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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Por que o Departamento de Defesa dos EUA está monitorando sons produzidos por camarões

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Os sonares militares podem causar efeitos sérios sobre algumas criaturas do oceano. Será que os ruídos naturais produzidos pelos animais marinhos poderão ser utilizados para localizar ameaças subaquáticas?
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TOPO
Por BBC, David Hambling

Postado em 27 de junho de 2022 às 16h15m

 #.*Post. - N.\ 10.379*.#

Quando camarão-pistola estala suas garras, pode criar o som mais alto produzido por qualquer criatura da Terra — Foto: BBC/GETTY IMAGES
Quando camarão-pistola estala suas garras, pode criar o som mais alto produzido por qualquer criatura da Terra — Foto: BBC/GETTY IMAGES

Esqueletos de baleias repousam ao longo do litoral de Fuerteventura, nas ilhas Canárias (Espanha), como um lembrete brutal dos efeitos prejudiciais dos sonares militares. Acredita-se que o sonar dos navios e submarinos seja um dos fatores que contribuem para o encalhe das baleias, confundindo o próprio sonar dos animais e fazendo com que elas se dirijam às praias.

Mas essa tecnologia prejudicial para as baleias pode ter um concorrente em breve.

Lori Adornato, gerente de projetos da agência de pesquisa militar americana Darpa, acredita que poderemos detectar submarinos se prestarmos mais atenção aos sons naturais, em vez de permanecer disparando pulsos de sonar.

"Atualmente, tratamos todos esses sons naturais como ruído de fundo ou interferência, e estamos tentando mudar isso", diz Adornato. "Por que não fazer uso desses sons e ver se conseguimos encontrar um sinal?"

Seu projeto, batizado de Sensores Aquáticos Vivos Persistentes (Pals, na sigla em inglês), "escuta" animais marinhos como uma forma de detectar ameaças subaquáticas.

As boias de sonar atuais, lançadas do ar — desenvolvidas pelos militares para detectar atividade subaquática dos inimigos — funcionam apenas por algumas horas em uma área pequena, devido à vida limitada da bateria. Já o sistema Pals poderá cobrir uma região ampla por meses.

Ele poderá fornecer monitoramento quase constante das linhas costeiras e dos canais subaquáticos. Adornato afirma que as espécies que habitam recifes e permanecem sem sair do lugar de forma confiável provavelmente serão as melhores sentinelas. "Você precisa ter certeza de que o seu organismo estará sempre ali", afirma a especialista.

O projeto Pals está financiando diversas equipes para investigar diferentes linhas de pesquisa, utilizando espécies muito diferentes que vivem nos recifes.

Acredita-se que sonar militar seja um dos fatores que fazem com que algumas espécies de baleias se dirijam às praias e acabem morrendo — Foto: BBC/GETTY IMAGES
Acredita-se que sonar militar seja um dos fatores que fazem com que algumas espécies de baleias se dirijam às praias e acabem morrendo — Foto: BBC/GETTY IMAGES

Garoupa-preta

Laurent Cherubin, da Universidade Atlântica da Flórida, nos Estados Unidos, coordena uma equipe que pesquisa a garoupa-preta, um peixe comum nas águas americanas, que pode pesar até 300 kg e é conhecido por emitir sons altos.

"É um som alto, porém em baixa frequência", explica Cherubin. "As garoupas-pretas são territoriais e costumam emitir esses sons quando flagram um intruso em seu território."

Os sons produzidos por esse peixe podem ser detectados a 800 metros de distância, mas nem sempre o objetivo é afastar intrusos e predadores. As garoupas-pretas também emitem sons para acasalar, delimitar território e outros fins, que ainda permanecem um mistério.

A equipe está agora focada nos chamados de alerta, algo como tentar ouvir o latido de um cão de guarda contra intrusos, segundo Cherubin. Diferenciar esses chamados dos demais não é fácil e, por isso, a equipe criou algoritmos de aprendizado de máquina para essa tarefa. Foram necessárias milhares de gravações até que os algoritmos conseguissem distinguir e classificar diferentes chamados das garoupas.

O algoritmo pode ser então transformado em software, que é conduzido em um processador pequeno, mas poderoso, instalado em um microfone subaquático, ou hidrofone. Um conjunto de hidrofones pode cobrir um recife, ouvindo chamados das garoupas e acompanhando-as, à medida que a causa para os chamados se move de um território de garoupas para outro.

Chamados territoriais crescentes das garoupas-pretas podem agir como "latido de um cão" debaixo d'água, alertando sobre presença de invasores — Foto: BBC/GETTY IMAGES
Chamados territoriais crescentes das garoupas-pretas podem agir como "latido de um cão" debaixo d'água, alertando sobre presença de invasores — Foto: BBC/GETTY IMAGES

Camarão-pistola

Analisar as conversas entre os peixes pode parecer bizarro, mas o trabalho do projeto Pals no provedor de sistemas de defesa Raytheon é muito mais parecido com o sonar antissubmarinos tradicional — na verdade, com uma diferença importante.

"Estamos tentando detectar os ecos criados quando os ruídos dos camarões são refletidos pelos veículos", afirma a cientista Alison Laferriere, da Raytheon. "É bastante parecido com um sistema de sonar tradicional que detecta ecos do som gerado pela sua fonte."

Em outras palavras, o sistema funciona como outro sonar normal, mas utiliza ruídos produzidos por camarões, em vez dos artificiais.

O camarão-pistola, também chamado de camarão-estalo, é conhecido por emitir o som mais alto produzido por qualquer criatura viva na Terra — 210 decibéis (a título de comparação, a decolagem de um avião a jato gera 120 decibéis).

Esse invertebrado produz seu estalo característico fechando suas pinças com tanta rapidez que gera energia sônica suficiente para atordoar a presa.

O camarão-pistola também se comunica entre si. Um grupo de camarões-pistola emite um rugido constante que Laferriere compara com o barulho de fritar bacon.

"O sinal criado por um camarão-pistola possui duração muito curta e amplitude incrivelmente ampla", afirma Laferriere. "Um único estalo é muito mais silencioso que uma fonte de sonar tradicional, mas pode haver milhares de estalos sendo disparados por minuto."

Laferriere explica que o som varia com a hora do dia e a temperatura da água, mas uma colônia de camarões nunca fica em silêncio.

"Um dos maiores desafios que enfrentamos é lidar com a enorme quantidade de ruído criada pelos camarões-pistola e os reflexos de todos esses sons para fora da área circunvizinha", afirma Laferriere.

Interpretar esses reflexos é um grande desafio, pois, ao contrário do sonar tradicional, a localização da fonte do som é desconhecida. Novamente, a solução é usar o software moderno.

A equipe de Laferriere desenvolveu algoritmos inteligentes para analisar o som e selecionar um único estalo, calculando em primeiro lugar a localização do camarão e depois o trajeto percorrido pelo som refletido, deduzindo, por fim, onde ele foi refletido.

Para compreender o som de retorno, a equipe de Laferriere precisou criar modelos computadorizados para determinar quais ecos vieram de objetos de fundo e poderiam ser ignorados. A eliminação desses ecos evidencia os objetos em movimento pelo ambiente — que podem ser peixes, submarinos ou veículos subaquáticos não tripulados.

Novamente, a solução finalizada será um conjunto de hidrofones inteligentes com computação a bordo, capazes de processar os sons dos camarões e determinar a localização de eventuais alvos de interesse na região.

Outras equipes do projeto Pals vêm realizando estudos semelhantes. Pesquisadores da empresa Northrop Grumman estão trabalhando em outro sistema de sonar utilizando camarões e uma equipe da Marinha americana está pesquisando os sons gerais dos recifes e como eventuais intrusos os afetam.

Todos prometem uma imensa rede de sensores que cobrirá amplas regiões por extensos períodos, com a maior parte do hardware convenientemente fornecido pela natureza. Apenas os hidrofones precisarão de reparos ou substituições.

Nudanças tecnológicas, se bem-sucedidas, poderão pôr fim a encalhe de baleias — Foto: BBC/GETTY IMAGES
Nudanças tecnológicas, se bem-sucedidas, poderão pôr fim a encalhe de baleias — Foto: BBC/GETTY IMAGES

Vai funcionar?

"O estudo da Darpa será realmente uma importante inovação, se for bem-sucedido", afirma Sidharth Kaushal, especialista em equipamento militar naval do think tank (centro de pesquisa e debates) britânico RUSI. "Um ecossistema de sensores vivos dispersos em flutuação permanente, em princípio, é algo tentador."

Em princípio, mas não necessariamente na prática. Kaushal tem suas dúvidas porque projetos anteriores usando a vida marinha para detectar submarinos não tiveram sucesso.

Submarinos alemães chegaram a ser identificados devido ao efeito causado sobre o plâncton bioluminescente, que emite uma luz brilhante quando perturbado — e um desses submarinos supostamente chegou a ser afundado graças a esse efeito na Primeira Guerra Mundial. Mas tentativas posteriores de usar esse fenômeno de forma mais ampla, com sensores especiais buscando as fontes de luz em uma área maior, tiveram pouco sucesso.

"Os esforços soviéticos e americanos durante a Guerra Fria para usá-los de forma sistemática não resultaram em nada", afirma Kaushal. "Em parte, porque eles não tinham como diferenciar os falsos positivos, como a reação de uma baleia que passava, do objeto real."

Ainda não se sabe qual será a qualidade da distinção que o Pals poderá fazer entre um submarino e um tubarão, por exemplo. Lori Adornato acredita que a combinação entre os organismos marinhos e os algoritmos inteligentes modernos fornecerá um "aviso de trajeto" confiável, para orientar os caçadores de submarinos mais tradicionais a verificar um possível intruso.

Adornato afirma que as tecnologias desenvolvidas para o projeto Pals poderão também ser empregadas para pesquisas científicas, monitorando os recifes e outros ambientes subaquáticos com um conjunto de sensores.

"Esses sistemas de observação de baixo impacto podem ser desenvolvidos em muitos ambientes diferentes, sem prejudicar o ecossistema estabelecido pela natureza", diz ela.

Sintonizar os sons produzidos pela vida marinha normal e aprender como eles se alteram ofereceria aos pesquisadores uma forma barata e ecológica de rastrear o impacto das atividades humanas debaixo d'água. Isso seria útil para projetos como geradores eólicos, extração de petróleo e mineração subaquática em alto mar, pois tudo o que precisaríamos fazer é ouvir a natureza.

O projeto concentra-se em espécies comuns nas águas territoriais americanas, de forma que sua replicação em outras regiões não seria necessariamente fácil. Mas a tecnologia, de forma geral, pode ser aplicada de forma mais ampla.

O projeto Pals completou sua primeira fase, que foi um estudo de viabilidade para duas abordagens diferentes, de monitoramento das reações a intrusos das espécies que vivem nos recifes e do sonar do camarão-pistola. Os desenvolvedores agora estão trabalhando em uma segunda etapa, para demonstrar como suas soluções funcionam em testes controlados, no verão do hemisfério norte de 2022.

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domingo, 26 de junho de 2022

Cientistas descobrem bactéria gigante visível a olho nu

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A espécie, que é 4,5 mil vezes maior do que outros micróbios, foi encontrada nos mangues de Guadalupe, arquipélago localizado no Caribe, e desafia a noção de que esses seres só podem ser vistos em microscópios.
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TOPO
Por André Biernath, BBC — Londres

Postado em 26 de junho de 2022 às 13h00m

 #.*Post. - N.\ 10.378*.#

Na imagem, é possível ver a bactéria Thiomargarita magnifica (filamentos brancos) em comparação com uma moeda de 10 centavos de dólar — Foto: BBC/LAWRENCE BERKELEY NATIONAL LABORATORY
Na imagem, é possível ver a bactéria Thiomargarita magnifica (filamentos brancos) em comparação com uma moeda de 10 centavos de dólar — Foto: BBC/LAWRENCE BERKELEY NATIONAL LABORATORY

Um grupo de cientistas acaba de anunciar os detalhes da maior bactéria já encontrada na natureza. Ela é tão grande que pode ser vista a olho nu, sem a necessidade de um microscópio.

Com o sugestivo nome de Thiomargarita magnifica, ela se assemelha a fiapos brancos e habita os mangues de Guadalupe, arquipélago localizado no sul do Caribe.

Para ter ideia do tamanho, essa bactéria tem mais de 9 mil micrômetros de comprimento (um micrômetro é a unidade de medida que equivale à milésima parte de um milímetro), ou supera 0,9 centímetro.

"A princípio, isso nos faz questionar até o uso de 'micro' para descrever essas bactérias, já que a microbiologia lida com coisas que a gente não vê a olho nu", comenta a bióloga Sylvia Maria Affonso Silva, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

As maiores bactérias conhecidas chegam, no máximo, a 750 micrômetros. Na média, esses seres têm cerca de 2 micrômetros.

Isso significa, portanto, que a T. magnifica tem um tamanho doze vezes superior em comparação com as maiores bactérias — e chega a ser 4,5 mil vezes mais comprida do que um micróbio "típico".

Seria possível, portanto, enfileirar 625 mil unidades de Escherichia coli, um dos micro-organismos causadores de infecções intestinais, na superfície de uma única T. magnifica.

Esses achados "desafiam o conhecimento tradicional sobre as células bacterianas", escrevem os autores.

A descoberta, que contou com a participação de pesquisadores de diversas instituições, como o Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, nos Estados Unidos, e a Universidade das Antilhas, em Guadalupe, foi publicada na mais recente edição do periódico especializado Science.

Vale lembrar aqui as bactérias fazem parte da natureza e nem todas fazem mal à nossa saúde — a T. magnifica mesmo não parece representar nenhuma ameaça e parece estar em equilíbrio no ambiente em que ela é encontrada.

Um micróbio nem tão 'micro' assim

A T. magnifica foi encontrada perto de folhas que caem de árvores localizadas em mangues das ilhas de Guadalupe.

T. magnifica vista mais de perto — Foto: BBC/LAWRENCE BERKELEY NATIONAL LABORATORY
T. magnifica vista mais de perto — Foto: BBC/LAWRENCE BERKELEY NATIONAL LABORATORY

Os cientistas usaram várias técnicas e equipamentos para desvendar a estrutura e o metabolismo da nova espécie.

Pelo que foi observado, ela integra um grupo conhecido como bactérias sulfurosas.

Em linhas gerais, isso significa que esses seres utilizam o enxofre, um elemento químico presente em abundância naquelas águas, para viver e se multiplicar.

"As bactérias são seres unicelulares, compostos de uma única célula, que possuem o material genético disperso em seu interior", explica Silva.

Em organismos mais complexos, o DNA fica guardado dentro do núcleo da célula.

Já a T. magnifica parece ficar "no meio do caminho" entre esses dois cenários. Os mais de 11 mil genes dela — número três vezes superior ao código genético de outras bactérias — são encapsulados dentro de estruturas membranosas.

"Essa organização genética diferenciada é algo muito interessante e que chama a atenção, porque ela parece ficar na transição entres seres procarióticos, como outras bactérias, e os eucarióticos, que são mais complexos", analisa Silva.

De acordo com os cientistas responsáveis pelo achado, essa configuração diferente representa uma "inovação característica de células mais complexas".

"É possível que essa organização espacial única indique um ganho de complexidade que pode ter permitido à T. magnifica superar limitações de tamanho e de volume tipicamente associadas às bactérias", analisam os autores, em comunicado divulgado à imprensa.

No entanto, não se sabe ainda porque essa nova espécie ficou tão grande em relação a suas primas-irmãs.

"Por que esses organismos precisam ser tão compridos é outra [questão] intrigante e desafiadora", considera a microbiologista Petra Anne Levin, da Universidade Washington em St. Louis, nos Estados Unidos.

A especialista assina uma breve análise sobre a descoberta, também publicada na Science.

T. magnifica chega até a 2 centímetros de comprimento — Foto: LAWRENCE BERKELEY NATIONAL LABORATORY/BBC
T. magnifica chega até a 2 centímetros de comprimento — Foto: LAWRENCE BERKELEY NATIONAL LABORATORY/BBC

"Outra pergunta mais filosófica é se a T. magnifica representa o limite máximo do tamanho de uma bactéria", continua.

"Isso parece improvável e, como o próprio estudo ilustra, as bactérias são infinitamente adaptáveis e surpreendentes — e nunca devem ser subestimadas", conclui a pesquisadora.

- Este texto foi publicado na BBC News Brasil.

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sábado, 25 de junho de 2022

Navio naufragado da Segunda Guerra Mundial é encontrado nas Filipinas em profundidade recorde

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Tripulação do Sammy B ficou à deriva por quase três dias aguardando resgate; dos 224 tripulantes, 89 morreram.
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Por France Presse

Postado em 25 de junho de 2022 às 13h55m

 #.*Post. - N.\ 10.377*.#

Navio de guerra encontrado nas Filipinas — Foto: Reprodução/Twitter/Victor Vescoso
Navio de guerra encontrado nas Filipinas — Foto: Reprodução/Twitter/Victor Vescoso

Um destróier (navio de guerra) da Marinha dos Estados Unidos que naufragou durante a Segunda Guerra Mundial foi encontrado na costa das Filipinas em uma profundidade recorde de quase 7.000 metros, anunciou uma equipe de exploração dos EUA.

Um submersível tripulado filmou, fotografou e inspecionou o casco danificado do "USS Samuel B Roberts" em vários mergulhos ao longo de oito dias, informou a empresa texana Caladan Oceanic, especializada em tecnologia submarina.

O "Sammy B" naufragou durante uma batalha na ilha de Samar em 25 de outubro de 1944, quando as forças dos EUA tentavam libertar as Filipinas, então uma colônia americana ocupada pelo Japão. Imagens fornecidas pela empresa mostram os três tubos de um lançador de torpedos e o suporte da arma do navio.

"A 6.895 metros [de profundidade], este é o naufrágio mais profundo já localizado e estudado", tuitou o fundador da Caladan Oceanic, Victor Vescovo, que pilotou o submersível.

Navio de guerra encontrado nas Filipinas — Foto: Reprodução/Twitter/Victor Vescoso
Navio de guerra encontrado nas Filipinas — Foto: Reprodução/Twitter/Victor Vescoso

"Este pequeno navio enfrentou os melhores elementos da Marinha japonesa, lutando contra eles até o fim", acrescentou.

De acordo com os arquivos da Marinha dos EUA, a tripulação do "Sammy B" "ficou à deriva por quase três dias aguardando resgate, muitos morreram por ferimentos e ataques de tubarão". Dos 224 tripulantes, 89 morreram.

O naufrágio ocorreu durante a Batalha de Leyte, que durou vários dias, entre forças japonesas e americanas. O "Sammy B" foi um dos quatro navios americanos que afundaram em 25 de outubro de 1944.

A equipe do Vescovo encontrou em 2021 o "USS Johnston", que a quase 6.500 metros era até hoje o naufrágio mais profundo já encontrado. Para comparação, os restos do "Titanic" repousam a uma profundidade de cerca de 4.000 metros.

Navio de guerra encontrado a 7 mil metros de profundidade nas Filipinas — Foto: Reprodução/Twitter/Victor Vescoso
Navio de guerra encontrado a 7 mil metros de profundidade nas Filipinas — Foto: Reprodução/Twitter/Victor Vescoso

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sexta-feira, 24 de junho de 2022

As 10 melhores cidades do mundo para se viver, segundo ranking da 'Economist'

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A revista britânica publicou sua lista, que este ano tem Viena no topo. Saiba quais são as piores cidades para se viver, segundo o ranking.
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TOPO
Por BBC

Postado em 24 de junho de 2022 às 09h45m

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Viena ficou em primeiro lugar na lista — Foto: GETTY IMAGES/via BBC
Viena ficou em primeiro lugar na lista — Foto: GETTY IMAGES/via BBC

Viena voltou a ficar em primeiro lugar na lista de melhores cidades do mundo para se viver, segundo o relatório produzido anualmente pela Unidade de Inteligência da revista britânica "The Economist". A capital austríaca tomou o primeiro lugar de Auckland, na Nova Zelândia, que caiu para o número 34, devido às rigorosas medidas de prevenção que impôs devido à pandemia, segundo o relatório.

Viena havia perdido o primeiro lugar no ano passado justamente por causa do fechamento de museus e restaurantes devido à covid. Mas a reabertura da vida cultural e social a devolveu à posição que já havia alcançado em 2018 e 2019.

Em segundo lugar ficou Copenhague (Dinamarca); em terceiro lugar, Zurique (Suíça); e em quarto e quinto lugares, duas cidades canadenses: Calgary e Vancouver, respectivamente.

As 10 melhores cidades para se viver

  1. Viena, Áustria
  2. Copenhague, Dinamarca
  3. Zurique, Suíça
  4. Calgary, Canadá
  5. Vancouver, Canadá
  6. Genebra, Suíça
  7. Frankfurt, Alemanha
  8. Toronto, Canadá
  9. Amsterdã, Holanda
  10. Osaka, Japão
  11. Melbourne, Austrália

Fonte: 'The Economist'

As cidades são classificadas de acordo com índices como estabilidade, saúde, cultura e meio ambiente, educação e infraestrutura.

Mas o que faz de Viena a melhor cidade para se viver?

Auckland passou do primeiro lugar para a 34ª posição em um ano — Foto: GETTY IMAGES/via BBC
Auckland passou do primeiro lugar para a 34ª posição em um ano — Foto: GETTY IMAGES/via BBC

Segundo os autores do relatório, "estabilidade e boa infraestrutura são os principais encantos da cidade para seus habitantes, respaldados por bom atendimento médico e muitas oportunidades de cultura e entretenimento".

Outros dados curiosos

O relatório também lista as 10 piores cidades segundo esses índices: Damasco (Síria), Lagos (Nigéria), Trípoli (Líbia), Argel (Argélia), Karachi (Paquistão), Port Moresby (Papua Nova Guiné), Dhaka (Bangladesh), Harare (Zimbábue), Douala (Camarões) e Teerã (Irã).

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quarta-feira, 22 de junho de 2022

Médicos recomendam: dormir é um ótimo remédio

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A Academia Americana de Medicina do Sono lançou campanha mostrando que descansar é indispensável para a saúde. Confira dez dicas que vão te ajudar!
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Por Mariza Tavares — Rio de Janeiro

Postado em 22 de junho de 2022 às 09h15m

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No começo do mês, a Academia Americana de Medicina do Sono lançou uma campanha para conscientizar os norte-americanos sobre a importância de dormir para garantir uma boa saúde. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC na sigla em inglês), um em cada três adultos daquele país descansa menos de sete horas por noite.Sabemos que a privação crônica do sono está associada a um quadro de prejuízo para o estado geral de qualquer indivíduo, diminuindo sua imunidade e aumentando o risco do surgimento de inúmeras doenças. Não dormir também interfere na regulação do humor e na saúde mental, afirmou Jennifer Martin, professora na faculdade de medicina da UCLA (Universidade da Califórnia, Los Angeles).

Carneirinhos fora da cartilha da higiene do sono:  não leve aparelhos eletrônicos, como celulares e tablets, para o quarto  — Foto:  Pixabay
Carneirinhos fora da cartilha da higiene do sono: não leve aparelhos eletrônicos, como celulares e tablets, para o quarto — Foto: Pixabay

Se você sofre de insônia, não está só. A atriz Jennifer Aniston, a inesquecível Rachel de Friends, recentemente veio a público para falar que o problema a acompanha há décadas, mas que demorou para procurar um médico: me dei conta de que estava letárgica, comendo mal, sem vontade de me exercitar e com grandes olheiras. A Coreia do Sul é um dos países com os maiores índices de privação de sono do mundo, com efeitos devastadores sobre sua população. Segundo reportagem da BBC, o vício em remédios para capotar se tornou uma epidemia nacional.

Estudo da Universidade de Northwestern mostra que, quando dormimos, a exposição à luz, mesmo moderada, prejudica a função cardiovascular e aumenta a resistência à insulina. Os resultados indicam que apenas uma noite com o quarto moderadamente iluminado é capaz de alterar a regulação cardiovascular e da glicose no organismo, explicou Phyllis Zee, chefe do departamento de medicina do sono na instituição. A investigação provou que os batimentos cardíacos aumentavam e os indivíduos apresentavam resistência à insulina pela manhã. Os participantes não tinham conhecimento das alterações que ocorriam à noite, mas os pesquisadores comprovaram os distúrbios. É como se esse sono fosse leve e fragmentado, disse a doutora Daniela Grimaldi, uma das autoras do trabalho.

Seguem dez recomendações dos especialistas em higiene do sono:

  1. Exercite-se durante o dia, mas não nas duas horas que antecedem a ida para a cama.
  2. Não tire sonecas durante o dia.
  3. À noite, evite cafeína e álcool. Refeições pesadas e excesso de líquidos também atrapalham.
  4. Crie uma rotina para desacelerar à noite. Tome um banho morno, ouça música relaxante, leia um livro.
  5. Diminua a temperatura do quarto.
  6. Não deixe luzes acesas no cômodo. Cerre as cortinas, instale blackouts e use uma máscara para dormir se precisar.
  7. Nada de aparelhos eletrônicos, como celulares e tablets, perto da cama. Assista à TV apenas na sala.
  8. Invista no conforto: um bom colchão e travesseiro (s) fazem toda a diferença.
  9. Visualize coisas ou lugares que te façam feliz.
  10. Utilize o método de relaxamento criado pelo médico Andrew Weil conhecido como 4-7-8 (neste vídeo, ele próprio ensina como fazer). Siga o passo a passo, mas não se preocupe se não conseguir segui-lo à risca: vá no seu ritmo!
  • Coloque sua língua delicadamente atrás dos seus dentes superiores
  • Solte todo o ar pela boca
  • Em seguida, inspire pelo nariz, num total de 4 segundos
  • Segure a respiração durante 7 segundos
  • Expire pela boca durante 8 segundos, fazendo um som como shuuuu, até que todo o ar tenha sido expelido
  • Repita o processo quatro vezes
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terça-feira, 21 de junho de 2022

Rocha atinge Júpiter com força de 2 milhões de toneladas de TNT e provoca maior clarão já visto desde 1994

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Explosão pode ter sido semelhante a um dos maiores impactos de meteoritos da história recente da Terra, afirmam cientistas. Pesquisa ainda não foi revisada por pares.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 21 de junho de 2022 às 17h00m

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Corpo celeste atingiu Júpiter em outubro de 2021.  — Foto: Arimatsu et al/Kyoto University/PONCOTS
Corpo celeste atingiu Júpiter em outubro de 2021. — Foto: Arimatsu et al/Kyoto University/PONCOTS

Uma rocha espacial atingiu a "superfície" gasosa de Júpiter em outubro do ano passado e o impacto dessa colisão, que pode ter sido a maior em 28 anos, foi tão forte que observadores aqui da Terra conseguiram capturar o fenômeno.

De acordo com os cientistas que fizeram o registro, astrônomos e astrofísicos da Universidade de Kyoto, no Japão, essa explosão foi equivalente a 2 milhões de toneladas de TNT e provocou o maior clarão explosivo já capturado no gigante gasoso desde 1994, quando o cometa Shoemaker-Levy 9 atingiu o planeta com uma força de mais de 300 milhões de bombas atômicas, provocando segundo a Nasa "cicatrizes" escuras e aneladas que acabaram sendo apagadas pelos ventos de Júpiter.

Já esse novo flagra foi feito pela Câmera de Observação Planetária para Pesquisas de Transiente Óptico (PONCOTS), um projeto colaborativo de observação astronômica dedicado especificamente ao monitoramento desses clarões em Júpiter.

O estudo, que ainda não foi revisado por pares, também descreve que a rocha tinha uma massa de cerca de 4,1 milhões de kg e entre 15 a 30 metros de diâmetro, o suficiente para liberar uma energia de impacto equivalente ao meteorito Tunguska, que atingiu a Terra em 1908, mais especificamente na província russa da Síberia, e que é considerado "o maior impacto cósmico testemunhado" pela humanidade moderna.

"Essa detecção indica que eventos de impacto semelhantes a Tunguska em Júpiter ocorrem aproximadamente uma vez por ano, duas a três ordens de magnitude mais frequentes que os impactos terrestres", disseram os pesquisadores no artigo.

Detalhe mostra região do clarão. — Foto: Arimatsu et al/Kyoto University/PONCOTS
Detalhe mostra região do clarão. — Foto: Arimatsu et al/Kyoto University/PONCOTS

Ainda de acordo com os autores da publicação, estudar como esses fenômenos acontecem em Júpiter é importante porque oferece uma oportunidade para a ciência melhor compreender as consequências de possíveis impactos semelhantes aqui na superfície terrestre.

"Como esses impactos ocorrem apenas uma vez a cada 102 - 103 anos na Terra, suas características de emissão são desconhecidas", pontuaram.

Segundo a agência espacial norte-americana, o impacto do Tunguska foi tão forte que uma onda de choque sísmica chegou a ser registrada na Inglaterra.

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