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domingo, 18 de abril de 2021

'Elite poluidora': ricos do mundo precisam reduzir consumo para conter mudanças climáticas, diz grupo científico

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Estilo de vida de altas emissões – com carros e casas grandes, e múltiplas viagens de avião – faz com que o 1% mais rico produza o dobro do carbono que os 50% mais pobres do mundo juntos.
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TOPO
Por Roger Harrabin, BBC

Postado em 18 de abril de 2021 às 12h00m


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Estilo de vida dos mais ricos inclui muitos voos de avião e carros grandes - resultando em uma emissão de carbono muito maior do que a população mais pobre — Foto: PA Media/BBC
Estilo de vida dos mais ricos inclui muitos voos de avião e carros grandes - resultando em uma emissão de carbono muito maior do que a população mais pobre — Foto: PA Media/BBC

O 1% mais rico da humanidade produz o dobro das emissões de carbono dos 50% mais pobres do mundo juntos e, por isso, precisa mudar radicalmente seu estilo de vida para ajudar no combate às mudanças climáticas, aponta um relatório britânico publicado na última semana.

Um grupo um pouco maior, o dos 5% mais ricos do mundo – a chamada "elite poluidora" –, contribuiu com mais de um terço (37%) do crescimento das emissões de carbono entre 1990 e 2015.

Por conta disso, os autores do relatório defendem reduções drásticas no "excesso de consumismo", desde evitar o uso de veículos utilitários esportivos (SUV) poluidores até redução nas múltiplas viagens aéreas em voos comerciais ou jatos particulares.

O relatório é da Comissão de Cambridge para Mudanças Comportamentais de Escala, um painel de 31 pesquisadores que estudam comportamento humano relacionado ao meio ambiente e que se dedicam a encontrar formas eficientes de escalonar iniciativas que combatam a emissão de carbono.

Críticos dessas conclusões afirmam que a melhor forma de conter as emissões de carbono é por melhorias tecnológicas, em vez de por medidas impopulares.

Mas o principal autor do estudo, Peter Newell, professor da Universidade de Sussex (Reino Unido), afirmou à BBC News que, embora seja "totalmente a favor de melhorias tecnológicas e produtos mais eficientes, está claro que será necessária uma ação mais drástica, porque as emissões (de carbono) continuam subindo".

Carros utilitários não só consomem muito mais combustível, como exigem muito mais emissões para serem fabricados — Foto: Getty Images/BBC
Carros utilitários não só consomem muito mais combustível, como exigem muito mais emissões para serem fabricados — Foto: Getty Images/BBC

"Temos de conter o excesso de consumo, e o melhor lugar para começar é com o excesso de consumo entre as elites poluidoras, que contribuem com muito mais de o que lhes caberia nas emissões de carbono", agregou.

Essas são as pessoas que mais viajam de avião, dirigem os carros maiores, vivem nas maiores casas, para as quais podem facilmente pagar o aquecimento, então não tendem a se preocupar muito quanto a se essas casas são bem isoladas (termicamente) ou não. E também são as pessoas que poderiam adquirir um bom isolamento térmico e painéis solares, se quisessem."

Newell afirmou que, para enfrentar o aquecimento global, todas as pessoas precisam se sentir parte de um esforço coletivo – o que significa que os ricos precisam consumir menos e dar o exemplo aos mais pobres.

"Ricos que viajam muito de avião podem achar que compensam suas emissões com projetos de plantio de árvores, para capturar o carbono do ar. Mas esses projetos são altamente contenciosos e não têm comprovação a longo prazo. [Os mais ricos] precisam simplesmente viajar menos de avião e dirigir menos. Mesmo que eles tenham um carro utilitário elétrico, ele ainda é um dreno ao sistema de de energia, e há todas as emissões emitidas na construção do veículo", prossegue o pesquisador.

Em resposta, Sam Hall, da Rede Ambiental Conservadora, afirmou que "é importante enfatizar a importância da igualdade [nos cortes de emissões] – e políticas podem facilitar que pessoas e negócios se tornem mais ambientalmente corretos por meio de incentivos e regulação direcionada. Mas encorajar tecnologias limpas é provavelmente mais eficiente e tem mais chance de conquistar consenso entre o público do que penalidades ou restrições ao estilo de vida".

No entanto, Newell argumenta que as estruturas políticas atuais permitem aos mais ricos fazer lobby contra mudanças necessárias na sociedade que possam interferir em seu estilo de vida.

Um exemplo recente é o da Assembleia do Clima do Reino Unido, iniciativa que propôs uma série de medidas para conter comportamentos de alta emissão de carbono – como desincentivos ao alto consumo de carne vermelha e derivados de leite, veto a utilitários poluidores e taxas a viajantes aéreos frequentes.

Um empecilho citado pela Secretaria do Tesouro britânica é que, para taxar viajantes frequentes, seria necessário que o governo coletasse e armazenasse dados pessoais dos passageiros, abrindo debates em torno da privacidade.

Mas, para a comissão de Cambridge, só será possível alcançar as metas do Acordo Climático de Paris com "mudanças radicais em estilos de vida e em comportamentos, especialmente entre os membros mais ricos da sociedade".

"Para haver mudanças na velocidade e na escala exigidas para o cumprimento das metas, precisamos encolher e dividir: reduzir o carbono e distribuir [a riqueza] mais igualmente".

O relatório é o mais recente dentro de um amplo debate em torno de o que significa ser "justo" no âmbito do combate às mudanças climáticas.

Países mais pobres, como a Índia, costumam argumentar que deveriam poder aumentar sua poluição, uma vez que sua emissão de carbono per capita é menor do que a de países ricos.

Essas questões são parte da intrincada negociação que fará parte da conferência climática marcada para a semana que vem e organizada pelo presidente americano, Joe Biden. E também da conferência COP, que será em novembro no Reino Unido.

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sábado, 17 de abril de 2021

Mundo chega a 3 milhões de mortes por Covid com piora da pandemia na América do Sul

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Foram registradas 1 milhão de óbitos em apenas 93 dias. Puxada pelo Brasil, região passou a Europa e é a que mais tem novas vítimas do novo coronavírus.
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Por Lucas Sampaio, G1

Postado em 17 de abril de 2021 às 09h35m


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Corpo de mulher que morreu por complicações relacionadas à Covid-19 é colocado em nicho por funcionários e parentes no cemitério de Inahuma, no Rio de Janeiro, em 13 de abril de 2021 — Foto: Silvia Izquierdo/AP
Corpo de mulher que morreu por complicações relacionadas à Covid-19 é colocado em nicho por funcionários e parentes no cemitério de Inahuma, no Rio de Janeiro, em 13 de abril de 2021 — Foto: Silvia Izquierdo/AP

O mundo chegou neste sábado (17) à triste marca de 3 milhões de mortes causadas pela Covid-19, em meio à piora da pandemia na América do Sul, principalmente por causa do Brasil, e também pela aceleração no número de óbitos na Ásia.

Foram 263 dias para atingir o primeiro milhão de vítimas da Covid, 108 dias para chegar aos 2 milhões de óbitos e apenas 93 dias para registrar mais um milhão de vítimas. Os números são do "Our World in Data", projeto ligado à Universidade de Oxford, e da Universidade Johns Hopkins.

A primeira morte causada pelo novo coronavírus (um homem de 61 anos com uma "misteriosa pneumonia viral") foi registrada oficialmente em 9 de janeiro de 2020 em Wuhan, na China, e desde então o vírus se espalhou pelo mundo.

O primeiro milhão de mortes foi marcado por uma forte onda na Europa, entre março e abril, que assustou o mundo e levou os países a adotarem severas medidas de restrição e a diminuir o impacto da proliferação do vírus.

O segundo milhão de vítimas foi marcado por uma aceleração constante no número de óbitos na Europa, impulsionada pela variante britânica no Reino Unido a partir de dezembro, e também nos EUA, o que levou o mundo a atingir o recorde de mortes diárias.

Já o terceiro milhão foi marcado por uma forte queda no número de mortes tanto nos EUA (com a aceleração da vacinação) quanto na Europa (após meses de pesadas medidas de restrição). Ao mesmo tempo, os óbitos começaram a crescer na América do Sul e na Ásia a partir de março.

Com 5,5% da população mundial, a América do Sul concentra atualmente cerca de um terço das novas vítimas do novo coronavírus do planeta. O Brasil tem cerca de 2,7% dos habitantes do mundo e é responsável por cerca de um quarto de todas as novas mortes (veja mais abaixo).

O mundo tem registrado cerca de 11,8 mil mortes causadas pelo novo coronavírus por dia, ainda abaixo do pico de 14,4 mil atingido em 26 de janeiro deste ano.

Além disso, tem registrado uma média de quase 750 mil casos confirmados por dia (eram menos de 360 mil em 20 de fevereiro), e com isso já são quase 140 milhões de infectados pelo novo coronavírus.

Regiões e países mais afetados

A Europa ainda é a região mais afetada pela pandemia (em números absolutos), com quase um milhão de mortes por Covid-19, seguida pela América do Norte e América do Sul.

  1. Europa: 972 mil (32,3% do total de óbitos do mundo)
  2. América do Norte: 830 mil (27,6%)
  3. América do Sul: 615 mil (20,4%)
  4. Ásia: 461 mil (15,3%)
  5. África: 117 mil (3,9%)
  6. Oceania: 1 mil (0,03%)
3 milhões de mortes por Covid-19 — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1
3 milhões de mortes por Covid-19 — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1

Entre os dez países com mais mortes, 5 são da Europa (Reino Unido, Itália, França, Alemanha e Espanha), 2 são da América do Norte (EUA e México), 2 são da Ásia (Índia e Rússia) e 1 é da América do Sul (Brasil):

  1. Estados Unidos: 566 mil
  2. Brasil: 368 mil
  3. México: 211 mil
  4. Índia: 175 mil
  5. Reino Unido: 127 mil
  6. Itália: 116 mil
  7. Rússia: 103 mil
  8. França: 100 mil
  9. Alemanha: 79 mil
  10. Espanha: 76 mil

Região mais populosa do mundo, com 59,6% dos habitantes do planeta, a Ásia tem apenas 15,3% dos óbitos, mas está passando por uma aceleração no número de mortes. O número de vítimas saltou de uma média de 900 por dia no começo de março para mais de 2,3 mil atualmente.

A África tem menos de 4% das mortes por Covid-19 confirmadas e a Oceania, região menos afetada pelo vírus, tem pouco mais de 1 mil mortes desde o início da pandemia.

Mundo chega a 3 milhões de mortes por Covid-19

Região Mortes % do total População % do total Mortes por 1 milhão
Mundo 3 milhões 100% 7,79 bilhões 100% 383
Europa 968 mil 32,3% 749 milhões 9,6% 1.294
América do Norte 829 mil 27,6% 592 milhões 7,6% 1.400
América do Sul 611 mil 20,4% 431 milhões 5,5% 1.419
Ásia 458 mil 15,3% 4,64 bilhões 59,6% 99
África 117 mil 3,9% 1,34 bilhão 17,2% 87
Oceania 1 mil 0,03% 42,7 milhões 0,05% 24

Apesar de serem as regiões mais afetadas (em número absolutos), Europa e América do Norte viram o número de óbitos recuarem desde o pico registrado em janeiro. Enquanto isso, a América do Sul, puxada pelo Brasil, se transformou na região na mais letal da pandemia.

O número diário de vítimas na Europa caiu de uma média de 5,6 mil por dia no fim de janeiro para cerca de 3,6 mil atualmente. O da América do Norte despencou de 4,9 mil para 1,5 mil na mesma base de comparação.

Escalada de mortes na América do Sul

No sentido contrário, o número diário de mortes na América do Sul disparou de 1,7 mil no meio de fevereiro para mais de 4,2 mil atualmente, em apenas dois meses. O Brasil é responsável por mais de 70% dos novos óbitos registrados na região.

Trabalhadores colocam caixões em carro funerário em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil em 9 de abril de 2021 — Foto: Pilar Olivares/Reuters
Trabalhadores colocam caixões em carro funerário em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil em 9 de abril de 2021 — Foto: Pilar Olivares/Reuters

Com a escalada da pandemia no Brasil, a região concentra atualmente cerca de um terço das novas vítimas da Covid-19 do mundo e o país, um quarto. Sendo que a América do Sul tem apenas 5,5% da população mundial e o Brasil, cerca de 2,7%.

Em termos proporcionais, a América do Sul é a mais afetada do mundo, com 1.419 mortes a cada 1 milhão de habitantes. Em seguida vêm América do Norte (1.400) e Europa (1.294). Ásia (99 mortes por milhão), África (87) e Oceania (24) estão em situação bem melhor.

A Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), que é o braço da OMS nas Américas, alertou que a situação da pandemia na América do Sul é a que mais preocupa no mundo (veja no vídeo abaixo).

Situação da Covid na América do Sul é a que mais preocupa no mundo, diz Opas
Situação da Covid na América do Sul é a que mais preocupa no mundo, diz Opas

Na quarta-feira (14), a diretora-geral da Opas, Carissa Etienne, afirmou que as Américas — não só a do Sul — não estão se comportando como um continente que vive um surto cada vez mais grave.

"Variantes altamente transmissíveis estão se espalhando e as medidas de distanciamento social não são tão estritamente observadas como antes", afirmou Etienne.

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sexta-feira, 16 de abril de 2021

Nasa contrata SpaceX para levar astronautas à Lua

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Empresa de Elon Musk venceu concorrência com outras gigantes do ramo aeroespacial dos EUA. Nave Starship, que deve levar pessoas à Lua pela primeira vez desde 1972, é reutilizável.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 16 de abril de 2021 às 23h25m


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Foto de janeiro de 2019 mostra protótipo da Starship, da SpaceX — Foto: Miguel Roberts/The Brownsville Herald via AP, arquivo
Foto de janeiro de 2019 mostra protótipo da Starship, da SpaceX — Foto: Miguel Roberts/The Brownsville Herald via AP, arquivo

A Nasa selecionou a SpaceX para levar os primeiros astronautas americanos à Lua desde 1972, anunciou nesta sexta-feira (16) a agência espacial dos Estados Unidos, o que representa uma grande vitória para a empresa de Elon Musk.

O contrato de US$ 2,9 bilhões inclui o protótipo da nave espacial Starship, que está sendo testado nas instalações da SpaceX no sul do Texas.

"Hoje estou muito emocionada, e todos estamos muito emocionados, de anunciar que elegemos a SpaceX para continuar com o desenvolvimento do nosso sistema de pouso humano integrado", disse Lisa Watson-Morgan, gerente deste programa na Nasa.

Imagem divulgada pela NASA do foguete SpaceX Falcon 9 com a nave Crew Dragon. — Foto: AFP PHOTO/ NASA/Aubrey Gemignani
Imagem divulgada pela NASA do foguete SpaceX Falcon 9 com a nave Crew Dragon. — Foto: AFP PHOTO/ NASA/Aubrey Gemignani

A SpaceX vence assim a Blue Origin, de Jeff Bezos, e a empreiteira de defesa Dynetics e se torna o único fornecedor do sistema. É um marco surpreendente nas práticas da Nasa, que normalmente escolhe várias empresas, a fim de se prevenir caso ocorra alguma falha.

Analistas da indústria disseram que a decisão ressalta que a companhia, fundada por Musk em 2002 com o objetivo de colonizar Marte, é o parceiro de maior confiança da Nasa no setor privado.

No ano passado, a SpaceX se tornou a primeira empresa privada a enviar com sucesso uma tripulação à Estação Espacial Internacional, restabelecendo a capacidade norte-americana de realizar o feito pela primeira vez desde o fim do programa de ônibus espaciais.

Para a proposta de pouso na Lua, a SpaceX apresentou a nave espacial reutilizável Starship, projetada para transportar grandes tripulações e cargas para viagens espaciais ao espaço profundo, e fazer um pouso vertical tanto na Terra quanto em outros corpos celestes.

Protótipos da nave estão sendo testados nas instalações da empresa, embora todas as quatro versões que tentaram até agora voos de teste tenham explodido. Veja no VÍDEO abaixo

VÍDEO: veja imagens do novo voo de teste do foguete Starship da SpaceX que fracassou
VÍDEO: veja imagens do novo voo de teste do foguete Starship da SpaceX que fracassou

Programa Artemis

Como parte do programa Artemis para voltar a levar humanos à Lua, a Nasa quer usar seu Sistema de Lançamento Espacial para transportar quatro astronautas a bordo de uma cápsula da tripulação Orion, que então se acoplará a uma estação espacial lunar chamada Gateway.

A Starship estará esperando para receber dois integrantes da tripulação para a etapa final da viagem à superfície da Lua.

A ideia é que o Gateway seja uma estação intermediária, mas para a missão inicial, a Orion poderia se acoplar diretamente à Starship, explicou Watson-Morgan.

Os astronautas passariam então uma semana na Lua antes de embarcar na nave da SpaceX para voltar à órbita lunar e, em seguida, embarcar na Orion de volta à Terra.

Por outro lado, a empresa de Musk tem planos de combinar a espaçonave Starship com seu próprio foguete de carga super pesada, para fazer uma nave combinada que teria 120 metros de altura e seria o veículo de lançamento mais potente já implementado.

A humanidade pôs os pés na Lua pela última vez em 1972, durante o programa Apollo. A Nasa quer retornar e estabelecer uma presença sustentável, com uma estação espacial lunar, para testar novas tecnologias que abram o caminho para uma missão tripulada a Marte.

Em 2019, o então vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence desafiou a Nasa a colocar a primeira mulher e o próximo homem na Lua até 2024, mas esse prazo provavelmente será relaxado sob a presidência de Joe Biden.

Outra mudança do governo atual é sua meta declarada de levar a primeira pessoa não-branca à Lua no âmbito do programa Artemis.

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quinta-feira, 15 de abril de 2021

Setor de serviços cresce 3,7% em fevereiro e supera pela 1ª vez nível pré-pandemia

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No acumulado em 12 meses, setor ainda tem perda recorde de 8,6%. Serviços prestados às famílias seguem 23,7% abaixo do nível de fevereiro do ano passado.
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Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1 — São Paulo e Rio de Janeiro

Postado em 15 de abril de 2021 às 09h50m


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Transportes e armazenagem de cargas crescem com aumento das exportações e das vendas do comércio online. Na foto, centro de distribuição do grupo Dafiti, em Extrema (MG).  — Foto: Divulgação/Dafiti Group
Transportes e armazenagem de cargas crescem com aumento das exportações e das vendas do comércio online. Na foto, centro de distribuição do grupo Dafiti, em Extrema (MG). — Foto: Divulgação/Dafiti Group

O volume de serviços prestados no Brasil avançou 3,7% em fevereiro, na comparação com janeiro, conforme divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a 9ª alta seguida e, com o resultado, o setor superou, pela primeira vez, o nível em que se encontrava antes do início da pandemia de Covid-19, ficando 0,9% acima do patamar de fevereiro de 2020.

"Em nove meses consecutivos de taxas positivas, o setor acumula crescimento de 24%, se recuperando assim da perda de 18,6% registrada nos meses de março e maio de 2020", informou o IBGE.

O setor de serviços foi o mais afetado pela pandemia no país e o último a retomar o nível de fevereiro de 2020. O comércio recuperou em junho do ano passado e a indústria, em setembro de 2021.

Setor de serviços registrou avanço na passagem de janeiro para fevereiro — Foto: Economia/G1
Setor de serviços registrou avanço na passagem de janeiro para fevereiro — Foto: Economia/G1

O resultado veio melhor do que o esperado. A expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 1,5% ante janeiro.

Queda de 8,6% em 12 meses é a maior já registrada

No acumulado do ano, frente a igual período do ano passado, a queda é de 3,5%.

Em 12 meses, o setor ainda registra perda de 8,6% – resultado negativo mais intenso da série histórica da pesquisa, iniciada em dezembro de 2012, evidenciando a recuperação lenta dos serviços no país. Este é o 14º mês seguido de recuo nesta base de comparação.

Mesmo tendo superado o nível pré-pandemia, o setor segue 10,8% abaixo do ponto mais alto da série da pesquisa, atingido em novembro de 2014.

Indicador acumulado em 12 meses mostra perda de ritmo de recuperação do setor de serviços — Foto: Economia/G1
Indicador acumulado em 12 meses mostra perda de ritmo de recuperação do setor de serviços — Foto: Economia/G1

"Esse indicador acumulado em 12 meses traz essa acentuação de queda do setor. A manutenção desse ritmo de queda reflete a manutenção de um patamar ainda muito baixo de prestação dos serviços presenciais", enfatizou o gerente da pesquisa. 
Transportes e armazenagem são destaque

O avanço em fevereiro foi acompanhado por todas as 5 grandes atividades pesquisadas, com destaque para a atividade de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,4%), que acumulou ganho de 8,7% no ano e agora supera em 2,8% o patamar de fevereiro do ano passado.

Esse aumento está relacionado ao e-commerce. Com a pandemia, as empresas precisaram investir em delivery e isso fez com que as empresas que trabalham com transporte de carga aumentassem sua receita desde junho do ano passado, destacou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. 

Veja abaixo a variação dos subgrupos de cada uma grandes atividades se serviços:
  • Serviços prestados às famílias: 8,8%
  • Serviços de alojamento e alimentação: 8,6%
  • Outros serviços prestados às famílias: 4,0%
  • Serviços de informação e comunicação: 0,1%
  • Serviços de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC): -0,1%
  • Telecomunicações: -1,8%
  • Serviços de Tecnologia da Informação: 1,7%
  • Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias: -9,9%
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: 3,3%
  • Serviços técnico-profissionais: 3,2%
  • Serviços administrativos e complementares: 4,7%
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 4,4%
  • Transporte terrestre: 5,5%
  • Transporte aquaviário: -0,6%
  • Transporte aéreo: -2,5%
  • Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: 4,4%
  • Outros serviços: 4,7%
Serviços prestados às famílias estão 23,7% abaixo do nível pré-Covid

Os serviços profissionais, administrativos e complementares (3,3%) e os serviços prestados às famílias (8,8%) também cresceram em fevereiro, mas ainda não recuperaram o patamar pré-pandemia. As duas atividades se encontram agora a uma distância de -2,0% e -23,7%, respetivamente.

Sendo uma das atividades mais afetadas pelas restrições impostas por estados e municípios para enfrentamento da pandemia, serviços prestados às famílias tiveram perdas significativas entre março e maio e ainda oscilam muito, conforme as medidas de isolamento social são relaxadas ou enrijecidas. Os dois meses anteriores foram de queda e, portanto, há um longo caminho a percorrer para a recuperação, estando ainda 23,7% abaixo do nível de fevereiro de 2020, afirmou o pesquisador do IBGE.

Já os outros serviços e informação e comunicação agora se encontram 1% e 2,6% acima do nível de fevereiro de 2020. Veja gráfico abaixo:

Pela primeira vez, setor de serviços recuperou patamar pré-pandemia, mas metade das atividades ainda estão abaixo do patamar de fevereiro — Foto: Economia/G1
Pela primeira vez, setor de serviços recuperou patamar pré-pandemia, mas metade das atividades ainda estão abaixo do patamar de fevereiro — Foto: Economia/G1

Alta em 18 das 27 Unidades da Federação

Regionalmente, 18 das 27 unidades da federação tiveram expansão no volume de serviços na passagem de janeiro para fevereiro. As altas mais relevantes foram observadas em São Paulo (4,3%), Minas Gerais (3,5%), Mato Grosso (14,8%) e Santa Catarina (3,9%). Já o Distrito Federal (-5,1%) teve a principal retração.

Índice de atividades turísticas tem alta de 2,4%

O IBGE informou também que o índice de atividades turísticas subiu 2,4 % na comparação com janeiro, sua segunda taxa positiva seguida.

O segmento avançou 127,5% entre maio de 2020 e fevereiro de 2021, mas ainda necessita crescer 39,2% para retornar ao patamar de fevereiro de 2020.

O destaque positivo do mês ficou com São Paulo (3,4%), seguido por Minas Gerais (6,8%), Goiás (9,1%) e Pernambuco (4,9%); enquanto Distrito Federal (-8,2%) e Bahia (-2,8%) assinalaram as retrações mais relevantes.

Agravamento da pandemia e perspectivas

Apesar de ter conseguido retomar o patamar pré-pandemia, o setor de serviços passa a enfrentar agora restrições mais rigorosas impostas em várias partes do país para tentar conter as contaminações por Covid-19.

O IBGE avaliou que não é possível apontar que os serviços com característica de atendimento presencial permanecerão apresentando taxas positivas, tais como os serviços prestados às famílias, transportes de passageiros, alojamentos e alimentação e alguns dentro de serviços administrativos e complementares

Precisamos acompanhar os resultados mês a mês. Vai depender muito do ritmo da vacinação, da pandemia, se as pessoas vão se sentir à vontade para procurar esses serviços, ponderou Lobo.

Indicadores antecedentes têm mostrado uma queda no ritmo da atividade econômica e da confiança de empresários e consumidores no 1º trimestre em meio às preocupações com o agravamento da pandemia e também com a saúde das contas públicas do país.

A produção industrial caiu 0,7% em fevereiro, interrompendo uma sequencia de 9 altas seguidas. Já as vendas do comércio cresceram 0,60% em fevereiro, na comparação com janeiro, mas recuaram 3,8% na comparação com fevereiro do ano passado.

Analistas têm destacado que o grande número de desempregados, a inflação em patamar elevado e a interrupção da concessão do auxílio emergencial nos primeiros meses do ano são outros fatores de maior pressão sobre a atividade econômica. O mercado projeta uma retração do PIB (Produto Interno Bruto) no 1º trimestre e parte dos analistas não descarta uma queda também o 2º trimestre.

Pesquisa Focus do Banco Central, divulgada na segunda-feira, mostrou piora nos principais indicadores. A projeção do mercado para a inflação de 2021 subiu de 4,81% para 4,85%. A expectativa dos analistas para a alta do PIB caiu de 3,17% para 3,08%. Já a estimativa para a taxa básica de juros ao final do ano subiu de 5% ao ano para 5,25% ao ano.

Inflação fica em 0,93% em março, maior alta para o mês desde 2015
Inflação fica em 0,93% em março, maior alta para o mês desde 2015

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