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segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Nasa enviará mais dois helicópteros em missão para Marte

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Missão faz parte de um plano B da agência espacial para o transporte de amostras do solo marciano à Terra.
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Por g1

Postado em 08 de agosto de 2022 às 11h35m

 #.*Post. - N.\ 10.414*.#

Ilustração da Nasa mostra robôs e helicópteros que se juntarão à missão no planeta vermelho para coleta de amostras de rocha e solo da superfície marciana.  — Foto: NASA/JPL-Caltech
Ilustração da Nasa mostra robôs e helicópteros que se juntarão à missão no planeta vermelho para coleta de amostras de rocha e solo da superfície marciana. — Foto: NASA/JPL-Caltech

A Nasa, a agência espacial norte-americana, deve lançar mais dois mini-helicópteros para Marte numa missão que pretende retornar amostras científicas do solo marciano à Terra.

Em 2021, o mini-helicóptero Ingenuity fez o histórico primeiro voo motorizado e controlado no planeta vermelho, como parte de uma estratégia da agência apenas para avaliar as condições de voo no planeta.

Desde então, o Ingenuity fez cerca de 30 voos experimentais. Agora, a Nasa e a ESA, a agência espacial europeia, planejam construir e lançar no final desta década dois equipamentos semelhantes que irão transportar ao nosso planeta amostras de rochas e solo de Marte.

Se tudo correr como planejado, até 30 amostras seriam coletadas em 2031 e chegariam à Terra em 2033.

O programa Mars Sample Return (Programa de Retorno de Amostras de Marte, em tradução livre) está na fase final do seu projeto de design, depois de uma revisão da estratégia inicial de lançamento.

Antes, a NASA tinha a intenção de levar um novo robô para Marte que seria construído pela ESA e que transportaria os materiais científicos coletados pelo Perseverance (robô lançado junto com o Ingenuity e que busca vestígios de vida no planeta) até um foguete fabricado pelos americanos.

O Perseverance, o robô que a Nasa enviou a Marte. — Foto: Nasa

Agora, a missão pretende fazer com que o Perseverance se desloque por conta própria até o módulo de pouso onde estará estacionado esse foguete.

Contudo, se o robô falhar nessa tarefa, é aí que os novos helicópteros entram em cena: os dois equipamentos que estão sendo construídos carregariam as amostras do Perseverance.

Segundo informou à Associated Press o diretor do programa da Nasa, Jeff Gramling, cada helicóptero está sendo projetado para transportar um tubo de amostra do robô por vez, fazendo várias viagens de ida e volta.

Temos confiança de que podemos contar com o Perseverance para trazer as amostras de volta e adicionamos os helicópteros como uma espécie de plano B, disse Gramling.

A agências esperam que essa nova estratégia reduza a complexidade de futuras missões a Marte e aumente a probabilidade de sucesso do programa espacial.

Existem algumas mudanças significativas e vantajosas no plano, que podem ser atribuídas diretamente aos sucessos recentes do Perseverance em Jezero [uma cratera do planeta que já foi um lago há bilhões de anos] e ao incrível desempenho do nosso helicóptero em Marte", disse Thomas Zurbuchen, diretor de missões científicas da Nasa.



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domingo, 7 de agosto de 2022

O mundo está a caminho de uma recessão?

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Entenda os riscos e as consequências para o Brasil Boa notícia é que esfriamento da demanda pode ajudar a aliviar a pressão inflacionária e a acomodar preços das commodities, apesar da piora nas projeções para 2023.
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Por Darlan Alvarenga, g1

Postado em 07 de agosto de 2022 às 13h35m

 #.*Post. - N.\ 10.413*.#

Homem faz compras em um supermercado de Nova York, em imagem de 27 de julho de 2022. PIB dos EUA encolheu de abril a junho pelo segundo trimestre consecutivo. — Foto: Andres Kudacki/AP Photo
Homem faz compras em um supermercado de Nova York, em imagem de 27 de julho de 2022. PIB dos EUA encolheu de abril a junho pelo segundo trimestre consecutivo. — Foto: Andres Kudacki/AP Photo

A contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos pelo segundo trimestre seguido e indicadores econômicos na Europa evidenciam o cenário de desaceleração da economia mundial, aumentando os temores de uma nova recessão global apenas dois anos após a última – daquela vez, na esteira da pandemia da Covid-19.

Cada vez mais economistas veem como iminente a chegada de uma recessão não só na maior economia do mundo, mas também em países europeus, além de riscos de retração inclusive em países como o Brasil.

O pano de fundo para o novo abalo na economia global é a disparada da inflação, que tem batido recorde de mais de quatro décadas no mundo.

A alta de preços acontece em meio à guerra na Ucrânia e gargalos nas cadeias de produção após o impacto da pandemia. E, buscando conter a inflação, o Federal Reserve (Fed) e outros bancos centrais ao redor do mundo têm elevado as taxas de juros – 'esfriando' a economia, ou seja, colocando freios no crescimento.

"Um processo inflacionário dessa magnitude não é trivial. Toda vez que teve inflação elevada no passado e que o Fed e os bancos centrais tiveram que subir taxas de juros, tivemos uma recessão", afirma Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Se a recessão global, por ora, ainda não é realidade, não há dúvidas a respeito de uma desaceleração rápida da atividade econômica global e da piora das expectativas.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou no final do mês passado sua previsão de crescimento global para 2022 e 2023, alertando que a perspectiva piorou significativamente e que o mundo poderá em breve estar à beira de uma recessão global.

Mas o que define uma recessão e quais as consequências para a economia? O que explica a atual desaceleração global e quais os riscos de uma nova retração do PIB do Brasil?

Veja abaixo perguntas e respostas sobre os riscos de recessão global e consequências para o Brasil

Entenda os impactos mundiais da inflação dos EUA e risco de recessão globalEntenda os impactos mundiais da inflação dos EUA e risco de recessão global

Como se define uma recessão? EUA já estão?

A definição de recessão técnica é o registro de dois trimestres consecutivos de declínio do PIB. Por esse critério, a economia dos EUA já estaria em recessão.

Muitos economistas, porém, assim como o governo de Joe Biden, avaliam que a economia norte-americana não está em uma recessão clássica, porque ainda registra outros indicadores mais favoráveis, como de gastos das famílias e de criação de vagas de trabalho.

"Recessão na verdade é quando você tem um conjunto amplo de indicadores – consumo, investimento, emprego –, todos eles piorando, não só o PIB negativo", afirma Caio Megale, economista-chefe da XP. A avaliação dele, de qualquer forma, é que tanto os EUA como a economia global dificilmente escaparão de uma nova recessão.

A inflação ao consumidor nos Estados Unidos saltou para 9,1% em julho, atingindo a maior taxa anual em 40 anos e meio – e, por outro lado, o mercado de trabalho continua aquecido, o que tem elevado as apostas de que o Fed terá que promover uma elevação mais rápida dos juros para esfriar a economia e frear a alta de preços.

Para os economistas, os EUA podem até não estar em recessão ainda, mas será difícil escaparem dela.

"Para a que a economia americana se reequilibre e tenha uma queda de inflação, os EUA vão precisar passar por uma por uma recessão nesse conceito mais amplo, com queda mais expressiva de consumo, aumento da taxa de desemprego. Então, o Fed e o mundo irão ajustar os juros, até esse cenário de recessão ficar mais claro", diz Megale.


Qual a dimensão esperada do abalo e os riscos?

Na Europa, o banco central britânico alertou nesta semana que o Reino Unido enfrentará uma recessão e avaliou que a economia começará a encolher a partir do último trimestre de 2022, podendo se contrair até o fim de 2023.

"Há um conjunto de países sofrendo desse mesmo processo inflacionário que advém das pressões da pandemia e da guerra. Então, tudo indica que de fato tem um ciclo recessivo global pela frente, que vai pegar um cheio especialmente os Estados Unidos da Europa. Ainda não aconteceu, mas estamos caminhando para uma recessão global sincronizada", avalia o economista da MB.

Ainda que o movimento de contração econômica não se dissemine por todas as regiões do globo, vale destacar que somente o bloco dos países do G7 (EUA, Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido) respondem por quase 50% do PIB global. E, num mundo globalizado, um abalo nas maiores economias significa um freio na atividade econômica em todos os continentes.

Importante destacar que, apesar da piora das projeções para a economia global, instituições como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o FMI continuam prevendo que o PIB global anual irá crescer em 2022 e 2023, ainda que com taxas mais fracas.

Veja no gráfico abaixo:

Nem os mais pessimistas veem, porém, o risco de uma recessão tão aguda como a registrada em 2020 ou um colapso como o ocorrido durante a crise financeira global de 2008 e 2009.

"Dessa vez eu acho que vai ser uma recessão que pode ser curta. É uma questão mais cíclica mesmo. Acho que serão dois, três trimestres de desaceleração mais expressiva e de queda do consumo. Mirando meados do ano que vem, o trabalho pode estar feito e o Fed pode começar a pensar em cortar juros," avalia Megale.

Ainda que de baixa magnitude e de curta duração, uma recessão sempre traz consequências amargas, pois provoca um freio nos investimentos e no comércio global, e derruba a confiança de empresários e consumidores, o que fatalmente implicará em cortes de empregos e maior risco de falência de empresas no mundo todo. 
E qual é a situação da China?

Na China, a inflação não é um problema, mas a segunda maior economia do mundo também tem mostrado um esfriamento desde 2019. O PIB chinês registrou forte desaceleração no segundo trimestre, afetado por 'lockdows' em várias cidades do país por causa da Covid-19.

A China foi a única grande economia do mundo que escapou de uma contração em 2020 e uma recessão está novamente fora do horizonte. A performance do PIB neste ano, porém, está bem abaixo da meta do governo de cerca de 5,5% para este ano.

Em razão do peso das exportações no PIB do país, uma recessão global pode colocar um freio ainda maior na economia chinesa. O FMI projeta para a China um crescimento de 3,3% em 2022 e de 4,6% em 2023.

"Costuma-se dizer que quando a China está crescendo em torno de 4% ela já está em recessão, porque não consegue absorver toda a mão-de-obra entrante", afirma Alex Agostini, economista-chefe da Austin Ratings, destacando que a economia chinesa possui um peso de 18,5% no PIB global e imenso protagonismo no comércio global.
Movimentação de cargas no porto de Xangai, na China. Pais possui um peso de 18,5% no PIB global. — Foto: Aly Song/Reuters
Movimentação de cargas no porto de Xangai, na China. Pais possui um peso de 18,5% no PIB global. — Foto: Aly Song/Reuters 
 
Quais as consequências para o Brasil?

Ainda que os riscos domésticos superem de longe os externos, uma recessão global terá consequências também no Brasil, sobretudo para o canal de exportações. Isso porque se o mundo passar a consumir menos, comprará também menos produtos brasileiros como petróleo, minério de ferro e grãos.

A balança comercial brasileira já registrou uma queda no superávit em julho, que encolheu para US$ 5,4 bilhões, contra US$ 8,8 bilhões em junho. No acumulado em 7 meses, o recuo é de 10,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Uma recessão global tem potencial também de interromper o processo de recuperação do mercado de trabalho brasileiro, com reflexos negativos na taxa de desemprego. Apesar do recuo nos últimos meses, cerca de 10 milhão de brasileiros estão em busca de trabalho.

Curiosamente, uma recessão global traria um efeito positivo para o cenário macroeconômico brasileiro. Como boa parte das pressões inflacionárias é global, um desaquecimento da economia mundial tende a acomodar os preços das commodities, podendo ajudar a frear a inflação, que segue em dois dígitos no Brasil.

"O nosso principal problema hoje é inflação. A gente sabe que boa parte da inflação é global, o mundo inteiro está com inflação alta. Quanto mais bancos centrais atuarem, mais a inflação desacelerar, melhor vai ser para o nosso processo de reequilíbrio", afirma o economista-chefe da XP.


O Brasil corre o risco de entrar em recessão em 2023?

Os analistas alertam, porém, para o aumento das incertezas domésticas – e não descartam o risco de uma nova recessão ou de mais um ano de PIB pífio.

"Vamos estar trocando uma inflação alta por uma inflação menor com um crescimento também menor", resume Alex Agostini.

Sergio Vale acrescenta que o crescimento do PIB brasileiro neste ano tem sido "anabolizado" pelo pacote de medidas aprovadas que permitiram ao governo a criação de uma série de benefícios às vésperas das eleições. Apelidada de PEC Kamikaze, a proposta prevê um gasto adicional de R$ 41,2 bilhões neste ano.

"Estamos uma economia muito frágil há muito tempo. Desde 2015, 2016, o Brasil não conseguiu imprimir o ritmo forte de crescimento. A gente não tem conseguido avançar nas reformas e, ao mesmo tempo, o governo resolveu entregar todas as cartas e fazer todo um movimento pró-eleição, jogando um crescimento artificial esse ano, mas que lá na frente vamos ter que pagar o preço disso", avalia o economista da MB.

A XP trabalha com o cenário base de alta de 0,5% do PIB em 2023, mas não descarta o risco de uma eventual retração no ano que vem.

"A gente vai precisar passar por uma acomodação de crescimento para trazer a inflação para baixo. Pode acontecer uma queda mais bruta, mas eu acho que é menos pelo risco global e mais pelo risco doméstico mesmo", diz Megale, citando as preocupações com a expansão dos gastos do governo e trajetória da dívida pública.

Do ponto de vista econômico, a PEC Eleitoral só adiciona instabilidade ao cenário, destaca especialista
Do ponto de vista econômico, a PEC Eleitoral só adiciona instabilidade ao cenário, destaca especialista

E quais os impactos para o câmbio?

Diante dos aumentos da taxa de juros nos EUA, o dólar vem se valorizando frente a outras moedas. Em julho, por exemplo, o euro caiu abaixo da paridade em relação ao dólar pela primeira vez em 20 anos com o aumento dos riscos de recessão na Europa.

Frente ao real, no entanto, o dólar ainda acumula desvalorização de cerca de 7% no ano.

A perspectiva de novas altas de juros na maior economia do mundo torna os títulos do Tesouro norte-americano mais atraentes, porque pagam taxa maior, o que faz aumentar a demanda por dólares e, consequentemente, a eleva a cotação da divisa frente a outras moedas.

No Brasil, entretanto, o chamado diferencial de juros tem mantido a atratividade da renda fixa, o que continua estimulando o ingresso de recursos de investidores estrangeiros e a valorização do real frente ao dólar. Com a elevação da Selic para 13,75% ao ano, o Brasil se isolou ainda mais da liderança do ranking mundial de juros reais, com uma taxa de 8,52% de retorno, descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses.

A projeção do mercado para a taxa de câmbio permanece em R$ 5,20 para o fim de 2022 e para o fim de 2023. Na visão dos analistas, a cotação do dólar continuará sendo guiada pela intensidade do aperto de juros nos EUA e pelas incertezas em relação às eleições presidenciais e controle da dívida pública.

"Trajetória de dívida crescente pressiona juros e vai gerando incerteza. A gente está meio que patinando no gelo fino do lado fiscal. É preciso tomar cuidado para que nessa transição haja, pelo menos no início do próximo governo, um ajuste e uma sinalização clara de qual é a próxima âncora fiscal", afirma Megale.

Reino Unido faz aumento recorde na taxa de juros para tentar deter a inflaçãoReino Unido faz aumento recorde na taxa de juros para tentar deter a inflação
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Turistas fazem piquenique em vulcão em erupção na Islândia

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Imagens mostram pessoas bem próximas da lava, observando a erupção. País tem alta atividade vulcânica e frequentemente experimenta terremotos.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 07 de agosto de 2022 às 10h40m

 #.*Post. - N.\ 10.412*.#

Turistas fazem até piquenique em vulcão ativo na Islândia
Turistas fazem até piquenique em vulcão ativo na Islândia

A erupção do vulcão Fagradalsfjall, perto da capital da Islândia, Reykjavik, tem atraído moradores e turistas que sobem o monte para admirar o fenômeno. O local tem sido ponto de encontro de pessoas que aproveitam o "espetáculo" para fazer piquenique enquanto a lava é cuspida para cima. Assista no vídeo acima.

A Islândia tem 32 sistemas vulcânicos considerados ativos, o maior número de toda Europa. A erupção do Fagradalsfajall começou após um aumento da atividade de terremotos na área, de acordo com o Escritório Meteorológico islandês (IMO). O vulcão está a apenas 15 km do aeroporto internacional do país.

Pessoas assistem à erupção vulcânica do Fagradalsfjall, na Islândia — Foto: Instagram/@alberttourguideiceland via Reuters
Pessoas assistem à erupção vulcânica do Fagradalsfjall, na Islândia — Foto: Instagram/@alberttourguideiceland via Reuters

O canadense Jessie Bull, de 23 anos, contou à agência Reuters que chegou na cidade no dia em que o vulcão entrou em erupção. "Eu nunca vi um vulcão, vulcão ativo. Meio assustador. Estou meio assustado, tipo, eu ouço esses barulhos e fico tipo 'será que vai entrar em erupção ainda mais?'", disse.

Os turistas, de diferentes nacionalidades, descrevem a vivência como "uma experiência de vida" e "surreal". Kristi Tahepold, uma dentista da Estônia, afirmou:

"Se você tiver alguma chance na sua vida de ver um vulcão, vá. Mesmo se você não tenha sapatos e roupas para isso, apenas vá".

Lava explode do vulcão Fagradalsfjall, na Islândia, em 3 de agosto de 2022 — Foto: Saul Loeb/Reuters
Lava explode do vulcão Fagradalsfjall, na Islândia, em 3 de agosto de 2022 — Foto: Saul Loeb/Reuters

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sábado, 6 de agosto de 2022

Emprego: as 9 áreas em que brasileiros mais encontram trabalho

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Proporção de pessoas ocupadas aumentou, mas salário médio real caiu. Entenda o que explica esse cenário e veja as áreas que tiveram os maiores aumentos da população ocupada no último ano, segundo o IBGE.
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TOPO
Por BBC

Postado em 06 de agosto de 2022 às 11h45m

 #.*Post. - N.\ 10.411*.#

Número de trabalhadores sem carteira assinada é recorde: o mais alto desde 2015 — Foto: Getty Images/Via BBC
Número de trabalhadores sem carteira assinada é recorde: o mais alto desde 2015 — Foto: Getty Images/Via BBC

Os dados mais recentes sobre o mercado de trabalho brasileiro revelam um cenário que pode parecer contraditório à primeira vista: um aumento na proporção de pessoas trabalhando, mas com salários menores — além de um recorde de trabalhadores sem carteira assinada.

"É um copo meio cheio ou meio vazio, dependendo da maneira como você observa", resume Bráulio Borges, economista-sênior da consultoria LCA e pesquisador-associado do FGV IBRE.

IBGE: 4,5 milhões de pessoas desistiram de buscar empregoIBGE: 4,5 milhões de pessoas desistiram de buscar emprego

A taxa de desemprego de 9,3%, registrada no trimestre de abril a junho de 2022, é a mais baixa para o segundo trimestre desde 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Comércio, construção civil, serviços domésticos e outros serviços estão entre as áreas que respondem por maior criação de ocupações. (Veja abaixo a lista completa das áreas com os maiores aumentos).

A área de serviços domésticos, que inclui empregadas e diaristas, está entre as que apresentaram maior crescimento — Foto: Getty Images/Via BBC
A área de serviços domésticos, que inclui empregadas e diaristas, está entre as que apresentaram maior crescimento — Foto: Getty Images/Via BBC

Borges destacou que, "olhando só o número de pessoas ocupadas, há sete anos que a gente não observa o mercado de trabalho brasileiro em uma situação tão favorável". No entanto, ele acrescentou que uma análise mais detalhada mostra que "não é uma situação assim tão boa", em referência a aspectos como a queda de 5,1% no rendimento médio real (R$ 2.652) em relação a igual período do ano anterior.

Veja abaixo as áreas que mais estão contratando no Brasil — e, em seguida, entenda como essa composição ajuda a explicar a atual situação do mercado de trabalho brasileiro.

Aumento da população ocupada (2º tri de 2022 ante 2º tri de 2021):

  • Alojamento e alimentação (23,1%, ou mais 1 milhão de pessoas)
  • Serviços domésticos (18,7%, ou mais 931 mil pessoas)
  • Outros serviços* (18,7%, ou mais 805 mil pessoas)
  • Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (14,2%, ou mais 2,4 milhões de pessoas)
  • Construção (11,2%, ou mais 753 mil pessoas)
  • Indústria geral (10,2%, ou mais 1,2 milhão de pessoas)
  • Transporte, armazenagem e correio (10%, ou mais 463 mil pessoas)
  • Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (5,5%, ou mais 893 mil pessoas)
  • Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (5,1%, ou mais 568 mil pessoas)

*Serviços artísticos, culturais, esportivos e recreativos; serviços pessoais, de manutenção e reparos de equipamentos e de objetos pessoais e domésticos.

**Os demais grupos de atividades não tiveram variações significativas, segundo o IBGE

Fonte: IBGE

Para gerar emprego de qualidade, economistas apontam que país precisa crescer de forma forte e sustentável — Foto: Getty Images/Via BBC
Para gerar emprego de qualidade, economistas apontam que país precisa crescer de forma forte e sustentável — Foto: Getty Images/Via BBC

É importante lembrar que os dados de ocupação do IBGE não consideram apenas os empregos formais (com carteira assinada), mas também os trabalhos informais. Entre os trabalhadores por conta própria (os também chamados autônomos), considera tanto aqueles com CNPJ quanto sem.

'Mais emprego do que PIB'

Geralmente, os economistas esperam que as movimentações no mercado de trabalho acompanhem a atividade econômica com um certo atraso, como aponta a pesquisadora do Ipea Maria Andreia Lameiras.

"Em momentos em que a economia já está em crise, o mercado de trabalho demora um pouco mais a entrar em crise. E acontece também o contrário. Momentos que a economia vai se recuperando primeiro, o mercado de trabalho vem se recuperando depois", diz.

No entanto, essa regra geral não parece se aplicar para a atual situação. A economista destaca a característica particular dos impactos da crise mais recente, "vinda de um fator de saúde" e lembra que as restrições em resposta à pandemia afetaram especialmente o setor de serviços, que puxa muito o mercado de trabalho no Brasil.

Agora, diz Lameiras, "tudo aquilo que foi muito afetado na pandemia volta a crescer com força". "A gente tem um aumento brutal da demanda por serviços e a gente sabe que o setor de serviços é o que mais emprega no Brasil. Então toda a demanda reprimida que a gente tinha, por conta da pandemia, ela chega no mercado de uma vez só. Fora isso, você tem o Auxílio Brasil, que está botando dinheiro na economia como um todo."

Ela destaca os crescimentos de ocupações nas áreas de serviços prestados às famílias, inclusive de serviços domésticos (empregada ou diarista), recreação, lazer, beleza e estética.

Borges, do FGV IBRE, diz que a melhor expressão para sintetizar o comportamento da economia brasileira no último ano - e principalmente no primeiro semestre de 2022 — é que "a gente tem mais emprego do que PIB".

Ele faz a ressalva de que as atuais previsões para o PIB de 2022, hoje em torno de 2%, estão maiores do que estavam há alguns meses (quando alguns analistas chegaram a projetar que o PIB poderia inclusive encolher neste ano). "Por várias razões: as commodities subiram depois da guerra; a gente afastou risco de apagão que estava nos assombrando no final do ano passado por conta da estiagem; a gente também tem esse conjunto de medidas de estímulo que o governo está adotando, algumas com viés claramente eleitoreiro, mas obviamente que isso acaba ajudando a economia".

Mesmo com esse aumento nas previsões, no entanto, Borges diz que os dados de ocupação estão melhores do que a teoria indicaria. Segundo a chamada Lei de Okun, que faz uma relação entre a evolução da taxa de desemprego e a dinâmica do PIB, a taxa de desemprego estaria mais próxima de 11% (do que de 9%) para um PIB de cerca de 2%, segundo os cálculos do economista.

E o que explica isso? Em parte, diz ele, as características das áreas que estão puxando essa melhora. "A gente vê que o PIB brasileiro está sendo muito puxado neste ano e desde o final do ano passado por alguns segmentos que demandam muita mão de obra, principalmente os serviços — 'outros serviços' de um modo geral, serviços domésticos — e construção civil".

'Os salários estão realmente perdendo, e bastante, da inflação, mesmo com a economia gerando mais e mais empregos', diz Borges — Foto: Reuters/Via BBC
'Os salários estão realmente perdendo, e bastante, da inflação, mesmo com a economia gerando mais e mais empregos', diz Borges — Foto: Reuters/Via BBC

Salário menor e número recorde de informais

No entanto, isso também ajuda a explicar a queda nos salários reais. "Esses setores demandam muita mão de obra, mas, ao mesmo tempo, pagam salários baixos, geralmente pouco acima do salário mínimo, e isso ajuda a entender um pouco outro aspecto: os salários reais estão caindo também", diz Borges.

Ele destaca que isso não seria o esperado. "É uma situação meio diferente, porque com um desemprego de 9,3%, a gente esperaria que o comportamento dos salários estivesse mais favorável", diz. "Então os salários estão realmente perdendo, e bastante, da inflação, mesmo com a economia gerando mais e mais empregos em termos quantitativos."

Também chama atenção o número recorde de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado (13 milhões), o maior da série. O aumento foi de 23% na comparação com igual período do ano anterior — bem maior que a alta de 11,5% do número de empregados com carteira assinada no mesmo período.

Lameiras considera "natural" a força do emprego informal neste momento, visto que foi o que mais sofreu na pandemia e destaca que o setor de serviços, que puxa o crescimento "é um setor realmente intensivo em mão de obra informal".

A economista diz, ainda, que é esperado que, na saída de uma recessão, o emprego informal apareça primeiro, enquanto o empregado "não tem muito claro se esse processo de retomada de crescimento é um processo duradouro". "Enquanto ele não tiver esta certeza, ele vai deixar aquele trabalhador ali na informalidade", diz.

"O emprego informal sempre vai ter, mas a gente pode diminuir, trazendo esse trabalhador sem carteira para o trabalhador com carteira, esse conta própria para um conta própria com CNPJ — e o caminho é crescimento econômico. Não existe maneira mais eficaz de criar emprego de qualidade do que crescendo de maneira forte e sustentável."

Borges acredita que o Brasil terminará 2023 com um crescimento em torno de 2% e um desemprego na casa dos 9%, mas diz que o quadro é mais incerto para o próximo ano.

"Muitas dessas medidas que o governo está usando para impulsionar o PIB neste ano têm vida curta. Elas vão antecipar consumo e antecipar PIB para este ano e, entre aspas, roubar isso do ano que vem. E aí obviamente que isso acaba impactando o mercado de trabalho negativamente ao longo de 2023".

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