Coreia do Sul 1,25%
  18. Taiwan 1,13%
  19. Canadá 0,25%
  20. Hong Kong 0,86%
  21. Nova Zelândia 0,75%
  22. Tailândia 0,42%
  23. Cingapura 0,31%
  24. Estados Unidos 0,25%
  25. Reino Unido 0,25%
  26. Austrália 0,10%
  27. Israel 0,10%
  28. Alemanha 0,00%
  29. Áustria 0,00%
  30. Bélgica 0,00%
  31. Espanha 0,00%
  32. França 0,00%
  33. Grécia 0,00%
  34. Holanda 0,00%
  35. Itália 0,00%
  36. Portugal 0,00%
  37. Suécia 0,00%
  38. Japão -0,10%
  39. Dinamarca -0,60%
  40. Suíça -0,75%
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Fóssil de crânio de pterossauro originário da Bacia do Araripe, no Ceará, é devolvido ao Brasil por museu da Bélgica

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Fóssil estava sob os cuidados, em caráter provisório, do Instituto Real de Ciências Naturais da Bélgica (IRSN). Ele agora vai ser direcionado ao Museu de Ciências da Terra, no Rio de Janeiro.
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Por G1 CE

Postado em 03 de fevereiro de 2022 às 11h15m

Post.- N.\ 10.196

Crânio de pterossauro da mesma família que o devolvido pela Bélgica ao Brasil, conforme pesquisadores. — Foto: Divulgação/Urca
Crânio de pterossauro da mesma família que o devolvido pela Bélgica ao Brasil, conforme pesquisadores. — Foto: Divulgação/Urca

O fóssil de um crânio da espécie Pteurosauria originário da Bacia do Araripe, no Ceará, foi repatriado da Bélgica para o Brasil na última segunda-feira (31). A peça paleontológica estava no acervo do Instituto Real de Ciências Naturais da Bélgica.

De acordo com o coordenador do Laboratório de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri (Urca), Álamo Saraiva, o crânio é de um tapejarídeo, um pterossauro que viveu na Bacia do Araripe entre 220 e 116 milhões de nos atrás.

"Esse fóssil que estava na Real Academia de Ciência da Bélgica talvez tenha saído do Brasil nos anos 1990. É um fóssil muito importante, é um crânio completo de um tapejarídeo, ou seja, de um pterossauro que viveu aqui na Bacia do Araripe aproximadamente entre 220 a 116 milhões de anos passados. Esse material é importante pelo estado de preservação em que ele se encontra", explica.

Embora tenha origem cearense, o fóssil repatriado vai ficar no Rio de Janeiro, sob os cuidados do Museu de Ciências da Terra.

"Fico feliz em saber que ele volta para o Brasil e, ao mesmo tempo, um pouco de constrangimento por saber que ele não vem para o local de origem dele, que é a Bacia do Araripe, onde tem o Geopark Araripe, onde tem o Museu de Paleontologia. Lembrando que essas peças nos trazem dividendo no sentido de ficarem expostas em museus, atraindo turistas ao passo que em outro museu poderia ficar dentro de uma gaveta", diz.

Álamo Saraiva deu detalhes do animal cujo fóssil se tornou patrimônio paleontológico brasileiro. "Esse pterossauro é um tapejarídeo, ou seja aqueles que tinham uma crista grande, talvez bem colorida no alto da cabeça. Eles não possuíam dentes e dessa forma ele tem muitos representantes aqui da mesma família, contudo com uma preservação especial. Acreditamos que ele tivesse cerca de 4 a 5 metros de envergadura de asa. Deveria ser um ser muito elegante quando estava em voo", revela.

Em nota, o governo brasileiro agradeceu à Bélgica, e em especial ao Instituto Real de Ciências Naturais, pela cooperação para retorno do fóssil ao Brasil. A recuperação do fóssil foi coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Bruxelas e do Serviço Geológico Brasileiro.

Fósseis extraídos ilegalmente do Ceará são vendidos por até US$ 150 mil cada no exteriorFósseis extraídos ilegalmente do Ceará são vendidos por até US$ 150 mil cada no exterior

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Centro da Terra está esfriando mais rápido: quais podem ser as consequências?

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Entre o núcleo e o manto da Terra ocorrem reações que determinam as dinâmicas do planeta. Uma nova pesquisa questiona o que se sabia sobre esses fenômenos.
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TOPO
Por BBC

Postado em 03 de fevereiro de 2022 às 10h05m

Post.- N.\ 10.195

Entre o núcleo e o manto da Terra ocorrem reações que determinam as dinâmicas do planeta — Foto: Getty Images via BBC
Entre o núcleo e o manto da Terra ocorrem reações que determinam as dinâmicas do planeta — Foto: Getty Images via BBC

O interior do planeta Terra tem um núcleo que permaneceu quente por mais de 4,5 bilhões de anos, mas que lenta e inevitavelmente está esfriando.

O núcleo da Terra é chave para a vida. Se um dia ele se apagar, o planeta se converterá numa gigantesca rocha fria e inerte. Agora uma pesquisa recente calculou que esse esfriamento está ocorrendo mais rápido do que se pensava.

Esse esfriamento ocorre em escalas de milhares de milhões de anos, portanto, por mais rápido que ocorra, nenhum de nós estará vivo para ver como seria essa morte fria do planeta.

Os especialistas, no entanto, concordam que investigar esses processos naturais é chave para compreender melhor a evolução da Terra e os fenômenos que afetam a vida no planeta.

Mas em que consiste esse esfriamento e como descobriram que ele está ocorrendo mais rapidamente do que se pensava? 
O interior da Terra

O núcleo da Terra fica a quase 3.000 km de profundidade da crosta terrestre, com um raio de 3.500 km. As temperaturas do núcleo podem flutuar entre 4.400° C e 6.000° C, temperaturas simulares às do Sol.

O núcleo interno é uma esfera sólida, composta majoritariamente de ferro. O núcleo externo é formado por um líquido maleável, composto de ferro e níquel. É no núcleo externo que se forma o campo magnético da Terra, que protege o planeta dos perigosos ventos solares. A colossal quantidade de energia térmica que emana do interior do planeta coloca em marcha fenômenos como as placas tectônicas e a atividade vulcânica.

Além disso, nas fronteiras do núcleo ocorre um processo que foi crucial para o novo estudo: a convecção do manto terrestre, que se refere à transferência de calor do núcleo até o manto.

A fronteira do núcleo

Os cientistas não sabem exatamente quanto tempo levará para a Terra esfriar até o ponto em que os fenômenos naturais que impulsionam o núcleo parem de ocorrer ou que o campo magnético desapareça, por exemplo.

Uma equipe do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique (ETH) e da Carnegie Institution for Science, nos Estados Unidos, acredita que a chave para desvendar esse mistério está nos minerais que transportam calor do núcleo para o manto.

Esta região fronteiriça é constituída principalmente por um mineral chamado bridgmanita, que tem uma estrutura cristalina e só pode existir sob grande pressão, a partir de cerca de 700 km de profundidade.

Não existe tecnologia para escavar e estudar minerais nessa profundidade, então o professor da ETH Motohiko Murakami projetou um experimento para simular essas condições em laboratório.

Pressão e temperatura

Murakami e seus colegas desenvolveram um método para medir a quantidade de calor que a bridgmanita pode conduzir. O que eles fizeram foi fabricar um diamante bridgmanita a partir dos elementos que compõem esse mineral.

Eles então inseriram o cristal em um dispositivo que simula a pressão e a temperatura que prevalecem no interior da Terra. Dentro do dispositivo, eles dispararam pulsos de feixes de laser que irradiaram e aqueceram o mineral, em um processo conhecido como "medição de absorção óptica".

Dessa forma, eles puderam ver como o mineral reagia em diferentes pressões e temperaturas. "Esse sistema de medição nos permitiu mostrar que a condutividade térmica da bridgmanita é cerca de 1,5 vezes maior do que se supunha anteriormente", diz Murakami em comunicado.

Segundo o pesquisador, isso indica que o fluxo de calor do núcleo para o manto também é maior do que se pensava anteriormente.

O resultado do experimento sugere que quanto mais rápido o calor é transferido do núcleo para o manto, mais rápido o calor é perdido do núcleo, o que acelera o resfriamento da Terra.

Alem disso, os autores acreditam que esse esfriamento mudaria a composição dos minerais do manto.

Quando a bridgmanita esfria, ela se transforma em outro mineral chamado pós-perovskita.

A pós-perovskita conduz o calor com muito mais eficiência do que a bridgmanita, então, à medida que a bridgmanita no limite do manto se converte em pós-perovskita, a Terra esfria ainda mais rapidamente, dizem os pesquisadores.

Destinados a morrer?

Esse resfriamento mais rápido pode ter várias consequências, observam os autores do estudo. Por um lado, pode fazer com que as placas tectônicas, que são mantidas em movimento pelo fluxo do manto, desacelerem mais rápido do que o esperado.

"Nossos resultados podem nos dar uma nova perspectiva sobre a evolução da dinâmica da Terra", explica Murakami.

Murakami, no entanto, adverte que, neste momento, eles não podem estimar quanto tempo levará para esse resfriamento interromper a atividade no manto.

Para isso, eles precisam entender melhor a dinâmica do manto e as reações dos elementos que o compõem.

"Este estudo oferece uma nova visão do principal processo geológico que afeta planetas rochosos (como a Terra): a velocidade com que eles esfriam", disse à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, Paul Byrne, professor de Ciências Planetárias e da Terra da Washington University em Saint Louis, Estados Unidos, que não esteve envolvido na pesquisa.

"Marte, Mercúrio e a Lua esfriaram tanto nos últimos 4,5 bilhões de anos que, geologicamente falando, são essencialmente inertes."

Portanto, diferentemente da Terra, Marte, Mercúrio e a Lua não possuem placas tectônicas, explica o especialista. "É esse o destino que aguarda nosso mundo?" Byrne se pergunta.

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