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quarta-feira, 8 de março de 2023

Como cientista dos EUA pretende bater recorde e viver 100 dias embaixo d'água

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Joseph Dituri, de 55 anos, está vivendo em um alojamento submerso a uma profundidade de cerca de nove metros em Key Largo, na Flórida.
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TOPO
Por Alessandra Corrêa, BBC — Washington

Postado em 08 de março de 2023 às 08h30m

 #.*Post. - N.\ 10.707*.#

Dituri dentro do alojamento enquanto um grupo de mergulhadores posa para foto com ele do lado de fora — Foto: CORTESIA DE JOSEPH DITURI, USF via BBC
Dituri dentro do alojamento enquanto um grupo de mergulhadores posa para foto com ele do lado de fora — Foto: CORTESIA DE JOSEPH DITURI, USF via BBC

Foi ao longo de 28 anos como mergulhador da Marinha dos Estados Unidos que o doutor em engenharia biomédica Joseph Dituri, pesquisador e professor da Universidade do Sul da Flórida (USF), desenvolveu sua paixão pelo fundo do mar. Apelidado de Dr. Deep Sea (Dr. Mar Profundo), Dituri, de 55 anos de idade, conhece como poucos o ambiente marinho.

Na semana passada, Dituri, que é especialista em mergulho saturado (em grandes profundidades), iniciou um dos principais desafios de sua carreira: passar cem dias morando embaixo d'água. Durante o período, ele vai viver em um alojamento submerso a uma profundidade de cerca de nove metros em Key Largo, na Flórida.

Dituri quer bater o recorde mundial de mais tempo morando embaixo d'água, conquistado em 2014 por dois pesquisadores da Universidade do Tennessee, que passaram 73 dias no mesmo alojamento, chamado Jules' Undersea Lodge.

"Mas essa não é a parte mais importante", disse Dituri em entrevista coletiva ao apresentar o projeto, iniciado em 1º de março. Durante todo o período embaixo d'água, ele vai conduzir pesquisas sobre saúde, ambiente marinho e novas tecnologias, além de continuar a lecionar na universidade, em aulas online.

O projeto é uma oportunidade para pesquisar como a exposição de longo prazo à pressão aumentada embaixo d'água afeta o corpo humano.

Dituri já foi submetido a uma série de testes físicos e psicológicos — Foto: CORTESIA DE JOSEPH DITURI, USF via BBC
Dituri já foi submetido a uma série de testes físicos e psicológicos — Foto: CORTESIA DE JOSEPH DITURI, USF via BBC

Os efeitos físicos e mentais de ficar por um período tão prolongado no ambiente subaquático serão monitorados por uma equipe médica formada por dez profissionais, que irão fazer visitas regulares ao alojamento e submeter Dituri a uma bateria de testes, incluindo exames de sangue, ultrassom e eletrocardiograma, entre outros.

Ele já passou por uma série de testes físicos e psicológicos em preparo ao desafio, e continuará a ser monitorado após o fim da temporada, para pesquisar efeitos de longo prazo. Também será avaliado periodicamente por psicólogos e psiquiatras, que vão documentar o impacto mental de passar tanto tempo confinado.

"O corpo humano nunca esteve embaixo d'água por tanto tempo, então serei monitorado de perto", ressalta Dituri. "Esse estudo vai examinar todas as maneiras pelas quais essa jornada pode impactar meu corpo, mas minha hipótese é a de que haverá melhora na minha saúde devido à maior pressão."

Dituri pretende aprofundar as conclusões de um estudo anterior, feito por pesquisadores da Universidade de Wisconsin, que sugere que a maior pressão do ambiente subaquático poderia ter impacto benéfico na longevidade e na prevenção de doenças associadas ao envelhecimento.

  • Além das pesquisas na área de saúde, o projeto também vai incluir testes de novas tecnologias, entre elas uma ferramenta de inteligência artificial para rastrear o corpo humano em busca de doenças e determinar se alguma medicação é necessária.
Antes de ser professor universitário, Dituri serviu 28 anos como mergulhador da Marinha dos Estados Unidos e é especialista em mergulho saturado (em grandes profundidades) — Foto: CORTESIA DE JOSEPH DITURI, USF via BBC
Antes de ser professor universitário, Dituri serviu 28 anos como mergulhador da Marinha dos Estados Unidos e é especialista em mergulho saturado (em grandes profundidades) — Foto: CORTESIA DE JOSEPH DITURI, USF via BBC

O pesquisador pretende receber em seu alojamento a visita de outros cientistas e alunos, por períodos curtos de até 24 horas, para estudos e discussões sobre preservação e proteção do ambiente marinho. Também vai receber grupos de crianças com acompanhantes, e diz que um de seus objetivos é inspirar novas gerações de cientistas.

"Quero ajudá-las (as crianças) a entender como fazer pesquisas, e saber que é possível fazer pesquisas em ambientes tão legais como esse laboratório submerso", salienta.

Detalhes das discussões com outros cientistas e de sua rotina serão postados em um canal no YouTube e em redes sociais.

A nova rotina

Dituri conta que o projeto tem um custo estimado em US$ 250 mil (cerca de R$ 1,29 milhão), financiado com uma combinação de bolsas e patrocínios de diferentes entidades.

Na semana passada, ao iniciar sua temporada submerso, ele apresentou a nova morada em uma série de vídeos curtos. Com pouco mais de 9 metros quadrados, os aposentos incluem camas beliches, chuveiro, vaso sanitário, cozinha equipada com frigobar, forno micro-ondas e cafeteira, e uma área de estar e de trabalho.

"Não é muito espaçoso, mas é confortável. E tem uma vista incrível", diz Dituri em um dos vídeos, apontando a câmera para um janelão de vidro, com vista para o fundo do mar.

Dituri com um pesquisador visitante no alojamento — Foto: CORTESIA DE JOSEPH DITURI, USF via BBC
Dituri com um pesquisador visitante no alojamento — Foto: CORTESIA DE JOSEPH DITURI, USF via BBC

O pesquisador chegou a comparar seu projeto a uma missão espacial, na qual exploradores também estão confinados e isolados. Ele conta que recebeu o apoio dos amigos e da família, incluindo a mãe, as três filhas e a namorada, ao embarcar na missão.

Apesar do confinamento na maior parte do tempo, Dituri poderá sair do alojamento quando quiser nadar e mergulhar, desde que se mantenha sempre completamente embaixo d'água.

A rotina vai incluir uma série de exercícios diários de resistência e alongamento, para evitar a atrofia dos músculos em um espaço tão pequeno. A falta de exposição ao sol será combatida com suplementos de vitamina D.

Dituri diz acreditar que a cura para muitas doenças pode ser encontrada em organismos presentes no oceano e ainda não descobertos. "Para descobrir, precisamos de mais pesquisadores", afirma.

"Tudo o que precisamos para sobreviver está neste planeta", ressalta Dituri. "Só é preciso procurar onde nunca procuramos antes."

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0jlkg37v1go

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terça-feira, 7 de março de 2023

Magenta, a cor que oficialmente não existe e foi criada por nosso cérebro

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No espectro de luz visível, estão todas as cores que conseguimos perceber… com exceção de uma.
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TOPO
Por BBC

Postado em 07 de março de 2023 às 16h05m

 #.*Post. - N.\ 10.706*.#

No espectro de luz visível estão todas as cores que conseguimos perceber… com exceção de uma — Foto: BBC
No espectro de luz visível estão todas as cores que conseguimos perceber… com exceção de uma — Foto: BBC

Observe a imagem acima: ela ilustra a variedade de cores presentes no espectro da luz visível, que nossos olhos conseguem perceber.

Talvez você não tenha notado, mas há uma em particular que não aparece: o magenta.

Ele não está lá e nem no espectro da luz visível na natureza. Por que, então, nós o vemos?

Nossos cérebros são processadores de informação esponjosos que convertem os bilhões de eventos que acontecem ao nosso redor em sinais que podemos entender.

São sons, aromas, sabores, sensações… um desses elementos que estão ao nosso redor são os campos eletromagnéticos, formados por ondas que, a depender da frequência, podem produzir uma série de efeitos.

O espectro de luz visível é uma porção pequena do espectro eletromagnético — Foto: BBC
O espectro de luz visível é uma porção pequena do espectro eletromagnético — Foto: BBC

Algumas servem, por exemplo, para aquecer os alimentos no micro-ondas, outras nos mostram os ossos do corpo nos exames de raios-x, e há aquelas que fazem com que os programas de rádio viagem das estações de transmissão aos aparelhos dos ouvintes.

O corpo humano é capaz de perceber com os sentidos apenas uma pequena fração desses comprimentos de onda - grande parte através dos olhos, por meio do que se chama de luz visível.

Por que detectamos apenas uma faixa restrita do espectro de ondas eletromagnéticas é algo ainda em estudo.

Mas sabemos, por exemplo, é que as ondas com comprimento entre 400 e 700 nanômetros, ou o espectro de luz visível, são os únicos comprimentos de onda que viajam facilmente pela água. Esse intervalo é também a parção do espectro de ondas eletromagnéticas que o Sol mais emite.

Como nossos primeiros ancestrais viveram no mar e estavam expostos ao Sol, faz sentido termos evoluído para detectar os comprimentos de onda mais comuns e úteis no espectro.

Das ondas às cores

Nossos olhos detectam cores por meio de cones, células especializadas que se concentram na mácula, o centro da retina.

Existem três tipos de cones no olho humano:

  • - Tipo L: sensível a comprimentos de onda longos
  • - Tipo M: sensível a comprimentos de onda médios
  • - Tipo S: sensível a comprimentos de onda curtos

Os cones S detectam os azuis; os M, os verdes; os Ls, os vermelhos. Mas vemos mais do que apenas vermelho, verde e azul. Isso porque as células cone dos olhos se sobrepõem nos comprimentos de onda que detectam, como ilustra o gráfico seguinte:

Observando a imagem, é possível perceber que, quando um raio de luz com um comprimento de onda de 570 nanômetros entra no olho, ele estimula os cones L e M. — Foto: BBC
Observando a imagem, é possível perceber que, quando um raio de luz com um comprimento de onda de 570 nanômetros entra no olho, ele estimula os cones L e M. — Foto: BBC

Observando a imagem, é possível perceber que, quando um raio de luz com um comprimento de onda de 570 nanômetros entra no olho, ele estimula os cones L e M.

As respostas são combinadas e transformadas em uma mensagem elétrica que é enviada ao longo do nervo óptico para o cérebro como um único sinal. E é esse sinal que interpretamos como luz amarela.

Uma peculiaridade estranha desse sistema é que, quando dois feixes de luz cujos comprimentos de onda somam a mesma coisa - neste caso, 570 nanômetros - entram no olho ao mesmo tempo, o sinal que é enviado ao cérebro é o mesmo.

Esses dois raios de luz combinados também nos fazem ver o amarelo.

A tela do aparelho pelo qual você está vendo as imagens também funciona de acordo com a maneira como nosso cérebro percebe as cores. Se você olhar de perto, verá que as telas são compostas de pequenos grupos de luzes vermelhas, verdes e azuis - mas podem reproduzir todo o espectro.

Cada cor que percebemos pode ser gerada por meio desse caminho duplo: um único comprimento de onda de luz ou uma combinação de comprimentos de onda que estimulam nossos cones da mesma maneira.

Exceto uma.

O magenta tem uma paleta variada — Foto: BBC
O magenta tem uma paleta variada — Foto: BBC

O magenta

Oficialmente, o magenta não existe.

Não há comprimento de onda de luz para o magenta, o que significa que é o cérebro humano que cria essa cor. Mas como?

Nós o percebemos apenas quando os cones S e L captam um sinal de luz vermelho e azul puro.

Não sabemos ainda porque o cérebro o cria. O mecanismo pode ter sido, contudo, muito útil a nossos ancestrais primatas que viviam em florestas verdes.

Frutas e flores da cor magenta teriam maior contraste contra um fundo verde, e vê-las tornou mais fácil para nossos ancestrais encontrar alimentos.

Nosso cérebro faz todos esses tipos de saltos cognitivos estranhos o tempo todo. Você pode se surpreender com o quanto do mundo ao seu redor não é exatamente o que parece ser.

*Este texto foi adaptado do vídeo da BBC Reel "Magenta: A cor que não existe". Se quiser ver o conteúdo original, em inglês, clique aqui.

- Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/articles/cj5yvyn80l0o

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Egito: arqueólogos descobrem miniesfinge sorridente; veja FOTO

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Segundo pesquisadores, estátua pode representar o imperador romano Cláudio.
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Por g1

Postado em 07 de março de 2023 às 12h10m

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Uma foto sem data divulgada pelo Ministério de Antiguidades do Egito em 6 de março de 2023 mostra um trabalhador desenterrando a esfinge perto do Templo de Dendera, na província de Qina. — Foto: Ministério Egípcio de Antiguidades/AFP
Uma foto sem data divulgada pelo Ministério de Antiguidades do Egito em 6 de março de 2023 mostra um trabalhador desenterrando a esfinge perto do Templo de Dendera, na província de Qina. — Foto: Ministério Egípcio de Antiguidades/AFP

Autoridades egípcias anunciaram nesta segunda-feira (6) a descoberta de uma miniesfinge "sorridente" que pode representar o imperador romano Claúdio, que governou entre os anos 41 a 54 d.C.

A esfinge de calcário foi encontrada perto do templo de Dendera, 500 quilômetros ao sul do Cairo, a capital do Egito, em um "tanque de água bizantino localizado em uma tumba de dois andares", informou o Ministério de Turismo e Antiguidades, em um comunicado.

Na ocasião também foi descoberta, ao seu lado, uma "estela [objeto de pedra] romana gravada em demótico e hieróglifos".

A estela ainda deve ser decifrada para levar à identidade do imperador, de acordo com a equipe egípcia encarregada das escavações.

O Egito revelou uma série de grandes descobertas arqueológicas nos últimos meses, principalmente na necrópole de Saqqara, perto do Cairo, e no planalto de Gizé, que abriga a pirâmide de Quéops, a última das sete maravilhas do Mundo Antigo que ainda está de pé.

Na quinta-feira (2), o país também anunciou que encontrou um túnel de nove metros no interior da Pirâmide de Gizé que poderia ser o caminho para chegar à "verdadeira câmara funerária do rei Quéops".

Mais ao sul, em Luxor, as autoridades se depararam com as ruínas de uma "cidade romana inteira", dos primeiros séculos da Era Cristã.

Para alguns especialistas, no entanto, a sucessão de descobertas pode ter mais motivação política e econômica do que científica.

O Egito vive grave crise econômica e o setor de turismo é um dos principais motores de sua economia.

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Com renda em alta, brasileiro que ganha menos que um salário mínimo deixará de ser a maior parcela dos trabalhadores

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Recuperação recente do mercado de trabalho fez diminuir parcela de quem não chega ao mínimo e aumentar, a nível recorde, população que ganha mais que dois salários mínimos.
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Por Raphael Martins, g1

Postado em 07 de março de 2023 às 06h15m

 #.*Post. - N.\ 10.704*.#

Cédulas de real nas mãos de uma pessoa. notas, dinheiro, reais, dólares, cotação, câmbio, valor, economia. -HN- — Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Cédulas de real nas mãos de uma pessoa. notas, dinheiro, reais, dólares, cotação, câmbio, valor, economia. -HN- — Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Com a taxa de desemprego na casa dos 7,9% em dezembro, o país fechou o ano de 2022 com o menor nível de desempregados desde o início de 2015. Ainda assim, um terço dos trabalhadores brasileiros vivem com rendimento menor do que um salário mínimo.

Em números absolutos, são mais de 33,2 milhões de pessoas vivendo com menos do que o mínimo. Trata-se de uma realidade que vem desde o baque no mercado de trabalho, causado pela pandemia de Covid-19 e retratado à época pelo g1.

A boa notícia é que, agora, a tendência é de melhora dos números: desde junho, a quantidade de trabalhadores que recebem entre meio e um salário mínimo está em queda. De lá para cá, são quase 2 milhões a menos nesta faixa de renda.

E não é só: no trimestre final de 2022, o número de trabalhadores que recebem mais que dois salários mínimos bateu recorde da série histórica, chegando a 32,9 milhões de pessoas. A expectativa é que esse grupo se torne a maior parcela dos trabalhadores já no próximo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores e autor do levantamento com base nos dados da PNAD, a trajetória do mercado de trabalho deve manter a tendência de queda entre os que recebem menos que um salário mínimo, mesmo sem um aumento expressivo do número de empregados.

Isso reflete, em parte, as trocas de emprego dentro do mercado de trabalho, conforme trabalhadores qualificados retornam para empregos com remuneração mais alta, ou à medida que fica mais previsível a formação de empregos em setores mais afetados pela pandemia — como no setor de serviços.

O ano de 2022 foi um ano forte do ponto de vista de ocupação, mas nem tanto pelo lado da renda. Já 2023 deve ser o contrário: um aumento de renda sem tanta criação de vagas, diz o economista.

A vida com menos de 1 salário mínimo
A vida com menos de 1 salário mínimo

Desaceleração da economia

Enquanto os números do mercado de trabalho trazem algum alento, a perspectiva de crescimento da atividade faz o contraponto de preocupação para os economistas.

Na semana passada, os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) mostram que o 4º trimestre de 2022 foi o primeiro a registrar queda em relação aos três meses anteriores desde o 2º trimestre de 2021. O recuo foi de 0,2% contra a janela passada.

Trata-se do desfecho de um processo de perda de força da atividade econômica, visto trimestre a trimestre. Sem espaço de estímulos à economia, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá desafios para garantir a atividade econômica e manter o nível de emprego no médio prazo.

Variação trimestral do PIB brasileiro  — Foto: Editoria de Arte/g1
Variação trimestral do PIB brasileiro — Foto: Editoria de Arte/g1

A economista-chefe da A.C. Pastore, Paula Magalhães, acredita que será muito difícil não acontecer uma desaceleração brusca, contando que o país tem um patamar de juros altos e que há uma falta de motor para o consumo com o alto endividamento da população.

A desaceleração da economia já se mostra com os dados de crédito, inadimplência subindo, e isso vai impactar o consumo. Por enquanto, o mercado de trabalho vai bem, mas os dados são muito defasados e ele responde por último entre os termômetros que temos, diz a economista.

Segundo o blog do Valdo Cruz, o presidente Lula conta justamente com as medidas que seu governo está adotando neste início de ano, como aumento real do salário mínimo e novo Bolsa Família, para reverter a desaceleração do crescimento da economia brasileira.

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segunda-feira, 6 de março de 2023

A missão para salvar o maior sapo do mundo

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Camaronês tenta aprender os segredos da rã ameaçada da extinção que pode chegar até o tamanho de um gato
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Por Helen Briggs, BBC

Postado em 06 de março de 2023 às 06h25m

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Cedric Fogwan segura uma das rãs-golias que quebraram recordes — Foto: JEANNE D'ARC PETNGA via BBC
Cedric Fogwan segura uma das rãs-golias que quebraram recordes — Foto: JEANNE D'ARC PETNGA via BBC

Quando Cedrick Fogwan viu pela primeira vez uma rã gigante, ficou bastante impressionado com suas proporções.

As rãs-golias podem crescer até o tamanho de um gato, é são consideradas os maiores anuros - ordem de anfíbios que inclui os sapos, rãs e pererecas - do mundo.

É quase como segurar um bebê (humano), diz ele, que carregou uma delas em uma missão de resgate.

O conservacionista camaronês ficou tão cativado que montou um projeto para lutar pelo futuro da espécie, que está ameaçada de extinção.

Quando descobri que esta espécie era única – a maior do mundo – disse que era algo que não encontramos facilmente em nenhum outro lugar e fiquei orgulhoso disso, diz ele.

"As pessoas na área dizem que são abençoadas por ter algo assim; eles atribuem a isso um valor cultural."

As rãs-golias podem ser tão grandes quanto um gato de estimação, medindo até 32 cm de comprimento e pesando mais de 3,25 kg — Foto: CEDRICK FOGWAN via BBC
As rãs-golias podem ser tão grandes quanto um gato de estimação, medindo até 32 cm de comprimento e pesando mais de 3,25 kg — Foto: CEDRICK FOGWAN via BBC

Durante décadas, a rã-golias foi caçada em excesso para alimentação e comércio de animais de estimação em Camarões e na Guiné Equatorial, os dois países onde é encontrada.

Seu habitat ao lado de rios e córregos está sendo rapidamente destruído e o anfíbio agora é classificado como ameaçado de extinção.

A rã é pouco conhecida pela ciência e, mesmo em Camarões, muitos locais desconhecem seu valor para o ecossistema - uma de suas funções é caçar insetos que danificam plantações.

A equipe de conservação trabalha para persuadir os caçadores a se tornarem cientistas cidadãos, registrando a localização das rãs em vez de usá-las como alimento.

Eles também estão trabalhando com grupos locais para ajudar a estabelecer a criação de caracóis para fornecer uma fonte alternativa de alimento.

O trabalho de conservação está começando a dar frutos, com rãs-golias retornando a novos rios na reserva do Monte Nlonako, na região litorânea de Camarões.

A ligação feita por um ex-caçador, que relatou que uma rã havia sido capturado por um vizinho, foi um ponto de virada para o projeto. Cedric conseguiu resgatar o animal e devolvê-lo à natureza.

"Acredito que podemos tê-la para sempre e podemos continuar orgulhosos dela", diz ele.

O projeto para salvar a rã-golias é apoiado pelo Conservation Leadership Program (CLP) administrado pela Fauna & Flora International, BirdLife International e pela Wildlife Conservation Society.

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domingo, 5 de março de 2023

ONU chega a acordo histórico para proteger a vida marinha em alto mar

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Foco é nas regiões fora das águas das fronteiras nacionais, conhecidas como alto mar. Discussões sobre esse tratado aconteciam há quase 20 anos.
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Por Associated Press

Postado em 05 de março de 2023 às 08h00m

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Países assinam acordo histórico para proteger oceanos
Países assinam acordo histórico para proteger oceanos

Após duas semanas de negociações em Nova York (EUA), os membros das Nações Unidas concordaram com um tratado unificado para proteger a biodiversidade em alto mar – quase metade da superfície do planeta.

A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar começou a se encontrar em 1994, antes que a biodiversidade marinha fosse um conceito bem estabelecido.

Uma estrutura atualizada para proteger a vida marinha nas regiões fora das águas das fronteiras nacionais, conhecidas como alto mar, está em discussão há mais de 20 anos, mas os esforços anteriores para chegar a um acordo foram repetidamente paralisados. O tratado de acordo unificado foi alcançado no final do sábado.

Nós realmente só temos dois grandes bens comuns globais – a atmosfera e os oceanos, disse a bióloga marinha de Georgetown, Rebecca Helm. Embora os oceanos possam atrair menos atenção, proteger esta metade da superfície da Terra é absolutamente crítico para a saúde do nosso planeta.

Agora que o tão esperado texto do tratado foi finalizado, Nichola Clark, especialista em oceanos do Pew Charitable Trusts que observou as negociações em Nova York, disse:Esta é uma oportunidade única em uma geração para proteger os oceanos - uma grande vitória para biodiversidade.

O tratado criará um novo órgão para gerenciar a conservação da vida oceânica e estabelecer áreas marinhas protegidas em alto mar. E Clark disse que isso é fundamental para alcançar a recente promessa da Conferência de Biodiversidade da ONU de proteger 30% das águas do planeta, bem como suas terras, para conservação.

Tartaruga nada próximo a coral debaixo d'água na Austrália — Foto: Sam McNeil, File/AP
Tartaruga nada próximo a coral debaixo d'água na Austrália — Foto: Sam McNeil, File/AP

O tratado também estabelece regras básicas para a realização de avaliações de impacto ambiental para atividades comerciais nos oceanos.

Isso significa que todas as atividades planejadas para o alto mar precisam ser analisadas, embora nem todas passem por uma avaliação completa, disse Jessica Battle, especialista em governança dos oceanos do Fundo Mundial para a Natureza.

Muitas espécies marinhas — incluindo golfinhos, baleias, tartarugas marinhas e muitos peixes — fazem longas migrações anuais, atravessando fronteiras nacionais e o alto mar. Os esforços para protegê-los – e as comunidades humanas que dependem da pesca ou do turismo relacionado à vida marinha – já foram prejudicados por uma confusa colcha de retalhos de leis

Grupo de golfinhos são vistos na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro — Foto: Silvia Izquierdo/AP
Grupo de golfinhos são vistos na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro — Foto: Silvia Izquierdo/AP

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