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sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Prêmio Nobel da Paz vai para Narges Mohammadi, voz da revolução feminina no Irã

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Ativista, engenheira, mãe de gêmeos e atualmente presa, lidera a luta histórica contra a repressão a mulheres no Irã, que começou há um ano pela morte de jovem detida por 'uso incorreto' do véu. Mohammadi é a 19º mulher a receber o Nobel da Paz, dado 92 vezes a homens.
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Por g1

Postado em 06 de outubro de 2023 às 07h00m

#.*Post. - N.\ 10.969*.#

Nobel da Paz 2023 vai para iraniana Narges MohammadiNobel da Paz 2023 vai para iraniana Narges Mohammadi

A iraniana Narges Mohammadi, voz da revolução feminina histórica de seu país, venceu o Prêmio Nobel da Paz 2023, anunciado nesta sexta-feira (6).

Mohammadi , a 19ª mulher a receber um prêmio que já foi dado 92 vezes a homens, vem liderando a luta histórica das mulheres no Irã contra a opressão do atual regime. Ela está presa e, no total, já foi condenada a 31 anos de prisão e 154 chibatadas.

O Nobel da Paz foi concedido a Mohammadi cerca de um ano após o estopim da onda de protestos iniciados com a morte da jovem Mahsa Amini, presa em 2022 por "uso incorreto" do véu islâmico obrigatório no país.

A premiação também chega na semana em que outra iraniana entrou em coma após ser abordada no metrô pela chamada polícia da moralidade, um braço do governo iraniano que fiscaliza as duras restrições impostas a mulheres no país (leia mais abaixo).

Embora tenha se tornando uma das lideranças do atual movimento, a atuação de Narges Mohammadi, uma mãe de gêmeos e engenheira de 51 anos, é ainda mais antiga.

Há duas décadas, a ativista é uma das principais defensoras dos direitos das mulheres e da abolição da pena de morte no Irã, um dos países que mais utiliza esse método de punição no mundo. Ela já foi presa seis vezes, a primeira delas há 22 anos.

Desde janeiro de 2022, cumpre pena de 10 anos e 9 meses de prisão por espalhar propaganda contra o governo no presídio de Evin, em Teerã, conhecido por abrigar críticos do regime.

"Narges é uma defensora dos direitos humanos e uma pessoa que luta pela liberdade. Nós queremos apoiar sua luta corajosa e reconhecer milhares de pessoas que se manifestaram contra o regime teocrático de repressão e discriminação que tem como alvo as mulheres no Irã", declarou a presidente do Comitê do Nobel, Berit Reiss-Andersen, que fez o anúncio do prêmio.

Em farsi, Reiss-Andersen repetiu o lema dos protestos no Irã durante a premiação: "Mulheres. Vida. Liberdade".

Mohammadi é a 19ª mulher vencedora do Nobel da Paz, que tem 122 anos de existência. A última mulher premiada havia sido a jornalista filipina Maria Ressa, em 2021.

Após a premiação, e através de seus advogados, ela declarou ao jornal "The New York Times" que "o apoio global e o reconhecimento de minha luta pelos direitos humanos me faz mais responsável, mas bem resolvida, mais apaixonada e mais esperançosa".

"A vitória está próxima", disse.

Os dois filhos de Mohammadi e seu marido também se manifestaram e disseram que é o reconhecimento à luta da mãe.

Já o governo iraniano criticou a decisão o comitê do Nobel. Através, da agência de notícias estatal Fars, Teerã acusou o Ocidente de "escolher premiar uma prisioneira por suas ações contra a segurança nacional do Irã".

Mesmo atrás das grades, Mohammadi é atualmente vice-diretora do Centro de Defensores dos Direitos Humanos do Irã, organização não governamental liderada por Shirin Ebadi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2003.

E se tornou um dos principais nomes da revolução que começou com a morte de Mahsa Amini.

Amini era uma jovem de 22 anos que em setembro de 2022 viajava de férias com a família pelo Irã quando foi abordada pela chamada polícia da moralidade - que fiscaliza o cumprimento das normas de vestimentas impostas a mulheres iranianas.

A jovem foi presa por "uso incorreto" do véu, segundo a polícia iraniana, segundo quem ela usava o acessório mostrando um pouco do cabelo. Dois dias depois, ainda sob custódia policial, foi internada em estado grave, com lesões na cabeça. O caso começou a chamar a atenção no país, e a jovem morreu no hospital.

Instantaneamente, a morte de Mahsa Amini desencadeou um dos maiores movimentos contra o regime do Irã, comandando pelo líder supremo do país, Ali Khamenei, acusado de oprimir mulheres - o país tem presidente, mas, pelas leis iranianas, é o líder supremo quem dá a palavra final.

Quem é Narges Mohammadi, ganhadora do Nobel da Paz de 2023Quem é Narges Mohammadi, ganhadora do Nobel da Paz de 2023

Desde então, mais de 500 pessoas morreram em protestos contra a repressão, segundo estimativas de organizações locais, e outras cerca de 400 foram condenadas à pena de morte.

Mas, no dia a dia, milhares de mulheres enfrentam as duras regras impostas pelo governo do Irã - desde 1983, a legislação, em uma interpretação da lei islâmica da Sharia, estabelece que iranianas e estrangeiras no país devem usar véu cobrindo o cabelo e usar roupas largas em público.

Mulheres caminham em rua de Teerã sem o véu, obrigatório no país, em 9 de setembro de 2023. — Foto: Vahid Salemi/ AP
Mulheres caminham em rua de Teerã sem o véu, obrigatório no país, em 9 de setembro de 2023. — Foto: Vahid Salemi/ AP

Muitas delas têm sido vistas sem o véu caminhando pelas ruas de Teerã e pelo transporte público, além de viajarem sozinhas, também em desafio às normas do governo que restringem mulheres desacompanhadas.
Mesmo estando atualmente presa e sem poder receber visita, Mohammadi conseguiu publicar um artigo recentemente no jornal "The New York Times" no qual diz que "quando mais nos prendermos, mais forte estaremos".


Ganhadora do prêmio Nobel — Foto: Reprodução/Twitter
Ganhadora do prêmio Nobel — Foto: Reprodução/Twitter

O Prêmio Nobel da Paz, no valor de 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 5,1 milhões), será entregue em Oslo no dia 10 de dezembro, aniversário da morte do industrial sueco Alfred Nobel, que fundou os prémios no seu testamento de 1895.

Os organizadores pediram às autoridades iranianas que soltem Narges Mohammadi a tempo de receber pessoalmente o prêmio.

Antes do anúncio, o nome de Narges Mohammadi era um dos mais cotados nas principais casas de apostas do prêmio, assim como o do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e do opositor russo Alexei Navalny, também atualmente preso.

Mas especialistas apontavam as duas opções como pouco provável, por conta dos vencedores do ano passado. Em 2022, o Nobel da Paz foi para a ativista de Belarus Ales Bialiatski, a organização internacional russa pelos Direitos Humanos Memorial e a organização ucraniana Centro para as Liberdades Civis.

Protestos pelo mundo

Uma torcedora do Irã é fotografada dentro do estádio antes da partida enquanto protestava — Foto: Dylan Martinez/REUTERS
Uma torcedora do Irã é fotografada dentro do estádio antes da partida enquanto protestava — Foto: Dylan Martinez/REUTERS

Desde o início da onda de protestos no Irã, as manifestações não ficaram limitadas ao país.

Durante uma sessão do Parlamento Europeu, por exemplo, uma parlamentar da Suécia cortou o cabelo em solidariedade às mulheres iranianas. O gesto foi repetido por diversas personalidades, como as ganhadoras do Oscar Juliette Binoche e Marion Cotillard, da França.

Uma atleta iraniana de escalada competiu em um torneio internacional sem o véu para cobrir a cabeça — inicialmente, o ato foi interpretado com uma adesão aos protestos no Irã, mas depois a própria atleta afirmou que fez isso sem querer.

Na Copa do Catar, no fim de 2022, a seleção do Irã não cantou o hino nacional do país no primeiro jogo, como uma demonstração de apoio aos manifestantes do país.

Torcedores no Catar também levaram esses protestos para os estádios, e muitos deles foram repreendidos pelos seguranças. Antes de uma partida entre Irã e País de Gales, um torcedor teve uma bandeira com as palavras "Mulher, Vida, Liberdade" confiscada.

Uma torcedora do Irã foi impedida de entrar em um estádio por usar uma camiseta com a imagem de Mahsa Amini. Ela contou que só conseguiu entrar no estádio após vestir uma outra camiseta.

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quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Jon Fosse, escritor norueguês, ganha Prêmio Nobel de Literatura 2023

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Anúncio foi feito nesta quinta-feira (5) pela Academia Sueca, em Estocolmo. Segundo a Academia, o prêmio foi concedido "por suas peças e prosa inovadoras que dão voz ao indizível".
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Por g1

Postado em 05 de outubro de 2023 às 19h45m

#.*Post. - N.\ 10.968*.#

Jon Fosse, escritor norueguês, ganha Prêmio Nobel de Literatura 2023
Jon Fosse, escritor norueguês, ganha Prêmio Nobel de Literatura 2023

Jon Fosse, escritor e dramaturgo norueguês, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura 2023. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (5), pela Academia Sueca, em Estocolmo.

Segundo a Academia, o prêmio foi concedido "por suas peças e prosa inovadoras que dão voz ao indizível".

Com o anúncio, Fosse declarou estar "impressionado e um pouco assustado", em um comunicado. "Vejo isto como um prêmio à literatura que, acima de tudo, pretende ser literatura, sem outras considerações."

O autor, que escreve na versão menos comum das duas versões oficiais do norueguês, disse que considerava o prêmio um reconhecimento desse idioma e do movimento que o promove, e que, em última análise, ele devia o prêmio ao próprio idioma.

Ganhador do prêmio Nobel deste ano, Jon Fosse — Foto: Divulgação/Reprodução/Twitter
Ganhador do prêmio Nobel deste ano, Jon Fosse — Foto: Divulgação/Reprodução/Twitter

Nascido em 1959, em Haugesund, na costa oeste da Noruega, Fosse fez sua estreia em 1983, com o romance "Raudt, svart" ("Vermelho, preto", sem publicação no Brasil). Já chamado de "Samuel Beckett norueguês do século XXI", sua obra inclui ficção, poesia, ensaios, mais de 40 peças teatrais e títulos infantis.

"Jon Fosse tem muito em comum com seu grande precursor na literatura norueguesa de Nynorsk, Tarjei Vesaas. Fosse combina fortes laços locais, tanto linguísticos como geográficos, com técnicas artísticas modernistas", diz a Academia.

"Embora Fosse partilhe a perspectiva negativa dos seus antecessores, não se pode dizer que a sua visão gnóstica particular resulte num desprezo niilista pelo mundo. Na verdade, há grande calor e humor no seu trabalho, e uma vulnerabilidade ingênua às suas imagens nítidas da experiência humana."

De acordo com a Academia, sua obra-prima em prosa é a série "Septology" (sem tradução em português), concluída em 2021: "Det andre namnet" ("O segundo nome", na tradução livre para o português), "Eg er ein annan" ("Eu sou outra pessoa", na tradução livre para o português) e "Eit nytt namn" ("Um novo nome", na tradução livre para o português).

Já na dramaturgia, seu destaque foi com a peça "Nokon kjem til å komme" (1996; "Alguém vai chegar", na tradução livre para o português), "com seus temas de expectativa assustadora e ciúme paralisante, a singularidade de Fosse é totalmente evidente", diz a Academia.

"Jon Fosse é hoje um dos dramaturgos mais atuados no mundo e tem se tornado cada vez mais reconhecido por sua prosa. A condição humana é o tema central da obra de Fosse, independentemente do gênero."

Ganhador do Nobel de Literatura — Foto: Reprodução/Twitter
Ganhador do Nobel de Literatura — Foto: Reprodução/Twitter

Em setembro, a Companhia das Letras publicou "É a Ales", que apresenta uma reflexão de amor e a perda a partir das memórias de Signe, uma mulher que espera seu marido, desaparecido depois de sair de barco em um fiorde.

Os últimos vencedores do Prêmio Nobel de Literatura

Annie Ernaux — Foto: Julie Sebadelha/AFP
Annie Ernaux — Foto: Julie Sebadelha/AFP

No ano passado, a vencedora foi a francesa Annie Ernaux. Com mais de 20 livros publicados, a escritora é conhecida por romances autobiográficos e livros de memórias que tematiza experiências de classes e gênero. A escritora recebeu o prêmio pela "coragem e acuidade clínica com que revela as raízes, estranhamentos e inibições coletivas da memória pessoal", afirmou a Academia.

  • 2022: Annie Ernaux (França)
  • 2021: Abdulrazak Gurnah (Tanzânia)
  • 2020: Louise Glück (Estados Unidos)
  • 2019: Peter Handke (Áustria)
  • 2018: Olga Tokarczuk (Polônia)
  • 2017: Kazuo Ishiguro (Reino Unido)
  • 2016: Bob Dylan (Estados Unidos)
  • 2015: Svetlana Alexievich (Belarus)
  • 2014: Patrick Modiano (França)
  • 2013: Alice Munro (Canadá)
Polêmica no Nobel de Literatura

Em 2021, o Nobel de Literatura foi entregue ao escritor tanzaniano Abdulrazak Gurnah, cujos romances exploram o impacto da migração em indivíduos e sociedades. Ele foi apenas o sexto premiado com raízes africanas – o Nobel foi frequentemente criticado por priorizar autores europeus e americanos, além de ter sido entregue a mais homens, com apenas 16 mulheres entre os 118 premiados.

Tanto o prêmio de 2021 quanto o de 2020, entregue à poeta americana Louise Glück, se seguiram a anos de controvérsia e escândalos envolvendo o Nobel de Literatura.

A organização superou o período, mas voltou a ser criticada em 2019 por entregar o Nobel de Literatura ao romancista austríaco Peter Handke, envolvido em controvérsias por ter sido acusado de apologia a crimes de guerra na Sérvia.

Nobel em 2023

A medalha do Prêmio Nobel — Foto: The Nobel Prize Foundation
A medalha do Prêmio Nobel — Foto: The Nobel Prize Foundation

Os vencedores dos Prêmios Nobel deste ano receberão 1 milhão de coroas extras, elevando a recompensa financeira total para 11 milhões de coroas suecas (na conversão direta atual, cerca de R$ 5,05 milhões), informou a Fundação Nobel, que administra os prêmios.

A láurea de medicina foi a primeira a ser anunciada nesta segunda-feira (2). O prêmio foi para Katalin Karikó e Drew Weissman, por pesquisas que permitiram criação de vacinas contra Covid.

Katalin Karikó e Drew Weissman venceram o prêmio Nobel de medicina — Foto: AP Foto/Eugene Hoshiko
Katalin Karikó e Drew Weissman venceram o prêmio Nobel de medicina — Foto: AP Foto/Eugene Hoshiko

O prêmio de Física, anunciado na terça-feira (3), foi para três cientistas com estudo que explora o mundo dos elétrons. Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier realizaram experimentos que deram à humanidade novas ferramentas para explorar o mundo dos elétrons dentro dos átomos e moléculas.

Anne L'Huillier é a quinta mulher a ganhar o Nobel de física — Foto: Bertil Ericson/TT News Agency via AP
Anne L'Huillier é a quinta mulher a ganhar o Nobel de física — Foto: Bertil Ericson/TT News Agency via AP

O prêmio foi concedido aos cientistas pela descoberta e pelo desenvolvimento de pontos quânticos, nanopartículas tão pequenas que o seu tamanho determina as suas propriedades. Esses menores componentes da nanotecnologia agora espalham sua luz a partir de televisores e lâmpadas LED, e também podem orientar os cirurgiões na remoção de tecido tumoral, entre muitas outras coisas.

O que é o Prêmio Nobel

A láurea foi criada pelo químico e empresário Alfred Nobel. Inventor da dinamite em 1867, o sueco doou a maior parte de sua fortuna em testamento para a criação de prêmios de física, química, medicina, literatura e paz (o prêmio de economia foi criado anos mais tarde).

Um busto do fundador do Prêmio Nobel, Alfred Nobel, em exibição durante cerimônia de entrega da láurea em 2018, em Estocolmo. — Foto: Henrik Montgomery/TT News Agency via AP, File
Um busto do fundador do Prêmio Nobel, Alfred Nobel, em exibição durante cerimônia de entrega da láurea em 2018, em Estocolmo. — Foto: Henrik Montgomery/TT News Agency via AP, File

O documento dizia que os prêmios deveriam ser concedidos "àqueles que, durante o ano anterior, tenham conferido o maior benefício à humanidade".

Contudo, hoje em dia, conforme explica Juleen Zierath, membro do Instituto Karolinska - o júri do Nobel de Medicina-, essa regra não é mais tão levada à risca.

"Você pode ter feito essa descoberta em um estágio muito inicial de sua carreira de pesquisa, ou pode ter feito essa descoberta em um estágio muito avançado de sua carreira de pesquisador", ressalta a pesquisadora.

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Ailton Krenak é 1º indígena eleito para a Academia Brasileira de Letras

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Filósofo, professor, escritor, poeta, ambientalista e líder ativista da causa dos povos originários entra na cadeira 5. Ele recebeu 23 votos.
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Por g1

Postado em 05 de outubro de 2023 às 19h15m

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Merval Pereira diz que eleição de Ailton Krenak para a ABL reafirma a representatividadeMerval Pereira diz que eleição de Ailton Krenak para a ABL reafirma a representatividade

Ailton Krenak foi eleito para a cadeira 5 da Academia Brasileira de Letras (ABL) nesta quinta-feira (5). O filósofo, professor, escritor, poeta, ambientalista e líder ativista da causa dos povos originários é o primeiro indígena a se juntar à instituição.

Membro da Academia Mineira de Letras desde março, ele entra para a vaga deixada por José Murilo de Carvalho, que morreu em agosto. Krenak recebeu 23 votos. Mary Lucy Murray Del Priore teve 12, e Daniel Munduruku, 4.

Ailton Krenak — Foto: Reprodução
Ailton Krenak — Foto: Reprodução

"O Krenak é um poeta. É uma visão de mundo muito apropriada para este momento em que o mundo está preocupado com o meio ambiente, com a mudança climática, que os povos originários lutam pelos seus direitos", diz o presidente da ABL, Merval Pereira.

"Tudo isso está embutido na vitória do Ailton Krenak aqui na Academia, e estamos muito contentes com isso."

Nascido em 1953 em Itabirinha (MG), Krenak fundou a organização não governamental Núcleo de Cultura Indígena, que visa promover a cultura indígena, em 1985.

Na Assembleia Constituinte de 1987, da qual o grupo participou por causa de uma emenda popular, assumiu ativo papel na defesa dos direitos de seu povo.

Ailton Krenak com seu rosto pintado — Foto: JN
Ailton Krenak com seu rosto pintado — Foto: JN

Autor de diversos livros como "Ideias para adiar o fim do mundo", "A vida não é útil" e "O Amanhã não está à venda", teve obras traduzidas para mais de treze países. Atualmente vive na Reserva Indígena Krenak, em Resplendor (MG).

"O Krenak é realmente um indígena que trabalha a cultura indígena, a valorização da oralidade e da tradição de passar as mensagens e os pensamentos", afirma Pereira.

"Ele tem um livro, 'Futuro Ancestral', na qual fala que reservar os rios é uma atitude de preservar o futuro. Os rios já estavam aqui antes da gente chegar, então, é por isso que essa visão da natureza, do homem junto da natureza, que estamos reforçando através de um grande escritor e de um grande intelectual indígena."

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Relatório da ONU aponta para desaceleração do crescimento econômico mundial em 2023

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Brasil, China, Japão, México, Rússia e Índia são exceções e devem registrar crescimento. Para o Brasil, a previsão é de 3,3%, com 2,3% previstos para o próximo ano.
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g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2023

Postado em 05 de outubro de 2023 às 07h10m

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ONU aponta desacelaração do crescimento mundialONU aponta desacelaração do crescimento mundial

Um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) aponta desaceleração do crescimento econômico mundial. No entanto, para o Brasil, a tendência é positiva. O relatório compara a economia mundial a um avião que entrou em estol, voando tão devagar que está à beira de cair. O crescimento modesto de 2,3% previsto para 2023 atende à definição de recessão global, diz o texto.

Já 2024 sugere uma pequena melhora, crescimento de 2,5%, mas somente se a área do euro se recuperar e as maiores economias evitarem choques adversos. O estudo destaca que esse baixo crescimento é um dos menores das últimas quatro décadas, excetuando-se os anos de crise.

Brasil, China, Japão, México, Rússia e Índia são exceções e devem registrar crescimento. A Índia deve ter o maior crescimento, com previsão de 6,6% para este ano. Em relação ao crescimento previsto para este ano no relatório do ano passado, Brasil e Rússia tiveram os melhores resultados.

Previsão da ONU para o crescimento mundial. — Foto: Reprodução/Jornal da Globo
Previsão da ONU para o crescimento mundial. — Foto: Reprodução/Jornal da Globo

Para o Brasil, a previsão para 2023 era de 0,9% de crescimento, agora saltou para 3,3%, com 2,3% previstos para o próximo ano. A China, que cresceu 8,4% em 2021, deve crescer significativamente menos, 4,6% este ano.

O relatório expressa preocupação com a área do euro, que caiu de um crescimento de 5,4% em 2021 para apenas 0,4% este ano. Alerta que o aperto monetário na área do euro arrisca empurrar a Europa para uma recessão em 2024.

Para os Estados Unidos, o relatório vê o risco de uma forte desaceleração no segundo semestre de 2023 e um ambiente de incerteza em torno da eleição presidencial do próximo ano.

Organização das Nações Unidas. — Foto: Reprodução/Jornal da Globo
Organização das Nações Unidas. — Foto: Reprodução/Jornal da Globo

O relatório destaca a crescente desigualdade econômica e o esmagamento das economias dos países em desenvolvimento sob o peso da dívida externa.

Metade da população mundial, 3,5 bilhões de pessoas, vive em países que gastam mais com o serviço da dívida do que com saúde e educação. Por isso, cresce a dificuldade em atender necessidades críticas como segurança alimentar, proteção social e adaptação climática.

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