Total de visualizações de página

sexta-feira, 7 de março de 2025

Economia do Brasil cresce, mas baixo poder de compra assola opinião popular:

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Percepção dos brasileiros sobre o cenário econômico do país despreza resultados positivos do PIB e desemprego. Para especialistas, popularidade de Lula depende de controlar a inflação.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Júlia Nunes, g1

Postado em 07 de Março de 2.025 às 09h35m

#.* Post. - Nº.\  11.537*.#


Por que a percepção da economia está ruim?

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) confirma que a economia brasileira cresceu em 2024. A atividade teve alta de 3,4%, o maior aumento desde 2021 – quando o crescimento foi fruto da retomada pós-impactos da pandemia de Covid-19.

O desemprego, por sua vez, atingiu a menor taxa média para o ano desde que o IBGE começou a calcular esse índice, em 2012. Os dados mostram que o país nunca teve tantas pessoas trabalhando ao mesmo tempo, e que o rendimento médio real desses trabalhadores também cresceu.

Mas a sensação é diferente nas ruas. Mesmo com a inflação sob certo controle, o sentimento da população é de que o salário está apertado para comprar o básico. “Está tudo muito caro, né?”, comenta a aposentada Lucrécia de Andrade ao g1.

Lucrécia de Andrade sobre alta de preços no Brasil — Foto: Arte g1
Lucrécia de Andrade sobre alta de preços no Brasil — Foto: Arte g1

Uma pesquisa do Datafolha de janeiro deste ano mostra que o otimismo do brasileiro para 2025 recuou para o menor patamar desde 2020. Menos da metade dos entrevistados acredita que a população pode ter uma situação melhor neste ano.

Nos últimos dois meses, a aprovação do governo Lula (PT) caiu de 35% para 24%. Segundo o Datafolha, é o pior nível de aprovação em todos os três mandatos do presidente, e a reprovação também é recorde.

Para especialistas ouvidos pelo g1, esse cenário é consequência da inflação, mais especificamente do aumento do preço dos alimentos.

“Para aquelas famílias de baixa renda que comprometem a maior parte do orçamento com a compra de alimentos, isso acaba virando um problema. Significa que o carrinho de compras encolheu”, explica o economista André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV IBRE.
Nesta reportagem, você vai entender:

Em 2024, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu 4,83%. Comparado a 2023, quando o indicador foi de 4,62%, há pouca diferença. Mas o segredo está nos detalhes.

O segmento que puxou a alta no ano passado é um dos que faz o brasileiro mais sentir no bolso: os alimentos.

“De 2020 até 2024, o preço dos alimentos subiu 55%. Nesse mesmo período, o IPCA avançou 33%. Isso mostra o quanto os alimentos subiram acima da inflação média. O problema é que os salários são corrigidos pela inflação média”, explica Braz, do FGV IBRE.

Depois de aumentos expressivos durante e depois da pandemia, o subgrupo Alimentação no domicílio teve apenas uma leve deflação em 2023, com queda de 0,52%. O recuo não foi suficiente para reduzir de forma significativa o preço dos alimentos in natura.

Mas tudo piorou em 2024, com uma forte alta de 8,23% do subgrupo, que bateu em cheio no consumidor. Pior: o destaque ficou com as carnes, que subiram mais de 20% no ano. (entenda mais abaixo).

A economista Isabela Tavares, da Tendências Consultoria, fez um estudo para entender como a inflação tem pesado no bolso da população, calculando quanto sobra no orçamento do brasileiro depois que ele paga suas contas básicas, como comida, remédios, transporte e despesas de moradia.

A pesquisa levou em conta o peso que cada produto ou serviço costuma ter no orçamento das pessoas, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE, cruzando com a inflação de cada um deles, mês a mês.

O resultado foi que a renda disponível para as famílias após pagar pelo básico diminuiu, de 42,4% em dezembro de 2023 para 41,9% no mesmo período em 2024. (veja o gráfico abaixo)

E esse número é bastante diferente dependendo da faixa de renda da família. Para a população das classes D e E, o gasto com itens essenciais comprometeu quase 80% da renda no ano passado.

“Realmente, a renda do brasileiro aumentou, a gente teve ganhos reais, mas a gente está olhando uma renda média, né? E não necessariamente a renda média vai falar de todo o Brasil”, pontua a especialista.

“Então, a gente calculou essa renda disponível para mostrar um pouco dessa percepção. Aumentou a renda, mas calma lá. A parte que puxa para baixo esse poder de compra, que são os preços, também está aumentando.”

Assim, mesmo com o PIB crescendo e a gerando empregos, “está difícil ter uma boa qualidade de vida porque o preço do que é básico subiu muito”, resume André Braz, do FGV IBRE.

Os motivos por trás da alta de preços

O alto preço dos alimentos observado atualmente é resultado de uma série de aumentos acumulada desde 2020, na pandemia de Covid-19, explica André Braz.

Segundo ele, vários fatores ajudaram a pressionar a inflação nos últimos anos, que ocorreram em momentos em que a oferta de produtos não acompanha a demanda.

Veja abaixo a linha do tempo.

Os fatores que pressionaram a inflação de alimentos no Brasil desde 2020 — Foto: Arte g1
Os fatores que pressionaram a inflação de alimentos no Brasil desde 2020 — Foto: Arte g1

Para o economista, as questões climáticas que pressionaram a inflação não podem ser tão atribuídas à competência do governo. Mas a alta do dólar, sim.

“É fruto de uma incerteza na dívida pública”, afirma. “Enquanto tem instabilidade no ambiente fiscal, também vai ter no câmbio. Se os investidores ficam com medo de colocar recursos no Brasil, o aumento da saída de dólar deprecia o câmbio.”

“E essa desvalorização nos penaliza de duas maneiras: encarece tudo o que a gente importa, e a gente importa azeite, trigo [...] E estimula muito as exportações. Quanto mais a gente exporta, menos alimentos sobram aqui no Brasil e o preço acaba subindo”, detalha Braz.

Problema para Lula, Biden e mais

Um levantamento da Quaest divulgado no último dia 26 aponta que o terceiro governo Lula é reprovado por 50% ou mais dos eleitores nos oito estados pesquisados.

Na Bahia e em Pernambuco, estados onde o presidente venceu as eleições em 2022, a desaprovação do governo superou a aprovação pela primeira vez, com queda de mais de 15 pontos das avaliações positivas.

Para o cientista político Christopher Garman, diretor-executivo da consultoria Eurasia, “a queda da aprovação do presidente Lula se deve exclusivamente ao preço dos alimentos”, em especial aos aumentos no segundo semestre de 2024.

“Quando a gente olha quais são os segmentos do eleitorado em que a aprovação do presidente caiu mais, são os que ganham menos de dois salários mínimos, mulheres e o eleitorado Nordeste, segmentos mais sensíveis ao preço de alimentos”, justifica.

Rosimari Ventura sobre o preço de alimentos no Brasil — Foto: Arte g1
Rosimari Ventura sobre o preço de alimentos no Brasil — Foto: Arte g1

Esse mesmo fenômeno também foi observado em outras eleições ao redor do mundo. Segundo o especialista, o custo de vida foi o que levou muitos candidatos a não conseguirem se reeleger, casos dos Estados Unidos, de países da Europa, da Índia e da África do Sul, por exemplo.

“No caso de Joe Biden, os dados econômicos dos EUA estavam indo bem. O PIB estava indo bem, o desemprego estava baixo e a inflação estava caindo, mas o que importa é o estoque acumulado de aumentos de preços, e o estoque estava muito ruim.”

“Mesmo que a inflação esteja caindo, o eleitor faz o cálculo: ‘A minha vida está melhor ou pior em um determinado governo?’”, explica Garman.

A ferramenta mais reconhecida para controlar a inflação é aumentar a taxa de juros do país. É o que tem feito o Banco Central em suas últimas reuniões, como forma de desestimular o consumo.

  • 🔎 Ao reduzir o consumo, a demanda por produtos diminui, o que ajuda a barrar a inflação.

Apesar disso, especialistas explicam que o ideal seria conter a alta de preços aumentando a oferta, ao investir em um país mais produtivo a longo prazo.

Subir a taxa de juros, portanto, é uma atitude vista como um “remédio amargo” para a inflação. Ela prejudica a tomada de crédito por parte das empresas, que podem ter dificuldades para contratar ou investir em maquinário — freando, justamente, a produtividade.

Rodrigo Almeida sobre alta de preços no Brasil — Foto: Arte g1
Rodrigo Almeida sobre alta de preços no Brasil — Foto: Arte g1

Assim, outra medida mais imediata importante para reduzir a inflação é “mostrar uma disciplina fiscal”, pontua Christopher Garman. Em 2024, as contas do setor público apresentaram um déficit primário (despesas maiores que receitas) de R$ 47,6 bilhões.

“Sempre que o governo gasta, é como se ele estivesse aquecendo a economia, o que gera a inflação. Fazendo isso, ele está jogando contra o lado monetário, o Banco Central, que está tentando conter a inflação”, afirma Braz, do FGV IBRE.

“A eficiência política vem quando os dois andam no mesmo sentido. O governo tem que gastar menos, enquanto a política monetária sobe o juros”, explica o economista.

Para Braz, já ajudaria se o governo tivesse um discurso mais assertivo sobre as contas públicas, para aumentar a confiança dos investidores em colocar recursos no Brasil, reduzindo a cotação do dólar.

“Quando o governo fala: ‘Se depender de mim, não vou fazer esforço fiscal’, ele está se comunicando como um político, com o eleitorado. Ele diz: ‘Ninguém vai sofrer mais, quero continuar com o desemprego baixo, que a economia cresça’, mas isso não ajuda o lado monetário e acaba prejudicando quem ele quer proteger.”

Segundo Garman, “é muito melhor para as chances eleitorais do presidente Lula ter a economia desaquecendo, o desemprego subindo um pouco e a inflação baixa do que continuar com estímulo fiscal para evitar aumento do desemprego”.

“A inflação é um ‘calcanhar de Aquiles’ muito maior do que um aumento modesto da taxa de desemprego, que está historicamente baixa, e um PIB menor”, finaliza.

Consumidores compram em supermercado de Brasília (DF) — Foto: TV Globo/Reprodução
Consumidores compram em supermercado de Brasília (DF) — Foto: TV Globo/Reprodução

---++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========----------------------------------------------------------------------  -----------====-++---

quinta-feira, 6 de março de 2025

PIB no ano do menor desemprego: entenda os impactos de um resultado puxado pelo consumo

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Crescimento da economia gera emprego e estimula o consumo, mas a inflação preocupa. Para economistas, é necessário fazer ajuste fiscal e reformas para aumentar a produção.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Júlia Nunes, g1

Postado em 06 de Março de 2.025 às 11h45m

#.* Post. - Nº.\  11.536*.#


Economia cresce puxada pelo consumo e pressiona a inflação; entenda

Projeções do Monitor do PIB, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), indicam que economia brasileira cresceu cerca de 3,5% em 2024.

O número oficial do PIB sai nesta sexta-feira (7), com a divulgação do IBGE. Se o resultado se confirmar, essa será a maior expansão da economia desde 2021, quando o aumento foi de 4,8%, após o tombo no ano anterior por causa da pandemia de Covid-19.

Em paralelo a isso, a taxa média de desemprego (6,6%) em 2024 foi a menor desde que o IBGE começou a calcular esse índice, em 2012.

O país bateu o recorde de pessoas ocupadas, com mais de 103,3 milhões na média do ano, e que juntas ganharam aproximadamente R$ 328,9 bilhões por mês na média anual, também a maior massa de rendimentos reais da série histórica.

🤝 É claro que uma coisa tem tudo a ver com a outra: se a economia cresce, ela gera emprego. As pessoas empregadas ganham mais dinheiro e consomem mais, o que também ajuda a elevar o PIB.

Em 2024, o consumo das famílias foi um grande responsável pela alta do indicador. A preocupação dos economistas, no entanto, é que a alta demanda continue a pressionar a inflação, se o Brasil não aumentar a produção na mesma medida.

A gente está com um crescimento positivo no curto prazo, mas não é sustentável ao longo do tempo. Seria bom se a gente pudesse enriquecer só consumindo, mas isso tem um limite, diz Ulisses Ruiz de Gamboa, professor de economia do Insper.

O ideal seria aumentar o PIB pelo investimento, com máquinas, fábricas, pontes, estradas… Aí, aumentando a capacidade produtiva, se as famílias quiserem consumir mais, o país vai ter como atender, pontua Hélio Zylberstajn, professor sênior da Faculdade de Economia da USP.

Nesta reportagem, você vai entender a relação do mercado de trabalho com o desempenho do PIB em 2024, os impactos de um resultado puxado pelo consumo e o que é necessário para a economia brasileira crescer de forma mais sustentável, segundo especialistas.






Educação Financeira: Saiba o que é o PIB e como ele é calculado

⬆️ PIB = ⬆️ emprego = ⬆️ PIB

Há duas formas principais de medir o PIB, que devem sempre chegar ao mesmo resultado:

  • Pelo lado da oferta, que soma tudo o que foi produzido no país (agropecuária, indústria e serviços);
  • e pela demanda, que reúne os gastos (consumo das famílias, gastos do governo, investimentos e importações/exportações).

Ao analisar a oferta, a estimativa do Monitor do PIB é de que o setor de serviços teve a maior alta, de 3,9%. A indústria também cresceu (3,4%) e a agropecuária, apesar da queda (-2,5%), produziu quase tanto que em 2023, que foi uma supersafra, afirma Claudio Considera, coordenador do projeto no FGV Ibre.

Tudo isso contribuiu para a geração de empregos. Em 2024, o país criou 1,69 milhão de postos com carteira assinada, segundo o Caged, um aumento de 16,5% em relação a 2023, após dois anos de desaceleração.

Outras formas de trabalho também cresceram, mostra a PNAD Contínua, do IBGE. O Brasil ganhou mais empregados sem carteira assinada (+6%) e trabalhadores por conta própria (+1,9%).

Entre outros efeitos, o mercado de trabalho aquecido é um cenário que estimula o aumento de salários. Mais confiantes, os trabalhadores têm maior possibilidade de pleitear postos melhores, e muitas empresas têm tido dificuldades para contratar.

Calçadão no Centro de Ribeirão Preto, SP — Foto: Érico Andrade/g1
Calçadão no Centro de Ribeirão Preto, SP — Foto: Érico Andrade/g1

O rendimento real (descontada a inflação) das pessoas ocupadas no país cresceu 3,7% em 2024, chegando a R$ 3.225, na média anual. E, como tem mais gente trabalhando, a massa de rendimentos subiu ainda mais: 6,5%.

Essa expansão, somada aos programas do governo de transferência de renda, como o Bolsa Família, impulsionou o consumo das famílias, que, por sua vez, puxou o resultado do PIB pelo lado da demanda.

As pessoas ficam mais em hotéis, querem jantar fora, almoçar fora, a demanda de turismo está muito grande, exemplifica Considera.

Não à toa, o mercado de franquias brasileiro superou a projeção inicial de faturamento em 2024 e cresceu 13,5%, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF).

As franquias do segmento de entretenimento e lazer, inclusive, foram as que mais cresceram: 16,6%. O segundo lugar ficou com as lojas de saúde, beleza e bem-estar (16,5%) e, o terceiro, com alimentação (16,1%).

Este resultado está fortemente associado à recuperação do consumo, alavancado pela baixa histórica dos níveis de desemprego, pelo aumento da massa salarial e do poder de compra das famílias, afirmou a associação.

Brasil fecha 2024 com a menor taxa de desemprego da história

O problema da inflação

Mas, se por um lado, o aumento do consumo é positivo para as famílias e movimenta a economia, por outro, tem reforçado a preocupação do Banco Central com a inflação.

Quando as empresas não conseguem aumentar a oferta dos produtos e serviços na mesma velocidade da demanda, elas têm espaço para elevar os preços.

Quando a economia gasta mais do que produz, uma parte vai para o preço (inflação) e a outra vai acelerar as importações. A gente já observa como reflexo um crescimento importante das importações, apesar do câmbio alto, destaca o professor Ulisses, do Insper.

Em 2024, a inflação oficial do país teve alta de 4,83% e ficou acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O grupo do IPCA que mais cresceu foi o de Alimentação e bebidas (7,9%), e pesou no bolso do consumidor. O preço da carne e do café dispararam, impactados também pelo calor histórico e a seca prolongada.

Por causa disso, o BC tem elevado a taxa básica de juros da economia, a Selic. É uma forma de desestimular o consumo para diminuir a demanda e, assim, a inflação.

Se os juros estão mais caros, o consumidor vai reduzir compras a prazo, não vai financiar um apartamento. O custo de tomar um financiamento, pegar um empréstimo no banco, está mais caro, explica o economista Thiago Xavier, da Tendências Consultoria.

Assim, a expectativa, segundo ele, é um esfriamento do mercado de trabalho, principalmente a partir da segunda metade de 2025. A gente já vê uma desaceleração no consumo, as transferências de renda também vão crescer menos neste ano, diz.

Para o professor Zylberstajn, da USP, a política do governo de investir no crescimento econômico por meio do consumo, com o aumento real do salário mínimo e programas de transferência de renda, não é sustentável a longo prazo.

Por isso muitos economistas dizem que esse modelo que o governo está preferindo é um voo de galinha (saltos baixos e curtos), completa.
Para onde devemos ir, então?

Em vez de reduzir o consumo, um bom caminho para controlar a inflação é trabalhar para aumentar a produção do país, apontam os especialistas ouvidos pelo g1. A medida, no entanto, é mais complexa e não deve trazer resultados já no curto prazo.

Temos que fazer uma reforma educacional que realmente melhore o ensino. O Brasil tem se desempenhado mal em todas as provas internacionais e todos os setores têm reclamado muito ultimamente da falta de mão de obra qualificada, agricultura, indústria e serviços", afirma Ulisses, do Insper.

Para os economistas, aumentar a taxa de juros é necessário, principalmente como uma resposta mais imediata, mas é um remédio amargo para a inflação.

Além de desestimular o consumo, ela prejudica a tomada de crédito por parte das empresas, que podem ter dificuldades para contratar ou investir em maquinário, freando, justamente, a produtividade.

É igual tomar antibiótico. Tem efeitos colaterais, mas não podemos deixar a doença progredir. Não é o ideal. O ideal era ter um crescimento saudável pelo lado da produção, resume o especialista.

Outra medida imprescindível, portanto, é o ajuste fiscal. Em 2024, as contas do setor público apresentaram um déficit primário (despesas maiores que receitas) de R$ 47,6 bilhões. Com isso, a dívida do país subiu para 76,1% do PIB.

A gente tem que fazer uma reforma mais profunda para racionalizar o gasto público e almejar uma carga tributária mais baixa para incentivar investimento produtivo, em infraestrutura, em novas tecnologias, completa o professor Ulisses.
---++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========----------------------------------------------------------------------  -----------====-++---

PIX: Pessoas e empresas com irregularidade na Receita terão as chaves excluídas

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Com as novas exigências, publicadas nesta quinta-feira (6), Banco Central avalia que será mais difícil para os golpistas manterem chaves PIX com nomes diferentes daqueles armazenados nas bases da Receita Federal.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Alexandro Martello, g1 — Brasília
06/03/2025 10h09 
Postado em 06 de Março de 2.025 às 10h30m

#.* Post. - Nº.\  11.535*.#

falso pix — Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
falso pix — Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Para aumentar a segurança do PIX, o sistema de transferência de recursos, o Banco Central (BC) publicou alterações no seu regulamento nesta quinta-feira (6) e determinou que chaves de pessoas e de empresas cuja situação não esteja regular na Receita Federal sejam excluídas.

"Com as novas medidas, será mais difícil para os golpistas manterem chaves PIX com nomes diferentes daqueles armazenados nas bases da Receita Federal", informou o Banco Central.








PIX por aproximação começa a funcionar nesta sexta

  • ➡️Na prática, o BC quer evitar que golpistas usem nomes de empresas reais para desviar recursos para contas de terceiros. Isso porque, em algumas situações, eles alteram dados de propriedade da conta para praticar golpes. E essas mudanças, muitas vezes, dificultam o rastreio pela Receita.

Com isso, as instituições financeiras deverão excluir CPFs com situação cadastral:

  • suspensa
  • cancelada
  • titular falecido;
  • nula

🔎A suspensão do CPF ocorre, por exemplo, quando há alguma informação errada ou incompleta no cadastro.

🔎Já o cancelamento é quando há alguma fraude, falsificação ou quando o documento é usado irregularmente. Nessa situação, a Justiça manda suspender ou bloquear.

🔎O CPF é considerado nulo quando há um erro grave ou fraude no registro.

E, também, CNPJs com situação cadastral:

  • suspensa
  • inapta ;
  • baixada;
  • nula.

🔎O CNPJ é suspenso quando o titular, por exemplo, não efetua pagamento das contribuições ou faz declarações necessárias.

🔎É classificado como inapto quando a empresa omite dados e declarações num período de dois anos.

🔎Em casos em que a empresa é encerrada ou teve sua inscrição cancelada na Receita Federal o CNPJ é considerado baixado.

🔎É considerado nulo quando uma mesma empresa apresenta, por exemplo, vários números de inscrição.

Verificação pelos bancos

A verificação, pelas instituições financeiras, deverá ser efetuada sempre que houver uma operação envolvendo uma chave PIX, como um registro, uma alteração de informações, uma portabilidade ou uma reivindicação de posse.

Para garantir que as instituições financeiras, participantes do PIX, cumpram as novas regras, o BC informou que irá monitorar periodicamente sua conduta, "podendo aplicar penalidades para aquelas instituições que apresentem falhas nesse processo".

Além disso, o BC também informou que "atuará ativamente" para detectar chaves PIX com nomes diferentes do registrado na Receita Federal, como forma de garantir que os participantes excluam ou ajustem essas chaves.

Chaves aleatórias

Outra proibição anunciada nesta quinta é a alteração de informações vinculadas a chaves aleatórias e a reivindicação de posse de chaves do tipo e-mail. Desse modo:

  1. pessoas e empresas que usam chaves aleatórias e que queiram alterar alguma informação vinculada a essa chave não poderão mais fazê-lo.
  2. A partir de agora, deve-se excluir a chave aleatória e criar uma nova chave aleatória, com as novas informações.
Chaves tipo e-mail

Segundo o BC, pessoas e empresas que queiram reivindicar a posse de um e-mail também não poderão mais fazê-lo. Chaves do tipo e-mail não poderão mais mudar de dono.

"Apenas chaves do tipo celular continuam a ter acesso a essa funcionalidade, para permitir que números de celular pré-pago, que podem mudar de dono, também possam mudar de dono quando registradas como chave PIX", informou.
Devolução em dispositivos não cadastrados

Por fim, o Banco Central liberou a realização de devolução de qualquer valor em dispositivos de acesso não cadastrados.

Segundo a instituição, a medida que restringiu transações PIX em dispositivos de acesso não cadastrados no valor de, no máximo, R$ 200, estava impedindo que transações de devolução de boa-fé iniciadas pelo próprio recebedor pudessem ser feitas a partir de dispositivos não cadastrados.

---++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========----------------------------------------------------------------------  -----------====-++---