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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Transações do Brasil com o exterior têm pior janeiro desde 1947



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\o/ «« »» BRASÍLIA - O balanço de pagamentos, que reúne todas as operações do Brasil com o exterior, registrou em janeiro superávit de US$ 8,497 bilhões. No entanto, as transações correntes fecharam o mês com déficit de US$ 5,409 bilhões, acumulando nos últimos 12 meses resultado negativo de US$ 49,1 bilhões, equivalente a 2,35% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse é pior resultado para meses de janeiro desde o início da série histórica do Banco Central, em 1947.

A conta corrente é formada por três itens: a balança comercial resultante de exportações e importações; a conta de serviços e rendas, que une fluxos de entradas nas diversas modalidades de empréstimos externos e de saídas para o pagamento de juros, remessas de lucros e de serviços em geral (como viagens e transportes); e as transferências unilaterais correntes, que são recursos enviados por brasileiros que moram no exterior.

Segundo nota divulgada há pouco pelo Banco Central, a conta financeira registrou ingressos líquidos de US$ 13,9 bilhões no mês passado. O BC destaca ainda o retorno de investimentos brasileiros no exterior que somaram US$ 6,3 bilhões, e a entrada líquida de investimentos estrangeiros em carteira e diretos de US$ 3,4 bilhões e 3 bilhões, respectivamente.

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Microsoft vai lançar kit oficial para hackearem Kinect

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Microsoft vai lançar kit oficial para hackearem Kinect
Publicada em 22/02/2011 às 11h34m

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RIO - De início, a Microsoft esperneou e ameaçou. Claro: como pode a sua única invenção realmente revolucionária e comercialmente bem sucedida nos últimos anos ser apropriada e subvertida por hordas de hackers mundo afora? Mas, quando percebeu que o Kinect (seu sistema de reconhecimento de movimentos para Xbox 360 que dispensa joysticks) havia caído nas graças dos desenvolvedores e que havia aí uma oportunidade de negócio, a empresa voltou atrás .

Dentro de alguns meses, durante a primavera do hemisfério norte, a empresa de Redmond dará finalmente uma chancela oficial aos hackers: segundo nota da Microsoft , a companhia vai disponibilizar um kit de desenvolvimento de software para Windows que dá acesso aos controles internos do Kinect (Windows Software Development Kit, ou SDK).

Inicialmente, o kit estará disponível, em download gratuito, apenas para entusiastas de programação e pesquisadores . Essas pessoas terão acesso a "capacidades profundas do sistema Kinect, como áudio, sistema de APIs e o controle direto do sensor", afirmou a empresa.

Posteriormente, a Microsoft vai lançar uma versão comercial do produto.

Ainda que vagamente, o CEO da companhia, Steve Ballmer, já havia adiantado o lançamento do SDK .

Lançado em 4 de novembro do ano passado, o sensor de movimento se tornou rapidamente um fenômeno de vendas e foi hackeado poucos dias depois para rodar em um computador com Windows. Desde então, o Kinect foi hackeado para os mais diversos fins. Um pesquisador da Califórnia, por exemplo, tornou possível jogar o RPG para computadores "World of Warcraft" com o próprio corpo por meio do sensor .
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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Computador que ganhou US$ 1 milhão será testado em hospitais

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Máquina da IBM levoou prêmio de US$ 1 milhão no Jeopardi

Foto: AP

## ReduzirNormalAumentarImprimirApós derrotar dois adversários humanos em um desafio de Jeopardy! e "ganhar" US$ 1 milhão, Watson, um supercomputador desenvolvido pela IBM, será testado em dois hospitais dos Estados Unidos, para verificar sua capacidade de realização de diagnósticos. O sistema é capaz de entender a linguagem humana e de consultar imensas quantidades de informações para encontrar a possível resposta a uma pergunta.

Os testes na área médica vão ser realizados no Centro Médico da Universidade de Columbia e na Escola de Medicina da Universidade de Maryland e serão os primeiros testes reais de Watson além do jogo de perguntas e das avaliações nos laboratórios da IBM.

Eliot Siegel, professor do curso de Medicina da Universidade de Maryland, disse que outros programas de inteligência artificial já foram testados nos hospitais, mas ofereceram respostas mais lentas e limitadas do que as esperadas por Watson. O programa pode se tornar muito útil no diagnóstico de pacientes pela análise de periódicos e livros, que ocuparia muito tempo de leitura de um médico. E antes que o robô de quizzes possa ser usado nos hospitais, serão necessários alguns ajustes. Para o game Jeopardy!, só há uma resposta, enquanto que o desafio da Medicina é lidar com os diversos diagnósticos e informações conflitantes, lembra o site do The Wall Street Journal.

Siegel afirma que demorará cerca de 2 anos para que Watson possa ser usado em pacientes, já que é necessário treinar bastante o programa para que ele entenda registros médicos eletrônicos e possa avaliar corretamente os sintomas de cada doença.

Watson provou sua capacidade de raciocínio na maratona de três dias do programa Jeopardy!, ao derrotar os campeões de edições passadas Ken Jennings e Brad Rutter em todas as categorias disponíveis, entre elas artes, ciência e cultura popular.

A participação do supercomputador da IBM no programa foi um sucesso. De acordo com o site Financial Times, a rede televisiva NBC conseguiu seu maior número de telespectadores nos últimos seis anos. Esse não é o primeiro feito de um supercomputador que ganha status na mídia: no passado, o Deep Blu derrotou o enxadrista Garry Kasparov, campeão do mundo.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Fortuna Brasileira [ ilegal,o dinheiro do povo ] na Suiça




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Brasileiros têm mais dinheiro na Suíça do que chineses

Corrida por paraísos fiscais ganha ritmo sem precedentes; valor na Suíça varia entre US$ 6 bi e US$ 60 bi
19 de fevereiro de 2011 | 16h 50
Leia a notíciaComentários Email ImprimirA+ A- Compartilhar93 Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo
GENEBRA - Brasileiros contam com uma fortuna depositada nos bancos suíços e, apesar de toda a operação conduzida pela Polícia Federal contra doleiros e bancos estrangeiros, a corrida por paraísos fiscais ganha um ritmo sem precedentes. Dados do Banco Central da Suíça, obtidos pelo ‘Estado’, revelam que os brasileiros mantêm ao menos US$ 6 bilhões em Genebra, Zurique e outras praças financeiras da Suíça.

Esse seria o valor oficial de contas declaradas, mas os bancos privados suíços consideram que o valor real pode ser dez vezes maior. Ex-funcionários de bancos na Suíça e agentes que trabalham na abertura de contas alertam que esse valor oficial é "a ponta do iceberg".

O volume de dinheiro de brasileiros na Suíça vem crescendo. Entre 2005 e 2009, o BC suíço aponta a entrada de mais US$ 1,1 bilhão do Brasil. Segundo dados oficiais, nenhum outro país emergente registrou tal avanço e a expansão é a maior registrada de dinheiro vindo do Brasil.

O total da fortuna mantida por brasileiros na Suíça já é superior aos de China, Índia e Arábia Saudita. A Suíça estima que tem, em seus cofres, US$ 3 trilhões em fortunas pessoais. O valor seria quase metade da fortuna privada do planeta.

Os 85 bancos suíços que fazem parte do cálculo indicam em seus balanços que os brasileiros teriam 4,9 bilhões de francos suíços (um franco vale um dólar) em contas de poupança, ativos, ações, títulos e contas correntes.

Além desse valor, 1,1 bilhão de francos suíços provenientes do Brasil estão listados como "operações fiduciárias". Nessa classificação, o banco não tem obrigação de apresentar os números em seus balanços e todo o risco fica por conta do banco privado (o BC suíço não dá garantias em caso de quebra do banco privado). Na maioria dos casos, é nessa classificação que recursos considerados ‘sensíveis’ ou de personalidades políticas estrangeiras são depositados.

Assim como a existência de "operações fiduciárias", os bancos suíços contam com uma série de outros instrumentos para tornar menos transparente a origem de recursos. Nos US$ 6 bilhões indicados na Suíça como sendo de brasileiros está exclusivamente o dinheiro que saiu do Brasil em direção aos bancos de Genebra e Zurique.

Se uma fortuna é transferida do Brasil para as Ilhas Cayman e só depois para a Suíça, ela não é contabilizada como fluxo que veio do Brasil, e sim da ilha caribenha. Não é por acaso que bancos suíços mantêm filiais nesses outros paraísos fiscais.

Portanto, o volume registrado pelo BC suíço de US$ 6 bilhões oriundos do Brasil poderia ser apenas uma fatia do todo, segundo fontes do setor bancário.

Políticos

Outro método adotado é a manipulação do cargo da pessoa que queira abrir a conta, garantindo que a autorização para o depósito seja dada sem problemas. Um ex-colaborador de um banco suíço com forte presença no Brasil revelou ao Estado, sob anonimato, que essa foi a forma usada para abrir uma conta em nome de um ex-governador de um grande Estado.

No formulário para abertura de contas, o banco exige que o cliente considerado como "sensível" por seu cargo político preencha um formulário e é logo classificado como "Pessoa Politicamente Exposta".

A lei exige que se demonstre que os recursos têm origem em outra atividade que não a política. No caso do ex-governador, o banco e o político entraram em acordo para que fosse apresentado como presidente de uma empresa de reflorestamento, sem mencionar sua posição pública.

"...Sabe de quem é o grosso deste dinheirinho???
Adivinhem!...dos Políticos...é claro!
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Fabricante japonesa lança câmera que pesa apenas 11 g


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Câmera da Thanko pesa apenas 11g.
Foto: Divulgação

ReduzirNormalAumentarImprimirA fabricante japonesa de acessórios USB Thanko anunciou nesta sexta-feira uma câmera digital que pesa apenas 11 g. O gadget se conecta ao computador via USB e suporta cartões microSD de até 32 GB. A Mame-Cam cabe na palma da mão, medindo apenas 30x27x27 mm, e é totalmente funcional.

A câmera tem resolução de 2 megapixels, e grava vídeos em 640x480. A bateria da câmera tem autonomia de 36 minutos. O equipamento está a venda na loja online da empresa japonesa por US$ 95, segundo informações do site CrunchGear.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Alimentos em alta...o vilão da pobreza e da miséria!


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##Alta dos alimentos coloca 44 milhões de pessoas na pobreza
Índice de preços do Banco Mundial subiu 15% entre outubro de 2010 e janeiro deste ano
15 de fevereiro de 2011 | 13h 58
Leia a notíciaComentários 26Email ImprimirA+ A- Compartilhar110 Filipe Domingues, da Agência Estado
WASHINGTON - Os preços internacionais dos alimentos continuaram subindo com força nos últimos meses, aumentando a pobreza e as preocupações com a economia, informou nesta terça-feira, 15, o Banco Mundial. O índice de preços do banco subiu 15% entre outubro do ano passado e janeiro de 2011, o que significa elevação de 30% em relação ao mesmo período de 2009 e apenas 3% abaixo do pico de 2008. O Banco Mundial relatou que esse aumento, que inclui alta significativa dos preços do trigo e do milho, colocou cerca de 44 milhões de pessoas em situação de pobreza desde junho.

VEJA TAMBÉM

Confira os 20 alimentos vilões da inflação em 2010
Veja a evolução dos principais índices de inflação
Preços recordes dos alimentos provocam tumultos no mundo
Inflação ao consumidor da China sobe 4,9% em janeiro

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"Os preços globais dos alimentos estão subindo para níveis perigosos e ameaçam dezenas de milhões de pessoas pobres no mundo", disse o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, em comunicado.

A alta dos alimentos tem sido uma grande preocupação para as autoridades internacionais. O Banco Mundial alertou que a elevação dos preços pode causar "macro vulnerabilidades", especialmente nos países menos sólidos em âmbito fiscal, que são forçados a importar grandes volumes de alimentos.

No entanto, o Banco Mundial ponderou que boas colheitas em muitos países africanos ajudaram a conter a elevação dos preços de alguns itens. Além disso, o banco observou que os preços internacionais do arroz subiram moderadamente e que o cenário desse mercado permanece estável.

O Banco Mundial avisou, ainda, que as mudanças climáticas devem causar mais impacto nos preços dos alimentos do que ocorreu no passado. "A frequência de eventos relacionados ao clima durante o último ano e seu impacto nos preços da comida ressaltam a vulnerabilidade dos pobres diante das mudanças climáticas", afirmou o banco. As informações são da Dow Jones.

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domingo, 13 de fevereiro de 2011

TECNOLOGIA NANO - 1. Nanochip lançado...


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Harvard e MITRE anunciam pr
imeiro nanoprocessador programável
A nanotecnologia trazendo chips ainda menores

Por Elaine Martins da Silva13 de Fevereiro de 2011
4.213 visualizaçõesrecomende (26)Compartilhar7 comentários (4)compartilhe este link

Diversos anúncios sobre nanotecnologia e processadores minúsculos já foram feitos desde que as pesquisas voltaram seu foco para o “nanomundo”. Porém, nenhum resultado anunciado até o momento menciona a criação de um processador que realmente seja programável. Isso, no entanto, é passado.

Pesquisadores da Universidade de Harvard e da MITRE Corporation anunciaram esta semana a criação do que está sendo considerado o primeiro nanoprocessador que pode, de fato, ser programado. Descrito como um “salto adiante no que diz respeito à complexidade e as funções de circuitos bottom up”, o chip tem tudo para alavancar as pesquisas e acelerar a obtenção de resultados positivos.

O processador é composto por aproximadamente 500 nanofios de germanium (elemento químico similar ao silício), os quais foram integrado à fios de metal em um nanochip de 960 µm² (micrômetros quadrados), o que resultada em um dispositivo com menos de 1 milímetro.

Os pesquisadores notaram também que a arquitetura do chip é totalmente escalável e prometeram a criação de processadores ainda mais funcionais e menores do que os presentes no mercado.


Leia mais no Baixaki: http://www.baixaki.com.br/tecnologia/8475-harvard-e-mitre-anunciam-primeiro-nanoprocessador-programavel.htm#ixzz1DtPGDUso

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O SER HUMANO É UMA GALÁXIA DE INFORMAÇÃO???...









Se você acha que está sobrecarregado com informações, essa matéria é para você. Um artigo publicado nesta quinta-feira, 10, na edição online da revista Science tenta responder à pergunta: quanta informação há no mundo?
Medindo tanto a capacidade de armazenamento digital quanto analógica, os pesquisadores chegaram à conclusão que a humanidade é capaz de guardar impressionantes 295 exabytes de informação.
Mas espera! O que é um exabyte? É uma unidade de armazenamento em computação equivalente a 1.000.000.000.000.000.000 bytes (sim, um número com 18 zeros). Esse número total representa 315 vezes o número de grãos de areia de toda a Terra, mas ainda tem menos de 1% da informação armazenada nas moléculas de DNA dos seres humanos.
Para entender ainda melhor, se uma única estrela é um bit de informação, cada ser humano armazena o equivalente a uma galáxia inteira.
O estudo afirma ainda que 2002 pode ser considerado o marco de início da era digital, pois foi nesse ano que a capacidade de armazenamento digital de sobrepôs à analógica. Em 2007, 94% de toda a memória do mundo já era digital.
No mesmo ano de 2007, 1.9 zettabytes de informações foram enviados através de tecnologias de transmissão como a televisão e o GPS, uma grandeza que equivale a cada um de nós ler 174 jornais por dia.
Nossa necessidade de conversar e informar também marca presença nos dados: as telecomunicações crescem 28% anualmente e as tecnologias de comunicação de via dupla (como os celulares) usaram 65 exabytes de informação em 2007 – o equivalente a cada pessoa do mundo ler seis jornais por dia todos os dias.
E, embora as tecnologias de computação cresçam 58% e a capacidade de armazenamento 23% todos os anos, os pesquisadores lembram que esses números são impressionantes, mas não são nada perto de como a natureza lida com a informação.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

SUPERAVIT BRASIL - 2010

Governo central fecha 2010 com R$ 79 bi de economia, o dobro de 2009

Publicada em 28/01/2011 às 11h16m
Martha Beck, com Valor Online

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BRASÍLIA - As manobras contábeis utilizadas pelo governo para obter receitas - especialmente por meio da capitalização da Petrobras - permitiram que o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) cumprisse a meta de superávit primário fixada para 2010. Relatório divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Fazenda mostra que a economia de recursos para o pagamento de juros da dívida pública fechou o ano passado em R$ 79 bilhões, ou 2,16% do Produto Interno Bruto (PIB). O objetivo fixado para o governo central era de 76,3 bilhões, ou 2,15% do PIB.

O resultado do ano equivale ao dobro do obtido em 2009, de R$ 39,4 bilhões, ou 1,24% do PIB. Somente em dezembro, o superávit do governo central ficou em R$ 14,4 bilhões, contra R$ 1 bilhão do mês anterior. Isso porque houve um forte aumento na arrecadação tributária, especialmente de PIS, Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).

Um superávit primário significa ter receitas maiores que as despesas, mas sem considerar os gastos com juros.
Receita recorde em 2010

Apenas o Tesouro Nacional registrou superávit de R$ 122,376 bilhões no acumulado do ano. A Previdência Social apresentou déficit de R$ 42,890 bilhões e o BC teve perdas administrativas de R$ 519,9 milhões.

De janeiro a dezembro de 2010, a receita total do governo foi recorde em R$ 919,773 bilhões, ante os R$ 739,309 bilhões acumulados em mesmo período do ano passado.

As transferências constitucionais a estados e municípios somaram R$ 140,678 bilhões no período, de forma que a receita líquida total correspondeu a R$ 779,095 bilhões, enquanto as despesas totais equivaleram a R$ 700,128 bilhões.
Manobras fiscais

Uma das manobras fiscais usadas em 2010 pelo governo foi a capitalização da Petrobras, de R$ 31,9 bilhões.

A União cedeu à Petrobras o direito de explorar petróleo da camada pré-sal no valor de 5 bilhões de barris. Por esse direito, conhecido como cessão onerosa, a estatal pagou R$ 74,8 bilhões ao Tesouro. A ideia da equipe econômica era que esse valor voltasse à Petrobras como forma de capitalizar a empresa e dar a ela mais condições de investir. No entanto, diante das dificuldades do governo de fechar suas contas em 2010, foi feita uma triangulação com o BNDES de forma que entrassem recursos no caixa para o cumprimento da meta de superávit primário.

O Tesouro só utilizou R$ 42,9 bilhões para capitalizar diretamente a estatal. Outra parte foi feita via BNDES, de forma que não houvesse impacto sobre a contabilidade do resultado primário. O restante dos recursos foi utilizado para fazer superávit.

A outra manobra foi a antecipação de receitas da Eletrobras, no valor de R$ 1,4 bilhão. O governo federal transferiu o equivalente a R$ 1,4 bilhão em ações da Eletrobras ao BNDES. Com isso, o banco pagou ao Tesouro o equivalente, e o montante foi usado no superávit primário.

Leia mais: Mantega rebate crítica do FMI sobre política fiscal brasileira

domingo, 26 de dezembro de 2010

Política mineira Andrelãndia





Andrelândia, onde os grupos políticos dos 'veados' e dos 'caranguejos' dão as cartas.
Plantão | Publicada em 14/08/2010 às 17h35m
Renato Grandelle
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ANDRELÂNDIA - Entre a Serra da Mantiqueira e a depressão do Rio Aiuruoca esconde-se Andrelândia, reduto mineiro inalcançável para os hábitos de metrópole ou as complexas siglas partidárias. Seus 12 mil habitantes não enxergam tucanos ou estrelas petistas no céu, menos ainda nas urnas. A fauna política local é regida por "caranguejos" e "veados", facções que se revezam no poder e figuram em folclóricas tramas de segregações, casamentos polêmicos e até ruas de calçamento inacabado.
Há algo de conspiratório no reino de cervídeos e crustáceos; ambos respondem em uníssono quando questionados sobre a divisão política da cidade. O discurso oficial é que o controverso bipartidarismo empacou Andrelândia, que só recentemente experimentou algum desenvolvimento.
Mas a rivalidade ainda está à espreita, e se traduz na pintura das casas (azuis e amarelas são de "caranguejos"; vermelhas e brancas pertencem a "veados"). Alguns carros ostentam adesivos da última eleição municipal ("caranguejo sempre" ou "veado de coração"). Os estabelecimentos comerciais aparecem em dupla. Cada facção tem seu posto de gasolina, sua loja de material de construção, sua farmácia, sua agência bancária.
Quando filiados vão à mesma festa, ficam em cantos diferentes; e quando jogam futebol, estão em times adversários. A boataria não poupa os neutros - o padre, dizem, é inclinado à "veadice", e do juiz eleitoral ninguém sabe.
Como todos frequentam o mesmo bar (cujo dono também é uma esfinge política), talvez só a cerveja seja suprapartidária.
O quiproquó político é quase tão antigo quanto Andrelândia. O município nasceu em 1866, sob a bênção do visconde Antônio Belfort de Arantes, que ergueu os dois prédios necessários para transformar qualquer terra em cidade no século XIX - a cadeia pública e a Casa de Câmara.
O pioneirismo lhe valeu duas décadas de domínio sobre os locais. Até que, em 1887, sete insurgentes lançaram candidatura de oposição ao Senado. Perderam. Quatro anos depois, o grupo, já fortalecido, disputou a prefeitura. Outra derrota. Nas eleições seguintes, porém, chegaram ao poder. Um correligionário do visconde, incrédulo com o safanão das urnas, desabafou em público:
"Andamos para trás! Parecemos caranguejos!" Foi o batizado involuntário de sua facção. Já os vitoriosos, de tanto pularem de alegria, pareciam os veados comuns por ali. E a comparação é lembrada até hoje.
Andrelândia vivia como em estado de permanente eleição. Todos os assuntos passavam pelas facções - inclusive os matrimoniais. "Caranguejo" e "veado" só foram dividir o altar da igreja em 1932. O feito inédito desenhava-se desde o ano anterior, quando Raul de Andrade Carvalho, filho de "crustáceos" pioneiros, mandou uma carta cheia de meandros à mãe de Carlina de Azevedo, filha de "veados" tradicionais. Assim começava o texto: "Deliberando em tomar estado e tendo verdadeira simpatia, e admiração por sua digna filha senhorita Carlininha vou por esta, de acordo com todos de minha família, solicitar o vosso apoio e consentimento..." Raul assinou a carta à futura sogra como "Vossa Excelência Servo Obstinado".
Raul agonizou com um mês de espera. Foi o tempo necessário para a mãe de Carlina escrever para seus 11 filhos, espalhados pelo país, perguntando se deveria autorizar o casório. A resposta veio positiva e acompanhada de uma assinatura bem mais informal - "sua grata amiga".
Raul e Carlina trocaram alianças e, assim, formaram o primeiro casal "veadejo" - híbrido político de "veado" com "caranguejo" - da cidade. Continuaram juntos por 75 anos, até a morte dele, aos 99. Da união vieram sete filhos, 26 netos e 36 bisnetos. Todos "veados".
O casamento não foi suficiente para tornar o "veadejo" uma espécie comum. As facções permaneciam compenetradas em seu embate político, intercalando quatro anos na oposição, quatro no poder. Obras deixadas por um partido eram demolidas pelo outro, antes mesmo de concluídas. O prédio da prefeitura era pintado a cada mandato de uma cor. O prefeito de um partido, ao asfaltar determinada rua, pulava a frente da casa de seus adversários.
Até a comemoração mudava de acordo com a legenda. À época da votação manual, o resultado das eleições era divulgado com músicas. Cada facção tinha seu repertório. Entre os sucessos históricos dos "caranguejos" estava. "A ponte do Rio Kwai". Já os "veados" apelavam para "Ilariê", da Xuxa.
- Mas nem precisava da música. Com o tempo, começamos a perceber quem ia ganhar antes mesmo da apuração dos votos - lembra a "carangueja" Maria Salete Andrade de Sá.
- Dá para ver pelo clima da cidade. E os votos da zona rural sempre vão para o nosso lado. É batata.
Tanta rivalidade entre as duas facções explica por que, no fim dos anos 60, ainda havia quem tomasse medidas extremas para ter relações com alguém do outro front. Caso de Maria Inês Meireles e José Maria Ribeiro.
Namorados há cinco anos, "carangueja" e "veado" sonhavam em casar-se. Mas seus pais, líderes políticos da cidade, eram inimigos mortais.
- Depois de muita insistência, os "veados" apoiaram o casamento - lembra Inês.
- Fugimos para Juiz de Fora, levando inclusive o padre, e depois seguimos para Volta Redonda, onde aconteceu a cerimônia. Foi tudo tão corrido que nem tiramos foto. Do meu lado da família, só um tio participou. Dizem que meu pai passou a noite na chuva, em Andrelândia, me procurando. Só com mais de um mês de casada fui encontrá-lo. Ele acabou se dando muito bem com meu marido. Mas continuou sem falar com o meu sogro, líder dos "veados", pelo resto da vida.
Filha de Maria Inês, Fernanda Meireles só descobriu a fuga de sua mãe aos 18 anos - uma tia contou por acaso, durante um capítulo da novela "O rei do gado", história sobre duas famílias rivais. Mas a nova geração andrelandense não precisa se preocupar com romances. Boa parte dos clãs mais tradicionais tem seus "veadejos". Fernanda, inclusive, tornou-se um deles.
- Não abrimos mão das nossas convicções. Voto num "caranguejo" ruim, mas não voto num "veado" - assegura.
- O chato é que, como sou casada com um deles, todos acham que mudei de lado. Dizem na minha frente que "caranguejo" não vale nada. Aí eu reajo, e todo mundo fica surpreso.
Pudera. Fernanda é casada com Leonardo Carvalho de Campos, um dos líderes dos "veados". E só os "cervídeos" sabem o quanto eles precisam de quadros eminentes. Na última década, vários baluartes do partido morreram. Os "caranguejos" celebram: estão no terceiro mandato seguido à frente de Andrelândia, algo que só havia acontecido uma vez na cidade.
Até no Legislativo os "veados" parecem correr risco de extinção. Dos nove vereadores, apenas dois são do grupo.
Vale o registro: desde o fim da ditadura, os "cervídeos" adotaram o que o resto do país conhece como PMDB. Já os "caranguejos" bandearam-se para o PSDB.
Os outros partidos adotam um dos animais conforme suas conveniências. "Veada" das mais ilustres e ex-vereadora por dois mandatos, Dinora Vilela Salgado está inquieta com os rumos de sua facção. Atribui as seguidas derrotas à crença popular de que, mudando o prefeito, os beneficiados do Bolsa Família teriam a renda extra cassada. Culpa as pesquisas de opinião, uma novidade em Andrelândia, que inclinariam os eleitores a votar em quem lidera o pleito. E divide-se entre querer ou não uma candidatura de seu filho, Felipe, presidente do partido dos "veados":
- Quero que o Felipe saia da política... Mas na próxima eleição ele vai mudar tudo, né, Felipe?
- Vamos ver... - responde ele.
- Vamos ver, nada! Vai sim - ela diz.
O orgulho partidário de Dinora está longe de ser exceção.
- Sou muito antiga na "caranguejice" - gaba-se uma aposentada, que se identificou apenas como Decelis.
- Tenho amigo que é "veado" de o chifre ir até lá em cima, mas nenhum na minha família. Se até hoje eles não viraram meus parentes, por que isso aconteceria agora? Já estou velha, deixa isso para lá.
Embora a sanha eleitoral tenha diminuído com o passar das décadas, as facções ainda evitam contato quando a disputa pela prefeitura se aproxima. Segundo os próprios andrelandenses, poucos são os militantes que conseguem
manter um comportamento razoável.
É o caso do "caranguejo" octogenário Gentil Chaves Campos, considerado uma referência histórica da cidade até mesmo pelos "cervídeos". Gentil foi cotado, mais de uma vez, para capitanear uma chapa suprapartidária, que unisse a fauna municipal. Ganhou o apoio de alguns "veados", mas esbarrou em obstáculo maior.
- Minha mulher não quis que eu entrasse na política - explica.
- Ela disse que eu criaria inimizades. Acabei não sendo candidato. Mas, ainda hoje, não tenho a mentalidade de achar que a outra facção é uma porcaria. Na eleição, minha casa é uma das poucas que não penduram faixa ou colam adesivo. Por isso me dou bem com os dois lados.
Os neutros de verdade são poucos. Um deles é o juiz Ricardo Domingos de Andrade, incumbido, há seis anos, de impedir a chacrinha na corrida eleitoral. A esta função soma-se outra ainda mais espinhosa: convencer os dois lados de que a balança da Justiça não pende para um deles.
Os cuidados alcançam dimensões só imagináveis em uma cidade partida como Andrelândia. Ricardo mora em uma casa pintada de salmão. Adotar outra cor nem passa por sua cabeça.
- Se mudasse para azul ou vermelho, que são associadas às facções, seria mal interpretado - pondera.
- Existe sempre uma especulação se o juiz é "caranguejo" ou "veado". Proibi até os advogados de conversarem sobre política no fórum.
O duelo político dificulta o julgamento de processos eleitorais. Ricardo aprendeu que o depoimento de testemunhas pode não ajudar tanto assim o seu trabalho - afinal, toda a cidade parece estar comprometida até o pescoço com uma das facções.
Outro que evita qualquer afinidade com a política andrelandense é Gilvan Barquette, proprietário do Bar do Gilvan, o mais popular da cidade. Enquanto outros vendedores de cerveja, cachaça e afins digladiam-se em nome de suas facções preferidas, Gilvan adota uma neutralidade diplomática. Só sai de cima do muro para declarar amor eterno ao Botafogo - o que não chega a ser polêmico, considerando que o time carioca é o mais popular da região.
- Meu bar é um dos poucos espaços em que "veados" e "caranguejos" socializam - orgulha-se.
- E isso acontece justamente por eu não ter preferências políticas. Se dissesse em quem voto, só receberia clientes de um partido.
Numa rápida enquete na Escola Estadual Visconde de Arantes, a mais tradicional da cidade, em que participaram somente jovens de até 15 anos, oito declararam-se "veados", dois são "caranguejos" e apenas três não têm legenda. Quando forem um pouco mais velhos, alguns deles já terão papel ativo na militância.
Ao menos foi assim com Leandro Fonseca, de 25 anos, "caranguejo" desde sempre.
- Você já nasce sabendo a sua facção - garante.
- Parece que menos jovens ligam para isso hoje em dia, principalmente longe das eleições, mas tão cedo não surge um terceiro partido.
É piada corrente na cidade: "Caranguejos e veados estão acabando. Só faltam uns cem ou 200 anos."
O prefeito Samuel Isac Fonseca, pai de Leandro, tira zeros dessa previsão: em dez ou 20 anos, segundo ele, os partidos só existirão em livros de História.
Décimo quarto alcaide andrelandense, Samuel foi eleito com 4.624 votos, ou 61,2% dos válidos. A eleição do ex-bancário "caranguejo" provocou uma migração dos "veados" para outro barco.
Para o prefeito, os conflitos entre "cervídeos" e "crustáceos" remetem a um passado "que não merece recordação". A tradição secular estaria com os dias contados porque os jovens engrossam um batalhão, hoje equivalente a 30% do eleitorado, que decide seu voto baseando-se nos planos de governo, e não em facções.
O discurso conciliatório e os cálculos políticos merecem só uma ressalva:
- As grandes obras realizadas na cidade, como o calçamento e a urbanização, vieram dos "caranguejos". Esta é a fonte dos melhores administradores e a que tem o projeto mais voltado ao social.
Talvez a observação mais ponderada seja de Andrei e Andressa Teixeira de Campos, respectivamente de 5 e 8 anos, filhos de "veadejos". Pressionados pelos tios "veados" a declararem suas preferências políticas, responderam de primeira:
- Eu sou zebra.
- E eu sou elefante.
Pode ser o início de uma nova era em Andrelândia.