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quinta-feira, 30 de março de 2023

BC eleva para 1,2% previsão de alta do PIB em 2023 e vê 83% de chance de estouro da meta de inflação

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BC elevou sua estimativa de inflação para esse ano de 5% para 5,8%. Informações constam no relatório de inflação do primeiro trimestre deste ano, divulgado pelo Banco Central.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 30 de março de 2023 às 09h30m

 #.*Post. - N.\ 10.741*.#

O Banco Central elevou de 1% para 1,2% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

A informação consta do relatório de inflação do primeiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (30).

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.

"A revisão moderada reflete, especialmente, surpresas positivas em alguns componentes do setor de serviços no quarto trimestre de 2022, melhora nos prognósticos para a indústria extrativa e os primeiros indicadores do primeiro bimestre de 2023", informou.

Apesar da alta, o resultado para o PIB desse ano estimado pelo BC ainda representa desaceleração em relação ao patamar do ano passado – quando a expansão foi de 2,9%. E também frente ao ano de 2021, que apresentou um crescimento de 5%.

Esses dois resultados de anos anteriores foram medidos em um período de recuperação da atividade econômica em relação à fase crítica da pandemia.

"Tal desaceleração é influenciada pela diminuição do ritmo de crescimento global e pelos impactos cumulativos da política monetária doméstica [alta dos juros para conter a inflação]", avaliou o Banco Central.

Economista Nelson Marconi faz análise sobre o crescimento da economia brasileira em 2023Economista Nelson Marconi faz análise sobre o crescimento da economia brasileira em 2023

Inflação

Para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)o Banco Central elevou sua estimativa para 2023 de 5%, em dezembro do ano passado, para 5,8% em março desse ano.

"Em termos de probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância, destaca-se, no cenário de referência, a subida da probabilidade de a inflação ficar acima do limite superior em 2023, que passou de cerca de 57% [no relatório anterior] para 83% [neste relatório]", diz o BC.

Entenda os impactos da inflação e dos juros na economiaEntenda os impactos da inflação e dos juros na economia

Para 2024, a projeção do BC para o IPCA avançou de 3% para 3,6%A meta de inflação do próximo ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Já para o ano de 2025, a estimativa de inflação do Banco Central avançou de 2,8% para 3,2%. Para esse ano, a meta de inflação foi mantida em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Terceiro ano seguido de estouro

Se confirmado não atingimento da meta em 2023, esse será o terceiro ano seguido de estouro. Em 2020, a inflação somou mais de 10%, ultrapassando o teto.

As metas de inflação baseiam as decisões do Banco Central sobre a taxa de juros. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o Banco Central pode reduzir o juro básico da economia.

Atualmente, a taxa Selic está em 13,75% ao ano, maior patamar em mais de seis anos, para conter pressões inflacionárias e tentar trazer a inflação de volta às metas pré-definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Apesar de as metas não terem sido cumpridas nos últimos dois anos, e de a previsão ser de novo estouro em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pressionado o Banco Central a reduzir a taxa básica da economia - com objetivo de estimular a economia e o emprego.

No começo do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PTdefendeu um aumento na meta de inflação, que atualmente é de 3,25% para 2023 e está fixada em 3% para os próximos dois anos.

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Correntes da Antártida podem entrar em colapso e causar 'desastre' no clima, alertam cientistas

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O derretimento do gelo pode desencadear uma reação em cadeia desastrosa, alerta um novo estudo australiano.
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TOPO
Por BBC

Postado em 30 de março de 2023 às 08h25m

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 — Foto: NASA via BBC
— Foto: NASA via BBC

O rápido derretimento do gelo na Antártida está causando uma drástica desaceleração nas correntes oceânicas profundas e pode ter um efeito desastroso no clima, alerta um novo relatório produzido por uma equipe de cientistas australianos.

De acordo com o estudo, os fluxos profundos de água que impulsionam as correntes oceânicas podem diminuir em 40% até 2050.

Essas correntes transportam calor vital, oxigênio, carbono e nutrientes ao redor do globo.

Pesquisas anteriores sugerem que uma desaceleração na corrente do Atlântico Norte pode fazer com que a Europa fique mais fria.

O novo estudo, publicado na revista científica Nature, também adverte que a desaceleração pode reduzir a capacidade do oceano de absorver dióxido de carbono da atmosfera.

O relatório descreve como a rede de correntes oceânicas da Terra é impulsionada em parte pelo movimento descendente da água salgada fria e densa em direção ao fundo do mar perto da Antártida.

Mas, à medida que a água doce da calota polar derrete, a água do mar se torna menos salgada e densa, e o movimento descendente diminui.

Essas correntes oceânicas profundas, ou overturning (capotamento), permaneceram relativamente estáveis ​​por milhares de anos nos hemisférios norte e sul, segundo os cientistas, mas agora estão sendo afetadas pelo aquecimento do clima.

"Nosso modelo mostra que, se as emissões globais de carbono continuarem no ritmo atual, o overturning da Antártida vai diminuir em mais de 40% nos próximos 30 anos — e em uma trajetória que parece caminhar para o colapso", afirmou Matthew England, oceanógrafo da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sydney, que liderou o estudo.

"Se os oceanos tivessem pulmões, este seria um deles", acrescentou.

Adele Morrison, que contribuiu para o relatório, explicou que, à medida que a circulação oceânica desacelerou, a água na superfície atingiu rapidamente sua capacidade de absorção de carbono, e não foi substituída por água não saturada de carbono de profundidades maiores.

O Estudo Atlas de 2018 mostrou que o sistema de circulação do Oceano Atlântico estava mais fraco do que havia sido por mais de 1.000 anos — e havia mudado significativamente nos últimos 150.

O documento sugeriu que mudanças na Circulação Meridional de Capotamento do Atlântico (Amoc, na sigla em inglês) poderiam resfriar o oceano e o noroeste da Europa, afetando os ecossistemas nas profundezas do mar.

Uma representação fictícia da interrupção da Amoc foi apresentada no filme sobre desastre climático O Dia Depois de Amanhã (2004).

Mas, de acordo com Morrison, uma desaceleração do overturning no sul teria mais impacto sobre os ecossistemas marinhos e a Antártida em si.

"O overturning traz à tona nutrientes que afundam quando os organismos morrem... para reabastecer de nutrientes o ecossistema global e de pesca", diz ela à BBC.

"A outra grande implicação que poderia ter é um feedback sobre quanto da Antártida vai derreter no futuro. Isso abre caminho para águas mais quentes que podem causar um aumento do derretimento, o que seria um feedback adicional, colocando mais água derretida no oceano e diminuindo ainda mais a velocidade da circulação", acrescenta.

Os cientistas gastaram 35 milhões de horas computacionais ao longo de dois anos para produzir seus modelos, que sugerem que a circulação em águas profundas na Antártida pode ser reduzida ao dobro da taxa de declínio do Atlântico Norte.

"[É] impressionante ver isso acontecer tão rápido", disse o climatologista Alan Mix, da Universidade do Estado do Oregon, nos EUA, coautor da última avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

"Parece que está entrando em ação agora. Isso é manchete de jornal", disse ele à agência de notícias Reuters.

O efeito da água derretida da Antártida sobre as correntes oceânicas ainda não foi levado em consideração nos modelos do IPCC sobre mudanças climáticas, mas será "considerável", de acordo com Matthew England, autor do estudo.

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quarta-feira, 29 de março de 2023

Cientistas apresentam almôndega de carne de mamute

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Carne de espécie extinta foi cultivada em laboratório e exibida nesta terça-feira (28), na Holanda. Almôndega ainda não está pronta para ser consumida e precisa passar por testes.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 29 de março de 2023 às 06h10m

 #.*Post. - N.\ 10.739*.#

Almôndega de mamute foi apresentada em museu, na Holanda — Foto: Reuters
Almôndega de mamute foi apresentada em museu, na Holanda — Foto: Reuters

Cientistas apresentaram, nesta terça-feira (28), em Amsterdã, uma almôndega de carne cultivada em laboratório de um mamute lanoso, uma espécie extinta, e afirmaram que esta "viagem" ao passado abre caminho para os alimentos do futuro.

A iguaria da empresa australiana de carne cultivada Vow foi exibida sob uma cúpula de vidro no museu de ciências NEMO, na capital holandesa.

Mas esta carne de paquiderme ainda não está pronta para ser consumida: a proteína com milhares de anos ainda deve passar por testes de segurança antes de poder ser consumida pelos seres humanos da atualidade.

"Escolhemos a carne de mamute lanoso porque é um símbolo de perda, extinto pelas mudanças climáticas anteriores", disse à AFP Tim Noakesmith, cofundador da Vow.

"Enfrentamos um destino similar se não fizermos as coisas de forma distinta, como mudar as práticas da agricultura em larga escala e nossa forma de comer", acrescentou.

Cultivada durante várias semanas, a almôndega foi criada por cientistas que haviam identificado anteriormente a sequência de DNA da mioglobina do mamute, a proteína que dá o sabor à carne.

Com algumas lacunas, a sequência de DNA foi completada com os genes do elefante africano, o parente vivo mais próximo desse paquiderme ancestral, e introduzida em células de cordeiro com ajuda de uma descarga elétrica.

"Não vou comê-la ainda porque não vemos esta proteína há 4.000 anos", declarou Ernst Wolvetang, do Instituto Australiano de Bioengenharia da Universidade de Queensland, que colaborou com a Vow.

"Contudo, depois dos testes de segurança, estarei realmente curioso para ver com o que ela se parece", acrescentou.

O consumo mundial de carne quase dobrou desde o início dos anos 1960, segundo números da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês).

De acordo com essa entidade, a pecuária representa 14,5% das emissões mundiais de gases do efeito estufa causadas pelo homem.

Com a previsão de que esse consumo ainda aumente 70% até 2050, os cientistas buscam alternativas como a carne vegetal ou a cultivada em laboratório.

Com sede em Sydney, a empresa Vow não quer impedir as pessoas de comer carne, mas "oferecer algo melhor", afirmou Noakesmith, que se define como "um vegetariano frustrado".

"Escolhemos fazer uma almôndega de carne de mamute para atrair a atenção de que o futuro da alimentação pode ser melhor e mais sustentável", concluiu.

Reconstrução de um exemplar de mamute-lanoso que está no Museu Real da Columbia Britânica  — Foto: rpongsaj/Wikimedia Commons
Reconstrução de um exemplar de mamute-lanoso que está no Museu Real da Columbia Britânica — Foto: rpongsaj/Wikimedia Commons

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terça-feira, 28 de março de 2023

Arcabouço fiscal 'sólido e crível' pode levar processo mais benigno de queda da inflação, diz Banco Central

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Informação consta na ata da última reunião do Copom, realizada na semana passada, quando a taxa básica de juros da economia foi mantida estável em 13,75% ao ano - o maior nível em mais de seis anos.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 28 de março de 2023 às 10h10m

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O Banco Central avaliou nesta terça-feira (28) que um "arcabouço" fiscal sólido e crível pode levar a um processo de queda da inflação "mais benigno" ao reduzir as expectativas de alta dos preços, de incerteza na economia e do prêmio de risco de ativos (entre eles, a taxa de juros e o câmbio).

A informação consta na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado formado pelo presidente e diretores do BC, responsável por definir o nível da taxa básica de juros da economia.

"O Copom enfatizou que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a apresentação do arcabouço fiscal, uma vez que a primeira segue condicional à reação das expectativas de inflação, às projeções da dívida pública e aos preços de ativos", acrescentou o BC.

O patamar juro brasileiro, que em termos reais (descontada a inflação estimada para os doze meses seguintes) é o maior do mundo, tem sido criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes do governo.

Na última semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou o tom do comunicado divulgado no dia da reunião do Copom, que considerou "preocupante". O documento, que não trouxe referências ao arcabouço fiscal, também deixou a porta aberta para novos aumentos de juros.

Arcabouço fiscal

A área econômica do governo está finalizando o chamado "arcabouço fiscal", que são novas regras para as contas públicas em substituição ao atual teto de gastos como parâmetro para o controle dos gastos – uma "âncora fiscal", no jargão da economia.

O governo já informou que vai enviar a proposta ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril.

A ideia é de se criar um mecanismo que permita ao governo fazer investimentos e despesas orçamentárias em saúde e educação, por exemplo, os chamados gastos sociais, sem gerar descontrole nas contas públicas.

Apesar de ainda não haver informações sobre qual será o desenho da nova regra fiscal, especialistas consultados pelo g1 são unânimes em dizer que o novo arcabouço é necessário para que o governo consiga melhorar ao longo do tempo o resultado das suas contas públicas e também para estabilizar o endividamento público.

Na semana passada, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, avaliou que, se o novo arcabouço fiscal for "bom", a taxa básica de juros da economia pode recuar já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para o começo do mês de maio.

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Telescópio Hubble registra imagem de galáxia 'água-viva'

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A observação feita pelo telescópio ajudará os astrônomos a entender como as estrelas se formam em partes distantes do universo.
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Por g1

Postado em 28 de março de 2023 às 09h40m

 #.*Post. - N.\ 10.737*.#

Telescópio Hubble captura imagem de "galáxia água-viva" — Foto: Reprodução/NASA
Telescópio Hubble captura imagem de "galáxia água-viva" — Foto: Reprodução/NASA

O telescópio Hubble da agência espacial americana Nasa captou a imagem de uma galáxia "água-viva". Apesar de se parecer bastante com o animal, a galáxia JW100 tem esse aspecto por causa do fluxo de gás do corpo celeste, que parecem flutuar como tentáculos. Desses tentáculos, se formam estrelas.

Isso acontece devido a um processo chamado RAM (Ram Pressure Stripping), que é quando as galáxias encontram com um gás que fica ao redor dos aglomerados de galáxias. Conforme elas atravessam a cortina de gás, ele age como um vento que retira a poeira de dentro da galáxia, criando essas manchas brilhantes.

Os filamentos representam a formação de estrelas em condições extremas e pode ajudar os astrônomos a entender melhor o processo de formação de estrelas em outras partes do universo.

Mais acima, na mesma imagem, há duas manchas brilhantes próximas uma a outra, parecendo um semáforo (veja abaixo). Chamada de IC 5338, essa é a galáxia mais brilhante do aglomerado. Conforme galáxias desse tipo crescem, elas consomem outras menores, o que faz com que tenham vários núcleos.

Telescópio Hubble captura imagem de "galáxia água-viva" — Foto: Reprodução/NASA
Telescópio Hubble captura imagem de "galáxia água-viva" — Foto: Reprodução/NASA

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segunda-feira, 27 de março de 2023

Quais são as novas armas testadas pela Coreia do Norte?

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País intensificou ensaios bélicos nos últimos cinco anos.Novos sistemas testados indicam sofisticação de arsenal militar norte-coreano.
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TOPO
Por Deutsche Welle

Postado em 27 de março de 2023 às 06h00m

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Líder norte-coreano, Kim Jong-un, é presença constante em testes de armas — Foto: Korea News Service/AP
Líder norte-coreano, Kim Jong-un, é presença constante em testes de armas — Foto: Korea News Service/AP

A Coreia do Norte intensificou seus testes de novas armas nos últimos cinco anos, demonstrando a sofisticação de seu arsenal bélico. O novo avanço norte-coreano seria um drone submarino capaz de criar "tsunami radioativo" que destruiria frotas de ataque naval e portos.

Pyongyang afirma que suas forças nucleares são capazes de destruir seus rivais e, com frequência, realiza testes de armas provocativos, cujos resultados são divulgados com detalhes.

Especialistas estrangeiros questionam o real poderio bélico nuclear do país. Apesar da superioridade militar da aliança formada por seus rivais Estados Unidos e Coreia do Sul, os novos sistemas testados por Pyongyang podem causar danos reais em caso de uma guerra.

Não há dúvidas de que a Coreia do Norte possui bombas nucleares e mísseis com capacidade para alcançar o continente nos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão. O que não está claro é se o país já dominou a complicada engenharia necessária para juntar as bombas e os mísseis.

Confira os novos sistemas bélicos testados por Pyongyang nos últimos anos:

Mísseis balísticos de curto alcance

Desde 2019, após o fracasso do diálogo com Washington, a Coreia do Norte começou a testar esses novos sistemas para renovar seu arsenal tático e dotá-lo com capacidade nuclear. Em termos operativos, essa é a ameaça mais real atualmente devido à proximidade do território sul-coreano e de bases americanas presentes na região.

Pyongyang intensificou testes de armas nos últimos cinco anos — Foto: KCNA via Reuters
Pyongyang intensificou testes de armas nos últimos cinco anos — Foto: KCNA via Reuters

O KN-25 é um lançador de mísseis múltiplos de grande calibre. O KN-23 e KN-24 são mísseis de curto alcance que operam com combustível sólido e podem traçar trajetórias não completamente balísticas, o que torna difícil sua interceptação. Esses sistemas são chamados de armas nucleares "táticas".

Aparentemente inspirado no russo Iskander, o KN-23 parece ser o sistema preferido do regime devido à quantidade de testes realizadas e as variações de desenho do projétil ou de suas plataformas de lançamento. Esse tipo de míssil é projetado para ser manobrável e voar baixo, teoricamente oferecendo uma melhor chance de burlar os sistemas de defesa antimísseis sul-coreanos e americanos.

Segundo a agência estatal de notícias norte-coreana KCNA, esses sistemas de artilharia novos podem transportar ogivas nucleares, e apenas quatro mísseis seriam suficientes para acabar com uma base aérea. A capacidade nuclear desses sistemas não foi confirmada de forma independente.

Embora o país consiga colocar ogivas nucleares simples em alguns de seus mísseis antigos, como o Scuds e Rodong, provavelmente mais avanços tecnológicos e mais testes nucleares para a construção de ogivas menores e mais desenvolvidas seriam necessários para seu uso nos novos sistemas táticos, avaliam especialistas.

Míssil hipersônico

Mencionado pela primeira vez no oitavo congresso do único partido da Coreia do Norte, em janeiro de 2021, o míssil hipersônico começou a ser testado em diferentes variações naquele mesmo ano.

Em parada militar em fevereiro, país destacou ICBMs — Foto: KCNA via Reuters
Em parada militar em fevereiro, país destacou ICBMs — Foto: KCNA via Reuters

Posteriormente, o regime apresentou um sistema com suposta capacidade operacional ou quase operacional, o Hwasong-8 – míssil de alcance intermediário, que pode chegar a até 3.000 quilômetros, ou seja, que pode atingir bases americanas no Japão e Guam.

O Hwasong-8 pode ainda, teoricamente, escapar de escudos antimísseis.

Mísseis de cruzeiro de longo alcance

Desde setembro de 2021, Pyongyang testou em várias ocasiões diferentes variações de projéteis de longo alcance de alta precisão por controle remoto. Neste ano, o país revelou o nome de dois modelos testados: Hwasal-1 e Hwasal-2, que teriam capacidade para voar 1.500 e 2.000 quilômetros.

Seul e Washington têm, aparentemente, dificuldades em detectar esses lançamentos, pois, apesar de esses modelos atingirem apenas velocidades subsônicas, eles podem voar por mais de duas horas em padrões irregulares e muito perto do solo.

Em meados de março, Pyongyang anunciou que conseguiu lançar pela primeira vez a partir de um submarino dois mísseis estratégicos de longo alcance, cujas características de voo parecem corresponder ao Hwasal-1.

Míssil balístico de alcance intercontinental (ICBM)

Depois de uma primeira e aparentemente fracassada tentativa em março de 2022, o regime norte-coreano conseguiu lançar com sucesso em duas ocasiões um míssil balístico de alcance intercontinental (ICBM).

Com capacidade de percorrer mais de 15 mil quilômetros – teoricamente podendo atingir qualquer região do planeta, exceto a América do Sul –, o míssil só foi lançado em ângulos altos, para evitar que ele sobrevoasse outros países. Apenas um lançamento com trajetórias operacionais permitiria saber se o projétil é capaz de suportar as duras condições de reentrada na atmosfera da Terra.

De qualquer forma, o Hwasong-17 é o sistema ideal para o regime desenvolver uma ogiva nuclear múltipla – um recurso que em condições operacionais poderia colocar em prova os escudos antimísseis dos EUA.

Além do Hwasong-17, a Coreia do Norte possui outros dois ICBMs: Hwasong-14 e Hwasong-15. Todos os três são movidos com combustível líquido e teriam capacidade nuclear.

Há dúvidas se o país já possui tecnologia para proteger as ogivas de altas temperaturas e do ambiente de alto estresse durante a reentrada do míssil na atmosfera terrestre.

Em uma parada militar no início do ano, a Coreia do Norte exibiu cerca de uma dezena de mísseis balísticos de alcance intercontinental, um número inédito que indicaria um progresso em seus esforços na produção em massa de armas poderosas.

Filha de Kim passou a aparecer ao lado do pai em testes militares — Foto: KCNA/REUTERS
Filha de Kim passou a aparecer ao lado do pai em testes militares — Foto: KCNA/REUTERS

Drone submarino nuclear

O mais recente anúncio de um suposto avanço bélico seria o drone submarino não tripulado capaz de desencadear um "tsunami radioativo" que destruiria frotas de ataque naval e portos. "Este aparelho submarino de ataque nuclear pode ser colocado em qualquer costa e porto ou rebocado por um navio de superfície", noticiou a KCNA.

O drone submarino testado é semelhante ao sistema russo conhecido como Poseidon, que ao explodir provoca ondas gigantes de poluição. Além de destruir frotas e infraestrutura, esse tipo de armamento tem capacidade de causar danos ambientais terríveis às regiões costeiras, que permaneceriam contaminadas por décadas, tanto na parte terrestre quanto nas águas circundantes.

País testou diversos tipos de sistemas de mísseis nos últimos cinco anos — Foto: KCNA/REUTERS
País testou diversos tipos de sistemas de mísseis nos últimos cinco anos — Foto: KCNA/REUTERS

De acordo com a KCNA, o drone submarino começou a ser desenvolvido em 2012 e já foi submetido a 50 tipos de testes nos últimos dois anos, sendo 29 na presença do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Analistas também duvidam das alegações, devido à alta complexidade que tal sistema exige. A Rússia afirma ter drones submarinos em condições operacionais há meses, embora haja enorme sigilo em torno do projeto. Sabe-se, porém, que o sistema russo requer propulsão nuclear – uma capacidade que Pyongyang não possui.

Ogivas nucleares

Estima-se que a Coreia do Norte possua dezenas de ogivas nucleares. Estimativas sobre o número delas variam de entre 20 e 60 a até 115.

A principal questão é se elas são compactas o suficiente para caber num míssil. Especialistas divergem sobre essa capacidade. Alguns argumentam que, devido ao número de anos que o país investiu no programa nuclear, provavelmente já alcançou essa tecnologia. Outros dizem que Pyongyang está longe de construir tais ogivas.

Até agora, o país já realizou seis testes nucleares subterrâneos para fabricar ogivas que possam ser usadas em seus projéteis. No último realizado em 2017, Pyongyang disse se tratar da detonação de uma bomba termonuclear construída para ICBMs. A explosão criou um tremor de magnitude 6,3, e estudos estimam o teor explosivo em cerca de 50 a 140 quilotons de TNT.

Em comparação: as duas bombas atômicas jogadas em Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial, que mataram 210 mil pessoas, tinham teores explosivos de 15 e 20 quilotons de TNT, respectivamente.

Seul estima que a Coreia do Norte tenha 70 quilos de plutônio para armas nucleares, além de uma quantidade considerável de urânio enriquecido.

O complexo norte-coreano de Yongbyon tem instalações tanto para produzir plutônio quanto urânio altamente enriquecido, os dois principais ingredientes de armas nucleares. Acredita-se ainda que Pyongyang possua ao menos mais um local secreto para o enriquecimento de urânio.

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