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sábado, 13 de março de 2021

Na contramão do mundo, brasileiro termina a década mais pobre

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Entre 2011 e 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil recuou 0,2% ao ano, em média. Nesse mesmo período, a riqueza mundial teve crescimento anual de 0,4%, enquanto a dos emergentes avançou 2,5%.
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Por Bianca Lima e Luiz Guilherme Gerbelli, GloboNews e G1

Postado em 13 de março de 2021 às 10h00m


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Na contramão do mundo. brasileiro termina década mais pobre
Na contramão do mundo. brasileiro termina década mais pobre

Na contramão do mundo, a população brasileira ficou mais pobre na última década. Entre 2011 e 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país recuou 0,2% ao ano, em média. Nesse mesmo período, a riqueza mundial apresentou um crescimento anual de 0,4%.

Os dados integram um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) com base nos números do Fundo Monetário Internacional (FMI). O desempenho do PIB per capita ao longo da década foi calculado em Paridade do Poder de Compra (PPC) e, portanto, torna possível a comparação entre os países, porque exclui o efeito do câmbio nas moedas locais.

O PIB per capital é a soma de tudo o que país produz dividido pela população e funciona como um importante termômetro para avaliar a riqueza de uma nação. Ele sobe quando a atividade econômica avança num ritmo mais rápido do que o crescimento populacional.

Taxa média anual do crescimento do PIB per capita — Foto: Economia G1
Taxa média anual do crescimento do PIB per capita — Foto: Economia G1

Em 2010, os brasileiros tinham uma renda anual média de US$ 14.931,10. Em 2020, ela caiu para US$ 13.777,44.

O fraco desempenho do Brasil, observado na última década, pode ser explicado por uma combinação bastante perversa. O país enfrentou uma dura recessão entre o fim de 2014 e 2016, registrou uma lenta retomada nos três anos seguintes e viu o PIB despencar 4,1% no ano passado, por causa dos impactos econômicos provocados pela pandemia de coronavírus.

"Esse conjunto de elementos fez com que nós tivéssemos uma nova década perdida", afirma Claudio Considera, pesquisador do Ibre/FGV e um dos autores do levantamento. "Foram três anos de recessão mais um ano da pandemia, que desligou a economia."

PIB encolhe 4,1% em 2020, o maior tombo em 25 anos
PIB encolhe 4,1% em 2020, o maior tombo em 25 anos

Se comparado a países de economia similar, o Brasil fica ainda mais atrás: entre os emergentes, o avanço médio do PIB per capita foi de 2,5% entre 2011 e 2020.

"Entender essa trajetória de comparar o Brasil com os emergentes é entender a crise de meados dos anos de 2010", afirma Rodrigo Soares, professor titular da cátedra Fundação Lemann no Insper.

"Houve uma mistura de dois fatores. Em parte, foi uma herança das políticas equivocadas, adotadas a partir do final dos anos 2000 e que se intensificaram no início dos anos 2010. E isso foi combinado com o choque negativo das commodities, que começou a acontecer no mesmo período", diz.

Na década passada, a situação das contas públicas se agravou, resultando em uma crise fiscal que se arrasta até hoje. O país ainda enfrentou uma turbulência política, que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Como consequência, em 2015, a economia brasileira perdeu o grau de investimento – uma espécie de selo de bom pagador da dívida pública.

Início lento da década

A nova década que se inicia começa com sinais de fraqueza e, portanto, não deve haver uma melhora expressiva da renda do brasileiro tão cedo. O país lida com várias incertezas, como o agravamento da pandemia de coronavírus e a lenta vacinação, que estão minando as expectativas de um crescimento mais acelerado.

As projeções econômicas para 2021 têm sido reduzidas semana após semana, segundo o relatório Focus, do Banco Central, que colhe a avaliação de uma centena de economistas. Hoje, os analistas estimam que o PIB deve crescer 3,26%. Há um mês, a previsão era de alta de 3,47%.

"De fato, está parecendo que o desempenho do primeiro trimestre será bem fraco em relação ao último trimestre de 2020", afirma Considera. "É possível prever uma dificuldade muito grande para a retomada do crescimento."

Alguns bancos e consultorias já projetam uma recessão técnica neste ano, com quedas seguidas do PIB no primeiro e no segundo trimestres.

Há ainda incertezas em relação à condução da política econômica do governo Jair Bolsonaro – se a agenda liberal prometida na eleição de 2018 vai ser trocada por medidas populistas –, sobretudo depois da intervenção do governo na Petrobras.

Jair Bolsonaro indica novo presidente da Petrobras; entenda o caso
Jair Bolsonaro indica novo presidente da Petrobras; entenda o caso

"Você reconhece esse risco na trajetória do presidente da República, enquanto membro do Congresso e deputado. Houve uma tentativa enorme de vender uma agenda liberal associada ao ministro Paulo Guedes, mas, desde o começo do governo, antes mesmo da pandemia, já tinha ficado claro que a convicção do presidente em relação a essa agenda era muito limitada", observa Soares, do Insper. 
Mercado de trabalho

A dificuldade de enxergar uma melhora na condição de vida do brasileiro também se dá pela fraqueza do quadro de emprego no país.

O mercado de trabalho, sem se recuperar da recessão do período dos anos de 2014 a 2016, foi novamente abatido pela pandemia de coronavírus. Em 2020, a taxa de desemprego do país encerrou em 13,9%, chegando a 13,9 milhões o número de pessoas nessa situação.

Formado em história, Victor Hugo Barbosa Lopes de Salles, de 31 anos, trabalhou três anos num restaurante e foi mandado embora em fevereiro deste ano, entrando para as estatísticas dos milhões de desempregados.

"O restaurante teve que parar durante o início da pandemia. Ele ficou fechado por uns 3 meses e só reabriu com metade das mesas disponíveis para o uso, e a gente começou a fazer entrega para ter uma renda", conta Victor, que hoje vive do seguro-desemprego. "Foi ficando difícil para o restaurante pagar o nosso salário e eles decidiram mandar algumas pessoas embora."

Victor Hugo trabalhava em um restaurante, mas foi demitido na pandemia — Foto: Acervo Pessoal
Victor Hugo trabalhava em um restaurante, mas foi demitido na pandemia — Foto: Acervo Pessoal

Desde que se formou em história, Victor tenta atuar na sua área. Ele já deixou currículos em escolas e prestou concursos públicos. Agora, desempregado, vai tentar ter alguma renda como motorista de aplicativo.

"Não é um emprego que demanda entrevista, é o mais fácil de conseguir", afirma. "Tenho uns amigos que estão procurando emprego e está bem difícil." 
Sem ajuda do Auxílio Emergencial

Além de um mercado de trabalho enfraquecido, a renda do brasileiro enfrenta mais um revés com a redução no valor e na quantidade de parcelas do Auxílio Emergencial. No ano passado, as cinco parcelas de R$ 600 e as quatro de R$ 300 representaram um importe alívio para o bolso do brasileiro em meio à pandemia.

O benefício injetou R$ 300 bilhões na economia e chegou a 68 milhões de pessoas.

Neste ano, a nova rodada do auxílio deve ser bem mais modesta. O governo desenhou o programa com quatro parcelas no valor médio de R$ 250. Os novos pagamentos devem ser liberados entre março e abril.

No ano passado, com o benefício do auxílio, os brasileiros da classe D/E aumentaram os gastos em 14% no segundo trimestre, segundo um levantamento da Kantar.

Já os gastos da classe C chegaram a crescer 13% no terceiro e quatro trimestres.

"O governo injetou uma renda no orçamento das famílias, mas agora elas vão enfrentar um abismo muito grande", afirma o diretor de serviços ao cliente e novos negócios da Kantar, David Fiss. "Com o auxílio, as famílias começaram a acessar marcas mais caras. Só que, agora, a partir do momento em que não há mais o auxílio (no valor de R$ 600), elas vão ter de reequilibrar o bolso", diz.

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sexta-feira, 12 de março de 2021

Pesquisadores criam minicérebros com DNA Neandertal

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Por  Megacurioso
Ciência
há mais de 10 horas
Postado em 12 de março de 2021 às 10h00m


|       .      Post.- N.\ 9.718       .      |
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Uma equipe da University of California, San Diego (UCSD), liderada pela geneticista Alysson Muotri, está usando os genes coletados de amostras de osso de neandertais e células-tronco para recriar, em placas de vidro, tecido cerebral desse ancestral do ser humano.

Os minicérebros não são capazes de pensamento, mas serão úteis para entender a neurologia ancestral. Para gerar tecido cerebral neandertal, Muotri usou células de pele de um indivíduo sem defeitos genéticos relacionados a distúrbios neurológicos, que foram então transformadas em células-tronco. O gene Neandertal escolhido foi um dos 200 que mudaram no H. sapiens – especificamente, o que codifica a proteína NOVA1, ligada ao autismo e à esquizofrenia.

O DNA ancestral foi extraído de ossos de três mulheres neandertais, encontrados na caverna Vindija, na Croácia.O DNA ancestral foi extraído de ossos de três mulheres neandertais, encontrados na caverna Vindija, na Croácia.

As bases neandertais no gene humano foram inseridas nas células-tronco usando-se a tesoura genética CRISPR. Para efeito de comparação, também foram usadas células humanas modernas para criar os organoides (estruturas tridimensionais cuja origem são células-tronco, e que se parecem com um tecido original específico – nesse caso, o tecido cerebral).  

Ao fim de quatro meses, as células-tronco com DNA ancestral se converteram em organoides (chamados de neanderoides por Muotri) até o estágio em que foram detectados sinais elétricos.

Socialização

O resultado final foi redes neurais que se organizam de maneira diferente e em tamanhos idem. "Estamos tentando recriar mentes neandertais. Por que nossos cérebros são tão diferentes de outras espécies, incluindo nossos próprios parentes extintos?", disse Muotri à Science Magazine.

Os neanderoides cresceram com a forma de uma pipoca e os humanroides, redondos. Ao se estruturar, os neurônios modificados migram mais rapidamente dentro do organoide, formam menos conexões sinápticas e criam redes neurais anormais.

À esquerda, células modificadas com gene neandertal e à direita, células cerebrais do homem moderno,

À esquerda, células modificadas com gene neandertal e à direita, células cerebrais do homem moderno,

Nos humanos modernos, essas mudanças estão ligadas a defeitos no desenvolvimento cerebral necessário à socialização", disse ela. Segundo a cientista, similaridades foram encontradas no tecido cerebral de crianças com autismo.

O geneticista evolucionário Svante Pääbo, o primeiro a sequenciar o DNA Neandertal; disse que é muito difícil descobrir quais diferenças genéticas entre nosso ancestral e o homem moderno são "funcionalmente relevantes": "Os organoides representam apenas o estágio inicial do desenvolvimento do cérebro. Eles estão longe de nos dizer como os cérebros adultos funcionam.

https://www.youtube.com/watch?v=5FBxnkzI9HU

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Vendas no varejo caem 0,2% em janeiro

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A queda refletiu os impactos da volta das restrições de atividades com o agravamento da pandemia no país e a interrupção do Auxílio Emergencial em dezembro, segundo o IBGE.
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Por Marta Cavallini, G1

Postado em 12 de março de 2021 às 12h00m


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Vendas nos super e hipermercados recuaram 1,6% em janeiro — Foto: Eduardo Peret/Agência IBGE Notícias
Vendas nos super e hipermercados recuaram 1,6% em janeiro — Foto: Eduardo Peret/Agência IBGE Notícias

As vendas do comércio varejista caíram 0,2% em janeiro na comparação com dezembro, quando a queda foi de 6,2% - maior tombo para um mês de dezembro de toda a série histórica, iniciada em 2000. Foi o terceiro mês seguido de queda.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em relação a janeiro do ano passado, o varejo registrou queda de 0,3%, primeira taxa negativa após sete meses consecutivos de taxas positivas.

A queda refletiu os impactos da volta das restrições de atividades com o agravamento da pandemia no país e a interrupção do Auxílio Emergencial em dezembro, segundo o instituto.

Vendas do varejo mês a mês — Foto: Economia G1
Vendas do varejo mês a mês — Foto: Economia G1

Cristiano dos Santos, gerente da pesquisa, vê um cenário de estabilidade nos dados de janeiro, apesar de a maioria das atividades que compõem o indicador terem apresentado queda.

Com a diminuição do aporte de recursos do Auxílio Emergencial, a partir de outubro, a capacidade de consumo das famílias diminuiu, com impacto direto no comércio, levando os indicadores à estabilidade em novembro (-0,1%), uma queda em dezembro (-6,2%), e, agora, outra estabilidade em janeiro (-0,2%), afirmou Santos.

Em janeiro, na comparação com dezembro, cinco das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas, com destaque de maiores quedas para Livros, jornais, revistas e papelaria e Tecidos, vestuário e calçados. Veja abaixo:

  • Combustíveis e lubrificantes: -0,1%
  • Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -1,6%
  • Tecidos, vestuário e calçados: -8,2%
  • Móveis e eletrodomésticos: -5,9%
  • Artigos farmacêuticos, medicinais, ortopédicos e de perfumaria: 2,6%
  • Livros, jornais, revistas e papelaria: -26,5%
  • Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação: 2,2%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 8,3%

Segundo Santos, a queda na atividade dos supermercados pode ter influência da retirada do Auxílio Emergencial e do aumento da inflação dos alimentos.

Por outro lado, houve alta nos setores de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação.

Comércio varejista ampliado

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas recuou 2,1% em relação a dezembro de 2020 - segundo mês com resultado negativo seguido -, influenciado negativamente por Veículos, motos, partes e peças, que registrou -3,6% e, positivamente, por Material de construção com variação de 0,3%.

Janeiro foi um mês de repique da pandemia, com restrições de funcionamento de estabelecimentos comerciais em alguns estados, que refletiram de maneira mais forte no setor de veículos. Veículos tem o segundo maior peso no comércio, e já vinha de uma queda em dezembro (-3,3%), diz Santos.

Na comparação com janeiro de 2020, o comércio varejista ampliado caiu 2,9%, primeiro resultado negativo após seis meses de variações positivas. O indicador acumulado nos últimos 12 meses sinalizou intensificação na perda de ritmo na passagem de dezembro (-1,4%) para janeiro (-1,9%).

O setor de Material de Construção tem apresentado trajetória de crescimento nos últimos meses. Em relação a janeiro de 2020, o setor registrou o oitavo mês seguido de taxas positivas.

Comparação interanual

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a variação de -0,3% interrompe o crescimento observado desde setembro de 2020, segundo o IBGE.

O setor de Tecidos, vestuário e calçados, com queda de 21,1%, exerceu a maior contribuição, no campo negativo, para o comércio varejista - a atividade registra seu 11º mês consecutivo de taxas negativas, o que coincide com o período em que começaram as restrições de circulação de pessoas e fechamento de lojas físicas por conta de pandemia.

A atividade de Combustíveis e lubrificantes teve decréscimo de 8,2%, contabilizando 11 meses de quedas - o setor também tem sido um dos mais impactados pelas medidas de restrição de circulação, que diminuíram a demanda por combustíveis a partir de março de 2020.

O segmento de Móveis e Eletrodomésticos registrou em janeiro de 2021 o primeiro resultado negativo (-5,4%), após sete meses de taxas positivas.

No caso de Livros, jornais, revistas e papelaria, a queda de 53,1% foi a mais intensa queda desde abril de 2020 (-70,3%) e a 12ª taxa no campo negativo.

Por outro lado, o setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou alta de 1,4% - a atividade apresentou, desde fevereiro de 2020, um único recuo, em novembro de 2020, de 1,8%.

Amazonas tem maior queda

O comércio varejista teve variações negativas em 23 das 27 unidades da Federação em janeiro em relação a dezembro. O pior resultado veio do Amazonas, onde as vendas caíram 29,7%, mais que o triplo de outros estados, na comparação com dezembro de 2020.

Com o agravamento da pandemia em janeiro no estado, foi decretado um lockdown, que fechou todo o comércio novamente, assim como aconteceu em março de 2020. Isso fez os indicadores do comércio do Amazonas caírem bastante no período, explica Cristiano Santos.

Regionalmente, as outras maiores quedas do varejo ficaram com Rondônia (-9,1%), Ceará (-4,9%), Mato Grosso (-4,2%) e Santa Catarina (-4,1%).

Por outro lado, os únicos quatro estados que tiveram aumento nas vendas, em janeiro, foram Minas Gerais (8,3%), Tocantins (3,7%), Acre (1,1%) e Mato Grosso do Sul (0,8%).

No comércio varejista ampliado, a queda foi em 25 das 27 unidades da Federação, com as mais intensas no Amazonas (-33,9%), Rondônia (-5,8%) e Distrito Federal (-4,7%).

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quinta-feira, 11 de março de 2021

Vendas nos supermercados crescem 12% em janeiro na comparação anual, aponta Abras

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Quando comparado com dezembro, o resultado de janeiro registrou uma queda de 18,45% nas vendas.
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TOPO
Por Valor Online

Postado em 11 de março de 2021 às 13h00m


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Novo decreto da Prefeitura de Presidente Prudente limita o funcionamento dos supermercados, de segunda-feira a sábado, até as 19h45 — Foto: TV Fronteira
Novo decreto da Prefeitura de Presidente Prudente limita o funcionamento dos supermercados, de segunda-feira a sábado, até as 19h45 — Foto: TV Fronteira

As vendas nos supermercados cresceram 12% em janeiro, ante mesmo período de 2020, informou nesta quinta-feira a Abras, associação que representa o setor. Mas essa alta, já deflacionada pelo IPCA, não deve se repetir em fevereiro, que não teve seus resultados favorecidos pelo Carnaval neste ano, disse o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, em coletiva nesta manhã.

Em fevereiro não esperamos o mesmo desempenho que teve em janeiro. Um ano antes, em janeiro de 2020, muitas famílias estavam em férias e consumindo fora de casa. Em fevereiro deste ano, embora as famílias estejam consumindo mais em casa, não teve o Carnaval, explicou o executivo.

Ante dezembro, o resultado de janeiro registrou uma queda de 18,45% nas vendas. O último mês do ano é favorecido pelas vendas de Natal, importante data de consumo dentro dos lares e que foi ainda mais forte em 2020 por causa da pandemia. No acumulado de uma ano, o índice de consumo da Abras também mostrou alta real de 12%.

A associação faz também um levantamento de preços, o índice Abrasmercado, que acelerou 0,22% em janeiro, elevando preço da cesta de consumo para R$ 636,40. A cesta do Abrasmercado é composta por 35 produtos de larga escala dos supermercados, como papel higiênico, arroz, queijo muçarela, leite e água sanitária, entre outro.

Como base de comparação, o IPCA, índice de inflação medido pelo IBGE, teve alta de 0,26% no período, puxado por um avanço acima de 1% do grupo de alimentos. Já no acumulado de 12 meses, o Abrasmercado teve aumento de 24,4%.

IPCA de fevereiro fica em 0,86%; Miriam Leitão comenta
IPCA de fevereiro fica em 0,86%; Miriam Leitão comenta

Páscoa

O setor de supermercados espera um crescimento de 10% a 15% nas vendas de Páscoa deste ano em comparação ao ano anterior, quando o resultado foi afetado pelo início da pandemia. Vai ser uma Páscoa mais planejada. O consumidor não está deixando para fazer suas compras na última semana para evitar aglomerações, disse Milan.

Milan explicou que, diferentemente de 2020, quando o varejo e a indústria precisaram pensar juntos em soluções para diminuir os estoques, dessa vez não haverá prorrogação nas vendas de itens ligados à festividade religiosa. Ano passado não tinha como fazer planejamento, a pandemia começou cerca de um mês antes da Páscoa e era preciso desestocar tudo que havia sido pedido.

Mais adequada à realidade da pandemia, a Páscoa de 2021 será melhor do que no ano anterior, mas ainda terá volume menor do que 2019, afirmou Milan.

Os preços também estarão mais elevados, puxados principalmente pela inflação de custo de insumos e valorização do dólar. Feitos especialmente para essa data, os ovos de chocolate apresentam alta de até 11%. As caixas de bombom estarão 10,7% mais caras, o bacalhau, 15,6%, e vinhos nacionais e internacionais, 10,3% e 15,3%, respectivamente.

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quarta-feira, 10 de março de 2021

Brasil bate 2 mil mortes em 24 horas: veja quais países têm a mesma marca e o que ela significa

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EUA chegaram a bater 4,4 mil mortes em 24 horas em janeiro. Reino Unido, Alemanha e Itália não bateram a marca trágica, mas tiveram proporção alta em relação ao total da população.
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Por G1

Postado em 10 de março de 2021 às 09h15m


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O Brasil ultrapassou nesta quarta-feira (10) a marca de 2 mil mortes por Covid-19 registradas em 24 horas: 2.349 vidas perdidas.

Alguém tem noção do que significa isso? É uma calamidade. A gente se acostumou a ver as pessoas morrendo? É só número? Não, são pessoas - Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações

No mundo, de acordo com o painel Our World in Data, da Universidade de Oxford, apenas outros quatro países também registraram o mesmo número absoluto, mas em contextos distintos.

O caso mais emblemático é dos EUA. Assim como no Brasil, a curva da pandemia também apresentou altas consistentes, revelando que os picos de mortes têm relação direta com o impacto do novo coronavírus em países populosos que não conseguiram frear a transmissão da Covid durante longos períodos.

Já no caso dos outros três países (Índia, México e Argentina), que também bateram as 2 mil mortes registradas em 24 horas, o pico mostra o acúmulo de casos notificados em apenas um dia.

Os Estados Unidos são o país que mais vezes ultrapassou 2 mil casos notificados. O comportamento da curva de mortes no país mostra que esse patamar se manteve por longos períodos e foi além: o país chegou até mesmo a ultrapassar 4 mil mortes em 24 horas (4.083 mortes em 8 de janeiro, chegando a 4.465 no dia 12).

Além dos EUA, o painel Our World in Data ainda acrescenta na lista:

  • Índia - 2.003 mortes em 16 de junho
  • México - 3.050 em 5 fevereiro de 2021
  • Argentina - 3.351 1º de outubro de 2020

Entretanto, como mostram o gráfico, esse países viram o número explodir após a divulgação de dados represados que acabaram sendo divulgados em um só dia.

Mortes por Covid registradas por dia no México, na índia e na Argentina — Foto: Our World in Data/Divulgação
Mortes por Covid registradas por dia no México, na índia e na Argentina — Foto: Our World in Data/Divulgação

Pico x proporção da população

Os números absolutos de mortes por dia não traduzem o impacto proporcional da pandemia em cada país de acordo com sua população total. E também não dão conta de explicar disparidades regionais, como analisam os especialistas.

Países que não tiveram mais de 2 mil mortes aparecem mais impactados quando a conta leva em consideração o total de mortes em relação ao número de habitantes, ainda de acordo com o painel Our World in Data.

  • Reino Unido 26,9 mortes por milhão em 20 de janeiro de 2021, com 1.826 mortes registradas em 24 horas
  • Alemanha - 20,7 mortes por milhão em 19 de janeiro de 2021, com 1.734 mortes registradas em 24 horas
  • Itália - 16,42 mortes por milhão em 3 de dezembro de 2020, com 993 mortes registradas em 24 horas
  • Estados Unidos - 13,49 mortes por milhão em 12 de janeiro 2021, com 4.465 mortes registradas em 24 horas
  • Brasil - 11,05 mortes por milhão em 10 de março de 2021, com 2349 mortes registradas em 24 horas
  • Índia 1,44 morte por milhão em 16 de junho de 2020, com 2.003 mortes registradas em 24 horas
  • México - 23,66 mortes por milhão em 5 fevereiro de 2021, com 3.050 mortes registradas em 24 horas
  • Argentina - 74,14 mortes por milhão em 1º de outubro de 2020, com 3.351 mortes registradas em 24 horas

A médica Isabella Ballalai aponta que não há motivo para celebrar o fato de o Brasil ter uma proporção de mortes por milhão inferior a do Reino Unido. E alerta que as projeções para o futuro são muito duras para o Brasil.

"O Reino Unido viveu a sua pior fase com a sua nova variante. O Brasil está só começando com a nova variante, a gente está só vendo o início do que pode ser. Pode parecer que morre menos (pacientes da Covid) no Brasil do que no Reino Unido. Mas qual foi a proporção no Amazonas, e no Rio Grande do Sul?" - Isabella Ballalai, vice-presidente da SBIm

"E todos esses estados que estão vivendo a bandeira preta, bandeira roxa, dependendo de como classifica. E a gente só vê crescer. A gente tem em curto prazo uma catástrofe nacional", alerta Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.

Levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que a mutação presente na variante brasileira está na maioria dos casos em seis de oito estados analisados. Segundo dados do Ministério da Saúde contabilizados até 20 de fevereiro, ao menos 4 estados brasileiros já tinham identificado a circulação da variante britânica (a chamada B.1.1.7, que cientistas já afirmam que pode ser, em média, 64% mais letal).


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