Objetivo:
“Projetando o futuro e o desenvolvimento autossustentável da sua empresa, preparando-a para uma competitividade e lucratividade dinâmica em logística e visão de mercado, visando sempre e em primeiro lugar, a satisfação e o bem estar do consumidor-cliente."
Brasil ocupa 60ª posição em ranking de países com maior mobilidade social. =.=.=.= =---____--------- ---------____------------------____::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::____-------------------______--------- -----------____---.=.=.=.= =
Por G1 Postado em 22 de janeiro de 2019 22h00m
Brasileiros nascidos em famílias de baixa renda levariam, em média, nove gerações para atingir a renda média do país, segundo um relatório divulgado esta semana pelo Fórum Econômico Mundial. O dado ilustra a baixa mobilidade social do país, isto é, a baixa probabilidade de um indivíduo melhorar de vida financeiramente em relação aos seus pais.
"Em termos absolutos, é a habilidade de uma criança de ter uma vida melhor que a dos seus pais", explica o documento.
Na Dinamarca, país apontado como o de maior mobilidade social no ranking, a estimativa é de que seriam necessárias duas gerações para que uma pessoa nascida na classe mais baixa alcance a renda média.
"Olhando para todas as economias e níveis de renda médios, as crianças nascidas em famílias menos ricas tipicamente enfrentam maiores barreiras ao sucesso que as nascidas em famílias com mais recursos. Além disso, as desigualdades estão crescendo mesmo em países que tiveram crescimento rápido", alerta o estudo.
Mobilidade social — Foto: Economia G1
"Na maioria dos países, indivíduos de determinados grupos se tornaram historicamente desfavorecidos e a baixa mobilidade social perpetua e exacerba essas desigualdades".
O Brasil ocupa a 60ª colocação entre as nações com maior mobilidade social, atrás de países como Sri Lanka, Equador, Arábia Saudita e Vietnã. O relatório elenca 82 países.
Os países nórdicos ocupam todas as primeiras posições do ranking. Logo atrás da Dinamarca, em segundo lugar, aparece a Noruega, seguida por Finlândia, Suécia e Islândia. Veja os dez melhores colocados no ranking:
A previsão de crescimento do Citi para a Ásia é de 5,2% para este ano, enquanto para a América Latina é de 1,7%. =.=.=.= =---____--------- ---------____------------------____::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::____-------------------______--------- -----------____---.=.=.=.= =
Por Valor Online 22/01/2020 14h53 Atualizado há 2 horas Postado em 22 de janeiro de 2020 às 17h00m
A perspectiva de analistas do mercado é que os países emergentes devem obter uma aceleração no crescimento em 2020, apesar de uma provável desaceleração na China. No entanto, a recuperação será, em geral, sem muito brilho e a América Latina terá o desempenho mais fraco entre o grupo de nações em desenvolvimento.
“Mesmo que esperemos uma recuperação cíclica para a América Latina em 2020, ainda estamos preocupados com a quase impossibilidade de a região escapar de uma armadilha de baixo crescimento”, afirmam economistas do banco Citi em relatório.
A previsão de crescimento do Citi para a Ásia é de 5,2% para este ano, enquanto para a América Latina é de 1,7%. Outras regiões também superam as expectativas em relação ao desempenho econômico dos países latino-americanos. Para a Europa emergente, a perspectiva é crescimento de 2,6%. Para África e Oriente Médio, a estimativa é expansão de 3,2% este ano.
“A América Latina sofre de baixo crescimento crônico, em grande parte devido a baixos índices de investimento público e privado. O investimento é baixo porque a poupança é baixa. A poupança externa não pode ajudar a cobrir brechas persistentes entre poupança e investimento doméstico, devido a fracos cenários institucionais e desequilíbrios macro recorrentes. A alta correlação entre economia e investimento está bem documentada empiricamente”, aponta o Citi.
O relatório, assinado pelos economistas Ernesto Revilla, Fernando Díaz e Esteban Tamayo, ainda indica preocupações com a possibilidade de mais agitação social nos países latino-americanos, depois que uma onda de protestos no segundo semestre do ano passado causou distúrbios e mudanças em vários países da região, com destaque para o Chile, que iniciou um processo de reforma na Constituição para tentar reduzir a desigualdade social.
“Não há uma maneira fácil de sair dessa armadilha. Se os governos optarem por validar a pressão em direção à redução da poupança pública (aumento dos desequilíbrios nas finanças públicas), o resultado seria o aumento da volatilidade macro. Se os governos priorizarem finanças públicas restritas, o resultado seria ciclos mais fortes e mais frequentes de agitação social”, observa o Citi.
Os analistas do banco sugerem que a melhor solução seria promover reformas econômicas para aumentar a produtividade e diversificar a capacidade produtiva, mas reconhece que há obstáculos a serem considerados no atual momento político.
“Parece difícil, dada a natureza contrativa de curto prazo de tais reformas, políticas fragmentadas e baixo apoio público. Isso é particularmente preocupante, uma vez que o pêndulo ideológico da região girou para os governos que dominaram a onda de sentimentos 'antiestablishment', mas que ainda precisam gerar uma narrativa coerente para o crescimento inclusivo e sustentável. Como dissemos antes, a nova macroeconomia do populismo na região pode, no fim, parecer muito semelhante à antiga”.
A Capital Economics corrobora a análise. Em seu relatório mais atual sobre emergentes, os economistas da consultoria britânica afirmam: “A maioria das economias latino-americanas deve se fortalecer em 2020, mas esperamos que essas recuperações sejam lentas e frágeis. A região provavelmente será a parte com o pior desempenho entre os emergentes este ano”.
Brasil
Em relação ao Brasil, o Citi destaca que a narrativa de crescimento foi prejudicada por dados econômicos frustrantes no começo deste ano. O Índice Gerente de Compras (PMI) do setor industrial brasileiro recuou para 50,2 pontos em dezembro, de 52,9 em novembro, segundo a consultoria IHS Markit. Além disso, a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de novembro mostrou alta de apenas 0,6% nas vendas em novembro, abaixo da mediana de 1,3% de economistas consultados anteriormente pelo Valor Data. Já as vendas no varejo ampliado tiveram recuo de 0,5%.
Trajetória de crescimento da economia brasileira diminui de ritmo no fim de 2019
“Os dados fracos minaram a narrativa de crescimento, que havia aumentado entre os investidores após o PIB do terceiro trimestre, tornando o real a moeda com pior desempenho entre os emergentes até agora em 2020”.
Até o momento, o dólar se valorizou aproximadamente 4,5% ante o real no primeiro mês de 2020.
Contudo, se por um lado o cenário ainda é pouco atrativo para investidores estrangeiros, o Citi observa que os investidores locais mantêm o sentimento positivo. “Considerando que o Ibovespa ainda está próximo de máximos históricos, não acreditamos que os investidores locais tenham desistido da narrativa de crescimento ainda”.
Seguindo a tendência do ano, o crescimento foi impulsionado pelo setor de veículos, motos e peças. =.=.=.= =---____--------- ---------____------------------____::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::____-------------------______--------- -----------____---.=.=.=.= =
Por Valor Online 22/01/2020 11h03 Atualizado há 1 hora Postado em 22 de janeiro de 2020 às 12h15m Shopping na Grande Goiânia — Foto: Jamyle Amoury/G1 Goiás
O Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian apresentou aumento de 2% no acumulado de janeiro a dezembro de 2019, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Seguindo a tendência do ano, o crescimento foi impulsionado pelo setor de veículos, motos e peças, que teve alta de 8,4% e pelo segmento de material de construção, este com acréscimo de 4,6%. Na variação mensal — dezembro contra novembro —, o indicador apresentou queda de 0,1%.
O aumento pontual da renda trazido pelas novas modalidade de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) se refletiu na variação positiva de 3,9% em dezembro contra o mesmo mês um ano antes, diz a Serasa.
O destaque foi o setor de Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios (6,8%), que não costuma estar ligado ao crédito como Veículos ou Materiais de Construção, explica o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, em comentário enviado à imprensa.
Apenas Combustíveis e Lubrificantes apresentaram queda (-7,2%) em dezembro, mantendo os resultados negativos apresentados ao longo do ano.
Dados do Indicador de Atividade do Comércio – Natal mostram que as vendas na semana da data comemorativa (18 a 24 de dezembro) em 2019 registraram alta de 4,1%, comparado com o ano anterior. Esse foi o segundo maior aumento desde 2014, quando começaram as quedas consecutivas das vendas, ficando atrás apenas de 2017, ano em que houve maior liberação de recursos do FGTS.
No fim de semana (21 a 23 de dezembro), o aumento foi de 4,7% em todo o país. Já na cidade de São Paulo, entre 18 e 24, a variação também foi de 4,7%, enquanto o fim de semana registrou 3,6% de crescimento.
O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio – Natal tem como base uma amostra das consultas realizadas no banco de dados da Serasa Experian. Foram consideradas as consultas realizadas no período de 18 a 24 de dezembro de 2019 e comparadas às do período de 18 a 24 de dezembro de 2018.
Para o fim de semana, foram consideradas as consultas realizadas no período de 21 a 23 de dezembro de 2019 e comparadas às do período de 20 a 22 de dezembro de 2018.
A década de 2010 foi a mais quente da história e os anos 2016 e 2019, os mais quentes de todos os tempos. No contexto das mudanças climáticas, o controle dos microclimas urbanos depende de estratégias de adaptação a temperaturas mais altas. =.=.=.= =---____--------- ---------____------------------____::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::____-------------------______--------- -----------____---.=.=.=.= =
Por Filipe Domingues, G1 18/01/2020 06h00 Atualizado há 3 dias Postado em 21 de janeiro de 2019 às 13h00m
O Central Park, em Nova York, visto de cima — Foto: Jermaine Ee/Unsplash
Muitas das grandes cidades do mundo são verdadeiras "selvas de pedra". E estão ficando mais quentes: o concreto, o asfalto e a canalização de rios fazem com que seja mais difícil dissipar o calor que vem do Sol.
Tudo isso já é uma preocupação para as populações e os administradores públicos, mas, num contexto em que sobem as temperaturas médias do mundo, por causa do aquecimento global, o controle dos microclimas das cidades torna-se ainda mais urgente. A década de 2010 foi a mais quente da história, sendo 2016 e 2019os anos mais quentes de todos os tempos.
Pesquisadores, arquitetos e ambientalistas já há alguns anos fazem o alerta de que é preciso recompor as áreas verdes nas zonas urbanas.
As plantas absorvem água da chuva, produzem sombra e umidade, ajudando a reduzir a temperatura interna das cidades, ainda que de forma localizada. Isso pode ser feito de modo estratégico, planejado. Além do controle das temperaturas, áreas verdes promovem a qualidade de vida dos moradores.
Conforme um relatório de setembro de 2019 do banco Goldman Sachs sobre o tema da adaptação das cidades às mudanças climáticas, elas já abrigam 55% da população mundial, ou seja, um total de 4,2 bilhões de pessoas. A Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que o índice chegue a 68% até 2050.
"A área ocupada pelas cidades no mundo é relativamente pequena, mas elas concentram a maior parte da população global", diz Denise Helena Silva Duarte, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP) e especialista no tema.
"Um desastre natural num lugar em que não tem ninguém é ruim, mas um desastre natural na cidade afeta a vida de milhões de pessoas", acrescenta. O Banco Mundial estima que as cidades consumam 75% de todos os recursos naturais do mundo, sendo encarregadas de 80% do PIB mundial.
Edifício na Cidade do México — Foto: Alex Rodríguez Santibáñez/Unsplash
Temperaturas mais altas que os arredores
A minimização dos problemas ambientais nas cidades, portanto, pode melhorar a vida de muita gente. Justamente porque concentram inúmeras atividades humanas, as cidades demandam energia, comida, água, insumos, materiais de construção... elas também poluem muito, contribuindo para desequilíbrios ambientais.
Nesse contexto, o aquecimento urbano resulta tanto de fatores ambientais quanto de consequências da ação humana.
"Existe, em escala planetária, o aquecimento global. Também há ondas de calor que são naturais, e não provocadas pelo homem, mas elas têm sido mais intensas e mais frequentes por causa dos desequilíbrios climáticos", explica Duarte. "Os extremos estão mais pronunciados. Chove muito em pouco tempo, e a seca é mais prolongada."
E, além desses dois fatores, existem as consequências da urbanização. "Há fenômenos de aquecimento urbano que são devidos, sim, à ação humana. A diferença de temperatura entre as cidades e os arredores pode ser intensificada", diz.
São as chamadas "ilhas de calor", um termo conhecido desde os anos 1970. O calor absorvido pela cidade durante o dia fica acumulado e, sem passagem de vento pelos edifícios, a cidade retém esse calor.
"O calor fica ricocheteando nos prédios e sua perda é muito mais difícil do que em áreas não urbanas. É o 'heat trap', o calor aprisionado", explica a professora.
Ilhas de calor provocam mudanças na temperatura de grandes cidades
Supressão da vegetação
A especialista explica que as áreas verdes em cidades grandes têm duas funções principais:
Primeiro, a formação de sombras, que ajudam a reduzir a temperatura do solo. "Se a temperatura local for de 50ºC ou 60ºC, embaixo de uma copa de árvore ela cai 20ºC ou 25ºC", diz Duarte, acrescentando que a relação das pessoas com as cidades melhora por causa disso.
"Não é a temperatura do ar a grande mudança, é a temperatura de superfície bem mais baixa. Na sombra, a sensação de conforto é brutal", analisa. "Chega menos calor no solo debaixo de uma árvore."
Portanto, a supressão da vegetação, realizada de forma histórica e gradual, impede esse resfriamento localizado ocorrer.
Segundo, o efeito chamado de "evapotranspiração" das plantas. Elas capturam a água no solo e transpiram pelas folhas. "Se falta água no solo, ela fecha os estômatos e guarda a água para si. Tendo água no solo, a planta é um evaporador natural", afirma. Essa liberação de umidade tira calor do ar.
É justamente a reconstituição de áreas verdes que permite que as plantas possam captar água do solo.
Vista a partir da Zona Norte de chuva na cidade de São Paulo — Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo
Visão estratégica
O relatório do Goldman Sachs diz que as cidades são vulneráveis às mudanças climáticas em diversas frentes, mas os riscos maiores "vêm da elevação das temperaturas, tempestades mais fortes e mais frequentes, o aumento do nível do mar", o que pode afetar a atividade econômica e a infraestrutura.
Por isso, de acordo com Todd Gartner, diretor do projeto Cities4Forests e da iniciativa de infraestrutura natural do World Resources Institute (WRI), é preciso investir em árvores, florestas e sistemas fluviais nas áreas urbanas. Ele aponta três estratégias para controlar o clima das cidades.
A primeira estratégia, segundo ele, envolve expandir as áreas verdes dentro das cidades. "É preciso lidar com esse microclima, melhorar a qualidade do ar, a emissão de gases dos veículos e a qualidade de vida. Além disso, investir em parques públicos e no armazenamento de água", diz.
A segunda estratégia é dar mais atenção às áreas verdes ao redor das cidades. "Elas são fontes de água potável, de florestas, agricultura, e o habitat de muitos animais", acrescenta. Segundo Gartner, é preciso envolver as populações nessas estratégias, realizar um mapeamento completo das regiões e ver onde as correções são necessárias, para recompor as áreas verdes.
A terceira estratégia é o foco nas florestas que estão distantes das cidades, numa visão global. "É preciso fazer conexões entre cidades na Europa e nos Estados Unidos, com outras na América Latina e no Caribe, por exemplo."
Acordo de Paris não basta para manter aquecimento global na meta, diz ONU Migrantes climáticos
Segundo o Goldman Sachs, se o aquecimento global continuar se fortalecendo, as pessoas tendem a se mudar para as cidades mais adaptadas, intensificando a densidade da população e pressionando ainda mais os recursos naturais e econômicos nesses lugares.
Gartner concorda: "Se você só colocar uma árvore aqui e ali, não vai adiantar nada. O aquecimento global é um problema global. Mas há muito que as cidades podem fazer, em microimpactos, em parcerias entre elas, especialmente sobre o clima e o ar. As populações que sofrem mais são as de renda mais baixa, que têm menos árvores perto de casa."
Por isso, para Denise Duarte, é preciso ajudar as pessoas a viverem melhor e se adaptarem a uma nova realidade nas suas cidades. Ela defende, também, que os edifícios sejam feitos para aquecer menos, usar menos ar-condicionado e acumular menos calor, por exemplo.
"É preciso que as autoridades adotem uma série de soluções de mitigação das mudanças climáticas. Mas enquanto elas não dão conta do recado, as pessoas precisam viver. Temos que viver com esse fato dado, que já está conosco no nosso dia a dia. As cidades precisam se adaptar", avalia ela.
Parque da Cidade em Jundiaí — Foto: Divulgação/Prefeitura de Jundiaí