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sexta-feira, 17 de abril de 2020

Cientistas descobrem supernova mais brilhante já observada

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Equipe internacional de astrônomos calculou que explosão estelar ocorrida há quase quatro bilhões de anos emitiu cinco vezes mais energia do que qualquer outro evento do tipo registrado.
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 Por BBC  

 Postado em 17 de abril de 2020 às 1845m  
      Post.N.\9.224  
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A supernova SN2016aps tinha uma massa entre 50-100 vezes maior que o Sol (esta é uma ilustração artística de uma supernova brilhante) — Foto: NORTHWESTERN UNIVERSITY 
A supernova SN2016aps tinha uma massa entre 50-100 vezes maior que o Sol (esta é uma ilustração artística de uma supernova brilhante) — Foto: NORTHWESTERN UNIVERSITY

Quando os astrônomos descobriram uma supernova em 2016, ela já causava espanto pelo intenso brilho que ofusca sua própria galáxia.

Agora, uma equipe internacional de cientistas acredita que a explosão da estrela ao morrer, conhecida como SN2016aps (e que ocorreu há quase quatro bilhões de anos), é a mais brilhante e possivelmente a mais forte já detectada.

Os astrônomos, que publicaram suas descobertas na revista Nature Astronomy, também suspeitam que a SN2016aps possa ser uma espécie de supernova conhecida como "instabilidade do par pulsacional" - e cuja existência só fora prevista teoricamente.

1.000 dias de radiação
Isso ajuda a explicar por que a SN2016aps parece uma novidade para os astrônomos.
Depois de observada inicialmente em 2016, a supernova continuou emitindo radiação por mais de mil dias.

"Em uma supernova típica, a radiação é inferior a 1% da energia total. Mas na SN2016aps, descobrimos que a radiação era cinco vezes a energia de explosão de uma supernova de tamanho normal", disse Matt Nicholl, da Escola de Física e Astronomia na Universidade de Birmingham e um dos autores do artigo Nature Astronomy.
"Esta é a luz mais forte que já vimos emitida por uma supernova", acrescentou.
A equipe de astrônomos de várias instituições observou a SN2016aps por dois anos até que ela diminuísse para 1% do seu ponto mais brilhante. Isso lhes permitiu calcular, entre outras coisas, a massa da supernova: algo entre 50 a 100 vezes maior que a massa do Sol.

As supernovas observadas anteriormente tinham cerca de 8 a 15 vezes mais massa que o nosso Sol.

A galáxia em que a supernova foi descoberta nem tem nome. Sua distância é de cerca de quatro bilhões de anos-luz da Terra, de acordo com Edo Berger, da Universidade de Harvard, outro cientista envolvido no projeto.

'Olhando para trás'
Não é a supernova mais distante já descoberta — esse registro pertence à DES16C2nm, localizada a 10,5 bilhões de anos-luz de distância.

Mas aconteceu longe o suficiente para oferecer aos astrônomos a chance de "viajar pelo tempo" aos primórdios do universo.
"Encontrar esta supernova extraordinária não poderia ter acontecido em um momento melhor", disse Berger.

"Com o novo Telescópio Espacial James Webb da Nasa, poderemos ver eventos semelhantes tão distantes que podemos voltar no tempo para a morte das primeiras estrelas do universo".

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Crise provocada pelo coronavírus deixa 2,2 mil aviões parados nos EUA

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Governo norte-americano já ofereceu ajuda de US$ 25 bilhões para 10 empresas aéreas do país. Em todo o mundo, a estimativa é que o setor tenha uma perda de US$ 314 bilhões em receita neste ano. 
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 Por Ismar Madeira, TV Globo — Nova York  

 Postado em 17 de abril de 2020 às 17h20m  

      Post.N.\9.223  
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Setor aéreo estima perda de US$ 314 bilhões em 2020 em todo mundo
Setor aéreo estima perda de US$ 314 bilhões em 2020 em todo mundo

A crise econômica provocada pelo coronavírus tem transformado os aeroportos dos Estados Unidos em estacionamentos. Um levantamento mostrou que 2,2 mil aviões estavam parados no país até a semana passada. Em todo o mundo, a estimativa é que o setor tenha uma perda de US$ 314 bilhões em receita neste ano.

O governo dos EUA já ofereceu um socorro para as companhias aéreas. Prejudicadas pelas medidas de restrição de viagem para evitar a propagação do coronavírus, 10 empresas do setor devem receber US$ 25 bilhões. Segundo o presidente Donald Trump, a ajuda é destinada para custear a folha de pagamento.
Os recursos são parte do pacote de US$ 2 trilhões sancionado há quase três semanas por Trump. As maiores empresas vão receber entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões, em forma de subsídios e empréstimos a juros baixos com pagamento a longo prazo.

Em compensação, nenhuma empresa vai poder demitir funcionários nos próximos cinco meses, comprar as suas ações nem pagar dividendos para acionistas até setembro do ano que vem.

As companhias ajudadas ainda terão de limitar o pagamento para os executivos até o primeiro trimestre de 2022.

CORONAVÍRUS


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Moody's adota perspectiva negativa para sistema bancário no Brasil por crise do coronavírus

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Aumento do desemprego e queda na renda vão prejudicar capacidade de pagamento dos tomadores de crédito, diz a agência de classificação de risco.
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 Por Reuters  

 Postado em 17 de abril de 2020 às 15h40m  

      Post.N.\9.222  
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A agência de classificação de risco Moody's alterou nesta sexta-feira (17), de estável para negativa, a perspectiva para o sistema bancário brasileiro, alegando que o choque causado pela pandemia do coronavírus deve afeta o setor de forma significativa.

"A queda inesperada na economia, o declínio da renda familiar e o aumento do desemprego vão pressionar a qualidade de ativos dos bancos e reduzir a capacidade de pagamento dos tomadores de crédito, elevando a inadimplência e os custos de crédito", afirmou em relatório a vice-presidente sênior da Moody's, Ceres Lisboa.
Logo da Moody's na sede da empresa em Nova York — Foto: REUTERS/Brendan McDermidLogo da Moody's na sede da empresa em Nova York — Foto: REUTERS/Brendan McDermid

Para a agência, à medida que a economia contrai em resposta às medidas do governo para restringir a circulação e controlar o avanço do coronavírus, a demanda por crédito e o volume geral de negócios diminui impactando a receita dos bancos. "O declínio econômico também sinaliza ser mais provável que os juros baixos persistam por um período prolongado", acrescenta.

Por outro lado, a instituição avalia que as medidas do governo ajudarão a manter liquidez adequada dos bancos, enquanto os níveis robustos de capital e reservas contra perdas de crédito fornecem um colchão contra perdas.
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quinta-feira, 16 de abril de 2020

50 dias do novo coronavírus: compare a situação do Brasil com China, Itália, EUA e outros países no mesmo período da epidemia

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Confirmação do primeiro caso da doença Covid-19 no Brasil completa 50 dias nesta quinta-feira (16). 
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Por Fabio Manzano, G1  

 Postado em 16 de abril de 2020 às 12h15m  

      Post.N.\9.221  
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A confirmação do primeiro caso do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil completa 50 dias nesta quinta-feira (16). Desde o registro inicial, o país chegou a mais de 28 mil infectados e ultrapassou os 1.736 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde.

A primeira morte por Covid-19 no Brasil aconteceu em 17 de março, em São Paulo. Nas quatro semanas seguintes, todos os estados do país já haviam registrado mortes.

Assim como o Brasil, outros países viram o número de casos e mortes aumentar nos primeiros 50 dias do surto e tomaram medidas para conter o avanço, em maior ou menor grau:
  • Com medidas duras, a China conseguiu estabilizar o surgimento de novos casos depois de 50 dias.
  • Com quarentena menos rígida no início da epidemia, a Itália viu o seu número de mortos ultrapassar o da China.
  • A Alemanha demorou mais tempo que a Itália para colocar em práticas medidas de distanciamento social, mas a boa preparação do seu sistema de saúde ajudou a garantir uma letalidade mais baixa.
  • Com grande densidade populacional, a Coreia do Sul conseguiu fazer um bom controle dos casos nos 50 primeiros dias, mas a doença continua avançando.
  • Os EUA demoraram a implementar ações de isolamento e, quando foi feita uma testagem em massa, o país apareceu como o novo epicentro da doença no mundo.
  • Quando a Espanha se tornou um dos países mais afetados pela Covid-19, o governo espanhol decidiu decretar emergência e tornar o isolamento obrigatório.
Avanço do coronavírus nos países
PaísInfectados após 50 diasMortos após 50 diasInfectados até 15/04Mortos até 15/04
China75.1012.23983.7513.474
EUA1.28136636.35028.326
Itália47.0214.032165.15521.645
Espanha25.3741.375177.64418.708
Brasil28.3201.73628.3201.736
França3.66179133.47017.167
Alemanha1.9083134.7533.804
Japão639158.100146
Coreia do Sul8.2367510.591225
Veja abaixo as curvas de casos e mortes nos países com as taxas calculadas por 100 mil habitantes. Essas taxas mostram o efeito do vírus em países menos populosos, como Alemanha (83 milhões), Itália (60,3 milhões de habitantes), Coreia do Sul (51 milhões) e Espanha (47 milhões), em comparação com China (1,4 bilhão) e EUA (329,5 milhões) e Brasil (210 milhões).
Gráfico mostra a taxa de mortes nos 50 primeiros dias de epidemia em cada um dos países — Foto: G1
Gráfico mostra a taxa de mortes nos 50 primeiros dias de epidemia em cada um dos países — Foto: G1


Gráfico mostra a curva de contágios nos 50 primeiros dias de epidemia em cada um dos países — Foto: G1
Gráfico mostra a curva de contágios nos 50 primeiros dias de epidemia em cada um dos países — Foto: G1

Os números de confirmações de casos de coronavírus e de mortes por Covid-19 foram compilados pela Universidade Johns Hopkins. O primeiro registro feito na plataforma da instituição de ensino foi em 22 de janeiro, quase um mês após o primeiro alerta da OMS para uma pneumonia desconhecida em Wuhan, na China.

Pesquisadores que acompanham o surto de coronavírus pelo mundo (leia mais abaixo) fazem a ressalva de que o índice de casos confirmados nos países depende da política de testes adotada em cada um deles – e também da quantidade de equipamentos à disposição. Além disso, os especialistas reforçam que cada país tem um cenário específico de combate à pandemia e que medidas de contenção têm que levar em conta as especificidades locais.

Veja, abaixo, os marcos dos 50 dias de Covid-19 em cada país:

Brasil
Casos de coronavírus no Brasil — Foto: G1
Casos de coronavírus no Brasil — Foto: G1

China
Casos de coronavírus na China  — Foto: G1
Casos de coronavírus na China — Foto: G1

Itália
Casos de coronavírus na Itália — Foto: G1
Casos de coronavírus na Itália — Foto: G1

  • 31 de janeiro: país registra os dois primeiros casos; no mesmo dia, o governo suspende os voos com origem e destino da China.
  • 21 de fevereiro: Itália confirma sua 1ª morte por Covid-19; país totaliza 17 casos da doença
  • 22 de fevereiro: governo declara toque de recolher somente na Lombardia, região que fica ao norte do país e é a mais afetada pelo surto; medida afeta 11 cidades e população em torno de 50 mil pessoas.
  • 24 de fevereiro: primeiro-ministro Giuseppe Conte suspende decreto do governador da região de Marche que previa fechamento de escolas e proibia aglomerações; o premiê italiano argumentou que esse tipo de ação descentralizada "contribuía para gerar o caos". Na mesma época, o governador da Lombardia decreta o fechamento de bares e restaurantes, medida também anulada pelo governo central de Roma.
  • 29 de fevereiro: Itália completa 1 mês dos primeiros registros do novo coronavírus e tem 1.128 casos e 29 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins e a OMS. A taxa de letalidade é de cerca de 2%.
  • 8 de março: Itália decidiu isolar toda a região da Lombardia, afetando cerca de 16 milhões de pessoas. No dia seguinte, o isolamento foi estendido para todos os 60 milhões de habitantes do país.
  • 19 de março: o número de mortos na Itália ultrapassa o da China.
  • 20 de março: Quando completou 50 dias desde o primeiro caso identificado da doença, a Itália já contabilizava 47.021 casos e 4.032 mortes, no dia seguinte, em 21 de março, os italianos tiveram o pico de mortes em apenas um dia, com 793 registros.
  • 22 de março: O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, admitiu ter errado ao apoiar a campanha “Milão não para”, que pedia que a cidade não paralisasse suas atividades no início da pandemia de coronavírus na Itália.
Espanha
Casos de coronavírus na Espanha — Foto: G1
Casos de coronavírus na Espanha — Foto: G1

  • 1 de fevereiro: a Espanha registrou seu primeiro caso de coronavírus. O paciente era um turista que visitava o arquipélago das Canárias, território espanhol no atlântico.
  • 27 de fevereiro: é registrado o primeiro caso em Madri.
  • 1 de março: 30 dias após a confirmação do primeiro paciente com Covid-19 em território espanhol, o país registrava apenas 84 casos e nenhuma morte.
  • 13 de março: a comunidade autônoma da Catalunha decreta isolamento total da região para conter o avanço da doença.
  • 14 de março: A Espanha decretou estado de emergência e torna o isolamento obrigatório. O país registrava 5.753 infectados e 136 mortos.
  • 21 de março: Com 50 dias desde o primeiro contato com o novo coronavírus, o país ibérico disparou com 25.374 casos confirmados de Covid-19 e ao menos 1.375 mortes.
  • 25 de março: a Espanha se tornou o segundo país com maior número de mortes por coronavírus, atrás apenas da Itália.
Alemanha
Casos de coronavírus na Alemanha — Foto: G1
Casos de coronavírus na Alemanha — Foto: G1

  • 27 de janeiro: a Alemanha registrou seu primeiro caso de um paciente com infecção pelo novo coronavírus, na Baviera. Autoridades de saúde reconheceram que o caso também foi o primeiro de transmissão interna, já que o paciente não tinha histórico de viagem para o exterior.
  • 25 de fevereiro: ao completar 1 mês desde o primeiro registro de coronavírus no país, a Alemanha ainda acumula 17 confirmados e nenhuma morte.
  • 16 de março: o país completa 50 dias desde o primeiro caso e registra 7.272 casos confirmados de coronavírus e 17 mortes.
  • 22 de março, o governo de Berlim decreta que encontros em público com mais de duas pessoas no país estavam proibidos.O registrava ainda 94 mortes.
Estados Unidos

Casos de coronavírus nos EUA — Foto: G1
Casos de coronavírus nos EUA — Foto: G1

Coreia do Sul
Casos de coronavírus na Coreia do Sil — Foto: G1Casos de coronavírus na Coreia do Sil — Foto: G1

  • 20 de janeiro: registra o primeiro caso do novo coronavírus. Ainda no início do surto: governo sul-coreano começa a rastrear os possíveis focos de transmissão no país, com monitoramento de casos suspeitos; também estabelece quarentena para todas as pessoas que chegam de Wuhan, na China
  • Outras medidas aplicadas: testes em massa da população; isolamento de infectados; rastreamento de suspeitos por imagens de videovigilância, cartão de crédito ou celular; envio de SMS à população da área perto de onde é confirmado um caso; incentivo a home office; limpeza e desinfecção de algumas das principais estações de metrô
  • 3 de fevereiro: mais de 300 escolas na Coreia do Sul adiam o retorno às aulas (apenas das áreas com casos confirmados de Covid-19)
  • 19 de fevereiro: autoridades identifica que o número de casos de Covid-19 explodiu porque uma pessoa infectada participou de um evento religioso. A cidade de Daegu entra em quarentena, afetando 2,5 milhões de pessoas
  • 20 de fevereiro: a Coreia do Sul completa 1 mês do primeiro registro do novo coronavírus e tem 104 casos confirmados de Covid-19 e uma morte, segundo a Universidade Johns Hopkins e a OMS. A taxa de mortalidade é de 0,9%
  • 11 de março: o país chega aos 50 dias desde o primeiro caso da doença com 7.755 casos confirmados de coronavírus e ao menos 60 mortes.
Diferentes reações
A professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Deisy Ventura, disse ao G1 que os países têm diferentes formas de lidar com a doença. Segundo ela, apenas o isolamento social não representa a melhor forma de combater a pandemia de novo coronavírus.

"Um país como a Espanha fazer um retorno gradual, por exemplo, é um teste. Essas decisões têm que ser feitas com base exclusivamente em evidências científicas", reforçou a especialista. "Se for o caso de sair, talvez sair aos poucos e com a possibilidade de voltar a qualquer momento, em contato constante com o sistema de saúde."

Ventura defendeu que, além das medidas de distanciamento social, é importante que haja políticas públicas de manutenção de renda e garantias de direitos sociais. Ela alertou também para casos como Suécia e Japão que teriam abandonado "cedo demais" ou nem chegaram a tomar medidas de isolamento e que agora voltaram atrás ao aplicar medidas mais expressivas de bloqueios.

A especialista em saúde internacional falou também que um bom exemplo é Portugal, que criou alternativas para garantir o distanciamento social, como a abertura de catracas no transporte público. Na última semana, o país também anunciou que imigrantes passariam a ter o direito de ser atendidos no sistema público de saúde.

Preparar-se para o pior
Para o ex-diretor do Instituto Adolfo Lutz e epidemiologista da Faculdade de Saúde Pública da USP, Eliseu Waldman, é difícil criar projeções para o Brasil a partir de dados de outros países. Segundo ele, cada governo se posicionou de forma diferente no início da pandemia.

"Na minha opinião, não devemos fazer previsões do que vai acontecer no Brasil com base nos outros países. A gente tem que se preparar para o pior cenário para região", explicou Waldman.

Ele reforçou que a pandemia acontece de diferentes formas em todo o mundo e as reações são variadas. Inicialmente, os especialistas acreditavam que o cenário chinês seria o pior possível, mas a Itália e os EUA ultrapassaram as cifras do país asiático.
"Não se esperava inicialmente que a pandemia alcançasse os resultados nas dimensões que tem alcançado nos EUA, que é um país muito rico e com um sistema de vigilância muito bom, ainda que o sistema de saúde não seja universal", disse o epidemiologista.
Ele destacou também que a governança foi decisiva para que países apresentassem respostas rápidas para o vírus como a Alemanha e Portugal, que, segundo o pesquisador, conseguiram conter rapidamente o avanço da pandemia.

CORONAVÍRUS


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