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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

A múmia coberta de ouro encontrada em sarcófago fechado há 4.300 anos

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Acredita-se que esta múmia seja uma dos corpos não pertencentes à realeza mais antigos e completos já encontrados no Egito.
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TOPO
Por BBC

Postado em 27 de janeiro de 2023 às 12h15m

 #.*Post. - N.\ 10.657*.#

Uma das quatro tumbas recém-descobertas no sítio arqueológico de Saqqara, ao sul do Cairo — Foto: Getty Images via BBC
Uma das quatro tumbas recém-descobertas no sítio arqueológico de Saqqara, ao sul do Cairo — Foto: Getty Images via BBC

Arqueólogos dizem ter encontrado na quinta-feira (26/01) uma múmia coberta de ouro dentro de um sarcófago que não era aberto há 4.300 anos.

Acredita-se que esta múmia, os restos mortais de um homem chamado Hekashepes, seja um dos corpos não pertencentes à realeza mais antigos e completos já encontrados no Egito.

A múmia foi descoberta a 15 metros de profundidade em um cemitério em Saqqara, no sul do Cairo, onde três outras tumbas também foram encontradas.

A maior das múmias descobertas na antiga necrópole pertence a um homem chamado Khnumdjedef um sacerdote, inspetor e supervisor de nobres.

Outra pertencia a um homem chamado Meri, que era um alto funcionário do palácio com o título de "guardião de segredos", o que permitia a ele realizar rituais religiosos especiais.

Acredita-se que um juiz e escritor chamado Fetek tenha sido sepultado na outra tumba, onde foi descoberta uma coleção de estátuas — provavelmente as maiores já encontradas na área.

Vários outros itens, incluindo artigos de cerâmica, também foram encontrados entre os túmulos.

Várias estátuas e peças de cerâmica foram encontradas nos túmulos — Foto: Getty Images via BBC
Várias estátuas e peças de cerâmica foram encontradas nos túmulos — Foto: Getty Images via BBC

O arqueólogo Zahi Hawass, ex-ministro de Antiguidades do Egito, afirmou que todas as descobertas datam aproximadamente dos séculos 25 a 22 a.C.

"Esta descoberta é muito importante pois conecta os reis com as pessoas que vivem ao seu redor", diz Ali Abu Deshish, outro arqueólogo envolvido na escavação.

Saqqara foi um cemitério ativo por mais de 3 mil anos — e é um Patrimônio Mundial da Unesco. Está localizada no que era Mênfis, antiga capital egípcia, e abriga mais de uma dúzia de pirâmides — incluindo a Pirâmide de Degraus, perto de onde a múmia foi encontrada.

A descoberta aconteceu um dia depois de especialistas em Luxor, no sul do país, anunciarem ter encontrado uma cidade residencial completa da era romana, que remonta aos séculos 2 e 3 d.C.

Os arqueólogos encontraram edifícios residenciais, torres e o que chamaram de "oficinas de metal" — contendo vasos, ferramentas e moedas romanas.

O Egito revelou uma série de grandes descobertas arqueológicas nos últimos anos, como parte dos esforços para revitalizar sua indústria do turismo.

O governo espera que o Grande Museu Egípcio, previsto para abrir neste ano após atrasos, atraia 30 milhões de visitantes por ano até 2028.

No entanto, os críticos acusam o governo do Egito de priorizar as descobertas midiáticas em detrimento de pesquisas acadêmicas complexas, a fim de atrair mais turismo.

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-64412106

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'Maior quebra-cabeça 3D do mundo': o desafio de remontar um navio do século 15

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Depois de 20 anos de trabalhosa restauração, os arqueólogos podem agora começar a remontar o convés de um navio do século 15 encontrado às margens de um rio no sul do País de Gales.
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TOPO
Por Peter Shuttleworth, BBC

Postado em 27 de janeiro de 2023 às 07h30m

 #.*Post. - N.\ 10.656*.#

O Navio de Newport, da era medieval, é uma das maiores descobertas históricas do País de Gales — Foto: NEWPORT MUSEUMS AND HERITAGE SERVICE
O Navio de Newport, da era medieval, é uma das maiores descobertas históricas do País de Gales — Foto: NEWPORT MUSEUMS AND HERITAGE SERVICE

Com quase 2,5 mil peças, 30 metros de comprimento e pesando 25 toneladas, ele está sendo chamado de "o maior quebra-cabeça 3D do mundo".

Depois de 20 anos de trabalhosa restauração, os arqueólogos podem agora começar a remontar o convés de um navio do século 15 encontrado às margens de um rio no sul do País de Gales.

Especialistas afirmam que o navio medieval é uma descoberta tão importante quanto a do navio de guerra Mary Rose, encontrado no estreito de Solent, no sul da Inglaterra — e ainda é um século mais antigo.

"O navio tem interesse e significado global", segundo o historiador e apresentador de TV britânico Dan Snow.

Especialistas vêm trabalhando no projeto de conservação do Navio de Newport desde a descoberta de quase um terço da antiga embarcação, usada para o comércio de vinho, em 2002. Com ele, havia 1 mil artefatos medievais nas margens do rio Usk, perto da cidade galesa de Newport.

Os restauradores conseguiram um feito importante em 19 de janeiro. Todo o madeiramento, preservado por mais de 550 anos, está seco e restaurado, pronto para ser exibido.

A equipe do projeto multimilionário agora planeja o que será a maior tentativa já realizada de remontar um navio arqueológico.

"Temos um navio enorme e desmontado que precisamos remontar e não temos as instruções", afirma o curador do projeto, Toby Jones. "Haverá muito trabalho de encaixe, verificação, desmontagem e novos encaixes."

"Existem navios arqueológicos em exibição em todo o mundo, mas nenhum do século 15. É isso que o torna tão especial e significativo. Temos um navio medieval que é totalmente único", explica Jones.

O navio militar Mary Rose navegava sob a bandeira do rei Henrique 8°, da dinastia Tudor. Hoje, talvez seja o navio mais famoso do século 16 em exibição. Já o navio sueco Vasa é o seu equivalente do século 17.

O navio foi encontrado em 2002, durante a construção de um novo teatro em Newport — Foto: Divulgação
O navio foi encontrado em 2002, durante a construção de um novo teatro em Newport — Foto: Divulgação

Agora, os historiadores afirmam que o Navio de Newport será o único objeto marítimo do século 15 em exibição em todo o mundo.

"O Mary Rose sempre foi o mais importante desde que foi encontrado e levantado em 1982, como lembram muitas pessoas. Agora, o Navio de Newport atingiu o mesmo nível", afirma o chefe de conservação do Mary Rose, David Pearson.

Para Pearson, "ele pode fornecer muitas informações sobre como era a vida em meados dos anos 1400 e podemos aprender sobre a construção de navios no final da era medieval e com os itens encontrados a bordo".

Vigas do Navio de Newport sendo removidas da máquina de secagem por congelamento no Museu Mary Rose de Portsmouth, na Inglaterra — Foto: Divulgação
Vigas do Navio de Newport sendo removidas da máquina de secagem por congelamento no Museu Mary Rose de Portsmouth, na Inglaterra — Foto: Divulgação

Cerca de 8 milhões de libras (cerca de R$ 50 milhões) já foram gastos para preservar e restaurar as vigas, incluindo a secagem da madeira por congelamento no Museu Mary Rose, em Portsmouth, no litoral sul da Inglaterra.

No dia 19 de janeiro, a equipe fez sua última visita ao museu para recolher o último lote de cerca de 100 vigas e levá-las de volta a Newport. Com isso, todas as vigas ficaram novamente sob o mesmo teto, pela primeira vez depois de anos.

Os historiadores agora esperam remontar os destroços e colocá-los em exposição dentro dos próximos cinco anos.

'É como uma cápsula do tempo'

"O Navio de Newport nos conta muitas coisas que o Mary Rose não consegue", segundo Dan Snow.

"O Mary Rose foi um navio da era Tudor e parece um dos primeiros navios modernos. Já o Navio de Newport é uma embarcação comercial que operava no início de uma revolução na construção de navios na Europa", segundo Snow.

"Era uma época em que os que moravam ao longo do litoral do Atlântico — os galeses, pessoas da Bretanha, do norte da Espanha, de Portugal, de Devon e da Cornualha [na Inglaterra] — estavam começando a sair ao mar em navios maiores e mais fortes, que permitiriam que eles, um dia, cruzassem o Atlântico e o Oceano Índico", prossegue o historiador.

"Por isso, o Navio de Newport simboliza o nascimento dessa era de exploração europeia e chega em um momento muito importante da história marítima — apenas uma geração antes que Cristóvão Colombo atravessasse o Atlântico."

"É o nascimento de uma era que mudou o mundo de todas as formas imagináveis", explica Snow. "As pessoas falam em globalização e comércio internacional como se fosse algo recente, mas este navio mostra que, muito antes, no nosso passado medieval, tínhamos fortes ligações com a Europa e estávamos comercializando e bebendo vinhos franceses."

Para Snow, "o Navio de Newport é um dos destroços mais importantes e interessantes encontrados em águas britânicas em uma geração. É um achado verdadeiramente internacional; a madeira veio do norte da Espanha e o vinho, da França."

"É como uma cápsula do tempo, um pedaço do século 15 oferecido para nós, aqui no século 21. É algo que terá significado e interesse global. Turistas virão de todo o mundo, pois está muito bem preservado", conclui ele.

Por que em Newport?

Acredita-se que o navio de tamanho médio, com 30 metros de comprimento e pesando 400 toneladas, estivesse sendo reabastecido após uma viagem da Península Ibérica até a vizinha Bristol, na Inglaterra.

O reabastecimento estava ocorrendo em um cais do rio Usk em 1468 ou 1469, quando o ancoradouro quebrou.

Grande parte das tábuas de carvalho e ferro foi retirada antes que a maré escondesse os restos da embarcação e um terço do navio ficou preservado no seu túmulo de lama, permanecendo intocado por mais de cinco séculos.

Avaliações do impacto econômico preveem que o navio preservado pode atrair até 150 mil visitantes por ano. Com isso, o navio se tornaria uma das atrações turísticas mais populares do País de Gales. Ele representaria, para a economia do sul de Gales, um aumento de 7 milhões de libras (cerca de R$ 44 milhões) por ano.

As 2,5 mil tábuas do Navio de Newport foram mantidas em cera por quatro anos, como parte do processo de restauração — Foto: NEWPORT MUSEUMS AND HERITAGE SERVICE
As 2,5 mil tábuas do Navio de Newport foram mantidas em cera por quatro anos, como parte do processo de restauração — Foto: NEWPORT MUSEUMS AND HERITAGE SERVICE

Os arqueólogos planejam permitir ao público assistir à remontagem dos restos quando for destinada uma construção suficientemente grande para receber o navio.

"Você não pode construir isso e depois movê-lo", explica Jones. "Você só pode construí-lo na sua posição final, mas, quando estiver pronto, ele ficará estável e com potencial para ficar em exibição permanente."

O conselho de Newport, que liderou o trabalho de conservação, irá começar em breve um estudo de viabilidade para decidir qual o melhor local para abrigar o navio. Uma loja de departamentos vazia é uma possibilidade.

"Estamos dispostos a encontrar um lar que maximize o acesso a todas as pessoas, pois queremos compartilhar este grande tesouro", afirma a líder do conselho de Newport, Jane Mudd. "Os possíveis benefícios econômicos também são importantes — mais de 1 mil pessoas comparecem às discussões sobre o Navio de Newport, o que indica que o interesse é enorme."

Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-64351575

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Exame em múmia revela 49 amuletos, dois 'corações' e mantém mistério sobre morte do 'Menino de Ouro'

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Múmia foi encontrada em 1916 e permaneceu armazenada em um porão no Museu do Cairo, no Egito. Exame não apontou sinais de desnutrição ou outras condições que pudessem ter levado à morte do garoto, que tinha entre 14 e 15 anos.
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Por g1

Postado em 26 de janeiro de 2023 às 19h55m

 #.*Post. - N.\ 10.655*.#

Imagens de tomografia computadorizada do corpo da múmia batizada de "Menino de Ouro". Ela foi encontrada em 1916 e permaneceu armazenada em um porão no Museu do Cairo, no Egito. — Foto: Frontiers in Medicine/Divulgação
Imagens de tomografia computadorizada do corpo da múmia batizada de "Menino de Ouro". Ela foi encontrada em 1916 e permaneceu armazenada em um porão no Museu do Cairo, no Egito. — Foto: Frontiers in Medicine/Divulgação

Uma equipe de cientistas "desenrolou" digitalmente uma múmia egípcia de 2,3 mil anos e encontrou 49 amuletos – a maioria de ouro – protegendo o corpo de um garoto, que tinha entre 14 e 15 anos.

O exame de tomografia computadorizada revelou que parte dos amuletos destinados a proteger o garoto em sua jornada depois da morte foi colocada dentro da cavidade corporal. Entre eles estão uma pequena escultura de um coração e outra de uma língua.

O estudo foi publicado na terça-feira (24) na revista científica "Frontiers in Medicine".

Apesar da riqueza de detalhes que mostraram a importância das peças para rituais da crença egípcia, que buscava preparar a "ressurreição corporal", o exame não apontou uma possível causa para a morte do "Menino de Ouro".

Os principais destaques da pesquisa são:

  • Uma pequena escultura dourada de língua foi colocada dentro da boca para garantir que ele pudesse falar na vida após a morte;
  • A múmia também foi calçada com sandálias – crença aponta que ele precisava estar com calçados brancos para sair do caixão;
  • Os dentes do siso não tinham "nascido", e esse foi um dos fatores que ajudou a estimar a idade de no máximo 15 anos. Ele tinha 1,28 cm de altura;
  • Entre os 49 amuletos de 21 tipos, havia a representação de penas de falcão e avestruz, que representam a dualidade da vida espiritual e material;
  • Quase todos os órgãos foram retirados na mumificação, mas o coração foi mantido na cavidade que foi preenchida de resina. Na região, ainda foi colocado um amuleto que simbolizava o mesmo órgão;
  • Depois do exame, uma versão do amuleto de coração foi impressa em plástico 3D e ficará exposta ao lado da múmia em uma sala do Museu do Cairo.

Líder do estudo e professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Cairo, Sahar Saleem conta que os amuletos foram dispostos em um arranjo de três colunas junto do corpo.

"Muitos eram feitos de ouro, enquanto alguns eram feitos de pedras semipreciosas, argila cozida ou faiança. O objetivo era proteger o corpo e dar-lhe vitalidade na vida após a morte, disse Saleem.

Outro aspecto revelado pelo exame foi a qualidade do embalsamamento, que indicava que o garoto pertencia a uma família abastada. O exame mostrou que ele não apresentava sinais de violência, de desnutrição ou outra causa aparente que pudesse estar ligada ao motivo da morte.

  • VEJA ABAIXO: Pesquisadores reproduzem voz de múmia que viveu há 3 mil anos

Pesquisadores reproduzem voz de múmia que viveu há 3 mil anosPesquisadores reproduzem voz de múmia que viveu há 3 mil anos

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PIB dos EUA cresce 2,1% em 2022 e 2,9% no 4º trimestre

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País teve a segunda alta trimestral seguida, após a sequência de duas quedas trimestrais consecutivas; crescimento anual foi menor que o registrado em 2021.
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Por Marta Cavallini, g1

Postado em 26 de janeiro de 2023 âs 12h35

 #.*Post. - N.\ 10.654*.#

Homem faz compras em um supermercado de Nova York, em imagem de 27 de julho de 2022.  — Foto: Andres Kudacki/AP Photo
Homem faz compras em um supermercado de Nova York, em imagem de 27 de julho de 2022. — Foto: Andres Kudacki/AP Photo

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos aumentou a uma taxa anualizada de 2,9% no quarto trimestre de 2022, informou o Departamento de Comércio dos EUA, em sua primeira estimativa, nesta quinta-feira (26). No terceiro trimestre, a economia norte-americana havia subido 3,2%.

A estimativa do PIB divulgada nesta quinta é baseada em dados ainda incompletos ou sujeitos a revisão posterior pela agência de estatísticas. A segunda estimativa, baseada em dados mais completos, será divulgada em 23 de fevereiro.

O aumento no quarto trimestre refletiu principalmente avanços nos investimentos, nos gastos do consumidor e do governo - os gastos dos consumidores representam mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos.

Com isso, o país teve a segunda alta trimestral seguida, após a sequência de duas quedas trimestrais consecutivas, o que havia levantado preocupações de que a economia estaria numa recessão. No segundo trimestre, a economia dos EUA contraiu 0,6%.

Esse pode marcar o último trimestre de crescimento sólido antes dos efeitos defasados do ciclo mais rápido de aperto da política monetária do Federal Reserve (BC dos EUA) desde os anos 1980. A maioria dos economistas espera uma recessão até o segundo semestre do ano, embora suave em comparação com as recessões anteriores, aponta a Reuters.

Já no ano de 2022, o PIB cresceu 2,1%, ante alta de 5,9% em 2021. Esse avanço refletiu principalmente a alta nos gastos do consumidor, nas exportações e nos investimentos.

No quarto trimestre, o PIB em dólares correntes aumentou 6,5% a uma taxa anual, ou US$ 408,6 bilhões, para o total de US$ 26,13 trilhões. No terceiro trimestre, o PIB aumentou 7,7%, ou US$ 475,4 bilhões.

No ano passado, o PIB em dólares correntes aumentou 9,2%, ou US$ 2,15 trilhões, para o total de US$ 25,46 trilhões, em comparação com o aumento de 10,7%, ou US$ 2,25 trilhões, em 2021.

Desaceleração

Em comparação com o terceiro trimestre, o crescimento menor do PIB no quarto trimestre refletiu principalmente uma desaceleração nas exportações e no investimento fixo não residencial, nos gastos dos governos estaduais e locais e nos gastos do consumidor.

Esses movimentos foram parcialmente compensados ​​pelo aumento dos investimentos privados em estoques, pela aceleração dos gastos do governo federal e por uma menor queda nos investimentos fixos residenciais. As importações diminuíram menos no quarto trimestre do que no terceiro trimestre.

No ano, o destaque ficou com o aumento dos gastos do consumidor, trazido pela procura por serviços, principalmente por viagens internacionais, serviços de alimentação e alojamento e cuidados com saúde.

O aumento nos investimentos refletiu principalmente a alta nas indústrias de manufatura, comércio atacadista e varejo. Entre as quedas, destaque para o investimento fixo residencial e gastos do governo federal.

Em meio a esses dados, investidores continuam atentos aos próximos movimentos do Federal Reserve (BC dos EUAem relação à taxa de juros.

Para Felipe Salles, economista-chefe do C6 Bank, apesar dos números ainda bons, vários outros indicadores de atividade sugerem que a economia está em forte desaceleração.

Para ele, o esfriamento da economia americana reflete o aperto na política monetária que começou a ser implementado pelo Fed no ano passado para conter a inflação.

Salles explica que, num contexto de economia forte e um mercado de trabalho aquecido, os preços dispararam, levando o Fed a elevar as taxas de juros para desacelerar a atividade. A inflação em 12 meses acumula uma alta de 5,5% em novembro, bem acima da meta de 2%.

"Apesar dos sinais da desaceleração da economia, acreditamos que o mercado de trabalho seguirá aquecido nos próximos meses, pressionando a inflação. Por conta desse cenário, o Fed deverá seguir com novos aumentos de juros no curto prazo", diz Salles.

A previsão dele é que a taxa de juros alcance um pico neste ano, ficando no intervalo entre 5% e 5,25%, com provável aumento de 0,25 ponto percentual na reunião de fevereiro. "Não esperamos cortes de juros antes de 2024", diz.

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Asteroide passa mais perto da Terra do que alguns satélites

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Do tamanho de um ônibus, a rocha espacial passará pelo extremo sul da América do Sul na noite desta quinta-feira.
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TOPO
Por Jonathan Amos, BBC

Postado em 26 de de janeiro de 2023 às 11h10m

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Asteroide passa mais perto da Terra do que alguns satélites — Foto: GETTY IMAGES via BBC
Asteroide passa mais perto da Terra do que alguns satélites — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Definitivamente não há motivo para pânico, mas um asteroide enorme está prestes a passar perto da Terra nas próximas horas.

Do tamanho de um ônibus, a rocha espacial, conhecida como 2023 BU, passará rapidamente pelo extremo sul da América do Sul logo após as 21h, horário de Brasília, desta quinta-feira (26/1).

A expectativa é de que o asteroide fique a 3.600 km do nosso planeta, o que pode ser considerada uma passagem rente.

Isso mostra como existem asteroides de tamanho significativo à espreita perto da Terra que ainda precisam ser detectados.

Este só foi captado no fim de semana passado, pelo astrônomo amador Gennadiy Borisov, que opera em Nauchnyi, na Crimeia, a península que a Rússia tomou da Ucrânia em 2014.

Observações subsequentes apuraram o que sabemos sobre o tamanho e, acima de tudo, a órbita do 2023 BU.

É por isso que os astrônomos podem estar tão confiantes de que ele não vai atingir o planeta, apesar de entrar no arco ocupado pelos satélites de telecomunicações mundiais, que ficam a 36 mil km acima da gente.

Estima-se que o asteroide vai atingir sua altitude mais baixa às 21h27 desta quinta-feira.

Passagem do asteroide 2023 BU pela Terra — Foto: Nasa/JPL-Caltech
Passagem do asteroide 2023 BU pela Terra — Foto: Nasa/JPL-Caltech

Mesmo que o 2023 BU estivesse em rota de colisão direta com a Terra, seria difícil causar muitos danos.

Com um tamanho estimado de 3,5m a 8,5m de diâmetro, a rocha provavelmente se desintegraria no alto da atmosfera. Mas produziria uma bola de fogo espetacular.

Para efeito de comparação, o famoso meteoro de Chelyabinsk, que entrou na atmosfera da Terra sobre o sul da Rússia em 2013, era um objeto de aproximadamente 20 metros de diâmetro. Ele produziu uma onda de choque que quebrou janelas na superfície da Terra.

Cientistas da Nasa, a agência espacial americana, dizem que a órbita do 2023 BU ao redor do Sol será modificada por sua passagem pela Terra.

A gravidade do nosso planeta vai atraí-lo e ajustar sua trajetória pelo espaço.

"Antes de encontrar a Terra, a órbita do asteroide ao redor do Sol era praticamente circular, o que corresponde aproximadamente à órbita da Terra, levando 359 dias para completar sua órbita ao redor do Sol", informou a agência em comunicado.

"Após o encontro, a órbita do asteroide será mais alongada, movendo-se para mais ou menos o meio do caminho entre as órbitas da Terra e de Marte em seu ponto mais distante do Sol. O asteroide vai completar então uma órbita a cada 425 dias."

Há um grande esforço em andamento para encontrar asteroides de maiores proporções que realmente poderiam causar danos se atingissem a Terra.

Qual a chance de sermos atingidos por um asteroide? — Foto: Nasa, Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins
Qual a chance de sermos atingidos por um asteroide? — Foto: Nasa, Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins

Os verdadeiros gigantes que estão por aí, como a rocha de 12 km de largura que dizimou os dinossauros, provavelmente já foram detectados e não são motivo de preocupação. Mas quando falamos de algo menor, que tenha, digamos, 150m de diâmetro, nosso inventário apresenta lacunas.

As estatísticas indicam que talvez apenas cerca de 40% desses asteroides tenham sido avistados e avaliados para determinar o nível de ameaça que podem representar. Esses objetos causariam uma devastação na escala da cidade se atingissem o solo.

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-64412105

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