Objetivo:
“Projetando o futuro e o desenvolvimento autossustentável da sua empresa, preparando-a para uma competitividade e lucratividade dinâmica em logística e visão de mercado, visando sempre e em primeiro lugar, a satisfação e o bem estar do consumidor-cliente."
Conforme a Portos do Paraná, navio deve atracar em 25 de setembro. No porto paranaense, embarcação carregará 63 mil toneladas de farelo de soja. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 PR — Curitiba Postado em 17 de setembro de 2023 às 07h20m #.*Post. - N.\ 10.951*.#
Navio Pyxis Ocean — Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
O navio cargueiro Pyxis Ocean, que utiliza velas metálicas para navegar, chegou a baía de Paranaguá, no litoral paranaense. Conforme a Portos do Paraná, o navio deve atracar em 25 de setembro. Veja fotos abaixo.
A tecnologia das velas, chamada BAR Tech WindWings, foi desenvolvida
pela empresa BRA Technologies em parceria com Yara Marine Technologies,
com apoio da União Europeia. A proposta busca inovação e ganhos nos
custos operacionais, além da redução na emissão de poluentes.
As velas do navio, segundo a empresa responsável, ajudam a reduzir as
emissões de poluentes em até 30%. Por isso, ele também está sendo
chamado de "navio verde".
De acordo com o Governo do Paraná, o porto em Paranaguá será o primeiro
do Brasil a receber a embarcação. No porto paranaense, ele vai carregar
63 mil toneladas de farelo de soja.
Velas: têm 37,5 metros de altura; são construídas com o mesmo material das turbinas eólicas para maior durabilidade;
Comprimento: 229 metros;
Largura: 32.26 metros;
Calado (profundidade do navio submersa): 8 metros
Peso: 43.291 toneladas;
Capacidade de carga:80.962 toneladas
Velocidade média: 10,4 nós (19,2 km/h)
Velocidade máxima: 15,6 nos (28,8 km/h)
Data de construção: 2017
Comparando com um navio considerado Panamax, ou seja, embarcações que
atingiram o tamanho limite para passar pelo Canal do Panamá até 2016,
quando o canal foi ampliado, o Pyxis Ocean é um navio considerado de
"tamanho médio".
Um navio Panamax deve ter, no máximo, comprimento de 294 metros,
largura de 32,3 metros, com calado, ou seja, profundidade em que cada
navio está submerso na água, de 12,04 metros.
A velocidade média de um Panamax carregado é de 25 km/h e a capacidade
de carregamento está na faixa de 65 mil a 80 mil toneladas.
Viagem inaugural
De acordo com o Governo do Paraná, o navio partiu de Xangai, na China,
no começo de agosto. Para a viagem, ele foi fretado pela empresa
Cargill.
A empresa responsável diz que esta é a viagem inaugural do cargueiro. A
expectativa é que ela seja "uma virada" para a indústria marítima na
redução do consumo de combustível e pegada de carbono.
Estima-se, atualmente, que a indústria marítima seja responsável por
cerca de 2,1% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2).
Enquanto a embarcação está no porto, as velas ficam dobradas. Depois de zarpar, elas são abertas.
Os equipamentos têm 37,5 metros de altura e são construídas com o mesmo
material das turbinas eólicas, o que as torna mais duráveis, segundo a
empresa.
📷 Veja fotos do navio no Paraná
Navio Pyxis Ocean — Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Navio Pyxis Ocean — Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Navio Pyxis Ocean — Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Fotógrafo dos Estados Unidos conta que levou quatro anos para conseguir capturar imagem rara. Competição recebeu mais de 20 mil fotos de diversas partes mundo. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 16/09/2023 06h01 Atualizado há 02 horas Postado em 16 de setembro de 2023 às 08h05m #.*Post. - N.\ 10.950*.#
A imagem de um falcão atacando um pelicano que se aventurou muito perto do seu ninho venceu um concurso mundial de fotos de aves. A edição de 2023 do "Bird Photographer of the Year" recebeu mais de 20 mil fotos de fotógrafos de vários lugares do mundo.
O responsável pelo flagrante foi Jack Zhi, dos Estados Unidos, que fez o
registro no Sul da Califórnia. Ele disse que, por quatro anos, tentou
capturar essa imagem rara.
Eu amo os olhos do pelicano nesta imagem, surpreso e assustado. A ação foi rápida e acabou em um piscar de olhos.
— Jack Zhi, fotógrafo vencedor do concurso
Com o objetivo de estimular a preservação das espécies, o concurso apoia financeiramente projetos de conservação de aves.
Abaixo, veja as fotos premiadas:
Comportamento de aves
'Pegue o touro pelos chifres' - Falcão-peregrino ataca um pelicano que
chegou perto do seu ninho. Foto vencedora do prêmio principal e também
da categoria Comportamento de Aves. — Foto: Jack Zhi/Bird Photographer
of the Year
'Mergulho de pesca do patola-de-pés-azuis' - Levou prata na categoria
Comportamento de Aves — Foto: Henley Spiers/Bird Photographer of the
Year
'Amor de mãe' - Bronze na categoria Comportamento de Aves — Foto: Qiuqing Mu/Bird Photographer of the Year
Melhor Retrato
'Verde brilhante' - Foto vencedora na categoria Melhor Retrato — Foto: Nicolas Reusens/Bird Photographer of the Year
'Meta parental' - Prata na categoria Melhor Retrato — Foto: Thomas Vijayan/Bird Photographer of the Year
'Tempestade chegando' - Bronze na categoria Melhor Retrato — Foto: Jake Levin/Bird Photographer of the Year
Aves em voo
'Espada voadora' - Foto vencedora na categoria Aves em voo — Foto: Rafael Armada/Bird Photographer of the Year
'Flamingos do planeta verde' - Prata na categoria Aves em voo — Foto: Paul Mckenzie/Bird Photographer of the Year
'Voo do bacurau-norte-americano' - Bronze na categoria Aves em voo — Foto: Richard Sanchez/Bird Photographer of the Year
Aves Urbanas
'Um momento de oração' - Foto vencedora na categoria Aves Urbanas — Foto: Arto Leppänen/Bird Photographer of the Year
'Paraíso urbano' - Prata na categoria Aves Urbanas — Foto: Xiaoke Wang/Bird Photographer of the Year
'Amanhecer na porta da casa da fazenda' - Bronze na categoria Aves
Urbanas — Foto: Julian Fernandez Quilez/Bird Photographer of the Year
Fotos de aves engraçadas
'Não há saída' - Imagem vencedora na categoria de fotos de aves engraçadas — Foto: Antonio Aguti/Bird Photographer of the Year
'Mais peixes, por favor!' - Prata na categoria de fotos de aves engraçadas — Foto: Levi Fitze/Bird Photographer of the Year
'Carcará-do-norte exibido' - Bronze na categoria de fotos de aves engraçadas — Foto: Ann Gillis/Bird Photographer of the Year
Conservação
'Não faça guerra' - Foto vencedora na categoria Conservação — Foto: Ewan Heath-Flynn/Bird Photographer of the Year
'Olho no olho' - Prata na categoria Conservação — Foto: Michael Eastwell/Bird Photographer of the Year
'O espetáculo da migração' - Bronze na categoria Conservação — Foto: Luca Giordano/Bird Photographer of the Year
Aves no meio ambiente
'Paraíso girassol' - Foto vencedora na categoria Aves no meio ambiente — Foto: Mateusz Piesiak/Bird Photographer of the Year
'A dança das sombras' - Prata na categoria Aves no meio ambiente — Foto: Clément Cornec/Bird Photographer of the Year
'Olhando para o rio' - Bronze na categoria Aves no meio ambiente — Foto: Stefan Gerrits/Bird Photographer of the Year
Preto e branco
'Gota fascinante' - Foto vencedora na categoria Preto e branco — Foto: Jason Moore/Bird Photographer of the Year
'A garça nas palmas' - Prata na categoria Preto e branco — Foto: Yaron Schmid/Bird Photographer of the Year
'Serenidade da manhã' - Bronze na categoria Preto e branco — Foto: Cheng Kang/Bird Photographer of the Year
15-17 Anos
'Hora azul e lua vermelha' - Imagem vencedora na categoria 15-17 anos — Foto: Anton Trexler/Bird Photographer of the Year
12-14 Anos
'Andorinha em alta iluminação' - Imagem vencedora na categoria 12-14 anos — Foto: Harry Sedin/Bird Photographer of the Year
11 anos ou menos
'Papa-moscas' - Imagem vencedora na categoria 11 anos ou menos — Foto: Arko Saha/Bird Photographer of the Year
Em setembro de 2013, era possível comprar US$ 1 com aproximadamente R$ 2,30. Hoje, é preciso desembolsar quase R$ 5,00. Peso argentino é a pior moeda frente ao dólar. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Artur Nicoceli, g1 14/09/2023 04h01 Atualizado há 03 horas Postado em 14 de setembro de 2023 às 07h00m #.*Post. - N.\ 10.949*.#
Foto de arquivo mostra notas de dólar em Westminster, Colorado — Foto: Reuters/Rick Wilking
Entre as principais moedas sul-americanas, o real teve o terceiro pior
desempenho em relação ao dólar nos últimos 10 anos. De acordo com um
levantamento da consultoria financeira L4 Capital e dados da plataforma
financeira Investing, a moeda nacional perde apenas para o peso
argentino e o peso uruguaio.
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Na janela de referência, o peso argentino teve uma desvalorização de
98,37% de 2013 para cá — um reflexo da severa crise econômica que o país
enfrenta há anos e que tem feito derreter o valor de sua moeda. Na
esteira da crise argentina e com problemas próprios de inflação, o peso uruguaio teve um recuo de 70,24% no período. (saiba mais abaixo)
Já o real perdeu 54% de seu valor em relação ao dólar. Isso significa
que os turistas brasileiros e as empresas que dependem de contratos
feitos com base na moeda norte-americana sentiram o valor pago em suas
transações mais que dobrar durante o período.
Mas cabe a observação de que a valorização do dólar não é só demérito
da América do Sul. Há também um movimento de maior aplicação de recursos
nos Estados Unidos, que valoriza a moeda.
Como os EUA são a maior economia do mundo, os investidores tendem a ter
mais segurança sobre os retornos financeiros que terão e, assim, acabam voltando os olhos para lá em momentos de maior insegurança ou aversão ao risco para aplicações financeiras.
A Venezuela não pode ser considerada porque o país mudou de moeda nos
últimos dez anos. Equador também não entra na conta porque a moeda
oficial do país é o dólar, assim como a Guiana Francesa, que usa o euro.
Guiana e Suriname não foram considerados no levantamento.
O real nos últimos 10 anos
Os últimos anos no Brasil foram fortemente marcados por dois grandes fatores: a crise de 2015-2016 e a pandemia da Covid-19.
No primeiro caso, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu nos dois anos, confirmando a pior recessão da história do país. Em 2015, a economia já havia recuado 3,8%, e no ano seguinte teve nova retração de 3,6%.
Essa sequência, de dois anos seguidos de baixa, só tinha sido vista no
Brasil entre 1930 e 1931, quando os recuos foram de 2,1% e 3,3%,
respectivamente.
"Isso
prejudicou o real porque investidores não gostam de incertezas
econômicas", afirma o sócio da L4 Capital. Com isso, houve um aumento
pela demanda do dólar, já que os EUA são conhecidos como um país
estável. Houve um forte movimento de vender real, o que reduziu o valor
da moeda.
Já a pandemia influenciou a cotação da moeda brasileira porque o país
decidiu abrir as torneiras dos gastos públicos para tentar amenizar o
impacto da crise econômica. Essa decisão também gerou dúvida nos
investidores sobre quais seriam as possibilidades de o país conseguir
arcar com seu patamar elevado de dívida e manter uma agenda de
austeridade fiscal.
Mais uma vez, a incerteza trouxe um movimento de migração dos
investidores para países mais seguros. Tanto que o real perdeu cerca de
16,65% do seu valor frente ao dólar entre fevereiro de 2020 (quando
começou a pandemia) e maio de 2023 (quando a OMS declarou fim de
emergência em relação à Covid-19).
Veja a variação do dólar ante o real nos últimos dez anos:
Em setembro de 2013, início do comparativo, era possível comprar US$ 1 com R$ 2,2836. Hoje, é preciso desembolsar quase R$ 5,00.
Especialistas entrevistados pelog1
dizem que há ainda outras razões que explicam a desvalorização da moeda
brasileira nos últimos 10 anos e sua manutenção em patamares baixos.
Veja abaixo:
Quanto ao primeiro ponto, Adilson Seixas, CEO da Loara Crédito, reforça que a alta dos juros nos Estados Unidos pesa no valor da moeda brasileira porque há uma migração dos investidores para economias com maior previsibilidade.
Trata-se da mesma dinâmica de preferir aplicações mais seguras e
previsíveis, com o bônus de que os juros estão mais altos e vão render
melhores retornos.
A expectativa é que o Federal Reserve (Fed,
o banco central norte-americano) mantenha os juros inalterados, entre
5,25% e 5,50% ao ano na próxima reunião, em 20 de setembro. Esse, porém, é o maior patamar em 22 anos.
Já o déficit fiscal
— quando governo gasta mais do que arrecada — pesa no valor do real
porque o governo precisa emitir mais dinheiro para suprir os gastos,
ampliando o saldo negativo.
“Há
mais dinheiro brasileiro circulando no mercado do que moeda
norte-americana, o que desvaloriza o preço do real”, explica Rodrigo
Leite, professor de finanças do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em
Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Nos dados mais recentes, as contas dogoverno federalregistraram déficit primário de R$ 35,9 bilhões em julho
— o segundo pior resultado para o mês na séria histórica, iniciada em
1997. E é exatamente o déficit que puxa o terceiro fator que desvaloriza
o real: a dívida pública.
“A
probabilidade de um calote do Brasil com uma dívida como agora, que tem
80% do PIB, é muito maior do que na época que estava por volta dos 50%
do PIB,[em 2013 e 2014]”, afirma o professor.
Já quanto a instabilidade institucional,
os especialistas justificam que as mudanças políticas recentes — sejam
as mudanças de direção na presidência ou as relações ruidosas entre os
Poderes da República — trouxeram imprevisibilidade para a cena política e
econômica.
Assim, os investidores renovam os receios e voltam a
procurar países onde conseguem ter segurança maior sobre as decisões
político-econômicas, que podem ou não afetar os investimentos.
Resultado pior na Argentina
A pior moeda latino-americana frente ao dólar é o peso argentino. Quem
quisesse comprar 1 dólar, em setembro de 2013, precisava pagar quase 5
pesos argentinos. Atualmente, a relação é de cerca de 340 pesos para US$
1 — considerando, é claro, o câmbio oficial.
Nesse caso, os principais motivos pela queda no câmbio argentino são as políticas econômicas do governoe a dívida externa do país.
Allan Augusto Gallo Antonio, professor de economia do Mackenzie,
justifica que no primeiro caso, o governo argentino “gasta tanto”que
precisa colocar moeda em circulação para arcar com os custos
recorrentes, o que desvaloriza o peso.
Quanto às questões externas, o país sul-americano tinha uma dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) de aproximadamente US$ 45 bilhões.
A captação aconteceu principalmente em 2018, durante o governo de Mauricio Macri,
que buscava segurar a crise cambial e tentou zerar o déficit
orçamentário do país através de fortes ajustes de gastos em diversas
áreas do governo.
“Hoje,
[a Argentina] é o principal devedor do FMI e, em decorrência dessas
variáveis, tem assistido sua moeda derreter”, afirma Gallo Antonio. Os
dois motivos também afastam investidores, que buscam vender o peso
argentino para comprar moeda de países mais seguros.
Vale destacar que as commodities são um terceiro ponto, ainda que com
menos peso que os dois apresentados acima. Isso porque o país depende
muito da exportação de carne, o que traz reflexos diretos na balança
comercial e na receita em dólar na Argentina.
Veja do desempenho do peso argentino frente ao dólar:
Para tentar solucionar a desvalorização do peso, o governo argentinoanunciou algumas medidas para tentar fortalecer a economia local, como linhas de crédito a taxas subsidiadas para trabalhadores e bônus para aqueles que recebem ajuda alimentar e aposentados.
Além disso, o governo também informou que vai eliminar impostos sobre a
exportação de produtos agrícolas com valor industrial agregado — como
vinho, arroz e tabaco — e a entrega de fertilizantes. É estimado um prejuízo global de US$ 20 bilhões em 2023, ou quase 3% do PIB, devido à seca regional.
O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, prevê ainda criar de
um fundo de US$ 770 milhões para financiar exportações. O valor será
via aportes financeiros do Banco Nación e do Banco de Inversión y
Comercio Exterior (Bice).
O peso argentino sofreu forte desvalorização nos últimos meses — Foto: Getty Images
Cotação do dólar na América do Sul
Veja abaixo a situação em outros países do continente.
👉Em setembro de 2013, o Uruguai conseguia comprar US$ 1 com quase 22,3 pesos uruguaios; hoje, precisam gastar perto de 38;
👉Há
dez anos, os colombianos conseguiam comprar US$ 1 com quase 2 mil pesos
colombianos; hoje, precisam desembolsar cerca de 4 mil
👉No
mesmo período, os chilenos conseguiam comprar US$ 1 com cerca de 650
pesos chilenos; hoje, precisam desembolsar aproximadamente 900;
👉Os paraguaios pagavam perto de 4,4 mil guaranis (nome da moeda do Paraguai) em setembro de 2013; hoje, 7,2 mil
👉Em
setembro de 2013, os peruanos conseguiam comprar US$ 1 com quase 3 novo
sol (moeda do Peru); hoje, precisam desembolsar perto de 4;
👉Nos últimos dez anos, os bolivianos precisaram pagar cerca de 6,91 bolivianos da bolívia (nome da moeda) para comprar 1 dólar
O que acontece em outros países?
Segundo lugar entre as maiores desvalorizações, o Uruguai sofre com
dois grandes problemas: inflação e reflexos da crise na Argentina.
O país enfrenta um problema inflacionário, no qual os preços subiram 110% nos últimos 10 anos.
Na prática, enquanto as pessoas gastavam 10 pesos uruguaios para
comprar um pão em 2013, por exemplo, atualmente precisam desembolsar 21.
Normalmente, os salários não acompanham o aumento nos custos, o que acaba pesando no orçamento familiar.
Além disso, a crise argentina também se reflete em uma grande diferença de preços entre os dois países.
"Lá
no Uruguai o combustível, por exemplo, custa setenta pesos (1,58 dólar)
por litro e aqui na Argentina pagamos vinte pesos (0,53 dólar), então é
muito melhor para nós", disse Robert de Lima, que viajou menos de 45 km
do Uruguai até Gualeguaychu à Reuters.
Os altos níveis de desemprego e falências foram relatados nas cidades
fronteiriças, o que forçou o governo do Uruguai, em maio, a introduzir
medidas econômicas para ajudar a proteger os comerciantes. Entre as
ações estavam algumas isenções fiscais e descontos em gasolina e
medicamentos.
O presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou,
reconheceu que há um problema com a diferença entre os preços
praticados no país e os vistos na Argentina, com exigências de
governadores regionais para que seja implementado um imposto de
importação temporário sobre as mercadorias estrangeiras transportadas
pela fronteira.
E como a crise na Argentina não tem solução prevista no curto prazo, há
uma insegurança dos moradores e turistas sobre como ficarão os preços
no Uruguai que optam, assim, por procurar países mais baratos para
viajar ou realizar compras.
Como uma moeda comum pode afetar o Brasil e países vizinhos
A Colômbia, por sua vez, enfrentou um cenário de complexidade e desafios abrangendo diversos aspectos.
“A criminalidade e violência associadas ao narcotráfico, por exemplo,
persistiram, e protestos sociais refletiram preocupações com
desigualdade e acesso a serviços. Além disso, desafios fiscais, como
déficits orçamentários, e questões estruturais limitaram o crescimento
econômico e a capacidade de investimento”, justifica Gallo Antonio,
professor do Mackenzie.
A inflação no país fechou em 13,12%, no maior patamar desde março de
1999. Entre os destaques, estavam os preços dos alimentos, do transporte
e dos serviços públicos.
Já o Chile, segundo Gallo Antonio, vivenciou períodos de estabilidade política por muitos anos. A eleição de Gabriel Boric em 2021, no entanto, trouxe certa instabilidade, uma vez que ele fez sua propaganda política construída em propostas populistas.
“Ele sempre falava em elevar os gastos e até uma possível constituinte”, afirma o professor. Essas medidas afastaram investidores, que também venderam a moeda local e desvalorizaram o câmbio do país.
E por conta do aumento de dinheiro em circulação, o Chile encerrou 2022
com uma taxa de inflação ao consumidor de 12,8% — marcando o valor mais
elevado em três décadas. Tudo em um contexto em que os chilenos estavam
acostumados a enfrentar um aumento anual nos custos de vida de
aproximadamente 3%.
Gabriel Boric em uma entrevista coletiva após a votação do plesbicito
sobre o projeto de Constituição, em Punta Arenas, Chile, no último
domingo, 4 de agosto. — Foto: AP Photo/Andres Poblete
Expectativa para próximos anos
A expectativa dos entrevistados é que as moedas latino-americanas não consigam se valorizar nos próximos meses.
O CEO da Loara Crédito, por exemplo, diz que a tendência é que o dólar
ganhe força, uma vez que é a moeda mais negociada no mundo e perspectiva
de baixa de juros não está próxima.
“Os
Estados Unidos é um país com maior grau de liberdade econômica que
consegue atrair investimentos, impulsionando constantemente o
crescimento da sua moeda", diz.
Em relação à moeda brasileira, Seixas afirma que o dólar é,
historicamente, mais valorizado do que o real. "O real tende a se
depreciar muito mais rápido por ser uma moeda de um país emergente, que
tem uma economia mais instável quando comparada às economias
desenvolvidas", acrescentou.
Já para o professor da UFRJ, Rodrigo Leite, a expectativa é que o dólar
se mantenha estável em relação às moedas sul-americanas.
“[Porém], para o real, existe uma expectativa positiva se o governo
conseguir implementar as medidas fiscais, conseguir diminuir o déficit e
projetar, no ano que vem, um superávit [valor captado em exportação é
maior do que o gasto em importação]”, disse.