Total de visualizações de página

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

David Card, Joshua Angrist e Guido Imbens ganham Nobel de Economia 2021

===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====


Pesquisadores fizeram estudos para entender os efeitos de salário mínimo, imigração e educação no mercado de trabalho.
===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====
Por g1

Postado em 11 de outubro de 2021 às 09h05m


.|  .. .    Post.- N.\ 10.029    . ..  |.
 

David Card, Joshua Angrist e Guido Imbens ganham Nobel de Economia 2021 — Foto: UC Berkeley/Redes sociais/Stanford University
David Card, Joshua Angrist e Guido Imbens ganham Nobel de Economia 2021 — Foto: UC Berkeley/Redes sociais/Stanford University

David Card, Joshua D. Angrist e Guido W. Imbens foram premiados nesta segunda-feira (11) com o prêmio Nobel de Economia 2021.

Os pesquisadores foram premiados pelo uso de experimentos naturais (situações da vida real para calcular seus impactos no mundo) para entender as relações de causa e efeito em áreas como mercado de trabalho e educação. Essa abordagem dos economistas acabou se estendendo para outras áreas e revolucionou as pesquisas de campo pelo mundo.

Veja as principais contribuições de cada estudo premiado:

  • David Card: efeitos do salário mínimo, da migração e da educação no mercado de trabalho.
  • Joshua D. Angrist e Guido W. Imbens: uso de metodologia para entender o efeito de um ano a mais na escola para os estudantes.

De acordo com a Real Academia de Ciências da Suécia, "os economistas revolucionaram a pesquisa empírica nas ciências sociais e melhoraram significativamente a capacidade da comunidade de pesquisa de responder a perguntas de grande importância".

David Card recebeu o prêmio por suas contribuições empíricas para a economia do trabalho. Já Joshua D. Angrist e Guido W. Imbens foram laureados por suas contribuições metodológicas para a análise das relações de causa e efeito.

Os estudos de Card sobre questões centrais para a sociedade e as contribuições metodológicas de Angrist e Imbens mostraram que experimentos naturais são uma rica fonte de conhecimento. A pesquisa deles melhorou substancialmente nossa capacidade de responder às principais questões causais, o que foi de grande benefício para a sociedade, disse Peter Fredriksson, presidente do Comitê do Prêmio de Ciências Econômicas.

Os pesquisadores receberão um prêmio em dinheiro de 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,1 milhão) - metade vai para David Card e a outra metade será dividida entre Joshua Angrist e Guido Imbens, porque a premiação é pelo estudo.

Ilustração mostra os vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2021: David Card, Joshua D. Angrist e Guido W. Ibens — Foto: Divuglação/Real Academia Sueca
Ilustração mostra os vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2021: David Card, Joshua D. Angrist e Guido W. Ibens — Foto: Divuglação/Real Academia Sueca

Os outros vencedores do prêmio Nobel deste ano foram:

David Card, vencedor do Prêmio Nobel de Economia — Foto: UC Berkeley/Divulgação
David Card, vencedor do Prêmio Nobel de Economia — Foto: UC Berkeley/Divulgação

David Card nasceu em 1956 em Guelph, no Canadá, e é professor de economia na Universidade da Califórnia, nos EUA.

Por meio de experimentos naturais na década de 90, Card analisou os efeitos do salário mínimo, da migração e da educação no mercado de trabalho. Seus estudos mostraram, por exemplo, que o aumento do salário mínimo não leva necessariamente à redução de empregos.

Outra descoberta de Card foi que os recursos das escolas são muito mais importantes para o futuro no mercado de trabalho dos alunos do que se pensava. E que a renda das pessoas que nasceram em um país pode ser melhor do que dos imigrantes que tiveram de sair de seu país para outro.

Joshua Angrist, vencedor do Prêmio Nobel de Economia — Foto: Reprodução/Twitter
Joshua Angrist, vencedor do Prêmio Nobel de Economia — Foto: Reprodução/Twitter

Joshua D. Angrist nasceu em 1960 em Columbus, Ohio, nos EUA, e é professor de economia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge, nos EUA.

Guido W. Imbens nasceu em 1963 em Eindhoven, na Holanda, e é professor de economia na Universidade de Stanford, nos EUA.

Guido Imbens, vencedor do Prêmio Nobel de Economia — Foto: Stanford University/Divulgação
Guido Imbens, vencedor do Prêmio Nobel de Economia — Foto: Stanford University/Divulgação

Angrist e Imbens foram recompensados, de forma conjunta, "por suas contribuições metodológicas na análise das relações de causa e efeito".

Essa metodologia foi aplicada, por exemplo, para entender o efeito de um ano a mais na escola para os estudantes. Segundo o estudo, estender a escolaridade obrigatória em um ano para um grupo de alunos, mas não para outro, não afetará todos da mesma forma. Alguns alunos teriam continuado a estudar de qualquer maneira e, para eles, o valor da educação muitas vezes não é representativo de todo o grupo.

Eles concluíram ainda que um ano adicional de estudo aumentava em média o salário em 9%, ou que os americanos nascidos no último semestre do ano tinham melhores estudos.

Com isso, os dois pesquisadores demonstraram em meados da década de 90 como conclusões precisas sobre causa e efeito podem ser extraídas de experimentos naturais.

"Fiquei absolutamente chocado ao receber a ligação, então fiquei absolutamente empolgado ao ouvir a notícia", disse Imbens em um telefonema com repórteres em Estocolmo, acrescentando estar emocionado de compartilhar o prêmio com dois de seus bons amigos. "Josh Angrist foi meu padrinho de casamento, então ele é um bom amigo tanto pessoal quanto profissionalmente, e estou muito feliz em compartilhar o prêmio com ele e David", disse.

Vencedores mais velhos e apenas duas mulheres

Até agora, somente duas mulheres foram laureadas no prêmio. Em 2019, o prêmio foi atribuído a um trio de pesquisadores especializados no combate à pobreza, os americanos Abhijit Banerjee e Michael Kremer e a franco-americana Esther Duflo, segunda mulher distinguida na disciplina e a mais jovem laureada da história deste prêmio, na época com 46 anos.

A primeira mulher a ganhar o Nobel de Economia foi a norte-americana Ellinor Ostrom, em 2009 (veja lista dos últimos ganhadores abaixo).

Economia tem sido, até agora, o Nobel onde o perfil do futuro vencedor é o mais fácil de adivinhar: homem com mais de 55 anos de nacionalidade americana.

Nos últimos 20 anos, três quartos deles se enquadram nessa descrição. A média de idade dos vencedores também é superior a 65 anos, a maior entre os seis prêmios.

O prêmio

O prêmio de Economia, oficialmente chamado de "Prêmio do Banco da Suécia em Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel", foi criado em 1968 e concedido pela primeira vez em 1969.

A homenagem não fazia parte do grupo original de cinco prêmios estabelecidos pelo testamento do industrialista sueco Alfred Nobel, criador da dinamite. Os outros prêmios Nobel (Medicina, Física, Química, Literatura e Paz) foram entregues pela primeira vez em 1901.

O Nobel de Economia é o último concedido este ano. Os prêmios de Medicina, Física, Química, Literatura e Paz foram anunciados na semana passada.

Embora seja o prêmio de maior prestígio para um pesquisador em economia, o prêmio não adquiriu o mesmo status das disciplinas escolhidas por Alfred Nobel em seu testamento de fundação (Medicina, Física, Química, Paz e Literatura) - seus detratores zombam dele como um "falso Nobel" que representa economistas ortodoxos e liberais.

Últimos ganhadores do Nobel de Economia

2020: Paul R. Milgrom e Robert B. Wilson (EUA), por seus trabalhos na melhoria da teoria e invenções de novos formatos de leilões.

2019: Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer (EUA), por seus seus trabalhos no combate à pobreza.

2018: William D. Nordhaus e Paul M. Romer (EUA), por seus estudos sobre economia sustentável e crescimento econômico a longo prazo.

2017: Richard Thaler (Estados Unidos), por sua pesquisa sobre as consequências dos mecanismos psicológicos e sociais nas decisões dos consumidores e dos investidores.

2016: Oliver Hart (Reino Unido/Estados Unidos) e Bengt Holmström (Finlândia), por suas contribuições à teoria dos contratos.

2015: Angus Deaton (Reino Unido/Estados Unidos) por seus estudos sobre "o consumo, a pobreza e o bem-estar".

2014: Jean Tirole (França), por sua "análise do poder do mercado e de sua regulação".

2013: Eugene Fama, Lars Peter Hansen e Robert Shiller (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre os mercados financeiros.

2012: Lloyd Shapley e Alvin Roth (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre a melhor maneira de adequar a oferta e a demanda em um mercado, com aplicações nas doações de órgãos e na educação.

2011: Thomas Sargent e Christopher Sims (Estados Unidos), por trabalhos que permitem entender como acontecimentos imprevistos ou políticas programadas influenciam os indicadores macroeconômicos.

2010: Peter Diamond, Dale Mortensen (Estados Unidos) e Christopher Pissarides (Chipre/Reino Unido), um trio que melhorou a análise dos mercados nos quais a oferta e a demanda têm dificuldades para se acoplar, especialmente no mercado de trabalho.

2009: Ellinor Ostrom e Oliver Williamson (Estados Unidos), por seus trabalhos separados que mostram que a empresa e as associações de usuários são às vezes mais eficazes que o mercado.

2008: Paul Krugman (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre o comércio internacional.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================--------------------------------------------------------------------------------====-++----- 

domingo, 10 de outubro de 2021

Lava do tamanho de prédios escorre do vulcão de La Palma, na Espanha

===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====


Três semanas desde que sua erupção afetou a vida de milhares de pessoas, o vulcão ainda expele rios de lava sem sinais de cessação.
===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====
Por G1

Postado em 10 de outubro de 2021 às 15h25m


.|  .. .    Post.- N.\ 10.028    . ..  |.
 

Lava do tamanho de prédios escorre do vulcão de La Palma, na Espanha — Foto: AP Photo/Daniel Roca
Lava do tamanho de prédios escorre do vulcão de La Palma, na Espanha — Foto: AP Photo/Daniel Roca

Três semanas desde que sua erupção afetou a vida de milhares de pessoas, o vulcão da ilha espanhola de La Palma ainda expele rios de lava sem sinais de cessação. Neste domingo (10), a lava derretida foi tão grande quanto prédios de três andares e uma série de tremores balançou a terra no local.

O novo fluxo de rocha derretida que contribuiu para a destruição de mais de 1.100 edifícios. Tudo no caminho da lava - casas, fazendas, piscinas e edifícios industriais na área predominantemente agrícola - foi consumido.

Houve 21 movimentos sísmicos, o maior deles medido em 3.8, afirmou o Instituto Geológico Nacional Espanhol (ING), fazendo a terra tremer nas vilas de Mazo, Fuencaliente e El Paso.

Houve 21 movimentos sísmicos, o maior deles medido em 3.8, afirmou o Instituto Geológico Nacional Espanhol (ING) — Foto: ASSOCIATED PRESS
Houve 21 movimentos sísmicos, o maior deles medido em 3.8, afirmou o Instituto Geológico Nacional Espanhol (ING) — Foto: ASSOCIATED PRESS

O colapso de parte do cone vulcânico no sábado enviou uma inundação de lava vermelha brilhante derramando do cume Cumbre Vieja que inicialmente se abriu em 19 de setembro. O fluxo rápido carregou grandes pedaços de lava que já haviam endurecido. Um parque industrial logo foi engolfado.

Não podemos dizer que esperamos que a erupção que começou há 21 dias termine em breve, disse Julio Pérez, o ministro regional da Segurança nas Ilhas Canárias.

La Palma faz parte das Ilhas Canárias da Espanha, um arquipélago do Oceano Atlântico ao largo do noroeste da África cuja economia depende do cultivo da banana-da-terra das Canárias e do turismo.

População observa enquanto lava escorre de vulcão em La Palma — Foto: AP Photo/Daniel Roca
População observa enquanto lava escorre de vulcão em La Palma — Foto: AP Photo/Daniel Roca

Os novos rios de lava não forçaram a evacuação de mais residentes, uma vez que estão todos dentro da zona de exclusão que as autoridades criaram. Cerca de 6.000 residentes foram evacuados imediatamente após a erupção inicial.

Especialistas do governo estimaram que o maior dos fluxos de lava mede 1,5 km (0,9 milhas) em seu ponto mais largo, enquanto o delta da nova terra que está sendo formada onde a lava está fluindo para o Atlântico atingiu uma superfície de 34 hectares (84 acres).

O comitê científico que assessora o governo disse que se o delta continuar a crescer em direção ao mar, partes dele podem se quebrar. Isso geraria explosões, emissões de gases e grandes ondas, disse o porta-voz do comitê José María Blanco, mas não deve representar um perigo para quem está fora da zona proibida.

Lava derretida tão grandes quanto prédios de três andares escorreram pela encosta na ilha espanhola de La Palma neste domingo (10) — Foto: AP Photo/Daniel Roca
Lava derretida tão grandes quanto prédios de três andares escorreram pela encosta na ilha espanhola de La Palma neste domingo (10) — Foto: AP Photo/Daniel Roca

A indústria do turismo nas Ilhas Canárias já foi duramente atingida pela pandemia, e as autoridades pedem aos turistas que não fiquem longe.

Esta erupção está afetando uma parte da ilha, mas La Palma ainda é um lugar seguro e pode oferecer muito a quem a visita, disse Mariano Hernández, principal autoridade da ilha.

A última erupção em La Palma, há 50 anos, durou pouco mais de três semanas. A última erupção em todas as Ilhas Canárias ocorreu debaixo d'água na costa da ilha de El Hierro em 2011 e durou cinco meses.

O fluxo de lava, com temperaturas de até 1.240 graus celsius, destruiu os últimos edifícios que resistiam na vila de Todoque — Foto: AP Photo/Daniel Roca
O fluxo de lava, com temperaturas de até 1.240 graus celsius, destruiu os últimos edifícios que resistiam na vila de Todoque — Foto: AP Photo/Daniel Roca

Quer saber mais? Veja vídeos:

Imagem mostra casa sendo envolvida por lava do vulcão em La Palma
Imagem mostra casa sendo envolvida por lava do vulcão em La Palma


Vulcão de La Palma expele uma correnteza de lava no seu 20º dia de erupção
Vulcão de La Palma expele uma correnteza de lava no seu 20º dia de erupção


Lava vulcânica atinge mais casas em La Palma, na Espanha
Lava vulcânica atinge mais casas em La Palma, na Espanha

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================--------------------------------------------------------------------------------====-++----- 

sábado, 9 de outubro de 2021

Monumento do Cristo Redentor coleciona números superlativos há 90 anos; veja curiosidades

===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====


Escultura de 38 metros de altura é a terceira maior representação de Cristo do mundo. Estátua de 1.145 toneladas foi construída para resistir a ventos de 250 km/h.
===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====
Por Alba Valéria Mendonça, g1 Rio

Postado em 09 de outubro de 2021 às 13h05m


.|  .. .    Post.- N.\ 10.027    . ..  |.
 

Cristo Redentor completa 90 anos na terça-feira; relembre a história do monumento
Cristo Redentor completa 90 anos na terça-feira; relembre a história do monumento

A fé pode até pode remover montanhas, mas é o monumento do Cristo Redentor, de braços abertos sobre a Baía de Guanabara, que há 90 anos faz com que milhares de pessoas subam 710 metros acima do nível do mar para visitá-lo.

Eleito em 2007 uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, o monumento coleciona números superlativos.

Monumento do Cristo Redentor completa 90 anos e  segue colecionando números superlativos  — Foto: Globo Repórter
Monumento do Cristo Redentor completa 90 anos e segue colecionando números superlativos — Foto: Globo Repórter

O Cristo Redentor em números

  • Estátua - 30 metros de altura
  • Pedestal - 8 metros de altura
  • Monte Corcovado - 710 metros acima do nível do mar
  • Cabeça - 3,75 metros e pesa 30 toneladas
  • Pés -1,35 metro, cada um
  • Mãos - 3,2 metros, cada uma
  • Coração no peito da estátua - 1,30 metro*
  • Distância entre os braços - 28 metros
  • Braços - pesam 57 toneladas, cada um
  • Peso total - 1.145 toneladas
  • Revestimento - milhares de triângulos de 3 centímetros de pedra-sabão
*O coração estilizado para representar o Sagrado Coração de Jesus é o único elemento que na parte interna também é revestido de pedra-sabão.

Números conflitantes

Cristo Redentor, segunda maior atração turística do país, atraiu mais de 1,9 milhão de visitantes em 2019, antes da pandemia, segundo o ICMBio — Foto: Matheus Rodrigues / G1
Cristo Redentor, segunda maior atração turística do país, atraiu mais de 1,9 milhão de visitantes em 2019, antes da pandemia, segundo o ICMBio — Foto: Matheus Rodrigues / G1

Embora seja o monumento-símbolo do país no exterior, o Cristo Redentor é o segundo colocado nacional em número de visitantes, de acordo com o Instituto Chico Mendes (ICMBio). Em 2019, antes da pandemia, o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, onde estão as Cataratas do Iguaçu, teve público recorde de 2.020.358 turistas, enquanto no mesmo período o Cristo recebeu 1.940.327 visitantes.

Mas há controvérsias. Como o acesso pode ser feito tanto pelas vans Paineiras/Corcovado quanto pelo Trem do Corcovado, há discordâncias sobre o número recorde de visitantes.

Segundo o Trem do Corcovado, em 2019, cerca de 2,45 milhões de pessoas subiram ao Cristo pelo trenzinho, superando o recorde de 2 milhões de visitantes registrados pelo ICMBio, em 2013.

Já o serviço de vans Paineiras/Corcovado informou que, antes da pandemia, a média de visitantes que saíam do Largo do Machado, em Laranjeiras, e de Copacabana em direção ao Cristo era de 7.200 pessoas/dia. O recorde de visitantes que usaram as vans para chegar ao monumento foi de 1,4 milhão, em 2015.

Na América do Sul, visitação ao Cristo Redentor só perde para a cidade inca de Machu Picchu, encravada na Cordilheira dos Andes, no Peru.

Terceiro maior do mundo

O Cristo Redentor, com seus 38 metros entre estátua e pedestal, é a terceira maior escultura de Cristo no mundo. A maior de todas é a do Cristo Rei, da Polônia, que com o pedestal chega a 52 metros de altura. A segunda maior é a escultura de Cristo de la Concordia, da Bolívia, com 40 metros no total.

Construído entre 1926 e 1931, o monumento - incluindo o pedestal - tem a altura de um prédio de 13 andares. A estrutura de concreto armado foi erguida sobre quatro pilares unidos por vigas de 2,60 metros cada. E sustentam 12 lajes. Uma escadaria une os 12 platôs internos que levam a tampões nos braços e na cabeça da estátua.

A subida até o pedestal — onde se encontra a Capela de Nossa Senhora Aparecida — conta com 220 degraus. O monumento conta ainda com três elevadores panorâmicos e quatro escadas rolantes.

Molde da cabeça do Cristo Redentor foi feito em Paris e veio para o Rio de navio, separado em 50 partes numeradas. — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Molde da cabeça do Cristo Redentor foi feito em Paris e veio para o Rio de navio, separado em 50 partes numeradas. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

A estátua foi construída no Brasil, com doações, que passaram de 500 contos de réis, recolhidas entre a população. A cabeça e as mãos foram confeccionadas em gesso em Paris e vieram para o Brasil de navio. A cabeça foi embarcada em 50 partes numeradas, enquanto as mãos vieram em oito partes.

O monumento foi projetado e construído para resistir a ventos de até 250 km/h. Ou seja, de um furacão de categoria 5, a mais alta na escala Saffir-Simpson. Mas já foi diversas vezes atingido por raios. Numa delas, em 2014, teve o dedo da mão direita danificado.

Na restauração de 2010, cem pessoas trabalharam diretamente na substituição de mais de 60 mil peças de pedra-sabão.

Agora, aos 90 anos, o monumento se prepara para mais um número superlativo. O Santuário Cristo Redentor está pedindo a colaboração de fotos, vídeos e documentos de visitantes do mundo inteiro para montar o maior acervo digital do mundo.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================--------------------------------------------------------------------------------====-++----- 

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

DART: a missão da Nasa pra proteger a Terra de asteroides

===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====


Agência espacial americana vai lançar em novembro espaçonave com vistas a atingir asteroide propositalmente e mudar seu caminho, testando pela primeira vez método de 'defesa planetária'.
===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====
TOPO
Por BBC

Postado em 08 de outubro de 2021 às 17h50m


.|  .. .    Post.- N.\ 10.026    . ..  |.
 

Agência espacial americana vai lançar em novembro espaçonave com vistas a atingir asteroide propositalmente e mudar seu caminho, testando pela primeira vez método de "defesa planetária" — Foto: Nasa
Agência espacial americana vai lançar em novembro espaçonave com vistas a atingir asteroide propositalmente e mudar seu caminho, testando pela primeira vez método de "defesa planetária" — Foto: Nasa

Imagine um asteroide vindo em direção à Terra com a possibilidade de causar grandes estragos, ou até mesmo acabar com a existência humana.

Cenários como esse ainda estão restritos às telas dos cinemas.

Mas existe o temor de que isso possa se tornar realidade no futuro.

Nesse sentido, a Nasa, a agência espacial americana, anunciou na terça-feira (5/10) vai lançar no próximo mês uma espaçonave para atingir um asteroide — propositalmente — e mudar seu caminho, testando pela primeira vez um método de "defesa planetária".

Lançamento da missão Double Asteroid Redirection Test (DART) ocorrerá às 1h20 (2h20 horário de Brasília), em 24 de novembro — Foto: Nasa
Lançamento da missão Double Asteroid Redirection Test (DART) ocorrerá às 1h20 (2h20 horário de Brasília), em 24 de novembro — Foto: Nasa

O lançamento da missão Double Asteroid Redirection Test (DART) ocorrerá às 1h20 (2h20 horário de Brasília), em 24 de novembro, informou a NASA.

Um foguete SpaceX Falcon 9 será lançado da Base da Força Espacial de Vandenberg, cerca de 80 km a noroeste de Santa Bárbara, Califórnia.

Dois asteroides que orbitam o Sol e ocasionalmente se aproximam da Terra são o alvo da Nasa.

Segundo a agência, eles não representam uma ameaça ao nosso planeta, mas sua proximidade os torna um candidato preferencial para o teste de uma técnica que poderia algum dia impedir que um "asteroide perigoso atinja a Terra".

"Vamos garantir que uma rocha vinda do espaço não nos mande de volta à Idade da Pedra", diz Thomas Statler, cientista da Nasa, no podcast da agência.

Maior dos dois asteroides, Didymos, tem 780 metros de diâmetro. Ao redor dele, orbita satélite natural menor, chamado Dimorphos — Foto: Nasa
Maior dos dois asteroides, Didymos, tem 780 metros de diâmetro. Ao redor dele, orbita satélite natural menor, chamado Dimorphos — Foto: Nasa

O maior dos dois asteroides, Didymos, tem 780 metros de diâmetro. Ao redor dele, orbita um satélite natural menor, chamado Dimorphos.

Dimorphos, com cerca de 160 metros de diâmetro, é "mais típico do tamanho dos asteroides que podem representar a ameaça significativa mais provável para a Terra", segundo a Nasa.

Esse corpo celeste, segundo Statler, "não é necessariamente o asteroide que vai causar um efeito devastador na Terra".

Em vez disso, o lançamento da espaçonave é um "teste para garantir que temos as capacidades para deter esse asteroide no futuro, se houver um".

O objetivo da missão é atingir Dimorphos a uma velocidade de quase 24 mil km/h e mudar sua órbita "por uma fração de um por cento" uma mudança pequena, mas significativa o suficiente de tal modo que os cientistas serão capazes de observá-la a partir de telescópios Terra.

"A colisão mudará a velocidade da minilua em sua órbita ao redor do corpo principal em uma fração de um por cento, mas isso mudará o período orbital da minilua em vários minutos — o suficiente para ser observado e medido usando telescópios na Terra", diz a agência em seu site.

Se a Nasa detectar um asteroide que represente um risco para a Terra — segundo Statler, a agência não trabalha com essa hipótese pelo menos nos próximos 100 anos — ela tentaria atingi-lo e mudar seu curso, em vez de destruí-lo completamente.

A espaçonave DART se separará do foguete SpaceX e navegará no espaço por mais de um ano antes de atingir Dimorphos no fim de setembro de 2022, quando a dupla de asteroides estará perto o suficiente da Terra — 11 milhões de quilômetros — de modo que os cientistas poderão vê-los.

Didymos e Dimorphos — Foto: Nasa
Didymos e Dimorphos — Foto: Nasa

A interação será gravada por um lançamento de satélite italiano de 14 kg da espaçonave.
Catorze imagens sequenciais de radar Arecibo do asteróide próximo à Terra (65803) Didymos e sua lua, tiradas em 23, 24 e 26 de novembro de 2003 — Foto: Nasa
Catorze imagens sequenciais de radar Arecibo do asteróide próximo à Terra (65803) Didymos e sua lua, tiradas em 23, 24 e 26 de novembro de 2003 — Foto: Nasa

Embora não tenha como objetivo mudar o curso de um asteroide que destrua a Terra, a missão tem "proporções históricas", diz Statler.

Será "a primeira vez que a humanidade realmente mudou algo no espaço", acrescenta ele.

"Deixamos pegadas e marcas de pneus e coisas assim. Mas esta será a primeira vez que a humanidade mudará um movimento celestial", conclui.

Nave espacial da Nasa captura amostra de asteroide em operação histórica
Nave espacial da Nasa captura amostra de asteroide em operação histórica

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================--------------------------------------------------------------------------------====-++-----