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sexta-feira, 24 de abril de 2020

Taxa de desemprego média deve subir para 17,8% neste ano, projeta FGV

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No ano passado, a taxa média de desemprego foi de 11,9%. Piora esperada para o mercado de trabalho tem como pano de fundo a recessão econômica.
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 Por G1  

 Postado em 24 de abril de 2020 às 22h05m  

      Post.N.\9.236  
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Desempregados fazem fila em mutirão de emprego no Vale do Anhangabaú, Centro de São Paulo — Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo
Desempregados fazem fila em mutirão de emprego no Vale do Anhangabaú, Centro de São Paulo — Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo
O Brasil deve encerrar este ano com uma taxa média de desemprego de 17,8%, de acordo com projeção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) divulgada nesta sexta-feira (24).
O Ibre também espera que a massa de renda média recue 8,6%, na média, em 2020 em relação ao apurado em 2019. Com essa redução, a renda efetiva média fechará este ano em R$ 2.206 mensais, abaixo dos R$ 2.413 observados no ano anterior.

Já a massa de rendimentos efetivos do trabalho deve cair cerca de 14,4% em 2020, puxando tanto pelo recuo da renda média como pela redução esperada de 6,6% na população ocupada.

Dessa forma, segundo o Ibre, a massa salarial vai encerrar este ano 3,2% abaixo do seu menor nível desde o início da série histórica, em 2012.

"No mercado de trabalho, o cenário é de grande perda de empregos e rendimento. A composição das perdas também dificilmente será homogênea, e será dependente das políticas públicas adotadas", apontou o instituto em seu Boletim Macro.

O desempenho ruim projetado para o mercado de trabalho tem como pano de fundo a recessão econômica esperada para este ano diante dos efeitos provocados pelo coronavírus. O Ibre projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) recue 3,4%.

Com a deterioração do mercado de trabalho, o governo anunciou uma medida provisória que permitirá a redução de jornada de trabalho e salário em até 70%.
Governo detalha proposta que autoriza empresas a reduzir salários e jornada de trabalho
Governo detalha proposta que autoriza empresas a reduzir salários e jornada de trabalho

"O governo federal prevê que 70% dos trabalhadores de empresas privadas estarão sob esse acordo nos próximos meses, o que corresponde a cerca de 25 dos 35 milhões de empregados nesta categoria", disse o Ibre.

"No entanto, até 15 de abril, apenas 1,7 milhão de trabalhadores estava sob esse novo regime, colocando em dúvida a escala efetiva que tal política terá."

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    Segurança nos downloads: como baixar programas e jogos legítimos no computador

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    Confira dicas para não ser enganado por golpes e conhecer fontes seguras para downloads de softwares para Windows.
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     Por Altieres Rohr  

     Postado em 24 de abril de 2020 às 10h10m  

        Post.N.\9.235  
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    Um 'clique' ou 'toque' errado na tela do celular é suficiente para instalar um programa malicioso. Downloads exigem cautela.  — Foto:  Carlos Paes/Freeimages.comUm 'clique' ou 'toque' errado na tela do celular é suficiente para instalar um programa malicioso. Downloads exigem cautela. — Foto: Carlos Paes/Freeimages.com
    Este blog já apontou algumas recomendações para baixar aplicativos de forma segura no celular, mas o download de programas no computador também exige cuidados – especialmente no Windows.

    Infelizmente, a loja oficial de aplicativos do Windows – Microsoft Store – não é tão útil quanto as lojas de aplicativos para smartphones. A maioria dos softwares não é distribuída por lá, mas sim em sites individuais, espalhados por toda a internet. Baixar apenas aplicativos na loja oficial – como este blog recomendou para os smartphones – não é viável no Windows.

    Ainda assim, existem várias fontes bastante seguras para o download de software, o que vai ajudar você a ficar longe dos golpes. Confira:

    Use o Ninite: O Ninite é um serviço que instala vários programas de uma só vez. É bem fácil de usar: marque os programas que você deseja instalar na página e clique em "Get Your Ninite". Após baixar e executar o instalador, todos os programas serão instalados de uma só vez. Além de fácil e rápido, o procedimento é seguro, já que você não precisa baixar cada um dos programas separadamente.

    O Ninite inclui praticamente todos os principais programas que você precisa no Windows, incluindo navegadores web, softwares de comunicação (como o Zoom, Skype e Discord) e utilitários.
    Ninite facilita downloads no Windows. Marque os programas que você deseja instalar e clique em 'Get Your Ninite' no rodapé da página. — Foto: ReproduçãoNinite facilita downloads no Windows. Marque os programas que você deseja instalar e clique em 'Get Your Ninite' no rodapé da página. — Foto: Reprodução 

    Conheça sites bons para distribuição de software: Infelizmente, muitos sites de "download" hoje distribuem "instaladores" que colocam programas indesejados. É um "baixe um, instale dois" – e normalmente o segundo é um programa que só vai causar problemas no seu computador. Além disso, esses sites de download não são canais oficiais.

    Sendo assim, é importante conhecer alguns dos verdadeiros sites de distribuição de software – páginas em que desenvolvedores colocam seus programas de forma legítima. Veja exemplos:
    • Sites oficiais: o meio mais comum de distribuição de softwares comerciais é pelo site oficial do fabricante. Utilize mecanismo de pesquisa para saber o endereço oficial.
    • Github.com: Esse site é usado para gerenciar projetos de software. Ele atualmente pertencente à Microsoft é o canal oficial para o download de muitos programas. Caso você caia na página do Github, clique no link "Releases" para encontrar os downloads. Utilize um serviço de tradução de páginas caso tenha dificuldade.
    • Fosshub.com: Dedicado aos programas de software livre, este site também traz download confiáveis.
    • SourceForge: Outra plataforma de desenvolvimento e distribuição de software semelhante ao Github.
    Sites como SorceForge e Github também distribuem programas maliciosos de vez em quando. Hackers tentam tirar proveito de qualquer oportunidade para aumentar o número de vítimas. O importante é conhecer esses sites e não estranhar quando um download tiver de ser realizado por meio deles.

    Confira a assinatura digital: Softwares de grandes empresas como Microsoft, Adobe e Oracle trazem assinaturas digitais que você pode conferir antes de executar o programa.

    Siga os seguintes passos: clique com o botão direito no arquivo e então em "Propriedades"Clique na aba "Assinaturas digitais" e depois em "Detalhes". Alguns programas de desenvolvedores menos são distribuídos sem certificados por conta do custo desse processo, mas também é menos comum que programas pouco populares sejam usados por hackers.
    Você pode conferir a assinatura digital embutida em programas. Atente para o nome da empresa – algumas assinaturas digitais não trazem o nome correto. — Foto: ReproduçãoVocê pode conferir a assinatura digital embutida em programas. Atente para o nome da empresa – algumas assinaturas digitais não trazem o nome correto. — Foto: Reprodução

    Procurando jogos? Use o Steam e a Microsoft Store: se você está procurando jogos para o seu computador, use o Steam e a Microsoft Store. A Microsoft Store pode ser acessada no menu iniciar – basta digitar "Microsoft Store". O Steam pode ser baixado pelo Ninite ou pelo site oficial da plataforma. Existem outras lojas oficiais de desenvolvedores (como a Origin, o uPlay e a Epic Games Store) que também são opções válidas.

    Quer jogos grátis no Steam? Existe uma categoria específica no site, que você pode ver aqui. Tem um computador mais antigo e quer curtir uns jogos "retrô" e leves? Essa costuma ser a especialidade do GOG.com.
    Plataformas como Steam e GOG se especializam na distribuição de jogos de vários criadores, facilitando a aquisição de games, incluindo os gratuitos. — Foto: ReproduçãoPlataformas como Steam e GOG se especializam na distribuição de jogos de vários criadores, facilitando a aquisição de games, incluindo os gratuitos. — Foto: Reprodução

    Fique longe de programas piratas: O uso de programas piratas, além de ilegal, é perigoso para o seu computador, pois não existe nenhuma forma de usar esses programas com segurança.

    Evite extensões e downloads de programas em anúncios: Muitos programas maliciosos e extensões de navegadores suspeitas são divulgados por meio de anúncios publicitários agressivos que querem convencer você a baixar um software "grátis". Muitas fraudes prometem programas que "otimizam" o desempenho do computador ou soluções para redes sociais (uma fraude prometia um "modo escuro" para o WhatsApp Web), então vale redobrar o cuidado com esse tipo de oferta. Se um programa for recomendado por um anúncio, pesquise antes de fazer o download.

    Ainda está na dúvida? Você deve usar um antivírus no seu computador, mas, se um arquivo específico deixou você com a pulga atrás da orelha, vale a pena usar o site VirusTotal.com para que o arquivo seja analisado em 70 soluções antivírus.

    O uso do VirusTotal também exige bom senso. Como o arquivo é analisado por muitos antivírus, existe uma chance considerável de arquivos legítimos serem detectados como vírus, ou seja, de "alarmes falsos". Arquivos realmente maliciosos normalmente serão detectados por mais de dez produtos. Enviar arquivos grandes para o serviço também pode ser difícil, mas você pode usar a opção de enviar link.
    Site VirusTotal analisa arquivos em mais de 70 antivírus para ajudar a descobrir se um arquivo é malicioso. — Foto: ReproduçãoSite VirusTotal analisa arquivos em mais de 70 antivírus para ajudar a descobrir se um arquivo é malicioso. — Foto: Reprodução

    Observe que o site oficial do VirusTotal termina em ".com" e não ".com.br". Se preferir, coloque o site nos seus favoritos do navegador para não errar. Você também pode instalar uma extensão para o navegador que analisa os arquivos baixados no VirusTotal, mas tome cuidado: esses arquivos ficam disponíveis para as empresas antivírus. Se você lida com documentos sigilosos, por exemplo, é melhor enviar apenas arquivos suspeitos e não tudo que você acessa pelo navegador.

    Dúvidas sobre segurança, hackers e vírus? Envie para g1seguranca@globomail.com

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    quinta-feira, 23 de abril de 2020

    Coronavírus: as teorias que tentam explicar por que a Covid-19 também mata jovens saudáveis

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    Novo coronavírus não afeta apenas idosos e aqueles com doenças associadas; casos graves e mortes também foram relatados em jovens saudáveis, e especialistas dizem que isto pode estar ligado a fatores genéticos.
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     Por BBC  

     Postado em 23 de abril de 2020 às 15h05m  
        Post.N.\9.234  
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    Sintomas têm ampla variedade de gravidade. Segundo OMS, 6% dos casos entram em estado crítico — Foto: Getty Images via BBCSintomas têm ampla variedade de gravidade. Segundo OMS, 6% dos casos entram em estado crítico — Foto: Getty Images via BBC
    A gravidade dos sintomas da Covid-19, a doença causada pelo coronavírus Sars-CoV-2, varia muito de caso para caso.

    Enquanto 80% dos infectados apresentam sintomas leves ou semelhantes aos da gripe, no outro extremo do espectro, há aqueles que acabam com pneumonia e conectados a um respirador na UTI, onde o prognóstico nem sempre é otimista.

    Os casos mais críticos geralmente ocorrem em pessoas idosas ou com comorbidades (doenças associadas), como hipertensão, diabetes ou cardiopatias, entre outras.
    No entanto, dia após dia, são noticiados casos fatais em que as vítimas são aparentemente jovens, homens e mulheres saudáveis e até crianças.

    Por quê? O que explica que pessoas que não estão no grupo de risco possam desenvolver os sintomas mais graves da doença ou até mesmo morrerem de Covid-19?

    "Essa é a pergunta para a qual todos querem a resposta", diz Michael Snyder, professor e diretor do Departamento de Genética da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, à BBC Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC.

    Mas, embora resolver esse enigma não seja uma tarefa fácil, os cientistas suspeitam de onde a resposta pode vir (uma combinação de fatores, dizem eles) e começaram a seguir diferentes linhas de pesquisa para esclarecê-lo.
    Entender por que as pessoas que não são obviamente vulneráveis sucumbem à doença, dizem eles, permitirá identificar aqueles com maior risco, criar tratamentos novos e eficazes – incluindo uma vacina – e aproveitar melhor os medicamentos existentes.
    Gene que pode ter impacto no desenvolvimento da doença é aquele que codifica receptor ACE2, que permite a vírus entrar na célula para se replicar — Foto: Getty Images via BBCGene que pode ter impacto no desenvolvimento da doença é aquele que codifica receptor ACE2, que permite a vírus entrar na célula para se replicar — Foto: Getty Images via BBC

    A hipótese genética
    Uma das teorias propostas e que está ganhando força é a da predisposição genética.
    Isso se baseia na ideia de que nossas peculiaridades genéticas podem influenciar a virulência com a qual o coronavírus afeta nosso corpo.

    "Não é uma ideia nova. A partir de estudos comparando gêmeos univitelinos e bivitelinos, sabemos que a suscetibilidade a grandes doenças infecciosas no mundo, como tuberculose, hepatite ou malária, varia em parte de acordo com as características genéticas", explica à BBC Mundo Stephen Chapman, especialista em doenças respiratórias e pesquisador em Genética Humana na Universidade de Oxford, Reino Unido.

    Um exemplo que vários cientistas, incluindo Chapman, usam para explicar o peso da genética, é o do vírus herpes simplex.
    É um vírus que circula amplamente na população e que pode causar infecções na boca ou na face, se for de um tipo, ou feridas nos órgãos genitais, se for de outro.

    "A grande maioria das pessoas expostas ao vírus não fica gravemente doente, mas uma pequena minoria com uma única mutação genética desenvolve encefalite herpética (inflamação do cérebro), que pode ser fatal", diz Chapman.

    Uma mutação semelhante, diz ele, poderia explicar casos graves de Covid-19 em jovens.
    Um gene de interesse particular é aquele que codifica o receptor ACE2 (a enzima conversora de angiotensina 2 da proteína da superfície celular).

    Localizado na superfície das células do pulmão e em outras partes do corpo, esse receptor é o portal usado pelo vírus para invadir as células das vias aéreas e começar a se replicar.

    O gene que codifica esse receptor é polimórfico, ou seja, possui uma série de variantes comuns distribuídas na população.

    "A hipótese é que, se você tem uma variante específica, a entrada do vírus na célula pode ser facilitada ou dificultada, ou seja, você pode ficar mais vulnerável ou mais resistente à doença", explica o especialista.

    Na opinião de Jean-Laurent Casanova, professor e pesquisador da Universidade Rockefeller em Nova York, EUA, essas variações genéticas (ou, como ele as chama, erros inatos) "podem ficar latentes por décadas, até ocorrer uma infecção por um micro-organismo específico".

    Por esse motivo, seu laboratório agora está investigando se é isso que está acontecendo com o novo coronavírus.

    Chapman acredita que a vulnerabilidade provavelmente dependerá não da variedade de um gene, mas de vários genes, combinados com fatores adquiridos ao longo da vida.
    Essas variações, observa ele, podem estar localizadas principalmente em genes ligados à resposta imune.
    É possível que variações genéticas que tornam pessoas mais vulneráveis ​a covid-19 sejam encontradas em genes ligados a sistema imunológico — Foto: Getty Images via BBC É possível que variações genéticas que tornam pessoas mais vulneráveis ​a covid-19 sejam encontradas em genes ligados a sistema imunológico — Foto: Getty Images via BBC

    Cromossomo X
    Outro aspecto interessante, diz o pesquisador, é se existem genes no cromossomo X que influenciam a resposta à doença, já que os homens parecem ser mais afetados pelo novo coronavírus do que as mulheres.

    Uma das explicações dadas em um estudo realizado na China é que isso pode ser devido ao fato de terem hábitos de vida mais arriscados, relacionados ao tabaco e ao álcool.

    No entanto, "outra possibilidade é a existência de um componente genético, uma vez que existem muitos genes de imunidade que estão no cromossomo X", diz Chapman.

    "Se houver muitos polimorfismos ou uma mutação rara nos genes do cromossomo X, como os homens têm um, enquanto as mulheres têm dois, isso os tornaria mais vulneráveis".

    Tempestade de citocinas
    Em alguns pacientes com a forma mais grave de Covid-19, ocorre o que é conhecido como "tempestade de citocinas".

    Citocinas (ou citocinas) são substâncias muito agressivas que o sistema imunológico excreta para atacar o vírus.

    Mas quando o sistema imunológico é ativado excessivamente, essa proliferação de citocinas acaba atacando vários órgãos, incluindo os pulmões e os rins, e esse dano pode resultar na morte do paciente.

    Segundo Randy Cron, especialista da Universidade do Alabama, nos EUA, essa condição afeta pelo menos 15% das pessoas que combatem qualquer infecção grave.

    Não se sabe exatamente por que o sistema imunológico reage dessa maneira em algumas pessoas, mas a resposta também pode estar nos genes.

    "Sabemos que existem muitos polimorfismos comuns e raras mutações nos genes que controlam o sistema imunológico", diz Chapman.

    "Portanto, alguns pacientes que morrem podem ter polimorfismos ou mutações que os predispõem a uma resposta inflamatória mais excessiva."

    Como geneticista, Michael Snyder de forma alguma subestima a importância dos genes, mas acredita que, nesse caso, há outro fator que poderia ter mais peso e que é ambiental: o contato anterior com outro coronavírus.
    De acordo com estudo realizado na China, homens são mais vulneráveis ​​ao SARS-CoV-2 do que mulheres — Foto: Getty Images via BBCDe acordo com estudo realizado na China, homens são mais vulneráveis ​​ao SARS-CoV-2 do que mulheres — Foto: Getty Images via BBC

    Exposição a outro coronavírus
    "É muito provável que nesses casos", diz Snyder à BBC Mundo, "haja algo que sensibilize o sistema imunológico".
    Sua suspeita aponta para "outro coronavírus que está circulando e de que não se fala muito, chamado HCoV-229E , e que produz o resfriado comum".

    "Não sabemos se a infecção prévia por esse resfriado comum (que obviamente não é tão grave quanto a covid-19) pode torná-lo mais imune ou, pelo contrário, mais hipersensível" , diz o especialista.

    "Mas acho que pode ter, de um lado ou de outro, um efeito muito forte", acrescenta.
    "É possível que muitas pessoas tenham sido infectadas nos últimos anos (com esse coronavírus) e não o conheçam, porque o descartaram como um simples resfriado."
    Na opinião do geneticista Michael Snyder, de Stanford, exposição a outro coronavírus que causa esfriado comum pode estar nos tornando mais ou menos sensíveis a novo coronavírus — Foto: Getty Images via BBCNa opinião do geneticista Michael Snyder, de Stanford, exposição a outro coronavírus que causa esfriado comum pode estar nos tornando mais ou menos sensíveis a novo coronavírus — Foto: Getty Images via BBC

    Carga viral
    Outra causa da gravidade de alguns casos pode ser a carga viral no momento da exposição ao vírus.

    "Sabemos de estudos na China que aqueles que cuidam de pacientes com covid-19 são mais suscetíveis que outros porque provavelmente estão expostos ao vírus todos os dias, durante todo o dia, durante o horário de trabalho", explica à BBC Mundo Alice Sinclair, virologista da Universidade de Sussex, no Reino Unido.
    "Mas o que não sabemos é se isso se deve à quantidade de vírus a que estão expostos ou ao número de encontros que tiveram com ele."
    "Em termos de carga viral, quanto mais exposição você tiver, maior a chance de o vírus infectar suas células, dentro das quais ele pode se replicar", acrescenta.

    A resposta não é conclusiva, entre outras coisas, devido ao que foi descoberto recentemente sobre a carga viral do novo coronavírus, como o fato de uma pessoa assintomática poder produzir uma grande quantidade de vírus.
    Quanto mais exposição ao vírus, mais oportunidades para ele entrar e se replicar em nossas células — Foto: Getty Images via BBCQuanto mais exposição ao vírus, mais oportunidades para ele entrar e se replicar em nossas células — Foto: Getty Images via BBC

    Ou seja, uma pessoa pode ter uma carga viral alta e não estar gravemente doente ou até apresentar sintomas.

    É por isso que manter distância social é uma das medidas que os governos e profissionais de saúde mais enfatizam para evitar a propagação do vírus, diz o pesquisador.
    Finalmente, a gravidade da doença pode depender não apenas do hospedeiro, mas também do próprio vírus, segundo especialistas consultados pela BBC Mundo.

    Os vírus estão em constante mutação e é possível que exista uma cepa mais virulenta que outra, embora ainda não tenha sido possível determinar se esse é o caso do Sars-CoV-2. Quanto mais exposição ao vírus, mais oportunidades para ele entrar e se replicar em nossas células.

    CORONAVÍRUS


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