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terça-feira, 10 de janeiro de 2023

IPCA fica em 0,62% em dezembro e fecha 2022 com alta de 5,79%, aponta IBGE

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Pelo quarto ano seguido, país estourou a meta anual da inflação. Alta de preços dos alimentos foi o que mais pesou sobre o indicador.
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Por g1 — Rio de Janeiro

Postado em 10 de janeiro de 2023 às 10h00m

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Alta de preços dos alimentos foi o que mais pesou no bolso dos brasileiros em 2022 — Foto: Prefeitura/Divulgação
Alta de preços dos alimentos foi o que mais pesou no bolso dos brasileiros em 2022 — Foto: Prefeitura/Divulgação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, acelerou para 0,62% em dezembro, acima da alta de 0,41% em novembro. Com isso, o país fechou o ano com inflação acumulada de 5,79%, acima da meta definida pelo governo, apontam os dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Este foi o quarto ano seguido em que o país fechou o ano com alta de preços superior à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Para 2022, a meta era de 3,5% com teto de 5%. Embora tenha estourado o teto da meta, ficou bem abaixo do registrado em 2021, quando ficou em 10,06%.

De acordo com o IBGE, dos nove grupo de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta no ano, seis deles acima do índice geral. Transportes e comunicação foram os únicos com deflação no ano.

O grupo que teve a maior alta de preços no ano foi o de vestuário, que teve altas superiores a 1% em 10 dos 12 meses. Já o grupo Habitação fechou o ano próximo da estabilidade.

O maior impacto sobre a inflação do ano de 2022, porém, partiu do grupo de alimentação e bebidas, respondendo por 2,41 pontos percentuais (p.p.) do indicador. A segunda maior pressão sobre o índice veio do grupo de saúde e cuidados pessoais, com 1,42 p.p. de impacto.

No oposto, a maior pressão negativa sobre o IPCA acumulado no ano foi exercida pelo grupo de Transportes, com impacto de 0,28 p.p.

Veja o resultado de cada um dos nove grupos que compõem o IPCA:

  • Vestuário: 18,02%
  • Alimentação e bebidas: 11,64%
  • Saúde e cuidados pessoais: 11,43%
  • Artigos de residência: 7,89%
  • Despesas pessoais: 7,77%
  • Educação: 7,48%
  • Habitação: 0,07%
  • Transportes: -1,29%
  • Comunicação: -1,02%
Alimentação, 'vilã' da inflação

A alta de preços dos alimentos foi a que mais pesou no bolso dos brasileiros em 2022. Segundo o IBGE, a alimentação no domicílio teve alta de 13,23%, superior à da alimentação fora do domicílio, que foi de 7,47%.

Na alimentação no domicílio, a maior alta de preços foi da cebola, que subiu 130,14% no ano - de acordo com o IBGE, foi a maior alta entre os 377 produtos e serviços pesquisados para composição do IPCA.

A segunda maior pressão sobre a alimentação no domicílio partiu do leite longa vida, com alta de 26,18%. Outros alimentos com aumento relevante de preços foram a batata-inglesa (51,92%), as frutas (24,00%) e o pão francês (18,03%).

No caso da cebola, a alta está relacionada à redução da área plantada, ao aumento do custo de produção e a questões climáticas. Já os preços do leite subiram de forma mais intensa entre março e julho de 2022, quando a alta acumulada no ano chegou a 77,84%. A partir de agosto, com a proximidade do fim do período de entressafra, os preços iniciaram uma sequência de quedas até o final do ano, sendo a mais expressiva delas em setembro (-13,71%), destacou o analista de preços do IBGE, André Almeida.

Na alimentação fora do domicílio, o lanche acumulou alta de 10,67%, quase o dobro da refeição, que aumentou 5,86% no ano.

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segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Rolls-Royce ignora a crise e bate recorde de vendas em 2022

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Com o maior faturamento anual de seus 118 anos de história, montadora vendeu um total de 6.021 unidades no ano.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 09 de janeiro de 2023 às 15h15m

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O cantor Drake customizou seu Rolls-Royce Cullinan com tema gótico e palavrão na roda — Foto: Divulgação
O cantor Drake customizou seu Rolls-Royce Cullinan com tema gótico e palavrão na roda — Foto: Divulgação

A crise do custo de vida não afeta os carros de luxo: a fabricante britânica Rolls-Royce registrou em 2022 o maior faturamento anual em seus 118 anos de história, com um total de 6.021 unidades vendidas.

Este valor representa um aumento de 8% em relação a 2021, com entregas "a clientes em cerca de 50 países", informou a marca, pertencente ao grupo alemão BMW, em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (9). Os principais mercados são Estados Unidos, China e Europa.

Os números informados pela Rolls-Royce Motor Cars contrastam com o restante do mercado automotivo, que luta para se recuperar da pandemia da Covid-19 e sofre com a escassez mundial de semicondutores.

As vendas de carros novos no Reino Unido caíram em 2022 até seu nível mais baixo em 30 anos, apesar da recuperação registrada no final do ano, conforme noticiado na última quinta-feira (5) pela associação do setor, a SMMT.

Porém, assim como outras marcas de luxo, como Bentley e Bugatti, a Rolls-Royce já havia experimentado um ano recorde em 2021. E, em agosto, a Lamborghini anunciou que já havia pré-vendido toda a sua produção até o início de 2024.

Fundada no início do século 20 e comprada pela BMW em 1998, a Rolls-Royce prepara o lançamento do Spectre, seu primeiro veículo totalmente elétrico, previsto para este ano. Segundo a marca, as encomendas "superaram as expectativas". As primeiras entregas estão previstas para o quarto trimestre de 2023.

A partir de 2030, a Rolls-Royce planeja fabricar apenas veículos elétricos.

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domingo, 8 de janeiro de 2023

Produção de veículos cresce 5,4% em 2022, mas vendas caem, diz Anfavea

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Segundo a associação, foram produzidos 2,37 milhões de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus em todo o ano passado. As vendas ao mercado interno passaram das 2,1 milhões de unidades.
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TOPO
Por Reuters, g1

Postado em 08 de janeiro de 2022 às 08h00m

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As montadoras produziram 11,3% menos em dezembro no Brasil na comparação com novembro, enquanto as vendas avançaram 6,3% na mesma comparação, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (6) pela associação que representa o setor, Anfavea.

A produção de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no mês passado somou 191,5 mil unidades, uma queda de 9,2% em relação a dezembro de 2021.

Com isso, em todo 2022, o volume montado foi de 2,37 milhões de veículos, alta de 5,4% sobre o ano anterior.

Já os emplacamentos totalizaram 216,9 mil unidades em dezembro, fechando o ano em 2,1 milhões de veículos, queda de 0,7% ante 2021.

A Anfavea informou ainda que as exportações no ano passado tiveram expansão de 27,8%, para 480,9 mil veículos. Segundo a associação, este foi o resultado mais inesperado.

"O que não deixa de ser surpreendente, dadas as restrições de comércio exterior impostas pela Argentina em crise, nosso maior parceiro comercial. Em contrapartida, o sensível crescimento dos embarques para todos os outros mercados latino-americanos, em especial México, Colômbia e Chile, permitiram esse bom resultado no ano", comenta a entidade.

Segundo o presidente da associação, Márcio de Lima Leite, o setor conseguiu recuperar a atividade em relação ao começo do ano. "Depois de um primeiro quadrimestre muito difícil em função da falta de semicondutores, o setor acelerou o ritmo e conseguiu atender parte da demanda reprimida nos mercados interno e externos", afirmou.

Na véspera, a associação de concessionárias de veículos Fenabrave afirmou que as vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos em 2023 devem ficar praticamente estáveis frente ao ano passado, em uma previsão que, se for cumprida, marcará um terceiro ano de fraca performance do setor.

Já Leite acredita que o principal desafio do setor será o acesso ao crédito. "Precisamos de juros mais baixos para atrair mais compradores para os veículos novos, sobretudo os modelos de entrada. Além disso, temas como a reindustrialização e a descarbonização nos impõem desafios e oportunidades", disse.

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sábado, 7 de janeiro de 2023

James Webb: supertelescópio detecta galáxias semelhantes à Via Láctea

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As imagens são de um período em que o universo tinha apenas 25% de seu tamanho atual, cerca de 11 bilhões de anos atrás.
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Por Júlia Putini, g1

Postado em 07 de janeiro de 2023 às 11h20m

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Galáxia EGS-23205 capturada pelo Telescópio Hubble à esquerda e, à direita, imagem feita pelo supertelescópio James Webb. — Foto: Reprodução/NASA/CEERS/Universidade do Texas em Austin
Galáxia EGS-23205 capturada pelo Telescópio Hubble à esquerda e, à direita, imagem feita pelo supertelescópio James Webb. — Foto: Reprodução/NASA/CEERS/Universidade do Texas em Austin

O telescópio espacial internacional James Webb capturou imagens de galáxias com barras estelares, estruturas alongadas de estrelas que se estendem desde o centro até o disco externo.

As imagens são de uma época em que o universo tinha apenas 25% de seu tamanho atual e revelam que existem galáxias parecidas com Via Láctea.

A galáxia foi identificada por astrônomos da Universidade do Texas, nos EUA. De acordo com Shardha Jogee, professor da universidade, as barras desempenham um papel importante na evolução da galáxia ao canalizar o gás para as regiões centrais, impulsionando a formação de estrelas.

Na imagem à esquerda, capturada pelo Hubble, a galáxia EGS-23205 é pouco mais que uma mancha em forma de disco obscurecida pela poeira e impactada pelo brilho de estrelas jovens. Já na imagem à direita, feita pelo Webb, a galáxia espiralada com barras estelares é mais nítida.

"Assim como precisamos trazer matéria-prima do porto para as fábricas no interior que produzem novos produtos, uma barra transporta poderosamente o gás para a região central, onde o gás é rapidamente convertido em novas estrelas a uma taxa tipicamente 10 a 100 vezes mais rápida do que na região central", explicou Jogee, no artigo publicado no The Astrophysical Journal Letters.

Outra galáxia descoberta, a EGS-24268, data de aproximadamente 11 bilhões de anos atrás. Essas duas são as mais antigas galáxias das quais se tem registro.

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Ave bate recorde de voo mais longo sem intervalo após viajar do Alasca à Austrália

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Um fuselo entrou para o Guinness após percorrer 13.650 quilômetros sem parar para comer ou descansar. Viagem durou 11 dias.
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Por g1

Postado em 07 de janeiro de 2023 às 10h35m

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Fuselo conhecido pela etiqueta “234684” percorreu 13.560 quilômetros do Alasca ao estado australiano da Tasmânia, sem parar para comer ou descansar. — Foto: Guinness World Records
Fuselo conhecido pela etiqueta “234684” percorreu 13.560 quilômetros do Alasca ao estado australiano da Tasmânia, sem parar para comer ou descansar. — Foto: Guinness World Records

Um fuselo (Limosa lapponica) entrou para o livro dos recordes "Guinness" após fazer o voo mais longo sem intervalo.

  • O pássaro, conhecido pela etiqueta 234684, percorreu 13.560 quilômetros do Alasca ao estado australiano da Tasmânia, sem parar para comer ou descansar;
  • A distância percorrida equivale a duas viagens e meia entre Londres e Nova York;
  • A viagem começou no dia 13 de outubro de 2022 e durou 11 dias e 1 hora;
  • A ave pode ter perdido metade do seu peso corporal durante o voo, disse o organizador da Birdlife Tasmânia, Eric Woehler;
  • Para terem energia, os fuselos absorvem 25% do tecido que forma seu trato digestivo, fígado e rins;
  • Normalmente, os fuselos migram para a Nova Zelândia, mas o recordista fez uma curva acentuada e pousou no leste da Tasmânia;
Essa virada errada aumentou a capacidade de voo da espécie. Para Woehler, isso levanta a questão: outro fuselo poderia no futuro voar ainda mais longe sem parar?
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sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Falta de neve para esqui na Europa, compensada com neve artificial, é novo alerta da crise climática

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Falta de neve prejudica atividade econômica e turismo nas montanhas, além de atingir natureza como um todo e, em especial, agricultura.
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Por Lúcia Müzell, RFI

Postado em 06 de janeiro de 2023 às 07h00m

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Teleférico parado na estação de esqui Le Semnoz, perto de Annecy, em 27 de dezembro de 2022, uma das estações fechadas pela falta de neve — Foto: AFP - JEFF PACHOUD
Teleférico parado na estação de esqui Le Semnoz, perto de Annecy, em 27 de dezembro de 2022, uma das estações fechadas pela falta de neve — Foto: AFP - JEFF PACHOUD

Depois de dois anos marcados pela Covid-19, os europeus estavam ansiosos para voltar a frequentar as estações de esqui nas férias de fim de ano em dezembro – mas a desregulação do clima atrapalhou os planos. Sem neve, metade das pistas na França estiveram fechadas no fim do ano, e uma parte considerável das que puderam abrir só funcionaram graças ao uso de neve artificial.

O país, assim como os vizinhos alemães ou austríacos, viveu uma rara onda de calor no período.Nós ultrapassamos índices recordes em várias regiões da França e do leste da Europa, principalmente nos dias 31 de dezembro e 1° de janeiro, datas simbólicas. As temperaturas estavam de 1°C a 2°C acima do normal, e chegaram a passar de 22°C no sudoeste francês – mas também na região central, no norte, no leste, as temperaturas chegaram a números totalmente excepcionais para a estação, explica o climatologista Robert Vautard, diretor do Instituto Pierre-Simon Laplace (IPSL), que reúne especialistas das ciências climáticas.

As altas temperaturas, associadas à chuva também atípica, levaram ao derretimento da pouca neve que cobria as estações em baixa e média altitude, como em Mont Dore, no centro da França, onde a decoradora Amandine Pernelle tinha escolhido passar as férias com a família. No local, uma camada de neve de cultura (fabricada a partir da pulverização de água) havia sido aplicada em novembro, à espera dos primeiros flocos da temporada, no início de dezembro. Mas com os termômetros subindo a mais de 10°C, só as crianças puderam aproveitar.

Estou acostumada com a neve artificial. Sempre que eu fui esquiar, tinha na parte baixa das estações, então isso não me choca. E sem contar que, para o clima, é melhor ficar na França e esquiar na neve artificial que pegar avião em busca de calor nos trópicos, comenta a francesa.

Cada vez mais neve artificial

O recurso à neve de cultura é recomendado para prorrogar a duração da neve natural que cairá nos meses frios – e que, segundo os especialistas, tende a se tornar mais rara. A prática é comum nos países europeus e se tornou indispensável a partir dos anos 2000, com a subida progressiva das temperaturas devido às mudanças climáticas.

Entretanto, os ecologistas criticam o alto volume de água utilizada para ser transformada em neve: 1m³ de água resulta no dobro de neve artificial, num total de pelo menos 20 milhões de metros cúbicos de água usada por ano para este fim, na França. Hoje, mais de um terço das pistas francesas e a metade ou mais das suíças e austríacas usam essa solução, principalmente a menos de 1,5 mil metros de altitude.

Canhão de neve na estação de esqui de Val Thorens, em 26 de novembro de 2022. Uso é criticado por ecologistas — Foto: AFP - JEFF PACHOUD
Canhão de neve na estação de esqui de Val Thorens, em 26 de novembro de 2022. Uso é criticado por ecologistas — Foto: AFP - JEFF PACHOUD

A água é retirada do meio natural na primavera quando é abundante. Se ela não é recuperada após o derretimento da neve e estocada em lagos artificiais, ela seria perdida, rebate Jean-Luc Boch, presidente da France Montagnes, que reúne os principais organismos de turismo nas montanhas da França. Essa água correria pelos riachos, depois nos rios, afluentes e enfim no Mar Mediterrâneo. Estocá-la no momento em que ela é muito abundante significa poder devolvê-la para todo o nosso território, lembrando que ela também pode servir para consumo humano e animal, se necessário, afirma.

Incertezas sobre o futuro

Boch ressalta que ainda há muita variação entre os anos e não há certezas absolutas sobre o futuro: o inverno com mais neve em décadas ocorreu há cinco anos, relembra. Mas outro ator importante do setor, o secretário-geral do Domaines Skiables de France, Laurent Reynaud, analisa a situação com mais cautela e diz que o tema é levado muito a sério.

Sabemos que, no futuro, deveremos enfrentar uma incerteza ainda maior sobre a ocorrência de neve e também sobre a cobertura de neve, principalmente nas estações de baixa altitude. Cada uma delas vai precisar elaborar um planejamento para os 15, 20, 50 ou 80 próximos anos. Essas projeções já existem e foram determinadas pelo IPCC [Painel da ONU de cientistas especialistas nas mudanças climáticas], indica Reynaud.

As estações mais vulneráveis são estimuladas a diversificar as atividades, de modo a atrair turistas durante todo o ano, com foco não só no inverno, mas também no verão. Quanto ao uso da neve artificial, Reynaud destaca que a transição ecológica também está em curso no setor.

Hoje, em todos os processos industriais, teremos medidas de sobriedade energética e eco-concepção, para conseguirmos aproveitar ao máximo um litro de água ou 1kw/h. Dividimos por três o consumo elétrico necessário nos compressores de água, para a produção de um metro cúbico de neve, e conseguimos reduzir 10% do consumo de eletricidade dos teleféricos, responsáveis pela maior parte do consumo elétrico nas estações, pondera o representante das pistas de esqui francesas.

Falta de neve na primavera gera prejuízos agrícolas

O climatologista Robert Vautard observa ainda que a falta de neve prejudica a atividade econômica e o turismo nas montanhas, mas também atinge a natureza como um todo e, em especial, a agricultura.

Organismos que criam doenças nas árvores e plantas são eliminados no inverno, com o gelo. Sem frio, eles acabam se reforçando na primavera e isso altera a produção agrícola, em especial de frutas, aponta o especialista em fenômenos meteorológicos extremos.O fato de que a vegetação começa mais cedo do que o previsto faz com que os brotos fiquem expostos a eventuais geadas em abril. É um fenômeno em que todo ciclo da natureza começa mais cedo porque está quente demais.

Por essa razão, graves prejuízos agrícolas têm sido frequentes no país: aconteceram em 2022, 2021 ou 2017, relembra o pesquisador. Este mês de janeiro já se anuncia mais seco que os padrões, o que pode ser um indício de mais um ano marcado por temperaturas em alta.

De forma geral, se observarmos as variações das temperaturas em 2022 na França, em relação aos padrões, há muito poucos episódios – apenas três ou quatro, e muito curtos – em que as temperaturas estiveram abaixo do normal. Em todas os outros, elas estiveram acima, destaca Vautard. É claro que sempre teremos variações meteorológicas, mas nos próximos anos, devemos esperar a mesma tendência de alta verificada em 2022.

O pesquisador frisa ainda que seria um erro comparar este início de inverno ameno na Europa com as nevascas que atingiram os Estados Unidos no mesmo período. Na América do Norte, explica, as variações de temperaturas sempre foram extremamente fortes e mais intensas que no continente europeu, e não são uma consequência das mudanças climáticas, mas sim da geografia.

Enquanto as massas de ar frio que descem do Midwest americano não encontram uma zona marítima que amenizaria a temperatura, este não é o caso em países como a França, onde os Alpes são influenciados pelo clima mediterrâneo.

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quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Produção industrial cai 0,1% em novembro, aponta IBGE

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Entre agosto e novembro, setor registrou quatro taxas negativas e apenas uma positiva.
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Por g1 — Rio de Janeiro

Postado em 05 de janeiro de 2023 às 11h05m

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Indústria têxtil foi um dos segmento que pressionou queda do setor em novembro — Foto: Divulgação
Indústria têxtil foi um dos segmento que pressionou queda do setor em novembro — Foto: Divulgação

A produção industrial brasileira teve queda de 0,1% na passagem de outubro para novembro, apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (5) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado negativo veio depois de uma alta de 0,3% em outubro, que interrompeu dois meses consecutivos de taxas negativas e que acumularam queda de 1,3%.

Com esses resultados, o setor ainda se encontra 2,2% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,5% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Na comparação com novembro de 2021, houve crescimento de 0,9%.

Em novembro a média móvel trimestral ficou em -0,2%, após também recuar em outubro (-0,4%), setembro (-0,3%) e agosto (-0,2%).

Já na comparação com novembro de 2021, a indústria cresceu 0,9%, quarta taxa positiva consecutiva nesta base de comparação. No ano de 2022, o setor acumula redução de 0,6% e, em 12 meses, queda de 1,0%.

Nos últimos seis meses, foram quatro resultados negativos, do total de cinco que tivemos até agora para 2022. Isso mostra o setor girando em torno de um mesmo patamar, mas com um viés negativo, já que a média móvel trimestral está em queda pelo quarto mês seguido e mostra uma trajetória descente muito clara, explicou o gerente da pesquisa, André Macedo.

Macedo destacou que no começo de 2022, com as medidas de incremento de renda e impulsionamento do setor implementadas pelo governo, houve ganho de ritmo da indústria nacional, que registrou quatro taxas positivas seguidas.

A recuperação, no entanto, foi pontual. Posteriormente, ainda tendo como pano de fundo inflação alta, especialmente de alimentos, elevado número de trabalhadores fora do mercado de trabalho, precarização dos postos de trabalho e uma massa de rendimentos que avançou muito pouco, o setor industrial voltou a mostrar perda de ritmo, ponderou o pesquisador.


Apesar da queda, crescimento disseminado

Macedo destacou que, em novembro, diferentemente do cenário dos meses anteriores, houve um predomínio de atividades no campo positivo – foram 15, do total de 26 –, apesar do indicador geral estar no campo negativo.

Entre as atividades, as maiores influências negativas para o resultado do mês, frente ao mês anterior, vieram das indústrias extrativas (-1,5%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6,5%).

O setor extrativo volta ao campo negativo após dois meses em alta, puxado pela área de petróleo. Já os equipamentos de informática, produtos eletrônicos e óticos mostram o segundo mês seguido de queda, após dois meses seguidos de crescimento. Essa perda tem relação com a produção de eletrodomésticos da linha marrom, especialmente os televisores", enfatizou o pesquisador, citando a sazonalidade da Copa do Mundo.

Outras contribuições negativas vieram dos ramos de produtos têxteis (-5,4%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,8%), de produtos de metal (-1,5%) e de produtos de minerais não metálicos (-1,2%).

Alimentos e veículos com alta

Entre as 15 atividades com expansão na produção, produtos alimentícios (3,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,4%), bebidas (10,3%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,8%) tiveram as principais influências.

O setor de produtos alimentícios tem o segundo mês seguido de crescimento, após dois meses de queda. Nesse mês, o avanço está relacionado à maior produção vinda do processamento da cana-de-açúcar, sendo o açúcar o principal item que puxou o avanço do mês, explica Macedo.

O setor de veículos mostra uma compensação das perdas dos dois meses anteriores. Segundo Macedo, havia uma queda acumulada em setembro e outubro de -6,8%, e agora avança 4,4% como fator de compensação. O principal destaque foi o setor de autopeças.

Já o crescimento de dois dígitos do setor de bebidas pode ter relação com o atendimento de fim de ano, explicou o gerente, uma vez que os dois principais grupos dentro do setor, bebidas alcoólicas e não alcoólicas, tiveram crescimento. Macedo ressalta, no entanto, que essa atividade vinha com perdas importantes nos dois meses anteriores.

Os derivados do petróleo e biocombustíveis cresceram pelo segundo mês seguido e intensificaram o crescimento do mês anterior. Nesse resultado, tem um pouco do crescimento dos derivados do petróleo, mas muito do avanço vem do maior processamento da safra de cana-de-açúcar, aqui nessa atividade com o álcool impulsionando o resultado, destaca Macedo.

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