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domingo, 8 de setembro de 2019

Aumento da temperatura dos oceanos já destruiu 90% de espécie de coral no sul da Bahia

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Segundo pesquisadores do projeto Coral Vivo, os corais estão sofrendo com estresse e processo de branqueamento. 
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 Por Bahia Rural/G1 BA  

 Postado em 08 de setembro de 2019 às 16h20m  
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
Aumento da temperatura dos oceanos já destruiu 90% de espécie de coral na Bahia
Aumento da temperatura dos oceanos já destruiu 90% de espécie de coral na Bahia
O aumento da temperatura dos oceanos já destruiu 90% da espécie do coral de fogo na Costa do Descobrimento, região de Porto Seguro, no sul da Bahia. Segundo pesquisadores do projeto Coral Vivo, os corais estão sofrendo com estresse e processo de branqueamento.

"A gente tem acompanhado através do monitoramento ambiental aqui na região da Costa do Descobrimento e percebemos que desde dezembro, até o momento, a água teve um aquecimento mais do que o esperado. Isso chegou ao branqueamento dos corais e ultrapassou, chegando a mortalidade de uma espécie", explicou Flávia Gubert, coordenadora do projeto.

Segundo os pesquisadores, 90% dos corais de fogo já estão mortos nos dois parques marinhos da Costa. A temperatura subiu por causa do fenômeno meteorológico "El Niño".

"O el niño é um fenômeno natural que começa geralmente com o aquecimento das águas no Oceano Pacífico. Isso muda todo o padrão de circulação de ventos e das outras águas do oceano. Então, por exemplo, um lugar que era para ter uma circulação de água e mudar de temperatura, essa água pode ficar parada e acabar aquecendo um pouco mais. Isso muda todo o regime de vento e de chuva. Esse aquecimento do pacifico influencia todo o resto do globo", disse Leonardo Santos, biólogo do projeto.
Corais de fogo sofre com estresse e processo de branqueamento na região de Porto Seguro — Foto: Reprodução/Bahia Rural
Corais de fogo sofre com estresse e processo de branqueamento na região de Porto Seguro — Foto: Reprodução/Bahia Rural

Os pesquisadores medem a temperatura com sensores que também avaliam a incidência de luz dentro do recife. Neste ano, constataram que a temperatura chegou a 31º C e o máximo registrado foi de 29º C.

"O que aconteceu esse ano é que foi um evento mais prolongado, então durou mais tempo. Enquanto no outro evento, no mês de abril e maio, a espécies já estavam se recuperando do branqueamento. Neste ano, a gente teve o aumento um pouco mais de 31º C e foi só no mês de junho que iniciou o branqueamento. As espécies passaram mais de 6 meses com essa temperatura alta, em especial o coral de fogo que foi mais sensível", comentou Flávia.

De acordo com a coordenadora, a espécie do coral de fogo foi a mais atingida porque fica mais perto da superfície e recebe mais incidência solar. Por ser uma espécie galhada, vários organismos vão buscar proteção e alimentação, mas com a morte do recife, toda uma cadeia de animais marinhos pode ficar comprometida.

Ainda segundo os pesquisadores, o coral de fogo é uma espécie que tem uma grande capacidade de se regenerar. Caso as condições climáticas se tornem favoráveis, o coral pode voltar a crescer e dominar as regiões do recife onde ele habitava.

Veja mais notícias do estado no G1 Bahia.
Pesquisadores medem temperatura com sensores que também avaliam a incidência de luz — Foto: Reprodução/Bahia Rural
Pesquisadores medem temperatura com sensores que também avaliam a incidência de luz — Foto: Reprodução/Bahia Rural


Porto Seguro
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sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Agência espacial indiana perde contato com sonda durante tentativa de pouso na Lua

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Índia declarou que procedimentos de pouso ocorreram dentro do planejado até 2,1 km da superfície lunar, quando perderam contato com o módulo espacial.
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 Por G1  

 Postado em 06 de setembro de 2019 às 21h00m  
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Cientistas acompanham tentativa de pouso na superfície da Lua na ISRO, agência espacial indiana.  — Foto: Reprodução/YouTube ISROCientistas acompanham tentativa de pouso na superfície da Lua na ISRO, agência espacial indiana. — Foto: Reprodução/YouTube ISRO

Cientistas indianos perderam o contato com o módulo lunar Chandrayaan-2 pouco antes do pouso nesta sexta-feira (6), segundo o diretor da Organização de Pesquisa Espacial da Índia (ISRO), responsável pela missão. Ainda não está claro o que aconteceu com o módulo de pouso Vikram.

O objetivo da missão era obter mais informações sobre a composição mineral da Lua e sobre eventual presença de água no local. O contato com a base foi perdido cerca de 20 minutos depois de iniciado o procedimento de pouso suave, que visa reduzir a velocidade do módulo para garantir uma chegada segura.
"É possível que a sonda tenha pousado em uma posição desfavorável e a antena tenha ficado inclinada, sem comunicação com a sonda em órbita, que envia os sinais para a Terra", explica Cássio Barbosa, astrônomo e colunista do G1. Nesse caso, o contato ainda pode ser retomado.

A outra possibilidade é que o motor de descida tenha registrado alguma falha nos momentos finais do pouso. "Nesse caso, o módulo colide com a superfície lunar e se desintegra devido à alta velocidade", diz Barbosa.
Módulo Vikram inicia trajetória de descida para pousar no solo lunar. — Foto: Reprodução/YouTube ISROMódulo Vikram inicia trajetória de descida para pousar no solo lunar. — Foto: Reprodução/YouTube ISRO

Perda de contato
Os cientistas da ISRO acompanhavam a missão ao vivo na sede da agência espacial quando o sinal do módulo foi perdido, a poucos minutos do horário previsto para o pouso.

"A descida do módulo de pouso Vikram estava normal até uma altitude de 2,1 km. Então nós perdemos comunicação. Os dados estão sendo analisados", disse Kailasavadivoo Siva, responsável pela ISRO.

O pouso do módulo Vikram estava agendado para acontecer às 17h25h. Depois, o jipe Pragyan deveria explorar a superfície lunar entre 20h30 e 21h30.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, acompanhou a tentativa de pouso na sede da agência espacial, disse que "há altos e baixos na vida" e que continua "torcendo pelo melhor".

"A Índia está orgulhosa de seus cientistas! Eles deram seu melhor e sempre trouxeram orgulho para o país. Esses são os momentos para sermos corajosos, e corajosos seremos. O diretor da ISRO deu updates da situação da Chandrayaan-2. Nós continuamos esperançosos e vamos continuar trabalhando duro em nosso programa espacial", disse Modi em rede social.
Missão lunar indiana tenta pouso na Lua nesta sexta-feira (6). — Foto: Arte/G1 
Missão lunar indiana tenta pouso na Lua nesta sexta-feira (6). — Foto: Arte/G1

Jipe Pragyan na rampa de descida do módulo Vikram — Foto: Indian Space Research Organisation - GODLJipe Pragyan na rampa de descida do módulo Vikram — Foto: Indian Space Research Organisation - GODL
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quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Sonda alemã de quase 800 kg desaparece do fundo do mar

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O equipamento, que custa cerca de 300 mil euros (quase R$ 1,3 milhão), pesa quase 770 kg e dificilmente poderia ser arrastado por tempestades, marés ou grandes animais, segundo especialistas.
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 Por BBC  

 Postado em 05 de setembro de 2019 às 21h00m  

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Registro da unidade de energia, uma das duas que compõem equipamento submarino que desapareceu — Foto: FORSCHUNGSTAUCHZENTRUM CAURegistro da unidade de energia, uma das duas que compõem equipamento submarino que desapareceu — Foto: FORSCHUNGSTAUCHZENTRUM CAU

Uma enorme sonda submarina desapareceu do fundo do mar que banha a costa báltica da Alemanha.

O equipamento, que custa cerca de 300 mil euros (quase R$ 1,3 milhão), pesa quase 770 kg e é difícil que tenha sido arrastado por tempestades, marés ou grandes animais, segundo especialistas.

Em uma expedição, mergulhadores encontraram o cabo de abastecimento de energia rompido no local, a 22 metros de profundidade e a 1,8 km da costa.

Há zonas de exclusão na região, onde barcos, mesmo os pesqueiros, são proibidos naquela área da Baía de Eckernförde, a 70km da fronteira dinamarquesa.

Acidente, furto ou sabotagem?
O equipamento alemão, dividido em uma unidade de abastecimento de energia e outra com sensores, ficava em uma dessas áreas proibidas.

Entre as hipóteses estão furto, intempéries, sabotagem ou acidente, no caso de a âncora de algum barco ter arrastado o equipamento até romper o cabo que o conectava à costa.

O "observatório submarino" desaparecido, instalado há três anos, deixou de enviar dados em 21 de agosto. Inicialmente, aventou-se a possibilidade de erro de transmissão, mas uma missão na semana seguinte detectou o desaparecimento.

Os instrumentos alemães estavam medindo a qualidade e outras características da água, incluindo temperatura, salinidade e níveis de concentração de oxigênio, nutrientes, clorofila e metano.

"Os dados que recebemos dali não têm preço. Eles ajudam a pesquisar mudanças no ecossistema do mar Báltico e possíveis medidas para elas", afirma o professor Hermann Bange, chefe da pesquisa oceanográfica da Geomar, um centro científico em Kiel.

A empresa pediu que testemunhas relatem atividades suspeitas na região ou caso encontrem pedaços do aparato na costa. A polícia já foi notificada.
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    O que são as rochas de Charles Darwin, que opõem ambientalistas e projeto de porto no RJ

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    Em 1832 e 1836, o célebre naturalista britânico esteve no Brasil e descreveu as rochas de praia no litoral de Maricá, que podem estar ameaçadas.
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     Por Evanildo da Silveira, BBC  

     Postado em 05 de setembro de 2019 às 12h30m  
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    Darwin esteve no Brasil em 1832 e 1836 e descreveu rochas de praia — Foto: Kátia Leite Mansur/BBCDarwin esteve no Brasil em 1832 e 1836 e descreveu rochas de praia — Foto: Kátia Leite Mansur/BBC

    A história é célebre: entre 1831 e 1836, o então jovem naturalista Charles Darwin – dos 22 aos 27 anos – deu a volta ao mundo a bordo do navio britânico HMS Beagle, realizando coletas e pesquisas de rochas e seres vivos, o que o levou mais tarde a elaborar a teoria da evolução das espécies, que, apesar do nome não é teoria, mas fato.

    O que nem todo mundo sabe é que a viagem passou pelo Brasil entre fevereiro e julho de 1832 e em agosto de 1836. O que ainda menos gente conhece é a descrição geológica que ele fez das chamadas "beachrocks", rochas de praia, no litoral de Maricá, 57 quilômetros ao norte da cidade do Rio de Janeiro, que, segundo um grupo contrário ao projeto, estariam ameaçadas pelo projeto de construção de um porto na região.

    Segundo Kátia Leite Mansur, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que pesquisa essas rochas desde 2008 e integra, junto com outros pesquisadores, ambientalistas e moradores da região, o movimento contra o empreendimento, as primeiras notícias sobre a construção na praia de Jaconé, com investimentos de R$ 5,5 bilhões, surgiram em 2010.

    Ele ocuparia a área marinha adjacente à Ponta Negra até a base da Serra de Jaconé. Primeiro, seria apenas um estaleiro, mas em 2011 foi anunciada construção do Terminal Ponta Negra (TPN) para escoar a produção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobrás, já em construção em Itaboraí, a 60 quilômetros de Maricá.

    A DTA Engenharia, empresa responsável pelo projeto, diz que ele já foi alterado para reduzir o impacto às beachrocks, após uma ação judicial promovida pelo MPRJ, com liminar deferida desde 2015.

    "O processo ainda não foi julgado e, independentemente da discussão na ação quanto à real passagem do naturalista pela parte da praia de Jaconé onde está situado o TPN e a inexistência de estudos de sua autoria sobre eles, o projeto foi alterado, com a exclusão de dois terços das atividades inicialmente licenciadas", explica Juliana Digiorgi, gerente administrativa da empresa.
    "O porto está distante 420 metros do primeiro afloramento, tendo sido feitos estudos, aprovados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidrográficas (INPH) e pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que comprovam que eles não serão impactados pelo TPN."
    As beachrocks, termo clássico que em português pode ser traduzido para "rochas de praia" ou, mais recentemente, "praianito", são formadas por sedimentos depositados em uma praia antiga e que se transformaram em uma pedra pela precipitação de carbonato de cálcio entre os grãos. Elas ficam submersas e eventualmente afloram durante ressacas do mar e maré baixa.

    "Assim, elas são o registro de uma antiga linha de praia", explica o geólogo Renato Rodriguez Cabral Ramos, colega de universidade de Kátia e também integrante do movimento contra a instalação do porto.

    Em sua viagem pela então província do Rio de Janeiro, Darwin encontrou as beachrocks na praia de Jaconé, entre Maricá e Saquarema, em 9 de abril de 1832, e as descreveu em sua caderneta de campo. Depois disso, elas ficaram esquecidas por mais de 150 anos.

    "Somente na década de 1990, fragmentos desse tipo de rocha foram identificados pela arqueóloga Lina Kneip, em sambaqui descoberto em Saquarema", diz a geóloga Kátia.

    Patrimônio de Influência Internacional
    Na época, o jovem naturalista tinha tanto interesse por biologia quanto por geologia, neste caso influenciado pelo seu então livro de cabeceira Princípios da Geologia, de Charles Lyell, cujo primeiro dos três volumes havia sido lançado dois anos antes, em 1830 – o segundo saiu em 1832 e o terceiro em 1833.

    "As descrições geológicas efetuadas por Darwin no Rio de Janeiro, e nas demais localidades por ele visitadas, são Patrimônio de Influência Internacional, pois são parte indissociável de sua obra e contribuíram para sua formação científica e elaboração teórica", diz Kátia. "Estas rochas e localidades não são patrimônios de estados ou países, mas da ciência, com relevância mundial."

    Além de históricas, as beachrocks, também conhecidas como arenitos de praia e, na região Nordeste, como arrecifes, têm importância científica. "Elas podem ser utilizadas para indicar antigos níveis do mar, pois as frequentes conchas de moluscos encontradas nelas são datáveis (pelo método do Carbono 14, por exemplo), assim como o carbonato de cálcio que as cimenta entre si", diz Ramos.
    O naturalista descreveu as beachrocks na praia de Jaconé — Foto: Kátia Leite Mansur/BBCO naturalista descreveu as beachrocks na praia de Jaconé — Foto: Kátia Leite Mansur/BBC

    "As conchas de moluscos das beachrocks de Jaconé foram datadas em torno de 8 mil anos e o cimento em 6 mil anos. A rocha de praia de Jaconé, portanto, é uma das mais antigos do Estado do Rio de Janeiro."

    Segundo Kátia, no caso das descritas por Darwin em Maricá, elas são o testemunho de uma antiga praia que existiu na região há cerca de 8 mil anos e indicam um nível do mar 50 cm mais baixo que atual "Isso auxilia no entendimento das variações climáticas nos últimos milhares de anos", explica. "Elas também podem ser utilizadas para entender a ocupação humana pré-histórica da região, pois seus fragmentos foram coletados pelos construtores de sambaquis, primeiros habitantes do litoral."
    As beachrocks têm ainda grande importância ecológica, segundo Kátia, pois criam ambientes propícios para elevada concentração de peixes e desenvolvimento de mexilhões, o que pode ter sido um atrativo para os sambaquieiros no passado como é para os pescadores atuais.
    Agora essa riqueza histórica, geológica e ecológica pode estar em perigo, caso a construção do porto venha de fato a se concretizar. "O projeto se consolidou em dezembro de 2013, quando a empresa construtora submeteu o Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) para licenciamento pelo Inea, do Rio de Janeiro", conta.

    Antes disso, era necessário liberar a área para a construção.
    "Como no Plano Diretor de Maricá a área era protegida, a Câmara dos Vereadores e a Prefeitura, em outubro de 2013, alteraram a categoria de zoneamento para 'Área Especial de Interesse Urbanístico e Econômico, voltada para atividades de logística, portuária e industrial'", explica Kátia. "Só depois disso foi que a empresa apresentou o EIA-Rima. A partir daí, diversas ações se sucederam e produziram uma situação de impasse."

    SOS Jaconé
    Muito dessa situação se deve à luta dos moradores, ambientalistas, surfistas, pescadores e professores locais contra o empreendimento. "Tão logo a notícia da sua possível construção chegou à região, eles iniciaram o movimento 'SOS Jaconé – Porto Não!' e entraram em contato com diversos pesquisadores e instituições para angariar apoio para a proteção da área", lembra Kátia.

    "Inclusive entraram nos Ministérios Públicos Federal e do Rio de Janeiro com uma ação civil pública, porque a mudança no uso da terra na área não havia cumprido os trâmites legais e pela degradação que poderia ocorrer. Nesta época, fizeram contato conosco, que passamos a apoiá-los."

    A ação mais recente na Justiça se deu em julho, quando os dois Ministérios Públicos ajuizaram uma nova Ação Civil Pública junto à 3ª Vara Federal de Niterói, para impedir a consumação dos danos socioambientais do empreendimento. "Ela aponta diversos vícios encontrados em procedimentos administrativos de licenciamento do empreendimento", diz Kátia.
    Rochas podem ser utilizadas para indicar antigos níveis do mar — Foto: Kátia Leite Mansur/BBCRochas podem ser utilizadas para indicar antigos níveis do mar — Foto: Kátia Leite Mansur/BBC

    "Cabe ressaltar que o empreendedor, por conta dos obstáculos que os beachrocks vêm impondo desde o início do projeto, decidiu modificá-lo no ano passado, tornando o mais modesto, diminuindo o investimento e o número de empregos gerados, que passou a ser cerca de 300."

    A BBC News Brasil procurou a prefeitura de Maricá para entender os motivos da construção do porto e sua importância econômica para o município, além do impacto na região – particularmente sobre as beachrocks de Darwin – e a mudança no plano diretor.

    A prefeitura se limitou a enviar, por meio de sua Secretaria de Comunicação, a seguinte nota:
    "Por se tratar de um empreendimento privado, quem responde sobre as questões do Terminal Ponta Negra é a empresa proprietária do projeto, a DTA Engenharia, de São Paulo. A Prefeitura já se manifestou publicamente por diversas vezes em apoio ao projeto – inclusive no âmbito do relatório de impacto ambiental que embasa a licença prévia já concedida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) – por considerá-lo uma importante alternativa para o desenvolvimento econômico sustentável não só de Maricá, mas de toda a região."

    A DTA Engenharia, por sua vez, informou que o TPN tem como principal objetivo criar uma infraestrutura para o atendimento da indústria de exploração e produção de petróleo e gás, tanto no armazenamento quanto a movimentação de granéis líquidos.

    "Seu volume de tancagem será de aproximadamente 3,5 milhões de m³ e terá pátio logístico de serviços de apoio", informa Juliana Digeorgi, da DTA.

    "A área total do empreendimento é de 152,32 ha e compreende um aterro hidráulico sobre lâmina d'água, um quebra-mar de proteção e a infraestrutura da retroárea com edifício administrativo."

    De acordo com ela, a previsão é a de sejam criados cerca de 1.700 empregos diretos e indiretos na construção e 4.000 na operação.
    "Todos os impactos relacionados ao TPN são objeto de processo de licenciamento ambiental em trâmite perante o Inea", garante Juliana. "Estamos aguardando a deliberação para a emissão da Licença de Instalação, para que as obras sejam iniciadas."

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