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terça-feira, 21 de maio de 2024

Água do oceano avança abaixo da “geleira do Juízo Final”

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Glaciar Thwaites, apelidado de “geleira do Juízo Final” porque o seu colapso pode causar um aumento catastrófico do nível do mar, foi analisado por dados de radar do espaço que fez um raio-X do que acontece sob o manto de gelo
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Laura Paddisonda CNN
21/05/2024 às 12:17 | Atualizado 21/05/2024 às 12:19
Postado em 21 de maio de 2024 às 06h45m

#.*Post. - N.\ 11.207*.#

Plataforma de gelo Thwaites
Plataforma de gelo Thwaites Alexandra Mazur/University of Gothenburg

A água do oceano está avançando quilômetros embaixo da geleira do Juízo Final da Antártida, tornando-a mais vulnerável ao degelo do que se pensava anteriormente, de acordo com uma nova pesquisa que utilizou dados de radar do espaço para realizar um raio-X da geleira gigante.

À medida que a água salgada e relativamente quente do oceano encontra o gelo, está causando um derretimento vigoroso por baixo do glaciar e pode significar que as projeções globais de aumento do nível do mar estão sendo subestimadas, de acordo com o estudo publicado segunda-feira (20) no Proceedings of the National Academy of Sciences.

O glaciar Thwaites, na Antártida ocidental – apelidado de geleira do Juízo Final porque o seu colapso pode causar um aumento catastrófico do nível do mar – é o glaciar mais largo do mundo e tem aproximadamente o tamanho da Flórida. É também o glaciar mais vulnerável e instável da Antártica, em grande parte porque a terra onde se situa se inclina para baixo, permitindo que as águas oceânicas corroam o seu gelo.

O glaciar, que já contribui com 4% do aumento global do nível do mar, contém gelo suficiente para elevar o nível do mar em mais de 60 centímetros. Mas como ele também funciona como uma barragem natural para o gelo circundante na Antártida ocidental, os cientistas estimam que o seu colapso total poderá levar a um aumento do nível do mar de cerca de 3 metros – uma catástrofe para as comunidades costeiras do mundo.

Muitos estudos apontaram para as imensas vulnerabilidades do glaciar Thwaites. O aquecimento global, impulsionado pela queima de combustíveis fósseis pelos seres humanos, deixou-o pendurado pelas unhas, de acordo com um estudo de 2022.

Esta última pesquisa acrescenta um fator novo e alarmante às projeções do seu destino.

Uma equipe de glaciologistas – liderada por cientistas da Universidade da Califórnia, Irvine – usou dados de radar de satélite de alta resolução, coletados entre março e junho do ano passado, para criar um raio-X da geleira.

Isso permitiu aos cientistas construir uma imagem das mudanças na linha de aterramento do Thwaites, o ponto em que o glaciar sobe do fundo do mar e se torna uma plataforma de gelo flutuante. As linhas de aterramento são vitais para a estabilidade dos mantos de gelo e um ponto-chave de vulnerabilidade para o Thwaites, mas têm sido difíceis de estudar.

No passado, tínhamos apenas dados esporádicos para analisar isso, disse Eric Rignot, professor de ciência do sistema terrestre na Universidade da Califórnia em Irvine e coautor do estudo. Nesse novo conjunto de dados, diário e ao longo de vários meses, temos observações sólidas do que está acontecendo.

Eles observaram a água do mar correndo sob a geleira ao longo de muitos quilômetros e depois saindo novamente, seguindo o ritmo diário das marés. Quando a água entra, é o suficiente para elevar a superfície da geleira em centímetros, disse Rignot à CNN.


Uma imagem do movimento das marés no Glaciar Thwaites, na Antártica ocidental, registado pela missão de satélite comercial ICEYE da Finlândia, com base em imagens adquiridas em 11, 12 e 13 de maio de 2023 / Eric Rignot/UC Irvine

Ele sugeriu que o termo zona de aterramento pode ser mais adequado do que linha de aterramento, já que pode se mover quase 6,4 quilômetros em um ciclo de maré de 12 horas, de acordo com a pesquisa.

A velocidade da água do mar, que percorre distâncias consideráveis em um curto período de tempo, aumenta o derretimento das geleiras porque, assim que o gelo derrete, a água doce é eliminada e substituída por água do mar mais quente, disse Rignot.

Este processo de intrusão generalizada e enorme de água do mar aumentará as projeções de elevação do nível do mar na Antártida, acrescentou.

Ted Scambos, glaciologista da Universidade do Colorado em Boulder, que não esteve envolvido no estudo, chamou a pesquisa de fascinante e importante.

Essa descoberta fornece um processo que, ainda, não foi levado em consideração nos modelos, disse ele à CNN. E embora esses resultados se apliquem apenas a certas áreas do glaciar, disse ele, isso poderia acelerar o ritmo da perda de gelo nas nossas previsões.

Uma incerteza a ser desvendada é se o fluxo da água do mar sob o Thwaites é um fenômeno novo ou se é significativo, mas desconhecido há muito tempo, disse James Smith, geólogo marinho do British Antarctic Survey, que não esteve envolvido no estudo.

** Imagem deve ser usada apenas nesta matéria específica **
Geleira Thwaites / Alexandra Mazur/University of Gothenburg

De qualquer forma, é claramente um processo importante que precisa ser incorporado aos modelos de mantos de gelo, disse ele à CNN.

Noel Gourmelen, professor de observação da Terra na Universidade de Edimburgo, disse que o uso de dados de radar para esse estudo foi interessante. Ironicamente, é indo para o espaço, utilizando as nossas crescentes capacidades de satélite, que aprendemos muito mais sobre esse ambiente, disse ele à CNN.

Ainda há muitas incógnitas sobre o que as descobertas do estudo significam para o futuro do Thwaites, disse Gourmelen, que não esteve envolvido na pesquisa. Também não está claro até que ponto esse processo é generalizado em toda a Antártida, disse ele à CNN, embora seja altamente provável que isso também esteja acontecendo em outros lugares.

Uma mudança de regime

A Antártida, um continente isolado e complexo, parece estar cada vez mais vulnerável à crise climática.

Em um estudo separado, também publicado na segunda-feira, pesquisadores do British Antarctic Survey (BAS) analisaram as razões para os baixos níveis recorde de gelo marinho em torno da Antártida no ano passado.

Analisando dados de satélite e utilizando modelos climáticos, descobriram que este valor recorde teria sido extremamente improvável de acontecer sem a influência das mudanças climáticas.


Gelo marinho ao redor de Rothera Point, na Ilha Adelaide, a oeste da Península Antártica / Steve Gibbs/BAS

O derretimento do gelo marinho não afeta diretamente o aumento do nível do mar porque já está flutuando, mas deixa as camadas de gelo costeiras e as geleiras expostas às ondas e às águas quentes do oceano, tornando-as muito mais vulneráveis ao derretimento e à ruptura.

Os pesquisadores também utilizaram modelos climáticos para prever a velocidade potencial de recuperação de uma perda tão extrema de gelo marinho e descobriram que, mesmo depois de duas décadas, nem todo o gelo retornará.

Os impactos da permanência baixa do gelo marinho da Antártica durante mais de 20 anos seriam profundos, inclusive no clima local e global, disse Louise Sime, coautora do estudo do BAS, em nota.

As descobertas acrescentam provas ao longo dos últimos anos de que a região enfrenta uma mudança duradoura de regime, escreveram os autores.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

segunda-feira, 20 de maio de 2024

'Porta do inferno' na Sibéria cresce em ritmo assustador

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Nova pesquisa revela a velocidade alarmante com que a enorme cratera Batagaika consome a superfície terrestre, após derretimento do permafrost. Fenômeno libera toneladas de carbono na atmosfera todos os anos.
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TOPO
Por Deutsche Welle

Postado em 20 de maio de 2024 às 11h05m

#.*Post. - N.\ 11.206*.#

Imagens revelam detalhes da maior cratera do mundo formada por derretimento de gelo — Foto: Reuters
Imagens revelam detalhes da maior cratera do mundo formada por derretimento de gelo — Foto: Reuters

Uma colaboração internacional de cientistas alemães e russos revelou que a misteriosa cratera de Batagaika, na Sibéria, popularmente conhecida como "porta do inferno", se expande em ritmo alarmante de até um milhão de metros cúbicos por ano devido ao derretimento do permafrost.

Localizado na remota República de Sakha, na região oriental da Rússia, o fenômeno natural de um quilômetro de extensão foi descoberto em 1991 por meio de imagens de satélite, após o colapso de uma encosta nas terras altas de Yana, ao norte de Yakutia.

❄️🧊🏔️O fenômeno removeu a cobertura de permafrost – uma camada de gelo, rocha e sedimentos – que permaneceu congelado por 650 mil. É o mais antigo permafrost da Sibéria e o segundo mais antigo do mundo, de acordo com o portal científico "Live Science".

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) explica que esses sumidouros geralmente ocorrem quando a rocha subterrânea, composta de calcário, carbonato e outros sais solúveis, se dissolvem em água.

Essa cratera, ou, segundo o termo técnico, uma depressão termocárstica, é um sinal claro do impacto das mudanças climáticas, já que o aumento das temperaturas derrete o "cimento gelado" que mantêm a solidez da terra, debilitando sua estrutura.

À medida em que a terra mais congelada expulsa o calor, o tamanho da cratera aumenta de maneira significativa.

Pesquisadores da Universidade Estatal de Lomosonov, em Moscou, e do Instituto Melnikov para o Permafrost, em colaboração com cientistas alemães, utilizaram um modelo geológico em 3D e determinaram que a parede da encosta está retrocedendo cerca de 12 metros por ano, enquanto a seção colapsada, que atualmente atinge 55 metros abaixo da borda, também derrete rapidamente.

Segundo o estudo publicado no jornal científico "Geomorphology", a cratera cresceu 200 metros desde 2014, chegando a uma largura de 990 metros. Embora os cientistas já soubessem que a abertura estava se expandindo, esta foi a primeira vez em que foi possível quantificar o volume de gelo em derretimento.

Imagens mostram detalhes da maior cratera do mundo formada por derretimento de gelo

Motivos para preocupação

Apesar de a Batagaika estar distante de qualquer grande cidade russa, sua rápida expansão é um indicador crítico do aquecimento do permafrost subjacente, segundo relata o portal "Interesting Engineering".

O permafrost, que são os solos permanentemente congelados por mais de dois anos, cobrem vastas regiões do Hemisfério Norte. O degelo dessas camadas não provoca apenas os sumidouros, mas também reduz a vegetação que protege do calor solar, acelerando o aquecimento do solo.

Ao se descongelar, a matéria orgânica aprisionada no permafrost se decompõe, liberando dióxido de carbono na atmosfera, o que contribui para o aquecimento global. O degelo da Batagaika libera cerca de 5 mil toneladas de carbono a cada ano. Desde a década de 1970 até 2023, calcula-se que apenas essa cratera tenha liberado 169,5 mil toneladas de carbono orgânico, afirmam os pesquisadores.

Ainda mais alarmante é o fato de que o sumidouro pode potencialmente liberar na atmosfera antigos micróbios perigosos, para os quais não estamos preparados. A descoberta reforça a urgência de compreendermos e mitigarmos os efeitos das mudanças climáticas em nosso fragilizado ecossistema global.

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sábado, 18 de maio de 2024

Cientistas dizem ter desvendado mistério sobre construção de pirâmides egípcias

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Cientistas dizem que os monumentos provavelmente foram construídos ao longo de um 'braço' agora extinto do Rio Nilo.
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TOPO
Por BBC

Postado em 18 de maio de 2024 às 06h10m

#.*Post. - N.\ 11.205*.#

Complexo de Gizé — Foto: Getty Images/via BBC
Complexo de Gizé — Foto: Getty Images/via BBC

Cientistas acreditam que podem ter resolvido o mistério de como 31 pirâmides — incluindo o célebre complexo de Gizé — foram construídas há mais de 4 mil anos no Egito.

Uma equipe de pesquisa da Universidade da Carolina do Norte em Wilmington, nos Estados Unidos, descobriu que as pirâmides provavelmente foram construídas ao longo de uma antiga ramificação há muito tempo perdida do Rio Nilo, que agora está escondida sob desertos e terras agrícolas.

Há muitos anos, os arqueólogos acreditam que os antigos egípcios devem ter usado uma via navegável próxima para transportar materiais como os blocos de pedra, necessários para construir os monumentos.

Mas até agora, "ninguém tinha certeza da localização, da forma, do tamanho ou da proximidade desta megavia navegável em relação ao local das pirâmides", explica o professor Eman Ghoneim, um dos autores do estudo.

Ghoneim liderou a equipe de pesquisa que fez a descoberta — Foto: EMAN GHONEIM/UNCW/Via BBC
Ghoneim liderou a equipe de pesquisa que fez a descoberta — Foto: EMAN GHONEIM/UNCW/Via BBC

📜🛰️ Em um esforço intercontinental, o grupo de pesquisadores utilizou imagens de radar via satélite, mapas históricos, levantamentos geofísicos e sondagem de sedimentos (uma técnica usada por arqueólogos para recuperar evidências de amostras) para mapear o "braço" do rio — que eles acreditam ter desaparecido devido a uma grande seca e tempestades de areia há milhares de anos.

A equipe conseguiu "penetrar na superfície da areia e produzir imagens de características ocultas" usando a tecnologia de radar, diz o estudo, publicado na revista científica Nature.

Entre elas, estavam "rios soterrados e estruturas antigas" localizados na encosta de onde se encontra a "grande maioria das pirâmides do Antigo Egito", acrescenta Ghoneim.

Pesquisadores dos EUA, Egito e Austrália participaram do mapeamento de Ahramat, como foi chamada esta ramificação do Rio Nilo — Foto: SUZANNE ONSTINE/Via BBC
Pesquisadores dos EUA, Egito e Austrália participaram do mapeamento de Ahramat, como foi chamada esta ramificação do Rio Nilo — Foto: SUZANNE ONSTINE/Via BBC

Em conversa com a BBC, uma das coautoras do estudo, Suzanne Onstine, afirma que "localizar a verdadeira ramificação [do rio] e ter os dados que mostram que havia uma via navegável que poderia ser usada para o transporte de blocos mais pesados, de equipamentos, de pessoas, de tudo, realmente nos ajuda a explicar a construção das pirâmides".

A equipe descobriu que este "braço" do rio — que recebeu o nome de Ahramat ("pirâmide", em árabe) — tinha cerca de 64 quilômetros de comprimento e entre 200 metros e 700 metros de largura.

Ele margeava 31 pirâmides, que foram construídas entre 4,7 mil e 3,7 mil anos atrás.

A descoberta desse extinto "braço" do rio ajuda a explicar a alta densidade de pirâmides entre Gizé e Lisht (local de sepultamentos do Médio Império), no que é hoje uma área inóspita do Deserto do Saara.

A proximidade desta ramificação do rio com os monumentos sugere que ele estava "ativo e operacional durante a fase de construção destas pirâmides", afirma o artigo.

Onstine explica que os antigos egípcios poderiam "usar a energia do rio para transportar esses blocos pesados, em vez do trabalho humano".

"É simplesmente muito menos esforço", acrescenta.

O Rio Nilo foi a tábua de salvação do Antigo Egito — e continua sendo até hoje.


PriPriPPPPPPPPPmeiras padarias alimentavam os homens que levantaram as pirâmides do Egito

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quinta-feira, 16 de maio de 2024

Cientistas elevam sinal de campo magnético 5 mil vezes com técnica inédita

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Fontes Proceedings of the National Academy of Sciences -- Phys.org
Jorge Marin via nexperts
15/05/2024 às 15:00 -- 2 min de leitura
Postado em 16 de maio de 2024 às 07h40m

#.*Post. - N.\ 11.204*.#


Pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia da China utilizaram uma propriedade especial de partículas atômicas conhecida como "spins escuros" para amplificar de forma inédita campos magnéticos fraquíssimos. A técnica amplificou o sinal do campo magnético em até 5 mil vezes, com altíssima precisão de 0,1 femtotesla (fT), ou seja, um bilionésimo de tesla (T).

Publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, o estudo promete uma revolução em diversas áreas, da física fundamental e ciência dos materiais até a ciência biomédica. Isso porque campos magnéticos fracos estão presentes em muitas coisas corriqueiras, como o funcionamento do cérebro e o comportamento de materiais exóticos.

Embora a amplificação quântica seja um meio reconhecidamente eficaz para aferir campos eletromagnéticos fracos, a técnica é normalmente limitada pelo próprio manuseio dos átomos gasosos, como a preparação dos spins, o tempo de coerência (manutenção da informação quântica) e a sensibilidade de leitura do sinal.

Como os cientistas melhoraram o manuseio de átomos gasosos?


Na nova técnica, a polarização por laser é separada dos demais processos. Fonte:  Getty Images 

Para superar as limitações das técnicas atuais, os autores propuseram um novo conceito de amplificação magnética, usando spins nucleares de gás nobre escuro na ausência de luz da bomba, ou seja, da polarização realizada por laser de alta frequência. A técnica tradicional utiliza um sistema misto de átomos gasosos de xenônio e átomos metálicos de rubídio.

Porém, ao contrário desses experimentos, que usam os átomos de xenônio para amplificar e os do rubídio polarizado por laser para ler o spin do núcleo do xenônio, a equipe atual decidiu separar os processos de polarização, amplificação e leitura. Com isso, puderam manipular algumas condições experimentais, como laser do átomo de rubídio e o campo magnético do xenônio.

O spin do núcleo do xenônio em estado escuro durante a amplificação quântica significa que esse giro nuclear (com estados "para cima" ou "para baixo") ocorre em condições menos suscetíveis a interferências externas, como ruídos e interações com outros átomosIsso garante a permanência da informação quântica (coerência) por mais tempo.

Que ganhos foram obtidos com o spin escuro de átomos gasosos?

A nova técnica pode aumentar a eficiência da ressonância magnética em diagnósticos.A nova técnica pode aumentar a eficiência da ressonância magnética em diagnósticos.
Fonte:  Getty Images 

O novo experimento permitiu que os pesquisadores atingissem um tempo de coerência de spin de xenônio no estado escuro de 6 minutos, o que é 10 vezes mais longo que os tempos anteriores. Com isso, houve também um ganho de 5,4 mil vezes na amplificação do sinal magnético fraco.

Combinando a amplificação de spin escuro com um magnetômetro atômico, foi possível a detecção de campos magnéticos em impressionantes níveis subfemtotéslicos, em uma medição única de 500 segundos, com aplicações potenciais na magnetocardiografia, magnetoencefalografia e ressonância magnética nuclear.

* Esta seleção de cupons é feita em parceria com a Savings United

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quarta-feira, 15 de maio de 2024

Mudanças climáticas poderão agravar doenças cerebrais, diz estudo

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De acordo com pesquisadores de Londres, temperaturas extremas e eventos climáticos adversos - como enchentes e incêndios florestais - trazem riscos à saúde de pessoas com demência, AVC e transtornos psiquiátricos
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Gabriela Maraccinida CNN
15/05/2024 às 19:30 | Atualizado 15/05/2024 às 11:43
Postado em 15 de maio de 2024 às 20h00m

#.*Post. - N.\ 11.203*.#

Segundo pesquisadores, mudanças climáticas podem trazer riscos à saúde de pessoas com doenças cerebrais ou transtornos psiquiátricos
Segundo pesquisadores, mudanças climáticas podem trazer riscos à saúde de pessoas com doenças cerebrais ou transtornos psiquiátricos TEK IMAGE/SCIENCE PHOTO LIBRARY/GettyImages

As mudanças climáticas poderão afetar negativamente a saúde de pessoas com doenças cerebrais no futuro, de acordo com um novo estudo publicado na The Lancet Neurology nesta quarta-feira (15). No artigo, pesquisadores da London’s Global University (UCL) afirmam que os impactos nas doenças neurológicas podem ser substanciais e enfatizam a necessidade de compreender essas consequências para a vida dos pacientes.

A conclusão foi feita após a revisão de 332 artigos publicados em todo o mundo entre 1968 e 2023. Eles consideraram 19 condições relacionadas ao sistema nervoso, escolhidas com base no estudo Global Burden of Disease 2016. Entre elas, estão doenças como AVC (acidente vascular cerebral), enxaqueca, Alzheimer, meningite, epilepsia e esclerose múltipla. A equipe também analisou o impacto das alterações climáticas em vários distúrbios psiquiátricos graves, como ansiedade, depressão e esquizofrenia.

Há evidências claras do impacto do clima em algumas doenças cerebrais, especialmente acidentes vasculares cerebrais e infecções do sistema nervoso, afirma o professor Sanjay M. Sisodiya, diretor de genômica na Sociedade de Epilepsia e membro fundador da Epilepsy Climate Change, em comunicado à imprensa.

A variação climática que demonstrou ter efeito nas doenças cerebrais incluía extremos de temperatura (baixa e alta) e maior variação de temperatura ao longo do dia – especialmente quando essas medidas eram sazonalmente incomuns, explica. As temperaturas noturnas podem ser particularmente importantes, pois as temperaturas mais elevadas durante a noite podem perturbar o sono. Sabe-se que o sono insatisfatório agrava uma série de problemas cerebrais.

Pessoas com Alzheimer correm maior risco

A equipe afirma que pessoas com demência estão mais suscetíveis a danos causados pelas temperaturas extremas e a serem vítimas de eventos climáticos (como inundações ou incêndios florestais), uma vez que a deficiência cognitiva pode limitar a capacidade de adaptar o comportamento às mudanças ambientais.

A redução da consciência do risco é combinada com uma menor capacidade de procurar ajuda ou de mitigar potenciais danos, como beber mais em tempo quente ou ajustar a roupa, explicam os pesquisadores.

Essa suscetibilidade é agravada pela fragilidade, multimorbidade e medicamentos psicotrópicos. Consequentemente, maior variação de temperatura, dias mais quentes e ondas de calor levam ao aumento de internações hospitalares e mortalidade associadas à demência, completam.

Internações hospitalares e risco de morte estão associados às altas temperaturas

Os pesquisadores descobriram, ainda, que houve um aumento nas internações, incapacidades ou mortalidade decorrente a um AVC relacionadas às temperaturas mais altas ou ondas de calor. Isso também foi observado para transtornos de saúde mental, principalmente em relação às flutuações diárias de temperatura.

Os autores do estudo observaram, ainda, que, à medida que os eventos climáticos adversos aumentam em gravidade — como as enchentes e os incêndios florestais –, as populações estão sendo expostas ao agravamento de fatores ambientais que trazem riscos à saúde que não foram previstos em estudos anteriores.

Como resultado disso, os pesquisadores argumentam que é importante garantir a atualização dessas pesquisas, considerando não apenas o atual estado das alterações climáticas, mas também o futuro.

Este trabalho está decorrendo em um contexto de agravamento preocupante das condições climáticas e terá de permanecer ágil e dinâmico se quiser gerar informação que seja útil tanto para os indivíduos como para as organizações, afirma Sisodiya. Além disso, existem poucos estudos que estimam as consequências para a saúde das doenças cerebrais em cenários climáticos futuros, o que torna o planeamento futuro um desafio.

Ansiedade climática também eleva os riscos

A ansiedade climática, ou ecoansiedade, também pode potencializar transtornos psiquiátricos, como a própria ansiedade e depressão.

Todo o conceito de ansiedade climática é uma influência adicional e potencialmente pesada: muitas doenças cerebrais estão associadas a um maior risco de distúrbios psiquiátricos, incluindo ansiedade, e tais multimorbidades podem complicar ainda mais os impactos das mudanças climáticas e as adaptações necessárias para preservar saúde. Mas há ações que podemos e devemos tomar agora, afirma Sisodiya.

Ecoansiedade é um termo usado para designar o medo crônico da catástrofe ambiental, de acordo com a definição da Associação Americana de Psicologia. Ele começou a ser usado pela literatura da ecopsicologia na década de 1990, mas tem ganhado maior projeção com as mudanças climáticas e eventos ambientais adversos recentes.

Mudanças climáticas podem causar 500 mil mortes por AVC anualmente

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