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quinta-feira, 11 de março de 2021

Vendas nos supermercados crescem 12% em janeiro na comparação anual, aponta Abras

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Quando comparado com dezembro, o resultado de janeiro registrou uma queda de 18,45% nas vendas.
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TOPO
Por Valor Online

Postado em 11 de março de 2021 às 13h00m


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Novo decreto da Prefeitura de Presidente Prudente limita o funcionamento dos supermercados, de segunda-feira a sábado, até as 19h45 — Foto: TV Fronteira
Novo decreto da Prefeitura de Presidente Prudente limita o funcionamento dos supermercados, de segunda-feira a sábado, até as 19h45 — Foto: TV Fronteira

As vendas nos supermercados cresceram 12% em janeiro, ante mesmo período de 2020, informou nesta quinta-feira a Abras, associação que representa o setor. Mas essa alta, já deflacionada pelo IPCA, não deve se repetir em fevereiro, que não teve seus resultados favorecidos pelo Carnaval neste ano, disse o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, em coletiva nesta manhã.

Em fevereiro não esperamos o mesmo desempenho que teve em janeiro. Um ano antes, em janeiro de 2020, muitas famílias estavam em férias e consumindo fora de casa. Em fevereiro deste ano, embora as famílias estejam consumindo mais em casa, não teve o Carnaval, explicou o executivo.

Ante dezembro, o resultado de janeiro registrou uma queda de 18,45% nas vendas. O último mês do ano é favorecido pelas vendas de Natal, importante data de consumo dentro dos lares e que foi ainda mais forte em 2020 por causa da pandemia. No acumulado de uma ano, o índice de consumo da Abras também mostrou alta real de 12%.

A associação faz também um levantamento de preços, o índice Abrasmercado, que acelerou 0,22% em janeiro, elevando preço da cesta de consumo para R$ 636,40. A cesta do Abrasmercado é composta por 35 produtos de larga escala dos supermercados, como papel higiênico, arroz, queijo muçarela, leite e água sanitária, entre outro.

Como base de comparação, o IPCA, índice de inflação medido pelo IBGE, teve alta de 0,26% no período, puxado por um avanço acima de 1% do grupo de alimentos. Já no acumulado de 12 meses, o Abrasmercado teve aumento de 24,4%.

IPCA de fevereiro fica em 0,86%; Miriam Leitão comenta
IPCA de fevereiro fica em 0,86%; Miriam Leitão comenta

Páscoa

O setor de supermercados espera um crescimento de 10% a 15% nas vendas de Páscoa deste ano em comparação ao ano anterior, quando o resultado foi afetado pelo início da pandemia. Vai ser uma Páscoa mais planejada. O consumidor não está deixando para fazer suas compras na última semana para evitar aglomerações, disse Milan.

Milan explicou que, diferentemente de 2020, quando o varejo e a indústria precisaram pensar juntos em soluções para diminuir os estoques, dessa vez não haverá prorrogação nas vendas de itens ligados à festividade religiosa. Ano passado não tinha como fazer planejamento, a pandemia começou cerca de um mês antes da Páscoa e era preciso desestocar tudo que havia sido pedido.

Mais adequada à realidade da pandemia, a Páscoa de 2021 será melhor do que no ano anterior, mas ainda terá volume menor do que 2019, afirmou Milan.

Os preços também estarão mais elevados, puxados principalmente pela inflação de custo de insumos e valorização do dólar. Feitos especialmente para essa data, os ovos de chocolate apresentam alta de até 11%. As caixas de bombom estarão 10,7% mais caras, o bacalhau, 15,6%, e vinhos nacionais e internacionais, 10,3% e 15,3%, respectivamente.

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quarta-feira, 10 de março de 2021

Brasil bate 2 mil mortes em 24 horas: veja quais países têm a mesma marca e o que ela significa

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EUA chegaram a bater 4,4 mil mortes em 24 horas em janeiro. Reino Unido, Alemanha e Itália não bateram a marca trágica, mas tiveram proporção alta em relação ao total da população.
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Por G1

Postado em 10 de março de 2021 às 09h15m


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O Brasil ultrapassou nesta quarta-feira (10) a marca de 2 mil mortes por Covid-19 registradas em 24 horas: 2.349 vidas perdidas.

Alguém tem noção do que significa isso? É uma calamidade. A gente se acostumou a ver as pessoas morrendo? É só número? Não, são pessoas - Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações

No mundo, de acordo com o painel Our World in Data, da Universidade de Oxford, apenas outros quatro países também registraram o mesmo número absoluto, mas em contextos distintos.

O caso mais emblemático é dos EUA. Assim como no Brasil, a curva da pandemia também apresentou altas consistentes, revelando que os picos de mortes têm relação direta com o impacto do novo coronavírus em países populosos que não conseguiram frear a transmissão da Covid durante longos períodos.

Já no caso dos outros três países (Índia, México e Argentina), que também bateram as 2 mil mortes registradas em 24 horas, o pico mostra o acúmulo de casos notificados em apenas um dia.

Os Estados Unidos são o país que mais vezes ultrapassou 2 mil casos notificados. O comportamento da curva de mortes no país mostra que esse patamar se manteve por longos períodos e foi além: o país chegou até mesmo a ultrapassar 4 mil mortes em 24 horas (4.083 mortes em 8 de janeiro, chegando a 4.465 no dia 12).

Além dos EUA, o painel Our World in Data ainda acrescenta na lista:

  • Índia - 2.003 mortes em 16 de junho
  • México - 3.050 em 5 fevereiro de 2021
  • Argentina - 3.351 1º de outubro de 2020

Entretanto, como mostram o gráfico, esse países viram o número explodir após a divulgação de dados represados que acabaram sendo divulgados em um só dia.

Mortes por Covid registradas por dia no México, na índia e na Argentina — Foto: Our World in Data/Divulgação
Mortes por Covid registradas por dia no México, na índia e na Argentina — Foto: Our World in Data/Divulgação

Pico x proporção da população

Os números absolutos de mortes por dia não traduzem o impacto proporcional da pandemia em cada país de acordo com sua população total. E também não dão conta de explicar disparidades regionais, como analisam os especialistas.

Países que não tiveram mais de 2 mil mortes aparecem mais impactados quando a conta leva em consideração o total de mortes em relação ao número de habitantes, ainda de acordo com o painel Our World in Data.

  • Reino Unido 26,9 mortes por milhão em 20 de janeiro de 2021, com 1.826 mortes registradas em 24 horas
  • Alemanha - 20,7 mortes por milhão em 19 de janeiro de 2021, com 1.734 mortes registradas em 24 horas
  • Itália - 16,42 mortes por milhão em 3 de dezembro de 2020, com 993 mortes registradas em 24 horas
  • Estados Unidos - 13,49 mortes por milhão em 12 de janeiro 2021, com 4.465 mortes registradas em 24 horas
  • Brasil - 11,05 mortes por milhão em 10 de março de 2021, com 2349 mortes registradas em 24 horas
  • Índia 1,44 morte por milhão em 16 de junho de 2020, com 2.003 mortes registradas em 24 horas
  • México - 23,66 mortes por milhão em 5 fevereiro de 2021, com 3.050 mortes registradas em 24 horas
  • Argentina - 74,14 mortes por milhão em 1º de outubro de 2020, com 3.351 mortes registradas em 24 horas

A médica Isabella Ballalai aponta que não há motivo para celebrar o fato de o Brasil ter uma proporção de mortes por milhão inferior a do Reino Unido. E alerta que as projeções para o futuro são muito duras para o Brasil.

"O Reino Unido viveu a sua pior fase com a sua nova variante. O Brasil está só começando com a nova variante, a gente está só vendo o início do que pode ser. Pode parecer que morre menos (pacientes da Covid) no Brasil do que no Reino Unido. Mas qual foi a proporção no Amazonas, e no Rio Grande do Sul?" - Isabella Ballalai, vice-presidente da SBIm

"E todos esses estados que estão vivendo a bandeira preta, bandeira roxa, dependendo de como classifica. E a gente só vê crescer. A gente tem em curto prazo uma catástrofe nacional", alerta Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.

Levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que a mutação presente na variante brasileira está na maioria dos casos em seis de oito estados analisados. Segundo dados do Ministério da Saúde contabilizados até 20 de fevereiro, ao menos 4 estados brasileiros já tinham identificado a circulação da variante britânica (a chamada B.1.1.7, que cientistas já afirmam que pode ser, em média, 64% mais letal).


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Com 1.954 vidas perdidas em 24h, Brasil ultrapassa EUA em mortes diárias por Covid-19

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Na terça-feira (9), Estados Unidos registraram 1.947 mortes. Brasil vive pior momento desde o início da pandemia.
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Por Carolina Dantas e Lara Pinheiro, G1

Postado em 10 de março de 2021 às 11h00m


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Brasil volta a ser o país com a maior média de mortes por Covid-19 do mundo
Brasil volta a ser o país com a maior média de mortes por Covid-19 do mundo

O Brasil ultrapassou, na terça-feira (9), os Estados Unidos em número de mortes registradas em 24h por causa da Covid-19. De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, 1.954 brasileiros morreram por Covid-19 em apenas um dia. Entre os americanos, foram 1.947 mortes, segundo dados do Our World in Data, da Universidade de Oxford.

Não é a primeira vez em que o Brasil passa os EUA em número de óbitos. Isso vem acontecendo nos últimos 5 dias (veja gráfico abaixo).

Mortes em 24h por Covid-19: Brasil e EUA

8188181.7261.7261.8401.8401.7861.7861.7601.7601.4981.4981.0541.0541.1141.1141.9541.9541.5191.5191.9271.9272.4682.4681.9141.914671671719719BrasilEUA01/0302/0303/0304/0305/0306/0307/0308/0309/0350010001500200025003000

01/03
EUA: 1.519
Fonte: Consórcio de veículos de imprensa (Brasil) e Our World in Data (EUA)

Estados Unidos e Brasil são os dois países que mais registraram mortes por Covid no mundo desde o início da pandemia. Os EUA acumularam 527.699 mortes; o Brasil perdeu 268.568 vidas para a Covid-19 até a noite de terça. Só em março, já são 13.550 mortes registradas em solo brasileiro.

Enquanto os americanos estão em um processo de vacinação em massa, entretanto, os brasileiros passam pelo pior momento da pandemia e com apenas 4,1% da população tendo recebido ao menos uma dose de vacina. Nos Estados Unidos, foram administradas 90,2 milhões de doses segundo o Our World in Data.

Coveiros abrem novas covas para vítimas da Covid-19 em cemitério de São Paulo no dia 9 de março. — Foto: Carla Carniel/Reuters
Coveiros abrem novas covas para vítimas da Covid-19 em cemitério de São Paulo no dia 9 de março. — Foto: Carla Carniel/Reuters

O epidemiologista Airton Stein, professor da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), avaliou que a pandemia foi pior sentida nos países com mais desigualdade, como o Brasil, mesmo que fossem ricos – caso dos EUA.

"É uma situação muito complexa, mas isso ficou mais exposto nos países onde tem falta de estrutura de bem-estar social – não apenas sistema de saúde, mas de apoio para aquelas populações vulneráveis e, principalmente, com um número muito grande de vulneráveis", disse.

"Tanto que a gente está vendo que a epidemia causou um dano muito grande em países ricos como os EUA, onde tem muita iniquidade. A epidemia deixou mais em evidência essa interação social com a saúde. As pessoas estão mais expostas a circularem por terem trabalhos em que precisam circular e, também, por não terem acesso a serviços de saúde adequados", afirmou Stein.

Mortes por milhão

O Brasil tem cerca de 1.263 mortes por Covid-19 para cada milhão de habitantes; nos Estados Unidos, esse número é de 1.594 por milhão. Quando considerada a proporção de mortes/milhão registradas nas últimas 24h, entretanto, o Brasil ultrapassa os EUA: enquanto aqui foram registradas 9,28 mortes/milhão de habitantes, nos Estados Unidos esse índice foi de 5,88.

Em entrevista ao G1, especialistas avaliaram, no ano passado, que a medida de mortes/milhão de habitantes não é a ideal para comparar cenários na pandemia. Isso porque, ao fazer essa comparação, são deixadas de lado informações importantes como o estágio da pandemia, o tamanho da população, o perfil etário e o nível de testagem.

San Marino, por exemplo, aparece com o maior número de mortes/milhão do mundo no Our World in Data (2.268), mas o país só teve, ao todo, 77 mortes pela Covid-19. A população san-marinense é de 33,8 mil pessoas.

Veja, abaixo, o número de mortes/milhão por Covid-19 nos 10 países com as maiores populações do mundo:

  1. Estados Unidos: 1.594 mortes/milhão (pop. de 331 milhões)
  2. México: 1.487 mortes/milhão (pop. de 128,9 milhões)
  3. Brasil: 1.263 mortes/milhão (pop. de 210 milhões)
  4. Rússia: 605 mortes/milhão (pop. de 145,9 milhões)
  5. Indonésia: 138 mortes/milhão (pop. de 273,5 milhões)
  6. Índia: 114,5 mortes/milhão (pop. de 1,38 bilhão)
  7. Paquistão: 60,3 mortes/milhão (pop. de 220,8 milhões)
  8. Bangladesh: 51,5 mortes/milhão (pop. de 164,7 milhões)
  9. Nigéria: 9,64 mortes/milhão (pop. de 206,1 milhões)
  10. China: 3,36 mortes/milhão (pop. de 1,44 bilhão)

Outros 10 países, todos europeus e com populações menores, registraram número de mortes/milhão de habitantes maiores do que as de Estados Unidos, México e Brasil. No Reino Unido, por exemplo, são cerca de 1.842 mortes/milhão de habitantes; a população total do país é de aproximadamente 67 milhões de pessoas.

Veja, abaixo, a lista:

  1. San Marino: 2.268 mortes/milhão (pop. de 33,8 mil)
  2. República Tcheca: 2.068 mortes/milhão (pop. de 10,7 milhões)
  3. Bélgica: 1.926 mortes/milhão (pop. de 11,6 milhões)
  4. Eslovênia: 1.878 mortes/milhão (pop. de 2 milhões)
  5. Reino Unido: 1.842 mortes/milhão (pop. de 67 milhões)
  6. Montenegro: 1.738 mortes/milhão (pop. de 628 mil)
  7. Hungria: 1.671 mortes/milhão (pop. de 9,6 milhões)
  8. Itália: 1.661 mortes/milhão (pop. de 60,4 milhões)
  9. Bósnia e Herzegovina: 1.629 mortes/milhão (pop. de 3,3 milhões)
  10. Portugal: 1.627 mortes/milhão (pop. de 10,2 milhões)
Declarações do presidente

Um dia após o Brasil bater o primeiro recorde de março em mortes diárias em um dia, o presidente Jair Bolsonaro disse que "criaram pânico" sobre a pandemia. Na véspera, o país havia perdido 1.726 vidas para a Covid-19.

Dois dias depois, o presidente declarou, sobre as restrições adotadas para combater a pandemia: "chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?"

O presidente também chamou de "idiota" quem pedia a compra de mais vacinas para o país: "Tem idiota que a gente vê nas redes sociais, na imprensa, [dizendo] 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe. Não tem [vacina] para vender no mundo".

Fevereiro amargo

Coveiro caminha em meio a lápides de vítimas da Covid-19 no cemitério Parque Tarumã, em Manaus, em 25 de fevereiro. — Foto: Bruno Kelly/Reuters
Coveiro caminha em meio a lápides de vítimas da Covid-19 no cemitério Parque Tarumã, em Manaus, em 25 de fevereiro. — Foto: Bruno Kelly/Reuters

O Brasil acumulou, em fevereiro, o segundo maior número de mortes em apenas um mês na pandemia: 30.484 óbitos devido à Covid-19. Julho, até agora, é o mês com mais mortes pelo coronavírus, com 32.912 vidas – uma diferença de menos de 2 mil pessoas entre cada mês.

As previsões para o mês de março não são as melhores. A pneumologista Margareth Dalcomo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) disse nesta terça-feira que este mês deverá ser o março mais triste de nossas vidas. Com o ritmo acelerado de transmissão, a previsão é de que o Brasil atinja 300 mil mortos no final do mês ou no início de abril.

VÍDEO: Veja ocupação dos leitos de UTI estado a estado desde julho
VÍDEO: Veja ocupação dos leitos de UTI estado a estado desde julho


Novas restrições estaduais

Ruas vazias em São Paulo no dia 6 de março em meio às restrições contra a Covid-19. — Foto: Carla Carniel/Reuters
Ruas vazias em São Paulo no dia 6 de março em meio às restrições contra a Covid-19. — Foto: Carla Carniel/Reuters

Sem uma política centralizada pelo governo federal, os secretários de saúde dos estados enviaram uma carta com sugestões de medidas urgentes contra o iminente colapso das redes pública e privada de saúde diante do aumento dos casos de Covid-19. As restrições propostas incluíam toque de recolher nacional e fechamento de escolas, bares e praias.

Desde então, vários estados vêm decretando restrições para o combate à pandemia. O Amapá determinou, na terça-feira (9), um toque de recolher a partir das 21h. Também fica proibido o consumo de bebida alcoólica em espaços públicos e dentro de estabelecimentos.

VÍDEO: o que já sabemos sobre a variante brasileira do coronavírus
VÍDEO: o que já sabemos sobre a variante brasileira do coronavírus

No Pará, o toque de recolher às 21h passa a valer a partir desta quarta. Academias e cinemas não podem funcionar por sete dias.

A Bahia anunciou, na semana passada, um toque de recolher até 31 de março. Já o governo de São Paulo deve anunciar restrições mais rígidas nesta quarta.

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terça-feira, 9 de março de 2021

Setor de serviços começa 2021 com alta de 0,6%, aponta IBGE

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Em janeiro, país completou uma sequência de oito meses sem registrar queda no volume de serviços prestados, mas ainda se encontra 3% abaixo do patamar pré-pandemia. No acumulado em 12 meses, indicador registrou queda recorde de 8,3%.
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Por Daniel Silveira, G1 — Rio de Janeiro

Postado em 09 de março de 2021 às 13h35m


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Transporte rodoviário de passageiros foi o principal destaque positivo do setor de serviços em janeiro. Na foto, movimento da rodoviária do Tietê (SP) no dia 4 de janeiro — Foto: Reprodução/TV Globo
Transporte rodoviário de passageiros foi o principal destaque positivo do setor de serviços em janeiro. Na foto, movimento da rodoviária do Tietê (SP) no dia 4 de janeiro — Foto: Reprodução/TV Globo

O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,6% em janeiro, na comparação com dezembro, completando uma sequência de oito meses sem registrar queda. Todavia, o setor ainda não conseguiu recuperar todas as perdas diante da pandemia do coronavírus. É o que apontam os dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Desempenho do setor de serviços em janeiro — Foto: Economia G1
Desempenho do setor de serviços em janeiro — Foto: Economia G1

Na comparação com janeiro de 2020, o setor de serviços registrou queda de 4,7%, o segundo pior resultado para o primeiro mês do ano de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2012 – ficando atrás somente de janeiro de 2016, quando o tombo foi de 5%. Já o indicador acumulado em 12 meses apresentou recuo de 8,3%, variação negativa recorde para um mês de janeiro.

O setor, que tem o maior peso na economia brasileira, fechou 2020 com um tombo recorde de 7,8%, tendo sido a principal influência negativa sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do país, que teve queda de 4,1%, a maior retração registrada nos últimos 25 anos.

Setor de serviços registra alta de 0,6% em janeiro, aponta IBGE
Setor de serviços registra alta de 0,6% em janeiro, aponta IBGE

O resultado de dezembro foi revisado pelo IBGE. Inicialmente, havia sido apurada uma queda de 0,2%, que interrompia uma sequência de seis taxas positivas. Esse recuo, no entanto, que foi revisto para uma variação nula.

Com oito meses sem variação negativa no volume de serviços prestados, o setor acumula ganho de 19,6% no período. Porém, mesmo com esse crescimento, o patamar do setor ainda se encontra 3% abaixo de fevereiro de 2020, antes de ser declarada a pandemia. Além disso, está 13,8% abaixo do ponto mais alto do setor, registrado em novembro de 2014.

Dentre as cinco grandes atividades do setor, apenas uma apresentava, em janeiro, recuperação das perdas registradas com a pandemia.

Somente o segmento de informação e comunicação havia recuperado as perdas com a pandemia até janeiro. — Foto: Economia/G1
Somente o segmento de informação e comunicação havia recuperado as perdas com a pandemia até janeiro. — Foto: Economia/G1

Segmento de transportes puxa alta no mês

Das cinco grandes atividades do setor de serviços, apenas duas registraram crescimento no primeiro mês do ano: a de transportes, com alta de 3,1%, e a de serviços profissionais, administrativos e complementares, com avanço de 3,4%.

Embora os serviços de transporte tenham crescido menos que os profissionais, foi ele o principal responsável pela alta geral do setor em janeiro. De acordo com o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, "todos os segmentos dentro do setor de transportes mostraram crescimento e esse espalhamento ajuda a explicar o resultado".

Segundo o pesquisador, dentre as atividades de transporte com maior crescimento estão o rodoviário coletivo de passageiros, que inclui ônibus que fazem viagens municipais, estaduais e internacionais, e o aéreo de passageiros.

Isso pode ser um reflexo do aumento da flexibilização das medidas de isolamento, com os traslados das pessoas pelas cidades brasileiras, utilizando transporte público. Talvez essas viagens sejam motivadas pela época do ano, quando acontecem as férias, apontou Lobo.

Já para o segmento de serviços profissionais, segundo o pesquisador, o que mais chamou atenção foi a expansão dos serviços técnico-profissionais, como serviços de engenharia e atividades correlacionadas a engenharia e arquitetura.

Lobo destacou, ainda, que o segmento de transportes acumulou ganho de 29,6% entre maio de 2020 e janeiro de 2021, mas ainda se encontra 2,7% abaixo do patamar de fevereiro. Já o de serviços profissionais acumulou alta de 13,9% desde junho de 2020, mas ainda sem eliminar a perda de 20% acumulada entre novembro de 2019 e maio de 2020.

Segmento de transportes puxou alta do setor de serviços em janeiro, segundo o IBGE — Foto: Economia/G1
Segmento de transportes puxou alta do setor de serviços em janeiro, segundo o IBGE — Foto: Economia/G1

Dentre as outras três grandes atividades do setor de serviços, a maior retração foi em "outros serviços", que registrou queda de 9,2%, revertendo o o ganho acumulado de 5,7% entre novembro e dezembro. De acordo com o gerente da pesquisa, esse recuo foi puxado pelas corretoras de títulos e valores imobiliários.

"Esse segmento de serviços financeiros auxiliares tem uma característica importante, que é o pagamento de taxas de performance no mês de dezembro. Então as receitas mudam e a base de comparação é mais elevada. Isso acaba trazendo algum tipo de devolução importante no mês subsequente, que é janeiro, explicou Lobo.

Os serviços de informação e comunicação (-0,7%) perderam parte do ganho acumulado de 4,7% entre setembro e dezembro de 2020. Segundo Lobo, essa queda foi pressionada pelos serviços de desenvolvimento e licenciamento de software, atividades de TV aberta, consultoria em tecnologia da informação e portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na internet.

Já os serviços prestados às famílias tiveram retração de 1,5%, a segunda taxa negativa seguida, e acumularam no período uma perda de 5,5%. Com isso, há uma retração do avanço acumulado de 68,5% pelo setor entre agosto e novembro de 2020.

Veja abaixo a variação dos subgrupos de cada uma das cinco grandes atividades se serviços:

  • Serviços prestados às famílias: -1,5%
  • Serviços de alojamento e alimentação: -0,9%
  • Outros serviços prestados às famílias: 0,5%
  • Serviços de informação e comunicação: -0,7%
  • Serviços de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC): 0,6%
  • Telecomunicações: 1,6%
  • Serviços de Tecnologia da Informação: -1,3%
  • Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias: -9,3%
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: 3,4%
  • Serviços técnico-profissionais: 3%
  • Serviços administrativos e complementares: 1,7%
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 3,1%
  • Transporte terrestre: 3,9%
  • Transporte aquaviário: 3,1%
  • Transporte aéreo: 11,1%
  • Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: 0,6%
  • Outros serviços: -9,2%
11ª taxa negativa na comparação interanual

Na comparação com janeiro de 2020, o setor de serviços prestados teve queda de 4,7%, completando a 11ª taxa negativa seguida nesta base de comparação (mês contra igual mês do ano anterior).

Das cinco grandes atividades do setor, apenas uma registrou crescimento. Segundo o IBGE, a maior influência negativa veio dos serviços prestados às famílias, pressionados, principalmente, por atividades tradicionalmente presenciais, como restaurantes, hotéis e serviços de bufê.

Veja o resultado de cada uma das 5 grandes atividades na comparação com janeiro de 2020:

  • Serviços de informação e comunicação: 1,7%
  • Outros serviços: -2,2%
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: -4%
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: -6,7%
  • Serviços prestados às famílias: -27,6%
Queda em 14 das 27 unidades da federação

Na análise regional, o setor de serviços registrou queda em 14 das 27 Unidades da Federação na passagem de dezembro para janeiro. As quedas mais intensas foram registradas em Rondônia, Alagoas e Bahia.

Dentre as demais UFs, 12 registraram alta no mês, sendo a do Distrito Federal a taxa mais expressiva. Uma, Rio de Janeiro, registrou variação nula.

Veja abaixo o resultado de cada uma das 27 UFs:

  • Rondônia, -15,6%
  • Alagoas:-8,5%
  • Bahia: -6,3%
  • Mato Grosso:-5,2%
  • Mato Grosso do Sul: -4,2%
  • Ceará: -2,7%
  • Maranhão: -2,4%
  • Goiás: -2,3%
  • Pará: -1,6%
  • Rio Grande do Sul: -1,5%
  • Paraná: -1,1%
  • Roraima: -0,9%
  • Piauí: -0,9%
  • Sergipe: -0,6%
  • Rio de Janeiro: 0
  • São Paulo: 0,5%
  • Espírito Santo: 1%
  • Rio Grande do Norte: 1,6%
  • Paraíba: 1,6%
  • Pernambuco:1,6%
  • Santa Catarina: 2%
  • Acre: 2,1%
  • Minas Gerais:2,6%
  • Amazonas: 3,5%
  • Tocantins: 4%
  • Amapá: 4,3%
  • Distrito Federal: 10,9%
Alta de 0,7% no índice de atividades turísticas

O levantamento do IBGE mostrou, ainda, que o índice de atividades turísticas cresceu 0,7% em janeiro na comparação com dezembro, quando o indicador havia ficado estável (0,0%).

O instituto destacou que o segmento do turismo avançou 122,8% entre maio de 2020 e janeiro de 2021, mas, para retornar ao patamar de fevereiro, ainda precisa crescer 42,1%.

Com o aumento da flexibilização e, consequentemente, aumento de movimento das pessoas nas ruas, de viagens, de almoços em restaurantes, transportes de passageiros, seja terrestre ou aéreo, o setor turístico refletiu o movimento em vários desses segmentos de prestação de serviços presenciais. Ainda está distante de voltar ao patamar de fevereiro, mas dá um pequeno passo adiante, avaliou o gerente da pesquisa.

Das 12 Unidades da Federação investigadas, nove registraram expansão da atividade turística em janeiro, com destaque para Rio de Janeiro (4,4%), Rio Grande do Sul (11,4%) e Distrito Federal (10,4%). Já as retrações mais relevantes foram observadas em de São Paulo (-1,7%), Goiás (-7,4%) e Minas Gerias (-3,1%).

Na comparação com janeiro de 2020, o índice de volume de atividades turísticas no país caiu 29,1% - 11ª taxa negativa seguida. A queda foi disseminada entre as 12 UFs investigadas, com destaque para São Paulo (-37,7%), Rio de Janeiro (-27,5%), Minas Gerais (-32,8%), Paraná (-28,7%) e Rio Grande do Sul (-29,7%).

Perspectivas

Setor de maior peso na economia brasileira (os serviços representam cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do país) ainda precisa avançar muito para recuperar as perdas acumuladas com a pandemia do coronavírus – o volume de serviços prestados em janeiro ainda se encontrava 3% abaixo do patamar de fevereiro.

Diante da escalada da crise sanitária, que tem levado alguns estados e municípios a retomarem medidas rígidas de distanciamento social, é possível que essa recuperação demore ainda mais a acontecer.

"É inegável que a gente tem uma correlação importante entre o recrudescimento da pandemia sobre as ações que os governos nas suas diversas esferas possam adotar em relação ao impedimento de deslocamento das pessoas e o impacto disso no consumo das famílias", avaliou o gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, Rodrigo Lobo.

O pesquisador enfatizou que não é possível prever qual o impacto das novas medidas que estão sendo adotadas pelos governos possam ter sobre o setor de serviços. No entanto, ele enfatizou que os eventuais reflexos sobre o mercado de trabalho podem agravar a situação.

"Perdas de trabalho e de renda também vão promover redução do consumo de serviços prestados às famílias", destacou.

Em meio ao avanço do número de casos confirmados de Covid-19 e de mortes provocadas pela doença, o mercado financeiro reduziu a perspectiva de alta da economia brasileira nesta semana. Conforme o Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central, os economistas das principais instituições financeiras do país reduziram de 3,29% para 3,26% a estimativa de crescimento do PIB para este ano. Ao final de 2020, a projeção dos analistas era de um crescimento de 3,39%.

para a inflação, o mercado financeiro elevou sua projeção pela nona vez seguida. A previsão dos analistas é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador da inflação oficial do país, deve fechar o ano em 3,98%, acima da meta central do governo, que é de 3,75%. Pelo sistema de metas, não haverá descumprimento se o índice oscilar entre 2,25% e 5,25% em 2021.

Outras projeções dos analistas para a economia brasileira em 2021 apontam que o dólar pode chegar a ser cotado em R$ 5,15 no final do ano - na semana passada, a estimativa para a taxa de câmbio era de R$ 5,10. Já para a balança comercial, a projeção do saldo (resultado do total de exportações menos as importações) caiu de US$ 55,10 bilhões para US$ 55 bilhões de resultado positivo, enquanto a estimativa para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil recuou de US$ 55 bilhões para US$ 52,5 bilhões.

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