Objetivo:
“Projetando o futuro e o desenvolvimento autossustentável da sua empresa, preparando-a para uma competitividade e lucratividade dinâmica em logística e visão de mercado, visando sempre e em primeiro lugar, a satisfação e o bem estar do consumidor-cliente."
O novo gênero de camarão fóssil foi denominado como Somalis. Já a nova espécie foi chamada de Somalis Piauiensis. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Laura Moura, g1 PI Postado em 04 de maio de 2023 às 08h05m #.*Post. - N.\ 10.779*.#
Pesquisadores encontram primeiro camarão fóssil no Piauí e descobrem nova espécie — Foto: Divulgação
Pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) descobriram um novo gênero e uma nova espécie de camarão fóssil com cerca de 90 milhões de anos. O material foi coletado em 2018, na localidade Saco do Pau Ferro, no município de Caldeirão Grande do Piauí
e, após uma série de análises do fóssil pelos paleontólogos, a nova
descoberta foi publicada em uma revista internacional e de renome da
área.
Trata-se do primeiro camarão fóssil encontrado no Piauí. O novo gênero de camarão fóssil foi denominado como Somalis,
em homenagem à professora Maria Somália Sales Viana, da Universidade
Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral (CE), devido a sua extensa
contribuição aos estudos de geologia e paleontologia no Nordeste e no
país. Já a nova espécie foi chamada de Somalis Piauiensis.
Paleontólogos Dr. Paulo Victor de Oliveira (UFPI) e Dra. Olga Alcântara
Barros (URCA), responsáveis pela descoberta — Foto: Divulgação
“O nosso camarão é diferente de todos os camarões já descritos na
literatura. Como ele é diferente, ele não se enquadrou em nenhum gênero e
nenhuma espécie”, explicou um dos pesquisadores responsáveis pela
descoberta, o professor Paulo Victor de Oliveira, da UFPI de Picos.
O fóssil está tombado no Laboratório de Paleontologia de Picos, na instituição de ensino. O tombamentoé
um conjunto de ações realizadas pelo poder público para preservar, por
meio da aplicação de legislação específica, bens de valor histórico,
cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a
população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.
“Todo
material fóssil precisa estar tombado numa coleção científica. Ele
passa a compor essa coleção e ele fica guardado e disponível para
estudos futuros, para análises de outros pesquisadores”, explicou.
Pesquisadores encontram primeiro camarão fóssil no Piauí e descobrem nova espécie — Foto: Divulgação
Achado irá ajudar cientistas a compreender melhor a natureza das primeiras estrelas que se formaram após o Big Bang. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Roberto Peixoto, g1 03/05/2023 11h12 Atualizado há 02 horas Postado em 03 de maio de 2023 às 13h20m #.*Post. - N.\ 10.778*.#
Imagem artística mostra nuvem de gás com diferentes elementos químicos,
ilustrados aqui por representações esquemáticas dos vários átomos. —
Foto: ESO/L. Calçada, M. Kornmesser
Cientistas revelaram nesta quarta-feira (3) a descoberta de "impressões
digitais" deixadas pela explosão das primeiras estrelas do Universo (veja representação artística acima).
O achado inédito é fruto de observações do conjunto de telescópios VLT (Very Large Telescope, em inglês), localizado no Chile.
Segundo os pesquisadores, três nuvens de gás cuja composição química
corresponde à que se espera das primeiras explosões estelares foram
descobertas.
Usando quasares,
uma fonte de luz muito brilhante alimentada por buracos negros
supermassivos no coração de galáxias distantes, os pesquisadores foram
capazes de detectar e estudar essas distantes nuvens.
Isso é possível porque à medida que a luz de um quasar viaja pelo
espaço, ela passa por nuvens de gás onde diferentes elementos químicos
deixam uma marca.
Com isso, como cada elemento deixa um conjunto diferente de "riscas"
nesse processo, cientistas conseguem encontrar e diferenciar essas
pistas, analisando o chamado espectro eletromagnético, formado pelas
ondas de rádio, micro-ondas e a luz que enxergamos todos os dias.
"A
nossa descoberta abre novos caminhos no estudo indireto da natureza das
primeiras estrelas, complementando plenamente os estudos de estrelas da
nossa galáxia", diz Stefania Salvadori, professora da Universidade de
Florença e coautora do estudo publicado hoje na revista científica
Astrophysical Journal.
Diagrama mostra como astrônomos analisam a composição química de nuvens
de gás distantes, utilizando a luz de um objeto de fundo como um
quasar. — Foto: ESO/L. Calçada
E essas estrelas primordiais, que os cientistas acreditam que eram
dezenas ou centenas de vezes mais massivas do que o nosso Sol, morreram
rapidamente em poderosas explosões no começo do Universo.
Para se ter ideia, "logo após"(numa escala astronômica)o
Big Bang, esses astros eram muito diferentes das estrelas que vemos
atualmente. Quando surgiram, há 13,5 mil milhões de anos, estas estrelas
continham apenas hidrogénio e hélio, os elementos químicos mais simples
que existem na natureza.
Por isso, a nova descoberta dos cientistas promete trazer novas perspectivas para a observação desses astros.
O Observatório Europeu do Sul, por exemplo, responsável pelo VLT, tem
planos ainda mais ambiciosos para a sua próxima geração de telescópios e
instrumentos, como o futuro Extremely Large Telescope (ELT), poderosa
instalação que está sendo construída a cerca de 20km do VLT.
"[Com esse telescópio] poderemos estudar com um detalhe extremo muitas
destas nuvens raras de gás, conseguindo finalmente desvendar a natureza
misteriosa das estrelas primordiais", acrescentou Valentina D'Odorico,
investigadora no Instituto Nacional de Astrofísica, na Itália, e
coautora do estudo.
Registro viralizou nos últimos dias nas redes sociais. 'Já perdi a conta de quantas pessoas vieram falar comigo sobre essa foto', disse o canadense Ken Pretty em entrevista ao g1. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 02/05/2023 15h38 Atualizado há um dia Postado em 03 de maio de 2023 às 07h00m #.*Post. - N.\ 10.777*.#
Imagem de iceberg em formato fálico foi tirada em Harbour Grace, em
Newfoundland, no Canadá. — Foto: Ken Pretty/Arquivo Pessoal
Há 7 anos o canadense Ken Pretty, da pacata cidade de Dildo (sem
trocadilhos aqui, a cidade existe mesmo no mapa), vem fazendo registros
das gélidas águas do litoral do país, flagrando animais como baleias e
formações típicas como icebergs, que costumam se deslocar pela região
nesses meses do ano.
Mas uma coleção de fotos do último desses passeios que Pretty fez na
quinta-feira (27) se tornou especial depois que usuários nas redes
sociais associaram as imagens a um formato fálico.
Antes mesmo de postar os registros no Facebook, o canadense conta em entrevista ao g1 que já imaginava que as fotos teriam uma repercussão, mas não tinha ideia do tamanho disso.
"Eu sabia que elas iriam chamar muita atenção nas redes sociais, mas nem sonhei que se tornariam virais", conta.
Imagem de iceberg em formato fálico foi tirada em Harbour Grace, em
Newfoundland, no Canadá. — Foto: Ken Pretty/Arquivo Pessoal
O registro inusitado foi feito em Harbour Grace, uma pequena cidade
localizada na província canadense de Terra Nova e Labrador.
E as fotos repercutiram bastante, principalmente depois que veículos canadenses revelaram a origem do autor dos retratos: "Homem de Dildo 'quebra a internet' com foto de iceberg fálico", lia um dos registros.
Pretty brinca que tudo isso contribuiu ainda mais para divertir quem
descobria a história, mas revela uma certa preocupação quando
questionado sobre a percepção das pessoas com a preservação ambiental e o
aquecimento global (que está aumentando consideravelmente o
derretimento de geleiras em todo o mundo).
"No ano passado vimos muito mais icebergs que estamos vendo este ano", revela.
O fotógrafo Ken Pretty segura o seu drone com que fez o flagra do iceberg. — Foto: Ken Pretty/Arquivo Pessoal
De acordo com a CBC, a emissora pública do Canadá, dados do Serviço de
Gelo do país mostram que mais de 200 formações do tipo estavam nessa
região apenas na semana passada, quanto o canadense fez o registro com
seu drone.
Caçadores de icebergs costumam procurar bastante o país para fazer
flagras do tipo. O governo da província onde o fotógrafo fez o registro
tem até um site específico para isso: o Iceberg Finder.
Agora é preciso fazer um alerta: quem deseja encontrar a formação
capturada por Pretty vai se decepcionar: ela já derreteu e perdeu sua
característica mais marcante.
Derretimento de geleiras
O registro de mais um iceberg derretendo serve como mais um alerta para
a atual emergência climática. Na semana passada, a Organização
Meteorológica Mundial (WMO) alertou que o nível do mar está subindo duas
vezes mais rápido do que na primeira década de medições (1993-2002) e
atingiu um novo recorde no ano passado.
Além disso, o documento da agência da ONU demonstrou que as geleiras
estão derretendo em um ritmo dramático e não podem mais ser conservadas,
já que os indicadores de mudança climática atingiram níveis recordes,
uma tendência que deve se consolidar até 2060.
O derretimento extremo das geleiras e o calor recorde dos oceanos - que
causa a expansão do volume de água - contribuíram para uma elevação
média do nível do mar da ordem de 4,62 mm por ano entre 2013 e 2022,
disse à agência da ONU em um relatório detalhando a devastação da
mudança climática.
Sob Lula, salário mínimo volta a ter ganho real, após estagnação nos governos Temer e Bolsonaro. Mas piso a R$ 1.320 ainda compra menos cestas básicas do que em 2018. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Thais Carrança, BBC 02/05/2023 04h00 Atualizado há 02 horas Postado em 02 de maio de 2023 às 06h15m #.*Post. - N.\ 10.776*.#
Sob Lula, salário mínimo volta a ter ganho real, mas ainda compra menos
cestas básicas do que em 2018 — Foto: MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL
O novo salário mínimo de R$ 1.320 começou a valer nesta segunda-feira
(01/05), representando uma alta de 1,4% ou R$ 18 em relação ao valor de
R$ 1.302 que vigorava desde 1º de janeiro.
O reajuste acima da inflação havia sido uma das promessas de campanha
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que com isso retoma a
valorização do piso salarial, uma das marcas dos seus dois primeiros
mandatos.
Mas quanto o salário mínimo se valorizou em cada governo, desde o fim da hiperinflação com a aprovação do Plano Real?
E qual o impacto do reajuste desse ano e do esperado para 2024 para as contas do governo?
Perguntamos aos economistas Daniel Duque, pesquisador do Ibre-FGV
(Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), e Vilma
Pinto, diretora da IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado
Federal.
Lula anuncia salário mínimo de R$ 1.320 a partir de maio e aumento da isenção de IR para R$ 2.640
Quanto o salário mínimo valorizou em cada governo
Quanto o salário mínimo valorizou em cada governo — Foto: BBC
Quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) assumiu a Presidência em 1995, o
salário mínimo valia R$ 70 e chegaria a R$ 240 no fim do seu segundo
mandato, em 2002.
Sob Lula, foi de R$ 240 a R$ 545 em oito anos, entre 2003 e 2010. Sob
Dilma Rousseff (PT), passou de R$ 622 a R$ 880, nos seus pouco mais de
cinco anos de mandato, interrompidos pelo impeachment.
Michel Temer (MDB) assumiu o governo com o mínimo a R$ 880 e entregou a
R$ 954. Enquanto sob Jair Bolsonaro (PL), o valor foi de R$ 998 a R$
1.212.
Agora, sob o terceiro mandato de Lula, o mínimo começou janeiro em R$ 1.302 e passou a R$ 1.320 em maio.
Mas, para avaliar quanto o mínimo se valorizou em cada governo, não
basta olhar para os valores nominais. É preciso descontar a inflação de
cada período.
Para fazer esse cálculo, Daniel Duque, da FGV, deflacionou os valores
do salário mínimo pelo IPCA, índice oficial de inflação do país.
Salário mínimo se valorizou sob FHC, Lula e Dilma, em diferentes níveis — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência
E o que os dados mostram é que o mínimo se valorizou 30,5% no primeiro
mandato de FHC e 7,3% no segundo, totalizando uma valorização real de
40% nos oito anos do tucano.
Lula registrou a maior valorização entre os presidentes que governaram o
país após a hiperinflação. No seu primeiro mandato, a valorização do
mínimo foi de 38,3% e no segundo, de 17,4%, totalizando 62,4% de ganhos
acima da inflação em oito anos.
No governo Dilma, com o crescimento do país perdendo fôlego, os ganhos
reais do salário mínimo também perderam força: foram de 12,4% no
primeiro mandato da petista e 5,5% no segundo, somando 18,5% em seus
pouco mais de cinco anos na presidência, até o impeachment.
Sob Temer e Bolsonaro, o país abandonou a política de valorização real
do mínimo, passando a reajustar o salário base apenas pela inflação.
Com isso o piso estagnou, registrando variação negativa de 0,2% nos
pouco mais de dois anos de gestão do emedebista e desvalorização real de
1,2% durante os quatro anos de Bolsonaro.
Agora, com os dois reajustes já anunciados por Lula em 2023, o mínimo
voltou a ter ganho real: de 6,1% até maio, considerando a inflação
projetada para o mês atual no boletim Focus.
Poder de compra em relação à cesta básica
Uma outra forma de avaliar o que aconteceu com o salário mínimo em cada
governo é ver o poder de compra do piso em relação à cesta básica.
Utilizando o valor da cesta básica de São Paulo calculado pelo Dieese
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos),
Duque encontra que o poder de compra do salário mínimo cresceu 57,4% nos
dois mandatos de FHC; 52,7% sob os oito anos de Lula; apenas 3,4% nos
governos Dilma; 1,7% sob Temer; despencando 24,3% durante os quatro anos
de governo Bolsonaro, em meio à forte alta do preço dos alimentos no
período.
Com os reajustes anunciados por Lula, e diante do valor esperado para a
cesta básica em abril e maio, o poder de compra do mínimo em relação à
cesta básica volta a crescer este ano, em 10,4%.
Ainda assim, o salário mínimo de R$ 1.320 só compra atualmente cerca de
1,6 cesta básica, ainda abaixo das 2,2 cestas que eram possíveis
comprar com o mínimo em agosto de 2018, ponto mais alto do poder de
compra do piso em relação à cesta básica, registrado durante o governo
Temer.
— Foto: BBC
O que aconteceu em cada governo
"A política de valorização do salário mínimo sempre teve basicamente
dois vetores, que são muito entrelaçados: a situação econômica e a
situação fiscal do país", observa Duque.
O economista lembra que, no primeiro mandato de FHC, houve uma
combinação de bom crescimento econômico, com inflação sob controle. O
salário mínimo também estava muito subvalorizado, após 20 anos de
inflação alta e reajustes não proporcionais.
"Havia bastante espaço para fazer o reajuste, e o real supervalorizado
contribuiu para uma menor inflação de alimentos, o que também aumentou o
poder de compra do salário", afirma.
Já no segundo governo FHC, o cenário se complica, com crescimento menor
e piora da situação das contas públicas. Em 1999, é implantado o
chamado Tripé Macroeconômico – conjunto de medidas que combinava câmbio
flutuante, metas de inflação e metas fiscais.
"O maior controle fiscal pressionou para não haver tanto reajustes do
mínimo [já que o salário base serve de referência para gastos públicos
como aposentadorias, benefícios sociais e salários do funcionalismo].
Não houve perda real, mas também não houve grande valorização no
período", diz Duque.
Num cenário de retomada do crescimento econômico, Lula realiza em seu
primeiro mandato a maior valorização do mínimo do período pós-Plano
Real.
Em 2007, essa política de valorização é consolidada em uma regra, que
previa a correção anual do mínimo pela variação da inflação do ano
anterior, mais o crescimento do PIB de dois anos antes. Essa regra
viraria lei em 2011.
Mesmo assim, no segundo mandato de Lula, a valorização perde um pouco de força.
"O governo Dilma mantém a mesma política de valorização, mas num
cenário de crescimento menor, que resulta em reajustes do mínimo mais
baixos", observa Duque.
Sob Temer e Bolsonaro, num cenário de restrições fiscais, a política de
valorização do mínimo é abandonada e os reajustes passam a ser feitos
apenas pela inflação.
Soma-se a isso, no governo Bolsonaro, uma forte alta da inflação de
alimentos – impactados pela pandemia, quebras de safra por questões
climáticas e a guerra da Ucrânia – que prejudicou ainda mais o poder de
compra do salário mínimo em relação à cesta básica.
Com a volta da valorização, Duque destaca a importância do salário básico.
"O salário mínimo foi bastante responsável por reduzir a desigualdade
de renda no país entre 1995 a 2015", observa o economista.
"Houve efeito importante também no combate à pobreza, devido principalmente aos benefícios atrelados a esse valor."
Segundo o Dieese, o Brasil tem 60,3 milhões de pessoas com rendimento
referenciado no salário mínimo, sendo 24,8 milhões de beneficiários do
INSS e 18,4 milhões de empregados, entre outros grupos.
O mínimo também impacta trabalhadores sem carteira e por conta própria, já que serve de referência para toda a economia.
Impacto do reajuste do mínimo nas contas públicas
Apesar desses efeitos positivos, a valorização do mínimo tem um custo.
Segundo cálculo do governo, cada R$ 1 de aumento do salário mínimo impacta em R$ 368,5 milhões por ano as contas públicas.
Assim, a alta de R$ 18 que passa a valer agora em maio deve gerar um
impacto de R$ 4,5 bilhões nas contas do governo entre maio e dezembro
deste ano.
Para 2024, o governo enviou o projeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (PLDO) com uma previsão de salário mínimo de R$ 1.389, que
considerava apenas o reajuste pela inflação.
Mas, segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o governo deve
apresentar um projeto de lei ao Congresso retomando a política de
valorização real que vigorou nos governos petistas anteriores.
Caso a regra seja retomada, o mínimo iria R$ 1.429 em 2024, gerando um
custo de R$ 14,7 bilhões adicionais para as contas do governo no próximo
ano.
Além disso, o governo somente até maio já aumentou o valor do Bolsa
Família, reajustou os salários do funcionalismo público em 9% e anunciou
o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 2.640.
Diante de tudo isso, os analistas veem com descrença a promessa do
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de zerar o déficit primário já em
2024.
O resultado primário é a diferença entre receitas e despesas do governo
e o déficit acontece quando esse resultado está no negativo.
"A meta de zerar o déficit no próximo ano não é compatível com a
estrutura atual de receitas e despesas do governo", considera Vilma
Pinto, diretora da IFI.
Assim, o governo vai ter que cortar gastos ou aumentar a arrecadação para reequilibraras contas públicas.
"O governo tem sinalizado que isso deve acontecer pelo lado das
receitas [isto é, com maior arrecadação], mas a grande questão é que não
pode ser uma receita não recorrente, tem que ser algo que gere efeito
de médio prazo, para que haja impacto na sustentabilidade das contas
públicas", explica a economista.
"Como nossa dívida já está em nível elevado, se não conseguirmos gerar
resultado que faça ela ficar estável, isso mexe na expectativa dos
agentes e aumenta o risco fiscal. Isso tem consequências para a
atividade econômica, com efeitos na inflação e na taxa de desemprego."
Ou seja, se o desequilíbrio das contas públicas continuar, o benefício
do reajuste do salário mínimo acima da inflação poderá ser corroído por
uma aceleração dos preços e por menor geração de empregos.
Entidade aponta que trajetória do salário dos trabalhadores contrasta com a dos dividendos de acionistas no Brasil – que registraram alta de 24% em 2022 na comparação com 2021. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Alexandro Martello, g1 — Brasília 01/05/2023 00h01 Atualizado há 06 horas Postado em 01 de maio de 2023 às 06h15m #.*Post. - N.\ 10.775*.#
O salário médio do trabalhador brasileiro registrou uma queda de 6,9%
em 2022, acima do recuo médio de 3,19% registrado em 50 países no mesmo
período, revela relatório da Oxfam.
Os dados foram divulgados por ocasião do dia do Trabalhador, comemorado em 1º de maio.
"No
Brasil, a recuperação do emprego tem se dado às custas, principalmente,
de trabalho informal, mais precário, com menos acesso a direitos e
renda média menor", avaliou o coordenador de justiça econômica da Oxfam
Brasil, Jefferson Nascimento.
A Oxfam é uma organização independente sem fins lucrativos com atuação no país desde 2014.
Ajustados pela inflação, os números são baseados em dados da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e agências governamentais de
estatísticas, informou a entidade.
Segundo a organização, 1 bilhão de trabalhadoras e trabalhadores de 50
países tiveram um corte médio de US$ 685 em seus salários em 2022. A
perda coletiva foi de US$ 746 bilhões em salários reais (caso os
pagamentos tivessem sido reajustados pela inflação).
Informalização e pedidos de demissão crescem no mercado de trabalho
Dividendos de acionistas
De acordo com o documento, a queda do salário dos trabalhadores
contrasta com a evolução dos dividendos de acionistas no Brasil, que
receberam, no ano passado, cerca de 24% a mais do que em 2021.
Segundo a Oxfam, os pagamentos feitos aos acionistas, considerados
"exorbitantes", beneficiam os mais ricos da sociedade, aumentando os
níveis já altos de desigualdade.
"Os dividendos recebidos por acionistas em 2022 foi um recorde de US$
1,56 trilhão, aumento de 10% em relação a 2021. Acionistas de empresas
brasileiras receberam US$ 34 bilhões, quase o mesmo montante do que
trabalhadoras e trabalhadores do país tiveram em cortes em seus
salários", informou a entidade.
"Enquanto
os executivos de grandes empresas lucram com aumentos de seus salários e
dividendos de ações, a grande parte da população, que é trabalhadora
assalariada, tem seus salários reduzidos e mal conseguem acompanhar o
custo de vida em seus países. Essa desigualdade é inaceitável e,
infelizmente, nada surpreendente”, afirma Katia Maia, diretora executiva
da Oxfam Brasil.
Renda cresce mais na faixa que tem os maiores salários
Trabalho não remunerado
Segundo o estudo da organização, as mulheres de todo o mundo trabalham
pelo menos 380 bilhões de horas a cada mês em atividades de cuidado não
remuneradas.
"Trabalhadoras frequentemente têm que trabalhar menos tempo ou
abandonar seus empregos devido a essas atividades de cuidado não
remuneradas. Elas também enfrentam discriminação, assédio e salários
menores do que os recebidos pelos homens", informou.
Mulheres movimentam US$ 10 trilhões por ano com 'economia do cuidado'