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sexta-feira, 24 de maio de 2024

Cientistas encontram molécula que pode ajudar a entender a origem do câncer

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Estudo sugere que a inibição da proteína VRK1, que protege o DNA e participa da proliferação celular, pode representar uma nova terapia contra diversos tipos de tumores
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Agência Fapesp
24/05/2024 às 14:44
Postado em 24 de maio de 2023 às 15h20m

#.*Post. - N.\ 11.209*.#

Embora os resultados sejam promissores, ainda são necessários vários testes antes de afirmar que se trata de um novo fármaco para o tratamento de câncer
Embora os resultados sejam promissores, ainda são necessários vários testes antes de afirmar que se trata de um novo fármaco para o tratamento de câncer TEK IMAGE/SCIENCE PHOTO LIBRARY/GettyImages

Um estudo publicado nesta quinta-feira (23) no Journal of Medicinal Chemistry descreve o desenvolvimento de uma molécula inédita capaz de inibir a proteína VRK1, envolvida na manutenção da integridade do DNA e na proliferação celular de certos cânceres, entre eles mama, próstata, ovário, intestinos e gliomas (no cérebro).

Essa nova molécula serve como uma ferramenta para investigar efeitos celulares e sistêmicos da inibição da VRK1 tanto em células saudáveis quanto tumorais. Além disso, o estudo consolida a VRK1 como um potencial alvo terapêutico para diversos tipos de câncer e abre o horizonte para o desenvolvimento de novos tratamentos.

O trabalho foi liderado por pesquisadores do Centro de Química Medicinal (CQMED) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Aché Laboratórios Farmacêuticos e envolveu colaboradores do Brasil, Reino Unido, da Suécia, Alemanha e dos Estados Unidos. Trata-se do resultado de cinco anos de pesquisas focadas nessa proteína-alvo, que tem protagonismo na proliferação de certos tipos de câncer.

Células tumorais têm mutações que fazem com que elas se multipliquem rapidamente e acabem acumulando erros no genoma. A VRK1 é uma proteína quinase (tipo de enzima que modifica outras proteínas adicionando moléculas de fosfato, em um processo conhecido como fosforilação). Ela participa da resposta celular que detecta e repara esses danos ao DNA, viabilizando, portanto, a proliferação das células mutadas. A ausência da VRK1 faz com que células acumulem erros em seus genomas, levando à morte celular. Em células tumorais, essa quinase é produzida em quantidades maiores.

Neste trabalho, mostramos que diante da inibição da VRK1 em células não ocorre a reparação dos erros e elas acabam morrendo, pois o acúmulo de danos é muito grande, explica Rafael Couñago, pesquisador do CQMED e autor do artigo.

A molécula inibidora, derivada de diidropteridinona, foi inicialmente identificada pela equipe do CQMED e, posteriormente, desenvolvida pelos cientistas do Aché. Os pesquisadores conduziram ensaios desenvolvidos especificamente para demonstrar a ação da molécula na proteína dentro do ambiente celular.

É a primeira vez que descrevemos uma molécula que inibe VRK1 de maneira potente, seletiva e altamente caracterizada no contexto celular, complementa Hatylas Azevedo, diretor de P&D do Aché Laboratórios Farmacêuticos e autor do estudo.

Ciência aberta

Ao longo dos cinco anos, o projeto seguiu as premissas da ciência aberta preconizadas pelo Structural Genomics Consortium (SGC), um consórcio internacional de centros de pesquisa que é parceiro da FAPESP no apoio ao CQMED e estuda proteínas humanas pouco exploradas (leia mais em: agencia.fapesp.br/20790).

O grupo recebeu financiamento por meio do programa Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Centro de Química Medicinal de Acesso Aberto. Atualmente, a parceria integra o portfólio de projetos da Unidade CQMED Embrapii.

O trabalho foi altamente colaborativo, com parcerias internacionais, universidades e a indústria farmacêutica brasileira, pontua Couñago. Até agora, teve um caráter de pesquisa básica, mas os resultados podem ser utilizados na ciência aplicada. Esse trabalho pode servir como base para que empresas, universidades e cientistas do mundo inteiro investiguem o papel da VRK1 no contexto tumoral, bem como utilizem essa molécula como ponto de partida para modificações que a tornem um fármaco, comenta Azevedo.

Embora os resultados sejam promissores, ainda são necessários vários testes antes de afirmar que se trata de um novo fármaco para o tratamento de câncer.

No genoma humano existem cerca de 530 quinases descritas, das quais a ciência conhece bem apenas 80. Para o conhecimento funcional dessas enzimas é importante o desenvolvimento de inibidores que atuem seletivamente para cada uma delas. Esses inibidores podem servir como sondas para avançar no entendimento dessas enzimas, permitindo caracterizá-las funcionalmente.

O artigo Novel dihydropteridinone derivatives as potent inhibitors of the understudied human kinases Vaccinia-Related Kinase 1 and Casein Kinase 1δ/ε pode ser acessado em: https://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/acs.jmedchem.3c02250

Com informações do CQMED.

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quinta-feira, 23 de maio de 2024

Após grande procura, BC vai liberar mais 4 mil unidades da moeda comemorativa aos 200 anos da Constituição de 1824

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Primeiro lote, com três mil unidades da moeda, esgotou-se em abril. Nova remessa será liberada nesta sexta-feira (24).
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 23 de maio de 2024 às 2024 às 13h10m

#.*Post. - N.\ 11.208*.#

Moeda comemorativa aos 200 anos da Constituição de 1824 lançada pelo Banco Central nesta quinta — Foto: Divulgação/Banco Central
Moeda comemorativa aos 200 anos da Constituição de 1824 lançada pelo Banco Central nesta quinta — Foto: Divulgação/Banco Central

O Banco Central informou que vai liberar nesta sexta-feira (24) a segunda tiragem da moeda comemorativa em homenagem aos 200 anos da primeira Constituição do Brasil, outorgada em 1824 pelo Imperador D. Pedro I. O segundo lote terá quatro mil unidades.

O Banco Central decidiu pela nova tiragem depois da grande procura pelas três mil unidades da primeira remessa, que se esgotou em abril. A aquisição poderá ser feita por meio do site Clube da Medalha.

Destinada a colecionadores, a moeda foi produzida em prata e cravada em sua face com o valor de R$ 5. Cada unidade do primeiro lote custou R$ 440.

Em uma de suas faces, a peça tem gravada a ilustração do livro manuscrito da primeira Constituição do país, outorgada pelo imperador D. Pedro I. Também estão cravadas as seguintes legendas: Primeira Constituição”, “Poder Legislativo”, “200 Anos” e “1824-2024.

Na outra face, a moeda tem a representação do Palácio do Congresso Nacional, em Brasília. Ao fundo, ilustrações de dois círculos fazem referência aos plenários da Câmara e do Senado. Estão gravadas, ainda, as seguintes legendas: BRASIL”, “2024” e “5 REAIS.

Constituição imposta por Dom Pedro I

Face da moeda é estampada com a imagem do Congresso Nacional — Foto: Reprodução/TV Globo
Face da moeda é estampada com a imagem do Congresso Nacional — Foto: Reprodução/TV Globo

O diretor de Administração do Banco Central, Rodrigo Alves Teixeira, afirmou que o lançamento da peça é uma contribuição da autoridade monetária para que a lembrança da primeira Constituição se "torne perene na memória da nação brasileira".

"O Banco Central está lançando hoje uma moeda comemorativa, homenageando, ao mesmo tempo, as duas câmaras do Poder Legislativo e o texto legal que os deu origem. Presente e passado se encontram nessa moeda, que, de um lado, mostra o Palácio do Congresso Nacional, símbolo do Poder Legislativo; e, de outro, o livro aberto da primeira Constituição, com a pena, como foi escrito 200 anos atrás", declarou.

Homenageada pelo BC, a primeira Constituição brasileira foi outorgada — isto é, imposta — por D. Pedro I, em 25 de março de 1824, menos de dois anos após a proclamação da Independência do Brasil. Ficou em vigor por 65 anos, sendo a mais longeva do Brasil até hoje.

O primeiro texto constitucional brasileiro estabeleceu no Brasil uma monarquia constitucional hereditária. Também instituiu, pela primeira vez, o Poder Legislativo bicameral, prevendo a existência da Câmara dos Deputados e do Senado, e mais três Poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo).

A Constituição de 1824 ainda criou o Supremo Tribunal de Justiça que, atualmente, é o Supremo Tribunal Federal (STF).

Além da homenagem aos 200 anos da primeira Constituição, o Banco Central já lançou diversas moedas comemorativas ao longo da história. Em 2022, disponibilizou, por exemplo, duas peças para comemorar o Bicentenário da Independência do Brasil.


BC lança moeda em comemoração aos 200 anos da 1ª Constituição

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    terça-feira, 21 de maio de 2024

    Água do oceano avança abaixo da “geleira do Juízo Final”

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    Glaciar Thwaites, apelidado de “geleira do Juízo Final” porque o seu colapso pode causar um aumento catastrófico do nível do mar, foi analisado por dados de radar do espaço que fez um raio-X do que acontece sob o manto de gelo
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    Laura Paddisonda CNN
    21/05/2024 às 12:17 | Atualizado 21/05/2024 às 12:19
    Postado em 21 de maio de 2024 às 06h45m

    #.*Post. - N.\ 11.207*.#

    Plataforma de gelo Thwaites
    Plataforma de gelo Thwaites Alexandra Mazur/University of Gothenburg

    A água do oceano está avançando quilômetros embaixo da geleira do Juízo Final da Antártida, tornando-a mais vulnerável ao degelo do que se pensava anteriormente, de acordo com uma nova pesquisa que utilizou dados de radar do espaço para realizar um raio-X da geleira gigante.

    À medida que a água salgada e relativamente quente do oceano encontra o gelo, está causando um derretimento vigoroso por baixo do glaciar e pode significar que as projeções globais de aumento do nível do mar estão sendo subestimadas, de acordo com o estudo publicado segunda-feira (20) no Proceedings of the National Academy of Sciences.

    O glaciar Thwaites, na Antártida ocidental – apelidado de geleira do Juízo Final porque o seu colapso pode causar um aumento catastrófico do nível do mar – é o glaciar mais largo do mundo e tem aproximadamente o tamanho da Flórida. É também o glaciar mais vulnerável e instável da Antártica, em grande parte porque a terra onde se situa se inclina para baixo, permitindo que as águas oceânicas corroam o seu gelo.

    O glaciar, que já contribui com 4% do aumento global do nível do mar, contém gelo suficiente para elevar o nível do mar em mais de 60 centímetros. Mas como ele também funciona como uma barragem natural para o gelo circundante na Antártida ocidental, os cientistas estimam que o seu colapso total poderá levar a um aumento do nível do mar de cerca de 3 metros – uma catástrofe para as comunidades costeiras do mundo.

    Muitos estudos apontaram para as imensas vulnerabilidades do glaciar Thwaites. O aquecimento global, impulsionado pela queima de combustíveis fósseis pelos seres humanos, deixou-o pendurado pelas unhas, de acordo com um estudo de 2022.

    Esta última pesquisa acrescenta um fator novo e alarmante às projeções do seu destino.

    Uma equipe de glaciologistas – liderada por cientistas da Universidade da Califórnia, Irvine – usou dados de radar de satélite de alta resolução, coletados entre março e junho do ano passado, para criar um raio-X da geleira.

    Isso permitiu aos cientistas construir uma imagem das mudanças na linha de aterramento do Thwaites, o ponto em que o glaciar sobe do fundo do mar e se torna uma plataforma de gelo flutuante. As linhas de aterramento são vitais para a estabilidade dos mantos de gelo e um ponto-chave de vulnerabilidade para o Thwaites, mas têm sido difíceis de estudar.

    No passado, tínhamos apenas dados esporádicos para analisar isso, disse Eric Rignot, professor de ciência do sistema terrestre na Universidade da Califórnia em Irvine e coautor do estudo. Nesse novo conjunto de dados, diário e ao longo de vários meses, temos observações sólidas do que está acontecendo.

    Eles observaram a água do mar correndo sob a geleira ao longo de muitos quilômetros e depois saindo novamente, seguindo o ritmo diário das marés. Quando a água entra, é o suficiente para elevar a superfície da geleira em centímetros, disse Rignot à CNN.


    Uma imagem do movimento das marés no Glaciar Thwaites, na Antártica ocidental, registado pela missão de satélite comercial ICEYE da Finlândia, com base em imagens adquiridas em 11, 12 e 13 de maio de 2023 / Eric Rignot/UC Irvine

    Ele sugeriu que o termo zona de aterramento pode ser mais adequado do que linha de aterramento, já que pode se mover quase 6,4 quilômetros em um ciclo de maré de 12 horas, de acordo com a pesquisa.

    A velocidade da água do mar, que percorre distâncias consideráveis em um curto período de tempo, aumenta o derretimento das geleiras porque, assim que o gelo derrete, a água doce é eliminada e substituída por água do mar mais quente, disse Rignot.

    Este processo de intrusão generalizada e enorme de água do mar aumentará as projeções de elevação do nível do mar na Antártida, acrescentou.

    Ted Scambos, glaciologista da Universidade do Colorado em Boulder, que não esteve envolvido no estudo, chamou a pesquisa de fascinante e importante.

    Essa descoberta fornece um processo que, ainda, não foi levado em consideração nos modelos, disse ele à CNN. E embora esses resultados se apliquem apenas a certas áreas do glaciar, disse ele, isso poderia acelerar o ritmo da perda de gelo nas nossas previsões.

    Uma incerteza a ser desvendada é se o fluxo da água do mar sob o Thwaites é um fenômeno novo ou se é significativo, mas desconhecido há muito tempo, disse James Smith, geólogo marinho do British Antarctic Survey, que não esteve envolvido no estudo.

    ** Imagem deve ser usada apenas nesta matéria específica **
    Geleira Thwaites / Alexandra Mazur/University of Gothenburg

    De qualquer forma, é claramente um processo importante que precisa ser incorporado aos modelos de mantos de gelo, disse ele à CNN.

    Noel Gourmelen, professor de observação da Terra na Universidade de Edimburgo, disse que o uso de dados de radar para esse estudo foi interessante. Ironicamente, é indo para o espaço, utilizando as nossas crescentes capacidades de satélite, que aprendemos muito mais sobre esse ambiente, disse ele à CNN.

    Ainda há muitas incógnitas sobre o que as descobertas do estudo significam para o futuro do Thwaites, disse Gourmelen, que não esteve envolvido na pesquisa. Também não está claro até que ponto esse processo é generalizado em toda a Antártida, disse ele à CNN, embora seja altamente provável que isso também esteja acontecendo em outros lugares.

    Uma mudança de regime

    A Antártida, um continente isolado e complexo, parece estar cada vez mais vulnerável à crise climática.

    Em um estudo separado, também publicado na segunda-feira, pesquisadores do British Antarctic Survey (BAS) analisaram as razões para os baixos níveis recorde de gelo marinho em torno da Antártida no ano passado.

    Analisando dados de satélite e utilizando modelos climáticos, descobriram que este valor recorde teria sido extremamente improvável de acontecer sem a influência das mudanças climáticas.


    Gelo marinho ao redor de Rothera Point, na Ilha Adelaide, a oeste da Península Antártica / Steve Gibbs/BAS

    O derretimento do gelo marinho não afeta diretamente o aumento do nível do mar porque já está flutuando, mas deixa as camadas de gelo costeiras e as geleiras expostas às ondas e às águas quentes do oceano, tornando-as muito mais vulneráveis ao derretimento e à ruptura.

    Os pesquisadores também utilizaram modelos climáticos para prever a velocidade potencial de recuperação de uma perda tão extrema de gelo marinho e descobriram que, mesmo depois de duas décadas, nem todo o gelo retornará.

    Os impactos da permanência baixa do gelo marinho da Antártica durante mais de 20 anos seriam profundos, inclusive no clima local e global, disse Louise Sime, coautora do estudo do BAS, em nota.

    As descobertas acrescentam provas ao longo dos últimos anos de que a região enfrenta uma mudança duradoura de regime, escreveram os autores.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

    segunda-feira, 20 de maio de 2024

    'Porta do inferno' na Sibéria cresce em ritmo assustador

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    Nova pesquisa revela a velocidade alarmante com que a enorme cratera Batagaika consome a superfície terrestre, após derretimento do permafrost. Fenômeno libera toneladas de carbono na atmosfera todos os anos.
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    TOPO
    Por Deutsche Welle

    Postado em 20 de maio de 2024 às 11h05m

    #.*Post. - N.\ 11.206*.#

    Imagens revelam detalhes da maior cratera do mundo formada por derretimento de gelo — Foto: Reuters
    Imagens revelam detalhes da maior cratera do mundo formada por derretimento de gelo — Foto: Reuters

    Uma colaboração internacional de cientistas alemães e russos revelou que a misteriosa cratera de Batagaika, na Sibéria, popularmente conhecida como "porta do inferno", se expande em ritmo alarmante de até um milhão de metros cúbicos por ano devido ao derretimento do permafrost.

    Localizado na remota República de Sakha, na região oriental da Rússia, o fenômeno natural de um quilômetro de extensão foi descoberto em 1991 por meio de imagens de satélite, após o colapso de uma encosta nas terras altas de Yana, ao norte de Yakutia.

    ❄️🧊🏔️O fenômeno removeu a cobertura de permafrost – uma camada de gelo, rocha e sedimentos – que permaneceu congelado por 650 mil. É o mais antigo permafrost da Sibéria e o segundo mais antigo do mundo, de acordo com o portal científico "Live Science".

    O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) explica que esses sumidouros geralmente ocorrem quando a rocha subterrânea, composta de calcário, carbonato e outros sais solúveis, se dissolvem em água.

    Essa cratera, ou, segundo o termo técnico, uma depressão termocárstica, é um sinal claro do impacto das mudanças climáticas, já que o aumento das temperaturas derrete o "cimento gelado" que mantêm a solidez da terra, debilitando sua estrutura.

    À medida em que a terra mais congelada expulsa o calor, o tamanho da cratera aumenta de maneira significativa.

    Pesquisadores da Universidade Estatal de Lomosonov, em Moscou, e do Instituto Melnikov para o Permafrost, em colaboração com cientistas alemães, utilizaram um modelo geológico em 3D e determinaram que a parede da encosta está retrocedendo cerca de 12 metros por ano, enquanto a seção colapsada, que atualmente atinge 55 metros abaixo da borda, também derrete rapidamente.

    Segundo o estudo publicado no jornal científico "Geomorphology", a cratera cresceu 200 metros desde 2014, chegando a uma largura de 990 metros. Embora os cientistas já soubessem que a abertura estava se expandindo, esta foi a primeira vez em que foi possível quantificar o volume de gelo em derretimento.

    Imagens mostram detalhes da maior cratera do mundo formada por derretimento de gelo

    Motivos para preocupação

    Apesar de a Batagaika estar distante de qualquer grande cidade russa, sua rápida expansão é um indicador crítico do aquecimento do permafrost subjacente, segundo relata o portal "Interesting Engineering".

    O permafrost, que são os solos permanentemente congelados por mais de dois anos, cobrem vastas regiões do Hemisfério Norte. O degelo dessas camadas não provoca apenas os sumidouros, mas também reduz a vegetação que protege do calor solar, acelerando o aquecimento do solo.

    Ao se descongelar, a matéria orgânica aprisionada no permafrost se decompõe, liberando dióxido de carbono na atmosfera, o que contribui para o aquecimento global. O degelo da Batagaika libera cerca de 5 mil toneladas de carbono a cada ano. Desde a década de 1970 até 2023, calcula-se que apenas essa cratera tenha liberado 169,5 mil toneladas de carbono orgânico, afirmam os pesquisadores.

    Ainda mais alarmante é o fato de que o sumidouro pode potencialmente liberar na atmosfera antigos micróbios perigosos, para os quais não estamos preparados. A descoberta reforça a urgência de compreendermos e mitigarmos os efeitos das mudanças climáticas em nosso fragilizado ecossistema global.

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    sábado, 18 de maio de 2024

    Cientistas dizem ter desvendado mistério sobre construção de pirâmides egípcias

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    Cientistas dizem que os monumentos provavelmente foram construídos ao longo de um 'braço' agora extinto do Rio Nilo.
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    TOPO
    Por BBC

    Postado em 18 de maio de 2024 às 06h10m

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    Complexo de Gizé — Foto: Getty Images/via BBC
    Complexo de Gizé — Foto: Getty Images/via BBC

    Cientistas acreditam que podem ter resolvido o mistério de como 31 pirâmides — incluindo o célebre complexo de Gizé — foram construídas há mais de 4 mil anos no Egito.

    Uma equipe de pesquisa da Universidade da Carolina do Norte em Wilmington, nos Estados Unidos, descobriu que as pirâmides provavelmente foram construídas ao longo de uma antiga ramificação há muito tempo perdida do Rio Nilo, que agora está escondida sob desertos e terras agrícolas.

    Há muitos anos, os arqueólogos acreditam que os antigos egípcios devem ter usado uma via navegável próxima para transportar materiais como os blocos de pedra, necessários para construir os monumentos.

    Mas até agora, "ninguém tinha certeza da localização, da forma, do tamanho ou da proximidade desta megavia navegável em relação ao local das pirâmides", explica o professor Eman Ghoneim, um dos autores do estudo.

    Ghoneim liderou a equipe de pesquisa que fez a descoberta — Foto: EMAN GHONEIM/UNCW/Via BBC
    Ghoneim liderou a equipe de pesquisa que fez a descoberta — Foto: EMAN GHONEIM/UNCW/Via BBC

    📜🛰️ Em um esforço intercontinental, o grupo de pesquisadores utilizou imagens de radar via satélite, mapas históricos, levantamentos geofísicos e sondagem de sedimentos (uma técnica usada por arqueólogos para recuperar evidências de amostras) para mapear o "braço" do rio — que eles acreditam ter desaparecido devido a uma grande seca e tempestades de areia há milhares de anos.

    A equipe conseguiu "penetrar na superfície da areia e produzir imagens de características ocultas" usando a tecnologia de radar, diz o estudo, publicado na revista científica Nature.

    Entre elas, estavam "rios soterrados e estruturas antigas" localizados na encosta de onde se encontra a "grande maioria das pirâmides do Antigo Egito", acrescenta Ghoneim.

    Pesquisadores dos EUA, Egito e Austrália participaram do mapeamento de Ahramat, como foi chamada esta ramificação do Rio Nilo — Foto: SUZANNE ONSTINE/Via BBC
    Pesquisadores dos EUA, Egito e Austrália participaram do mapeamento de Ahramat, como foi chamada esta ramificação do Rio Nilo — Foto: SUZANNE ONSTINE/Via BBC

    Em conversa com a BBC, uma das coautoras do estudo, Suzanne Onstine, afirma que "localizar a verdadeira ramificação [do rio] e ter os dados que mostram que havia uma via navegável que poderia ser usada para o transporte de blocos mais pesados, de equipamentos, de pessoas, de tudo, realmente nos ajuda a explicar a construção das pirâmides".

    A equipe descobriu que este "braço" do rio — que recebeu o nome de Ahramat ("pirâmide", em árabe) — tinha cerca de 64 quilômetros de comprimento e entre 200 metros e 700 metros de largura.

    Ele margeava 31 pirâmides, que foram construídas entre 4,7 mil e 3,7 mil anos atrás.

    A descoberta desse extinto "braço" do rio ajuda a explicar a alta densidade de pirâmides entre Gizé e Lisht (local de sepultamentos do Médio Império), no que é hoje uma área inóspita do Deserto do Saara.

    A proximidade desta ramificação do rio com os monumentos sugere que ele estava "ativo e operacional durante a fase de construção destas pirâmides", afirma o artigo.

    Onstine explica que os antigos egípcios poderiam "usar a energia do rio para transportar esses blocos pesados, em vez do trabalho humano".

    "É simplesmente muito menos esforço", acrescenta.

    O Rio Nilo foi a tábua de salvação do Antigo Egito — e continua sendo até hoje.


    PriPriPPPPPPPPPmeiras padarias alimentavam os homens que levantaram as pirâmides do Egito

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