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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Brasil retoma liderança do ranking mundial de juros reais

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País estava na segunda posição, mas 'recuperou' o topo com a alta da Selic para 10,75% nesta quarta-feira (2). Ranking leva em consideração os juros praticados em 40 países.
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Por g1

Postado em 03 de fevereiro de 2022 às 14h00m

Post.- N.\ 10.197

Brasil retoma liderança do ranking mundial de juros reais
Brasil retoma liderança do ranking mundial de juros reais

O Brasil é novamente o país com a maior taxa mundial de juros reais, segundo ranking compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management.

O país já tinha conquistado a liderança em outubro do ano passado mas, em dezembro, foi ultrapassado pela Turquia – que agora caiu para a 8ª posição.

O topo do ranking nada lisonjeiro foi retomado pelo Brasil após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de elevar a taxa básica de juros do país a 10,75% nesta quarta-feira (2).

Com a nova Selic, os juros reais, ou seja, descontada a inflação (leia mais abaixo), atingiram 6,41% ao ano.

A taxa de juros real é calculada com abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses, sendo considerada uma medida melhor para comparação com outros países.

VEJA O RANKING ABAIXO:

Ranking de juros reais — Foto: Economia g1
Ranking de juros reais — Foto: Economia g1

Juros nominais

Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira subiu para a terceira posição, atrás apenas de Argentina e Turquia.

Veja abaixo:

  1. Argentina 40,00%
  2. Turquia 14,00%
  3. Brasil 10,50%
  4. Rússia 8,50%
  5. México 5,50%
  6. Chile 5,50%
  7. Índia 5,40%
  8. China 4,35%
  9. África do Sul 4,00%
  10. Colômbia 4,00%
  11. República Checa 3,75%
  12. Indonésia 3,50%
  13. Hungria 2,90%
  14. Polônia 2,25%
  15. Filipinas 2,00%
  16. Malásia 1,75%
  17. Coreia do Sul 1,25%
  18. Taiwan 1,13%
  19. Canadá 0,25%
  20. Hong Kong 0,86%
  21. Nova Zelândia 0,75%
  22. Tailândia 0,42%
  23. Cingapura 0,31%
  24. Estados Unidos 0,25%
  25. Reino Unido 0,25%
  26. Austrália 0,10%
  27. Israel 0,10%
  28. Alemanha 0,00%
  29. Áustria 0,00%
  30. Bélgica 0,00%
  31. Espanha 0,00%
  32. França 0,00%
  33. Grécia 0,00%
  34. Holanda 0,00%
  35. Itália 0,00%
  36. Portugal 0,00%
  37. Suécia 0,00%
  38. Japão -0,10%
  39. Dinamarca -0,60%
  40. Suíça -0,75%
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Fóssil de crânio de pterossauro originário da Bacia do Araripe, no Ceará, é devolvido ao Brasil por museu da Bélgica

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Fóssil estava sob os cuidados, em caráter provisório, do Instituto Real de Ciências Naturais da Bélgica (IRSN). Ele agora vai ser direcionado ao Museu de Ciências da Terra, no Rio de Janeiro.
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Por G1 CE

Postado em 03 de fevereiro de 2022 às 11h15m

Post.- N.\ 10.196

Crânio de pterossauro da mesma família que o devolvido pela Bélgica ao Brasil, conforme pesquisadores. — Foto: Divulgação/Urca
Crânio de pterossauro da mesma família que o devolvido pela Bélgica ao Brasil, conforme pesquisadores. — Foto: Divulgação/Urca

O fóssil de um crânio da espécie Pteurosauria originário da Bacia do Araripe, no Ceará, foi repatriado da Bélgica para o Brasil na última segunda-feira (31). A peça paleontológica estava no acervo do Instituto Real de Ciências Naturais da Bélgica.

De acordo com o coordenador do Laboratório de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri (Urca), Álamo Saraiva, o crânio é de um tapejarídeo, um pterossauro que viveu na Bacia do Araripe entre 220 e 116 milhões de nos atrás.

"Esse fóssil que estava na Real Academia de Ciência da Bélgica talvez tenha saído do Brasil nos anos 1990. É um fóssil muito importante, é um crânio completo de um tapejarídeo, ou seja, de um pterossauro que viveu aqui na Bacia do Araripe aproximadamente entre 220 a 116 milhões de anos passados. Esse material é importante pelo estado de preservação em que ele se encontra", explica.

Embora tenha origem cearense, o fóssil repatriado vai ficar no Rio de Janeiro, sob os cuidados do Museu de Ciências da Terra.

"Fico feliz em saber que ele volta para o Brasil e, ao mesmo tempo, um pouco de constrangimento por saber que ele não vem para o local de origem dele, que é a Bacia do Araripe, onde tem o Geopark Araripe, onde tem o Museu de Paleontologia. Lembrando que essas peças nos trazem dividendo no sentido de ficarem expostas em museus, atraindo turistas ao passo que em outro museu poderia ficar dentro de uma gaveta", diz.

Álamo Saraiva deu detalhes do animal cujo fóssil se tornou patrimônio paleontológico brasileiro. "Esse pterossauro é um tapejarídeo, ou seja aqueles que tinham uma crista grande, talvez bem colorida no alto da cabeça. Eles não possuíam dentes e dessa forma ele tem muitos representantes aqui da mesma família, contudo com uma preservação especial. Acreditamos que ele tivesse cerca de 4 a 5 metros de envergadura de asa. Deveria ser um ser muito elegante quando estava em voo", revela.

Em nota, o governo brasileiro agradeceu à Bélgica, e em especial ao Instituto Real de Ciências Naturais, pela cooperação para retorno do fóssil ao Brasil. A recuperação do fóssil foi coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Bruxelas e do Serviço Geológico Brasileiro.

Fósseis extraídos ilegalmente do Ceará são vendidos por até US$ 150 mil cada no exteriorFósseis extraídos ilegalmente do Ceará são vendidos por até US$ 150 mil cada no exterior

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Centro da Terra está esfriando mais rápido: quais podem ser as consequências?

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Entre o núcleo e o manto da Terra ocorrem reações que determinam as dinâmicas do planeta. Uma nova pesquisa questiona o que se sabia sobre esses fenômenos.
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TOPO
Por BBC

Postado em 03 de fevereiro de 2022 às 10h05m

Post.- N.\ 10.195

Entre o núcleo e o manto da Terra ocorrem reações que determinam as dinâmicas do planeta — Foto: Getty Images via BBC
Entre o núcleo e o manto da Terra ocorrem reações que determinam as dinâmicas do planeta — Foto: Getty Images via BBC

O interior do planeta Terra tem um núcleo que permaneceu quente por mais de 4,5 bilhões de anos, mas que lenta e inevitavelmente está esfriando.

O núcleo da Terra é chave para a vida. Se um dia ele se apagar, o planeta se converterá numa gigantesca rocha fria e inerte. Agora uma pesquisa recente calculou que esse esfriamento está ocorrendo mais rápido do que se pensava.

Esse esfriamento ocorre em escalas de milhares de milhões de anos, portanto, por mais rápido que ocorra, nenhum de nós estará vivo para ver como seria essa morte fria do planeta.

Os especialistas, no entanto, concordam que investigar esses processos naturais é chave para compreender melhor a evolução da Terra e os fenômenos que afetam a vida no planeta.

Mas em que consiste esse esfriamento e como descobriram que ele está ocorrendo mais rapidamente do que se pensava? 
O interior da Terra

O núcleo da Terra fica a quase 3.000 km de profundidade da crosta terrestre, com um raio de 3.500 km. As temperaturas do núcleo podem flutuar entre 4.400° C e 6.000° C, temperaturas simulares às do Sol.

O núcleo interno é uma esfera sólida, composta majoritariamente de ferro. O núcleo externo é formado por um líquido maleável, composto de ferro e níquel. É no núcleo externo que se forma o campo magnético da Terra, que protege o planeta dos perigosos ventos solares. A colossal quantidade de energia térmica que emana do interior do planeta coloca em marcha fenômenos como as placas tectônicas e a atividade vulcânica.

Além disso, nas fronteiras do núcleo ocorre um processo que foi crucial para o novo estudo: a convecção do manto terrestre, que se refere à transferência de calor do núcleo até o manto.

A fronteira do núcleo

Os cientistas não sabem exatamente quanto tempo levará para a Terra esfriar até o ponto em que os fenômenos naturais que impulsionam o núcleo parem de ocorrer ou que o campo magnético desapareça, por exemplo.

Uma equipe do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique (ETH) e da Carnegie Institution for Science, nos Estados Unidos, acredita que a chave para desvendar esse mistério está nos minerais que transportam calor do núcleo para o manto.

Esta região fronteiriça é constituída principalmente por um mineral chamado bridgmanita, que tem uma estrutura cristalina e só pode existir sob grande pressão, a partir de cerca de 700 km de profundidade.

Não existe tecnologia para escavar e estudar minerais nessa profundidade, então o professor da ETH Motohiko Murakami projetou um experimento para simular essas condições em laboratório.

Pressão e temperatura

Murakami e seus colegas desenvolveram um método para medir a quantidade de calor que a bridgmanita pode conduzir. O que eles fizeram foi fabricar um diamante bridgmanita a partir dos elementos que compõem esse mineral.

Eles então inseriram o cristal em um dispositivo que simula a pressão e a temperatura que prevalecem no interior da Terra. Dentro do dispositivo, eles dispararam pulsos de feixes de laser que irradiaram e aqueceram o mineral, em um processo conhecido como "medição de absorção óptica".

Dessa forma, eles puderam ver como o mineral reagia em diferentes pressões e temperaturas. "Esse sistema de medição nos permitiu mostrar que a condutividade térmica da bridgmanita é cerca de 1,5 vezes maior do que se supunha anteriormente", diz Murakami em comunicado.

Segundo o pesquisador, isso indica que o fluxo de calor do núcleo para o manto também é maior do que se pensava anteriormente.

O resultado do experimento sugere que quanto mais rápido o calor é transferido do núcleo para o manto, mais rápido o calor é perdido do núcleo, o que acelera o resfriamento da Terra.

Alem disso, os autores acreditam que esse esfriamento mudaria a composição dos minerais do manto.

Quando a bridgmanita esfria, ela se transforma em outro mineral chamado pós-perovskita.

A pós-perovskita conduz o calor com muito mais eficiência do que a bridgmanita, então, à medida que a bridgmanita no limite do manto se converte em pós-perovskita, a Terra esfria ainda mais rapidamente, dizem os pesquisadores.

Destinados a morrer?

Esse resfriamento mais rápido pode ter várias consequências, observam os autores do estudo. Por um lado, pode fazer com que as placas tectônicas, que são mantidas em movimento pelo fluxo do manto, desacelerem mais rápido do que o esperado.

"Nossos resultados podem nos dar uma nova perspectiva sobre a evolução da dinâmica da Terra", explica Murakami.

Murakami, no entanto, adverte que, neste momento, eles não podem estimar quanto tempo levará para esse resfriamento interromper a atividade no manto.

Para isso, eles precisam entender melhor a dinâmica do manto e as reações dos elementos que o compõem.

"Este estudo oferece uma nova visão do principal processo geológico que afeta planetas rochosos (como a Terra): a velocidade com que eles esfriam", disse à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, Paul Byrne, professor de Ciências Planetárias e da Terra da Washington University em Saint Louis, Estados Unidos, que não esteve envolvido na pesquisa.

"Marte, Mercúrio e a Lua esfriaram tanto nos últimos 4,5 bilhões de anos que, geologicamente falando, são essencialmente inertes."

Portanto, diferentemente da Terra, Marte, Mercúrio e a Lua não possuem placas tectônicas, explica o especialista. "É esse o destino que aguarda nosso mundo?" Byrne se pergunta.

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terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Raio de 768 km é registrado nos EUA e bate recorde mundial, diz Organização Meteorológica Mundial

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Recorde anterior havia sido registrado no Brasil. Agência da ONU também validou outro recorde, o do raio de maior duração, durante uma tempestade elétrica no Uruguai e na Argentina.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 01 de fevereiro de 2022 às 09h30m

Post.- N.\ 10.194

Imagem de satélite fornecida pela NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA) mostra um complexo de tempestades que contém o mais longo flash único (raio) do mundo, que cobriu uma distância horizontal de 768 km, em partes do sul dos Estados Unidos, em 29 de abril de 2020 — Foto: NOAA via AP
Imagem de satélite fornecida pela NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA) mostra um complexo de tempestades que contém o mais longo flash único (raio) do mundo, que cobriu uma distância horizontal de 768 km, em partes do sul dos Estados Unidos, em 29 de abril de 2020 — Foto: NOAA via AP

Um raio que percorreu 768 km nos Estados Unidos bateu o recorde de maior do mundo para esse tipo de fenômeno, anunciou a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

O raio cruzou três estados do sul do país (Texas, Louisiana e Mississippi) em 29 de abril de 2020.

O recorde anterior havia sido registrado no Brasil, com um raio de 709 km que cortou a região Sul em 31 de outubro de 2018 (veja na imagem abaixo).

A agência da ONU também validou outro recorde, o do raio de maior duração, durante uma tempestade elétrica no Uruguai e na Argentina. O raio durou 17,102 segundos em 18 de junho de 2020.

O recorde de duração anterior havia sido registrado no norte da Argentina, em 4 de março de 2019, de um raio que durou 16,73 segundos.

Imagem de satélite mostra o maior raio do mundo, em extensão: ele cortou o Sul do Brasil em outubro de 2018, percorrendo uma distância de 709 km. — Foto: Divulgação/NOAA
Imagem de satélite mostra o maior raio do mundo, em extensão: ele cortou o Sul do Brasil em outubro de 2018, percorrendo uma distância de 709 km. — Foto: Divulgação/NOAA

Os dois novos recordes foram estabelecidos em áreas conhecidas por esse tipo de fenômeno: as Grandes Planícies, na América do Norte, e a Bacia do Prata, na América do Sul.

"Os raios são um perigo importante e muitas pessoas morrem anualmente", afirmou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas. "Esses novos registros destacam a preocupação grave com a segurança pública associada às nuvens eletrificadas, as quais produzem raios que podem percorrer distâncias consideráveis".

Segundo a OMM, os únicos lugares seguros para se proteger são grandes edifícios com fiação e encanamento, ou veículos totalmente fechados com teto de metal.

'Valores ainda mais extremos'

Os especialistas da OMM, que mantém o registro oficial de fenômenos extremos, se baseiam na tecnologia de satélite para medir os raios. Os novos recordes validados pela organização da ONU foram publicados no Boletim da Sociedade Meteorológica Americana.

"É provável que existam valores ainda mais extremos, e provavelmente poderemos observá-los quando as técnicas de detecção de raios forem ainda mais sofisticadas", disse Randall Cerveny, relator da OMM para os fenômenos meteorológicos e climáticos extremos.

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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Bilionário ultrapassa 400 km/h na Alemanha e incomoda autoridades

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Radim Passer acelerou seu Bugatti Chiron até atingir 414 km/h. O Partido Verde, influente no país, quer colocar barreira de 130 km/h nas autobahns.
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TOPO
Por RFI

Postado em 31 de janeiro de 2022 às 18h50m

Post.- N.\ 10.193

Foto tirada com longa exposição mostra carros em uma rodovia de Frankfurt, na Alemanha — Foto: Michael Probst/AP
Foto tirada com longa exposição mostra carros em uma rodovia de Frankfurt, na Alemanha — Foto: Michael Probst/AP

O bilionário tcheco Radim Passer gravou um vídeo em que ele acelera seu Bugatti em uma rodovia alemã para testar sua potência. O carro atinge a marca de 414 km/h. Apesar de não ter cometido qualquer infração de trânsito, o caso incomoda as autoridades alemãs, que veem um abuso na prática, e põe em xeque a existência de estradas sem limite de velocidade no país. O Partido Verde, parte da aliança governista, quer colocar barreira de 130 km/h.

Apenas um teste para seu carro de luxo. Aproveitando uma viagem à Alemanha, onde algumas rodovias, chamadas de Autobahn, não têm limite de velocidade, o bilionário tcheco decidiu colocar seu carro esportivo à prova.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Radim Passer aparece acelerando um Bugatti Chiron, um carro conhecido como um dos mais velozes do mundo e que custa cerca de € 3 milhões (R$ 18 milhões).

No vídeo, o bilionário dirige seu carro usando um macacão como o de pilotos de Fórmula-1, mas bem longe dos circuitos protegidos de automobilismo. As imagens, gravadas através do para-brisa dianteiro, mostram o veículo de luxo ultrapassando diversos carros e caminhões que circulam na estrada, até chegar a velocidade de 414 km/h.

A marca é comemorada com gritos e palmas por Radim Passer, que chega a tirar uma das mãos do volante. Em tom de brincadeira, a gravação mostra ao final do vídeo a mensagem escrita na parte traseira do Bugatti para aqueles que são ultrapassados: tenha um bom dia.

A gravação foi feita nas proximidades de Wittenberg, município de 46 mil habitantes entre Leipizig e Berlim. E o teste, segundo Radim Passer, não foi feito com apenas um carro. Ele foi repetido com um Porsche 911 Turbo, uma Lamborghini Aventador e um Bentler Flying Spur. Todos testes filmados.

O vídeo do Bugatti, que já foi visto mais de 8 milhões vezes em todo o mundo, irritou as autoridades alemãs.

No último dia 19, o ministro dos Transportes Volker Wissing criticou o bilionário.Só porque alguns trechos da rodovia não têm limite de velocidade afixado, não significa que você possa correr o quanto quiser", disse o político, segundo a Franceinfo.

A notícia da aventura tem causado revolta na população, devido ao risco imposto aos outros motoristas por uma brincadeira.

Durante a campanha para o governo, o Partido Verde (Die Grünen) chegou a propor a imposição de um limite de velocidade em todas as rodovias do país a 130 km/h por razões ecológicas. A ideia, que a princípio não foi adotada pelo governo de Olaf Scholz, agora pode encontrar um terreno mais propício na opinião pública para sua aprovação, desta vez por razões de segurança.

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Cientistas descem a 8km de profundidade na Fossa do Atacama: 'Outro planeta'

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Após três horas de descida, os oceanógrafos chilenos Osvaldo Ulloa e Rubén Escribano chegaram a um lugar nunca visto pelo ser humano.
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TOPO
Por Ángela Posada-Swafford, BBC — Especial para BBC Mundo

Postado em 31 de janeiro de 2022 às 13h05m

Post.- N.\ 10.192

Osvaldo Ulloa momentos antes da descida — Foto: Nick Verola - Caladan Oceanic (via BBC)
Osvaldo Ulloa momentos antes da descida — Foto: Nick Verola - Caladan Oceanic (via BBC)

Durante anos, os oceanógrafos chilenos Osvaldo Ulloa e Rubén Escribano imaginaram em suas conversas como seria a paisagem "alienígena" da Fossa do Atacama, a fenda impressionante que cai a mais de 8.000 metros de profundidade nas costas do Chile e do Peru, e que nenhum ser humano tinha visto diretamente.

Ulloa e Escribano, diretor e vice-diretor, respectivamente, do Instituto Milênio de Oceanografia da Universidade de Concepción, no Chile, tinham se resignado a estudar a Fossa do Atacama a partir da superfície.

Junto com sua equipe, eles mapearam parte da topografia da Fossa do Atacama pela primeira vez. Em 2018, durante a Expedição Atacamex, eles tiraram algumas fotos, vídeos, e coletaram amostras de água e DNA das estranhas criaturas que habitam o fundo deste submundo.

Chegar a essa profundidade, tecnicamente, é mais ou menos como ir à Lua – sonhar em ser testemunha ocular do seu objeto de estudo nunca tinha sido uma opção… Pelo menos, até agora.

Ambos os cientistas desceram ao local neste ano com a expedição do explorador americano Víctor Vescovo – que em 2019 se tornou a primeira pessoa a visitar os cinco pontos mais profundos dos cinco oceanos, pilotando um submarino especialmente construído para esse propósito.

Ulloa, Escribano e Vescovo são os primeiros seres humanos a descer à Fossa do Atacama.

Cada uma das duas viagens durou um total de dez horas, para as quais os aquanautas literalmente tiveram que se desidratar na noite anterior, levar roupas quentes e fazer um sanduíche.

Em dois mergulhos separados, primeiro Ulloa e depois Escribano embarcaram junto com Vescovo, em uma esfera de titânio muito pequena, coberta por uma espessa camada protetora de espuma sintética.

Apelidado de Limiting Factor (Fator Limitante, em tradução livre), em homenagem aos romances ficcionais de Ian Banks, o submarino é a maravilha tecnológica que rotineiramente abre as portas para a exploração da chamada zona hadal dos oceanos, ou seja, tudo o que existe abaixo de 6.000 metros.

"Esta foi a aventura da minha vida e o auge da minha carreira como pesquisador de ciências marinhas", disse Ulloa, de 60 anos, à BBC Mundo (serviço em espanhol da BBC), minutos depois daquele mergulho e já de volta à "nave-mãe", a embarcação Pressure Drop.

Silêncio e música no fundo do mar

"O interior da esfera é cinza escuro, tem duas cadeiras confortáveis e é forrado com tanques de oxigênio e interruptores para todos os aparelhos eletrônicos. Na parte inferior, há três escotilhas que permitem uma visão do fundo do mar. Fiquei impressionado com a suavidade da travessia e o silêncio, apenas interrompido pelas comunicações com a superfície".

A descida até o ponto mais profundo da Fossa – 8.069 metros, segundo os mapas feitos no dia anterior – levou três horas e meia. Ulloa imaginou que ficaria entediado, mas entre momentos de conversa com Vescovo, acabaram ouvindo música.

Ulloa colocou uma música do cantor e compositor chileno Manuel García em dueto com Mon Laferte e mostrou a Vescovo fotos de seus filhos, que moram na Suécia. Por sua vez, Vescovo escolheu Tequila Sunrise, do grupo The Eagles, e contou-lhe sobre suas motivações para explorar as profundezas. Entre risos, decidiram que quando voltassem teriam tempo de ver um trecho da série espanhola El Cid. E assim foi.

Em algum momento da descida, comeram metade dos sanduíches: de atum para Vescovo e salada de ovos para Ulloa.

Uma vez no fundo, Vescovo manobrou a espaçonave sobre um incrível terreno de vales, cordilheiras e outras formações rochosas que trarão informações importantes sobre a geologia característica desta região do planeta.

"Também ficamos impressionados com o grande número de holotúrias, uma espécie de pepino-do-mar que foi encontrada em outras trincheiras, mas que estava presente em grande abundância aqui", diz Ulloa.

"Mas se há algo que eu, como microbiologista, queria nesta expedição, era encontrar "tapetes" de colônias de micróbios. E é por isso que vê-los com meus próprios olhos foi algo extraordinário, a confirmação pela primeira vez de sua existência na Fossa do Atacama e a mais de 8.000 metros.

'Outro planeta'

Para Rubén Escribano, de 64 anos, a experiência, dois dias depois, foi igualmente intensa.

Como seu interesse é a fauna, Vescovo desceu apenas até 7.330 metros, explorando a vertente leste da Fossa em busca de organismos mais abundantes.

Eles encontraram criaturas inesperadas para tais profundidades, como corais de água fria e uma estrela do mar solitária. Eles também foram capazes de observar animais presentes em maior número do que em qualquer outra Fossa estudada até agora. Incluindo vermes poliquetas, crustáceos anfípodes e outras criaturas hadais, que só agora começaram a ser estudadas.

"Disseram-me que tínhamos que estudar a Fossa, mas não me disseram que tínhamos que ir até lá", brincou Escribano, assim que saiu do submersível e pisou no convés.

"Foi algo mágico, como pousar em outro planeta e ver as estruturas construídas por esses seres. Imaginei que fossem pequenas cidades feitas por vermes e crustáceos que fazem caminhos no sedimento."

A Expedição Atacama Hadal também fez mapas em alta resolução de vários trechos da Fossa do Atacama, que, com 5.900 quilômetros de extensão, é uma das fendas mais longas do oceano profundo. Uma estrutura formidável que nasce onde a placa de Nazca afunda sob a da América do Sul, o que causa os terremotos e tsunamis que atingem essa região.

Os mapas serão fundamentais para determinar o local ideal para instalar os sensores de um futuro projeto para estabelecer o primeiro sistema de observação ancorado no fundo do oceano, um esforço titânico em construção pela comunidade científica chilena.

Estudar como as condições físicas, geoquímicas e biológicas presentes na área mudam ao longo do tempo forneceria a base científica que pode ser usada para eventualmente observar os efeitos das mudanças climáticas em altas profundidades. E para entender melhor os processos que causam grandes terremotos e tsunamis na região.

"Tivemos um acesso único para dar um salto na ciência oceanográfica chilena e estou confiante de que essa conquista inspirará novas gerações", disse Ulloa.

Por sua vez, Vescovo diz estar comprometido com o esforço de continuar mapeando dezenas de milhares de quilômetros quadrados por mês para apoiar a iniciativa GEBCO 2030, que busca concluir o mapeamento de todo o fundo do mar até 2030.

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