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domingo, 30 de outubro de 2022

A descoberta sobre 'matéria escura' que pode mudar o tratamento do câncer

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TOPO
Por BBC

Postado em 30 de outubro de 2022 às 06h05m

 #.*Post. - N.\ 10.531*.#

A imagem mostra o DNA enrolado em histonas (na cor laranja). O epigenoma é governado por mudanças na estrutura tridimensional do DNA, que pode ser pensada como um pedaço de barbante com nós. — Foto: Phospho Biomecial Animation
A imagem mostra o DNA enrolado em histonas (na cor laranja). O epigenoma é governado por mudanças na estrutura tridimensional do DNA, que pode ser pensada como um pedaço de barbante com nós. — Foto: Phospho Biomecial Animation

Cientistas desvendaram mais detalhes sobre o misterioso papel da epigenética — o estudo de como os genes mudam e são influenciados pelo ambiente — na forma como o câncer se desenvolve.

Muitas vezes chamada de "matéria escura", essa área do conhecimento genômico pode alterar a maneira como os tumores são detectados e tratados, aponta um novo artigo do Instituto de Pesquisa do Câncer, no Reino Unido.

A epigenética poderia levar a novos testes para diagnosticar a doença ou até a personalizar os tratamentos que serão oferecidos a cada paciente.

Tudo isso está, entretanto, ainda distante do dia a dia da Medicina, já que as pesquisas estão em estágio inicial.

Quando a maioria das pessoas pensam em genética, o que vem à mente são as mudanças estruturais no código do DNA, que são transmitidas de geração em geração.

Como resultado, o grande foco das pesquisas tem sido entender como essas mutações genéticas impulsionam o crescimento dos tumores.

Nos últimos anos, porém, os cientistas descobriram outro fenômeno cuja influência é mais indireta — a epigenética.

A epigenética é a investigação de como o nosso comportamento e o ambiente ao redor de um indivíduo podem causar alterações que afetam a maneira como os genes funcionam.

Ela não altera o código genético por completo, mas pode controlar o acesso aos genes e é cada vez mais vista como algo importante no desenvolvimento de um câncer.

"Descobrimos um nível extra de controle sobre como os tumores se comportam — algo que pode ser comparado à 'matéria escura' do câncer", afirmou o professor Trevor Graham, diretor do Instituto de Pesquisa do Câncer.

Ele disse à BBC que podem existir "emaranhados nas linhas de DNA" à medida que as sequências genéticas se dobram em cada célula — e isso pode mudar quais genes são ativados.

A posição desses tais emaranhados pode ser muito importante para determinar como os cânceres aparecem e se comportam, acrescentou.

"Isso não vai mudar o atendimento dos pacientes amanhã, mas pode ser um caminho para o desenvolvimento de novas terapias", ponderou.

Testes genéticos para mutações relacionadas ao câncer, como o BRCA, que aumenta o risco de tumor de mama, por exemplo, oferecem apenas uma parcial do quadro sobre a doença de alguém.

"Ao testar as mudanças genéticas e epigenéticas, poderíamos potencialmente prever com muito mais precisão quais tratamentos funcionarão melhor para cada pessoa", sugeriu Graham.

As recentes descobertas foram publicadas em dois artigos no periódico científico Nature — o primeiro analisou mais de 1,3 mil amostras de 30 tumores intestinais e mostrou que as alterações epigenéticas eram muito comuns em células cancerosas e as ajudavam a crescer mais em comparação com as células saudáveis.

O segundo trabalho investigou diversas amostras retiradas de diferentes partes de um mesmo tumor. A partir daí, foi possível descobrir que a forma como as células tumorais se desenvolvem é muitas vezes governada por outros fatores além das mutações do DNA.

Os pesquisadores ponderam que as descobertas ainda não provam que as mudanças epigenéticas levam diretamente a alterações na forma como o câncer se comporta e mais pesquisas precisam ser feitas para entender como isso acontece.

Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-63425540

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sábado, 29 de outubro de 2022

As extraordinárias imagens de animais em concurso de fotos microscópicas

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Competição da Nikon revela um universo microscópico impressionante — de insetos a células. E algumas imagens podem ser assustadoras.
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TOPO
Por BBC

Postado em 29 de outubro de 2022 às 0845m

 #.*Post. - N.\ 10.530*.#

A foto deste escaravelho-vermelho foi uma escolhidas como 'imagem de distinção' no concurso de fotografia microscópica da Nikon.  — Foto: Yousef Al Habshi/ Nikon Small World via BBC
A foto deste escaravelho-vermelho foi uma escolhidas como 'imagem de distinção' no concurso de fotografia microscópica da Nikon. — Foto: Yousef Al Habshi/ Nikon Small World via BBC

Uma formiga com cara de alienígena, um escaravelho que parece saído de uma história em quadrinhos e uma aranha com pelos eletrizados.

Estas são algumas das fotos selecionadas no concurso anual de fotografia microscópica da fabricante de câmeras Nikon.

O primeiro prêmio do Nikon Small World Photomicrography Competition foi para a imagem de uma pata embrionária de uma lagartixa gigante de Madagascar, registrada por Grigorii Timin e supervisionada por Michel Milinkovitch da Universidade de Genebra, na Suíça.

Esta foto de uma pata embrionária de uma lagartixa gigante de Madagascar ganhou o primeiro prêmio na categoria 'top 20' na edição de 2022 do Concurso de Fotografia Microscópica da Nikon.  — Foto: Yousef Al Habshi/ Nikon Small World via BBC
Esta foto de uma pata embrionária de uma lagartixa gigante de Madagascar ganhou o primeiro prêmio na categoria 'top 20' na edição de 2022 do Concurso de Fotografia Microscópica da Nikon. — Foto: Yousef Al Habshi/ Nikon Small World via BBC

Mas na competição é possível ver imagens microscópicas de alta resolução de insetos, tecidos, células, partes do corpo humano, minerais, entre outros.

No total, foram selecionadas 89 fotos de cientistas e artistas de todo o mundo para compor as categorias "top 20", "menções honrosas" e "imagens de distinção".

A última categoria inclui a imagem curiosa em primeiríssimo primeiro plano do rosto de uma formiga, capturada pelo fotógrafo lituano Eugenijus Kavaliauskas.

Esta foto da formiga foi escolhida para a categoria 'imagem de distinção' no concurso da Nikon.  — Foto: Eugenuus Kavaliauskas/ Nikon Small World
Esta foto da formiga foi escolhida para a categoria 'imagem de distinção' no concurso da Nikon. — Foto: Eugenuus Kavaliauskas/ Nikon Small World

E tem mais. A seguir, compartilhamos uma seleção das fotos que participaram e foram selecionadas para alguma categoria do concurso.

O retrato em primeiro plano desta aranha-saltadora ganhou um lugar na categoria 'imagem de distinção' no Concurso de Fotografia Microscópica da Nikon.  — Foto: Andrew Posselt/ Nikon Small World
O retrato em primeiro plano desta aranha-saltadora ganhou um lugar na categoria 'imagem de distinção' no Concurso de Fotografia Microscópica da Nikon. — Foto: Andrew Posselt/ Nikon Small World


A foto deste embrião de peixe-zebra ganhou um lugar na seção 'imagem de distinção' no concurso da Nikon.  — Foto: Layra G. Cintrón-Rivera/ Nikon Small World
A foto deste embrião de peixe-zebra ganhou um lugar na seção 'imagem de distinção' no concurso da Nikon. — Foto: Layra G. Cintrón-Rivera/ Nikon Small World


O retrato desta mosca enfrentando um besouro-tigre ficou em 10º lugar na categoria 'top 20' do Concurso de Fotografia Microscópica de Nikon.  — Foto: Murat Öztürk/ Nikon Small World
O retrato desta mosca enfrentando um besouro-tigre ficou em 10º lugar na categoria 'top 20' do Concurso de Fotografia Microscópica de Nikon. — Foto: Murat Öztürk/ Nikon Small World


Esta foto de um axolote transgênico ganhou um lugar na categoria 'imagem de distinção' no concurso de fotografia microscópica da Nikon.  — Foto: Marko Pende/ Nikon Small World
Esta foto de um axolote transgênico ganhou um lugar na categoria 'imagem de distinção' no concurso de fotografia microscópica da Nikon. — Foto: Marko Pende/ Nikon Small World


A imagem da aranha (Pholcus phalangioides) ficou em quarto lugar na categoria 'top 20' do concurso — Foto: Andrew Posselt/ Nikon Small World
A imagem da aranha (Pholcus phalangioides) ficou em quarto lugar na categoria 'top 20' do concurso — Foto: Andrew Posselt/ Nikon Small World

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-63410500

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sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Eleição presidencial em Minas Gerais: como foram as últimas votações no 2º maior colégio eleitoral do país

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Dados do segundo turno das últimas cinco eleições mostram que resultados mineiros tiveram uma diferença de, no máximo, 5,2 pontos percentuais em relação à votação nacional.
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Por g1

Postado em 28 de outubro de 2022 às 09h15m

 #.*Post. - N.\ 10.529*.#

Eliane Cantanhêde: Cenário em Minas Gerais é de estabilidade e favorece LulaEliane Cantanhêde: Cenário em Minas Gerais é de estabilidade e favorece Lula

Com mais de 16 milhões de eleitores, Minas Gerais tem sido um dos principais focos de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) desde o início da corrida eleitoral rumo ao segundo turno, que acontece neste domingo (30).

O estado é o segundo maior colégio eleitoral do país e foi o único do Sudeste a dar vitória a Lula no 1º turno das eleições. Além disso, historicamente, o candidato que ganhou em MG ganhou também a eleição para presidente.

"A dinâmica eleitoral mineira reflete os movimentos da política nacional por causa da heterogeneidade geográfica e demográfica", diz Bruno Carazza, colunista do Valor Econômico e professor da Fundação Dom Cabral, ao podcast "O Assunto".

"A região do norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha são regiões muito próximas ao Nordeste, enquanto o Triângulo Mineiro, por exemplo, tem um perfil até econômico relacionado ao agronegócio, muito próximo do Centro-Oeste. O sul de Minas é uma área de influência de São Paulo, e a Zona da Mata, região de Juiz de Fora, é muito ligada ao Rio de Janeiro."

Os dados do segundo turno das últimas cinco eleições mostram que os resultados mineiros tiveram uma diferença de, no máximo, 5,2 pontos percentuais em relação à votação nacional.

A eleição mais próxima foi a de 2014. Dilma Rousseff (PT) foi reeleita com 51,29% dos votos – e teve 52,24% dos votos dos eleitores de Minas Gerais.

Na última eleição presidencial, Jair Bolsonaro (PL, ex-PSL) se elegeu com 55,13% dos votos. Já em Minas, o atual presidente recebeu 58,19% dos votos – uma diferença de 3,06 pontos percentuais.

No 1º turno das eleições deste ano, os indicadores de Minas e do país também foram muito próximos. Lula (PT) recebeu 48,43% dos votos no Brasil e 48,29% em Minas. Já Bolsonaro recebeu 43,20% no país e 43,60% no estado mineiro. 
Veja como foram as votações no 2º turno das últimas eleições presidenciáveis em Minas Gerais:

Comparação da votação em Minas Gerais e no Brasil no segundo turno das últimas eleições. — Foto: Juan Silva/g1Comparação da votação em Minas Gerais e no Brasil no segundo turno das últimas eleições. — Foto: Juan Silva/g1

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Sonda da Nasa registra impacto 'impressionante' de rocha espacial em Marte

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Segundo os cientistas da agência, o impacto foi causado por uma das maiores rochas espaciais que já atingiram o planeta vermelho desde que a Nasa começou suas observações, gerando um terremoto de magnitude 4.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 28 de outubro de 2022 às 08h15m

 #.*Post. - N.\ 10.528*.#

Imagem de um satélite da Nasa em marte mostra blocos de gelo que foram projetados na superfície e uma cratera de cerca de 150 metros de diâmetro e 20 metros de profundidade, a maior já observada desde o início das operações da MRO, há 16 anos.  — Foto: Nasa/Divulgação
Imagem de um satélite da Nasa em marte mostra blocos de gelo que foram projetados na superfície e uma cratera de cerca de 150 metros de diâmetro e 20 metros de profundidade, a maior já observada desde o início das operações da MRO, há 16 anos. — Foto: Nasa/Divulgação

Cientistas da Nasa que estudam Marte tiveram uma grata surpresa ao perceberem o impacto de um meteorito sobre o Planeta Vermelho.

O fenômeno foi registrado em 24 de dezembro de 2021, quando o impacto causou solavancos de magnitude 4 na superfície marciana, detectados graças à sonda Insight e a seu sismômetro, que pousou em Marte há quase quatro anos, a cerca de 3.500 km do local do impacto.

A origem desse tremor marciano só foi confirmada quando a sonda chamada Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), em órbita ao redor do planeta, captou imagens da cratera recém-formada, menos de 24 horas depois.

A imagem mostra blocos de gelo que foram projetados na superfície e uma cratera de cerca de 150 metros de diâmetro e 20 metros de profundidade, a maior já observada desde o início das operações da MRO, há 16 anos.

Embora os impactos de meteoritos não sejam raros em Marte, "nunca teríamos pensado em presenciar algo tão grande", disse nesta quinta-feira em entrevista coletiva Ingrid Daubar, da equipe de missões da sonda Insight e da MRO.

Os pesquisadores estimam que o meteorito devia ter 12 metros, com o que na Terra teria se desintegrado na atmosfera. "É simplesmente o maior impacto de meteorito na superfície já ouvido desde que a ciência conta com sismógrafos ou sismômetros", explicou à AFP o professor de planetologia Philippe Lognonné, que participou de dois estudos resultantes dessas observações publicados nesta quinta-feira na revista "Science".

A Nasa também divulgou uma gravação de áudio do sismo, obtida por meio da aceleração das vibrações captadas pelo sismógrafo para torná-las audíveis.

O que é um meteoro?
O que é um meteoro?

A presença de gelo, em particular, foi descrita como surpreendente por Ingrid Daubar. "É o ponto mais quente de Marte, o mais próximo do Equador onde já foi visto gelo". Também é de interesse científico para o estudo do clima marciano, uma vez que a presença de gelo nessa latitude poderia ser muito útil para futuros exploradores, explicou Lori Glaze, diretora de ciências planetárias da Nasa.

As informações coletadas devem permitir refinar o conhecimento sobre o interior de Marte e a história da sua formação.

A sonda Insight detectou no total mais de 1.300 tremores em Marte, alguns deles causados por meteoritos menores, e os dados coletados serão usados por cientistas de todo o mundo por muitos anos.

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quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Desemprego recua para 8,7% no terceiro trimestre, com novo recorde de trabalhadores sem carteira assinada

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Esta é a menor taxa desde o trimestre fechado em junho de 2015 (8,4%); população desocupada chegou ao menor nível desde o trimestre terminado em dezembro de 2015.
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Por Marta Cavallini, g1

Postado em 27 de outubro de 2022 às 10h00m

 #.*Post. - N.\ 10.527*.#

Vagas de emprego — Foto: Reprodução/Governo de Goiás
Vagas de emprego — Foto: Reprodução/Governo de Goiás

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 8,7% no terceiro trimestre deste ano. Esta é a menor taxa desde o trimestre encerrado em junho de 2015 (8,4%).

(Correção: o g1 errou ao informar na Primeira Página que o número de trabalhadores informais bateu recorde. O dado na reportagem estava correto. Na verdade, foi o número de empregados sem carteira assinada do setor privado que bateu recorde. Já a taxa de informalidade caiu. A informação foi corrigida às 10h20.)

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo IBGE.

A taxa representa queda de 0,6 ponto percentual na comparação com o trimestre terminado em junho (9,3%) e de 3,9 pontos percentuais frente ao terceiro trimestre de 2021 (12,6%).

A taxa de desocupação segue a trajetória de queda que vem sendo observada nos últimos trimestres. A retração dessa taxa é influenciada pela manutenção do crescimento da população ocupada, destaca Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.

Segundo o IBGE, o contingente de pessoas ocupadas (99,3 milhões) cresceu 1% (mais 1 milhão) no trimestre e 6,8% (mais 6,3 milhões) no ano, batendo novamente o recorde na série histórica, iniciada em 2012.

Já população desocupada (9,5 milhões de pessoas) chegou ao menor nível desde o trimestre terminado em dezembro de 2015, caindo 6,2% (menos 621 mil pessoas) no trimestre e 29,7% (menos 4 milhões) no ano.


Crescem os sem carteira e caem os informais

Outro destaque da Pnad Contínua do IBGE é que o número de empregados sem carteira assinada no setor privado (13,2 milhões de pessoas) foi o maior da série histórica, iniciada em 2012, apresentando estabilidade no trimestre e elevação de 13% (1,5 milhão de pessoas) no ano.

Já a taxa de informalidade caiu para 39,4% da população ocupada, contra 40% no trimestre anterior (terminado em junho) e 40,6% no mesmo trimestre de 2021. Já o número de trabalhadores informais chegou a 39,1 milhões. A título de comparação, no trimestre terminado em agosto, o número de informais chegou a 39,3 milhões, e a taxa foi de 39,7%.

O nível da ocupação (indicador que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) subiu para 57,2%, o mais alto desde o trimestre terminado em outubro de 2015.

Já o número de empregados com carteira de trabalho assinada cresceu 1,3% em relação ao trimestre anterior, chegando a 36,3 milhões de pessoas. Na comparação anual, o contingente cresceu 8,2%.

Recorde de ocupados no setor público

O número de empregados no setor público foi recorde da série histórica (12,2 milhões), com alta de 2,5% (291 mil pessoas) no trimestre e de 8,9% (989 mil pessoas) no ano. Esse aumento foi puxado pelos empregados no setor público sem carteira assinada (3,1 milhões), cujo crescimento foi recorde - 11,6% (317 mil pessoas) no trimestre e 35,4% (799 mil pessoas) no ano.

Temos observado um ritmo acelerado no setor público nos últimos três trimestres em função, principalmente, da recuperação do segmento de educação e saúde, diz a coordenadora.

Principais destaques da pesquisa

  • Desemprego caiu para 8,7%, menor índice da série desde o trimestre encerrado em junho de 2015
  • Número de desempregados recuou para 9,5 milhões de pessoas
  • Contingente de pessoas ocupadas bateu novo recorde: 99,3 milhões
  • População subocupada (por insuficiência de horas trabalhadas) caiu para 6,2 milhões de pessoas
  • População subutilizada (desempregados, subocupados, desalentados e pessoas que podem trabalhar, mas que não têm disponibilidade por algum motivo) caiu para 23,4 milhões de pessoas
  • Pessoas fora da força de trabalho ficou em 64,7 milhões de pessoas
  • População desalentada (que desistiu de procurar trabalho) ficou em 4,3 milhões
  • Taxa de informalidade caiu para 39,4% da população ocupada
  • Número de trabalhadores informais chegou a 39,1 milhões
  • Número de empregados sem carteira assinada foi o maior da série: 13,2 milhões
  • Número de empregados com carteira de trabalho assinada subiu para 36,3 milhões
  • Trabalhadores por conta própria atingiram 25,7 milhões de pessoas
  • Número de trabalhadores domésticos ficou em 5,9 milhões de pessoas
  • Número de empregadores foi de 4,4 milhões de pessoas
  • Nível da ocupação (indicador que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) subiu para 57,2%, nível mais alto desde outubro de 2015
  • Rendimento real habitual ficou em R$ 2.737
Administração pública, defesa e seguridade social puxam ocupação

Segundo o IBGE, as seguintes atividades influenciaram o aumento da ocupação e consequente queda no desemprego: administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,8%, ou mais 315 mil pessoas) e outros serviços (6,8%, ou mais 348 mil pessoas).

Beringuy destaca que três atividades vinham se sobressaindo desde junho: comércio, administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, e outros serviços. Nesse trimestre, o comércio, embora tenha ficado estável, ainda mantém um contingente bastante importante e permanece sendo uma importante atividade na absorção de mão de obra, com mais de 19 milhões de pessoas.

Rendimento médio cresce

O rendimento real habitual cresceu, pela primeira vez desde junho de 2020, tanto na comparação trimestral (3,7%) quanto na anual (2,5%), chegando a R$ 2.737. Na comparação trimestre a trimestre, foi a quinta alta seguida.

Segundo a coordenadora da pesquisa,o crescimento do rendimento real está relacionado à redução da inflação, proporcionando ganhos reais. O rendimento nominal, que não desconta a inflação, já vinha crescendo em 2022, enquanto o real estava registrando queda. Na medida em que há uma retração da inflação, passa-se a ter registros de crescimento no rendimento real.

As posições que tiveram alta significativa no rendimento no trimestre foram empregado com carteira de trabalho assinada (2,8%, ou mais R$ 71), empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (2,3%, ou mais R$ 92) e empregador (10%, ou mais R$ 613).

Na comparação com o mesmo trimestre de 2021 houve aumento nas categorias trabalhador doméstico (4,6%, ou mais R$ 46) e conta própria (5%, ou mais R$ 103).


Pnad x Caged

Fim de ano no comércio deve ter maior número de vagas temporárias desde 2013, prevê CNC
Fim de ano no comércio deve ter maior número de vagas temporárias desde 2013, prevê CNC

Na quarta-feira (26), o Ministério do Trabalho e Previdência informou que o país gerou 278 mil empregos com carteira assinada em setembro, o que representa uma piora em relação a setembro do ano passado, quando foram criados 330 mil empregos formais.

Os dados, no entanto, não são comparáveis com os números do desemprego divulgados nesta quarta pelo IBGE. Isso porque os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, isto é, não incluem os informais.

Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.

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