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quarta-feira, 4 de maio de 2022

Símbolo de ancestralidade e 1° do Brasil com nome de orixá: Parque da Pedra de Xangô é inaugurado nesta quarta em Salvador

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Valorização do monumento natural, considerado sagrado pelo candomblé, foi um pedido da comunidade.
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Por João Souza, g1 BA

Postado em 04 de maio de 2022 às 09h10m

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Parque da Pedra de Xangô é inaugurado nesta quarta-feira — Foto: Ludmila Gavazza
Parque da Pedra de Xangô é inaugurado nesta quarta-feira — Foto: Ludmila Gavazza

Unindo beleza, religiosidade e sustentabilidade, o Parque da Pedra de Xangô, localizado no bairro de Cajazeiras 10, em Salvador, será inaugurado nesta quarta-feira (3). A valorização do monumento natural, considerado sagrado pelo candomblé, foi um pedido da comunidade.

Tombada pela prefeitura em maio de 2017, através da Fundação Gregório de Matos (FGM), a Pedra de Xangô, monumento natural, marco da paisagem local e símbolo de ancestralidade, é protegida pela Lei de Preservação do Patrimônio Cultural do Município (8.550/2014).

A instalação do parque, que tem 67 mil m² , foi um trabalho em conjunto entre a Fundação Mário Leal Ferreira, o arquiteto Floriano Freaza e os moradores de Cajazeiras. É o primeiro parque do Brasil com nome de orixá, divindade do candomblé e da umbanda.

Parque da Pedra de Xangô é inaugurado nesta quarta-feira — Foto: Ludmila Gavazza
Parque da Pedra de Xangô é inaugurado nesta quarta-feira — Foto: Ludmila Gavazza

O parque fica instalado na Avenida Assis Valente, em uma área de Mata Atlântica, local que abrigou durante 20 anos (1743 e 1763), o Quilombo Buraco do Tatu.

No local, além de um destaque maior para a Pedra de Xangô, com um lago artificial, foram criados um memorial com um auditório e uma cantina.

Tinha um grande problema que todos identificavam. A via passava muito próxima da pedra e com isso ela estava muito vulnerável e poderia ter um acidente ali, disse a presidente da Fundação Mário Leal Ferreira, Tânia Scofield.

De acordo com Tânia, a construção do memorial foi um pedido da comunidade, para que o espaço também seja usado para palestras e cursos.

Tem a questão ambiental, que a gente preservou toda a vegetação existente na área, tem a religiosidade africana que é a Pedra de Xangô e tem a questão cultural, histórica, do quilombo de Tatu, onde os escravos passavam pela pedra e ninguém mais o encontravam, afirmou.

Parque da Pedra do Xangô será inaugurado nesta quarta-feira  — Foto: Ludmila Gavazza
Parque da Pedra do Xangô será inaugurado nesta quarta-feira — Foto: Ludmila Gavazza

Sustentabilidade

Além do aspecto estético e todo conceito religioso, o Parque da Pedra de Xangô foi pensado como um equipamento sustentável. Para isso, foram usados materiais naturais e orgânicos, implementados pela técnica milenar "Taipa de Pilão", de quatro mil anos, que mistura de argila e cascalho.

Eu diria que mais de 90% dos materiais usados no parque são naturais. Todas as paredes do memorial são de 'Taipa de Pilão', pedras naturais (granito natural bruto e a pedra portuguesa), além da madeira, contou a presidente da fundação.

Parque da Pedra do Xangô será inaugurado nesta quarta-feira  — Foto: Ludmila Gavazza
Parque da Pedra do Xangô será inaugurado nesta quarta-feira — Foto: Ludmila Gavazza

Ato de reparação histórica

Candomblecistas na Pedra de Xangô, em Salvador — Foto: Julio Cesar Almeida/TV Bahia
Candomblecistas na Pedra de Xangô, em Salvador — Foto: Julio Cesar Almeida/TV Bahia

O espaço é ocupado por muitos devotos do candomblé, que colocam oferendas sagradas - pela existência da Pedra de Xangô, reconhecida pelo povo de santo como Altar de Xangô. Outro motivo são os elementos fundamentais para o ritual da religião, como água e folhas.

O Parque tem o objetivo de preservar o patrimônio e atender a forte mobilização principalmente de estudiosos e adeptos das religiões de matriz africana.

"A Pedra de Xangô é terra de preto, é um sítio natural sagrado que abriga ambiência significativas tanto pelo seu valor simbólico, quanto por sua importância histórica, cultural, ambiental e geológica", disse a pesquisadora e autora do livro Pedra de Xangô, Maria Alice Silva.

"Para uma cidade que é um dos principais centros de negritude do mundo, o Parque Pedra de Xangô para a comunidade do entorno é um ato de reparação histórica", contou orgulhosa.

Para Maria Alice Silva, que também é advogada, mestra e doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela Ufba, a implantação do Parque Pedra de Xangô também pode ser considerada como uma política pública de promoção da igualdade racial.

"Vai garantir a pluralidade de crenças, às manifestações culturais, populares, indígenas e afro-brasileiras e das de outros grupos integrantes da formação étnica do país".

A pesquisadora explica que atualmente mais de 60% das comunidades de terreiros de Salvador são considerados "terreiros de laje", ou seja, aqueles que não possuem espaço interno para a realização de rituais e necessitam das praças, encruzilhadas e parques para alimentar o seu Axé, o seu Sagrado.

"Sem folhas não há orixá. As matas, árvores, plantas, fontes, pedras, dentre outros elementos da natureza, são imprescindíveis para a realização dos atos litúrgicos do Candomblé", afirmou Maria Alice Silva.

Em julho do ano passado, a Pedra de Xangô sediou a primeira cerimônia de casamento religioso afro-brasileiro de que se tem notícia no local.

O noivo Stefano Diego Borges "Odesì", ou seja, vodunsi iniciado para o Vodun Odé, e a noiva Sinay Almeida, Gayaku, mãe de santo do Terreiro Vodun Kwe Tò Zò de nação Jeje, receberam as bênçãos por meio das mãos de Tata Mutá Imê, sacerdote de nação Angola.

Primeiro casamento afro-brasileiro é realizado na Pedra de Xangô, em SalvadorPrimeiro casamento afro-brasileiro é realizado na Pedra de Xangô, em Salvador

No entanto, a Pedra de de Xangô não foi só palco de histórias boas. Em dezembro de 2018, o monumento sagrado foi alvo de um ataque. A pedra foi vandalizada quando 100 kg de sal foram jogados no local.

O caso foi considerado um ato de intolerância religiosa, já que o sal é um símbolo de purificação, e o fato de ter sido jogado na pedra dá a entender que o local cultuado pelo Candomblé estivesse impuro.

Povo de santo durante protesto contra ato de intolerância religiosa na Pedra de Xangô, em Salvador — Foto: Giana Mattiazzi/TV Bahia
Povo de santo durante protesto contra ato de intolerância religiosa na Pedra de Xangô, em Salvador — Foto: Giana Mattiazzi/TV Bahia

E é com a proposta de fortalecer o respeito às diversas crenças, religiões, ritos e símbolos sagrados, que o Parque Pedra de Xangô foi feito.

"Fruto de uma luta de 16 anos do Povo de Terreiro. Na data do aniversário de 5 anos do tombamento municipal da Pedra de Xangô, vamos celebrar uma nova conquista: a inauguração do primeiro Parque no Brasil a ostentar o nome de um Orixá, Parque Pedra de Xangô", festejou Maria Alice Silva.

Veja mais notícias do estado no g1 Bahia.

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terça-feira, 3 de maio de 2022

Produção industrial cresce 0,3% em março, mas segue abaixo do patamar pré-pandemia

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Setor segue perdendo dinamismo, mas avançou 0,3% no 1º trimestre, na comparação com os 3 últimos meses de 2021, interrompendo uma sequência de 4 quedas trimestrais seguidas.
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Por Darlan Alvarenga, g1

Postado em 03 de maio de 2022 às 10h00m

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Produção industrial cresce 0,3% em março, mostra IBGEProdução industrial cresce 0,3% em março, mostra IBGE

A produção industrial brasileira cresceu 0,3% em março, na comparação com fevereiro, segundo divulgou nesta terça-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com março do ano passado, entretanto, houve queda de 2,1%.

Mesmo com a segunda alta mensal seguida, o setor não conseguiu eliminar as perdas de janeiro (-2%) e permanece 2,1% abaixo do patamar de antes do início da pandemia, de fevereiro de 2020.

"O resultado ainda está longe de refletir uma reversão de todos aqueles saldos negativos dos últimos meses", afirma André Macedo, gerente da pesquisa, destacando que fatores complicadores na oferta global e na demanda doméstica continuam dificultam uma retomada da indústria.

"No acumulado do ano, frente ao mesmo indicador de 2021, a indústria recuou 4,5%. O acumulado nos últimos doze meses chegou a 1,8% em março e vem reduzindo sua intensidade de crescimento desde agosto de 2021 (7,2%)", destacou o IBGE.

As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de crescimento de 0,2% na variação mensal e de perda de 3% na base anual.

1ª alta trimestral desde o final de 2020

Apesar da desaceleração da indústria nos últimos meses, o setor registrou crescimento de 0,3% o 1º trimestre, na comparação com os 3 últimos meses de 2021, interrompendo uma sequência de 4 quedas trimestrais seguidas. A última alta frente aos 3 meses imediatamente anteriores tinha sido registrada no 4º trimestre de 2020 (4,5%).

Já na comparação frente ao 1º trimestre do ano passado a indústria recuou 4,5%, com todas as grandes categorias no campo negativo.

Ao final de março, a indústria ainda operava 18,5% abaixo do nível recorde, registrado em maio de 2011.


Destaques do mês

Na passagem de fevereiro para março, houve altas em três das quatro grandes categorias econômicas e em 14 dos 26 ramos pesquisados.

A atividade com mais influência positiva no mês de março foi a de veículos automotores, reboques e carrocerias, com crescimento de 6,9%. O segmento marcou o segundo mês de expansão, mas ainda assim, não eliminou as perdas de janeiro e segue 13,2% abaixo do patamar pré-pandemia.

Outros destaques de alta foram observados na produção de outros produtos químicos (7,8%), bebidas (6,4%) e máquinas e equipamentos (4,9%).

Na outra ponta, as retrações com maior impacto no índice foram na produção de produtos alimentícios (-1,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,1%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,4%).

Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (8,0%) e bens de consumo duráveis (2,5%) assinalaram as taxas positivas mais acentuadas em março. O segmento de bens intermediários (0,6%) também mostrou crescimento, mas abaixo do verificado no mês anterior (1,8%). Por outro lado, bens de consumo semi e não-duráveis teve queda de 3,3%, interrompendo 3 meses consecutivos de avanço na produção.

Na lanterna da indústria, estão os segmentos de bens de consumo duráveis, que inclui veículos, eletrodomésticos, móveis, com nível de atividade ainda dois dígitos abaixo do patamar pré-pandemia. 
Distância do patamar pré-pandemia nas grandes categorias:

  • Bens de capital: 16,1% acima do patamar pré-pandemia
  • Bens intermediários: 1,9% acima do patamar pré-pandemia
  • Bens de consumo duráveis: 23,1% abaixo do patamar pré-pandemia
  • Bens de consumo semiduráveis e não duráveis: 8,5% abaixo do patamar pré-pandemia
Perspectivas

A indústria brasileira continua sendo impactada pela alta dos preços das matérias-primas, falta de insumos e restrições de oferta. A piora do cenário externo, devido a guerra na Ucrânia, tem atrapalhado as perspectivas para o ano, em razão das preocupações com a desaceleração da economia e maior inflação global.

Além disso, a inflação vem diminuindo a renda disponível e os juros sobem e encarecem o crédito. Também o mercado do trabalho, que apresenta alguma melhora, ainda mostra índices como uma massa de rendimentos que não avança, destacou Macedo.

A alta dos juros e inflação persistente têm tirado o poder de compra e de consumo das famílias. A quantidade de endividados e a proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso bateram recorde novo recorde em abril, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Em nota, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) alertou para a perda de fôlego da indústria. "A indústria de transformação, que é sensível ao aumento dos juros através do canal de crédito, é impactada expressivamente, adiando uma vez mais seu plano de voo. Ademais, a inflação elevada aumenta também a preocupação dos empresários com a queda no consumo", afirmou.

O mercado financeiro elevou de 7,65% para 7,89% a estimativa para a inflação neste ano, segundo o último boletim Focus do Banco Central. Para o PIB (Produto Interno Bruto), a projeção é de alta de 0,70%.

Oito em cada dez famílias brasileiras disseram que estavam endividadas em abrilOito em cada dez famílias brasileiras disseram que estavam endividadas em abril
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segunda-feira, 2 de maio de 2022

Pesquisa da UFV usa técnica de edição gênica para resgatar características de espécies silvestres para criação de novas culturas

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Os pesquisadores mostraram que o uso da técnica CRISPR-Cas9 em espécies silvestres permite combinar características úteis dessas plantas com outros aspectos agronomicamente desejáveis.
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g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2022

Postado em 02 de maio de 2022 às 14h20m

#.*  Post.- N.\ 10.309  *.#

Professor Agustin Zsögön desenvolveu a pesquisa na Universidade Federal de Viçosa (UFV)  — Foto: Reprodução/BBC
Professor Agustin Zsögön desenvolveu a pesquisa na Universidade Federal de Viçosa (UFV) — Foto: Reprodução/BBC

E o pesquisador Emmanuel Rezende Naves revelou por meio de técnica de edição gênica que é possível manipular genomas de espécies silvestres e criar cultivos mais nutritivos e mais resistentes a ambientes adversos.

Os estudos foram iniciados em 2015 e renderam a publicação de um artigo na revista Nature Biotechnology. O trabalho foi publicado em 2018 e também foi assinado por pesquisadores de outras instituições nacionais e internacionais, tendo sido ainda tema de editorial da Nature e capa da revista Wired.

Os pesquisadores mostraram que o uso da técnica CRISPR-Cas9 em espécies silvestres permite combinar características úteis dessas plantas com outros aspectos agronomicamente desejáveis.

A CRISPR-Cas9 é uma técnica de engenharia genética baseada na edição do genoma que permite alterar de maneira muito precisa as sequências de DNA e modificar a função genética.

 Ilustração mostra atividade da CRISPR alterando a sequencia genética de molécula de DNA  — Foto: S.Dixon / F.Zhang / Divulgação
Ilustração mostra atividade da CRISPR alterando a sequencia genética de molécula de DNA — Foto: S.Dixon / F.Zhang / Divulgação

O professor Augustin destacou que a técnica utilizada na pesquisa consegue atingir bons resultados sem que haja redução da diversidade genética da espécie original para aumento da produção e produtividade das culturas.

Nossa ideia é que se trabalharmos com espécies silvestres podemos recuperar características originais e importantes que foram perdidas e que podem ser vantajosas para a agricultura.

Os pesquisadores chamaram este conceito de domesticação do novo, que permite, entre vários benefícios a criação de culturas mais resistentes às mudanças climáticas.

Agustin lembra que muitos cultivos disponíveis atualmente não foram criados para serem resilientes às variações que vêm ocorrendo, como um ano com seca, outro com muita chuva e outro com altas temperaturas.

Ele destacou que é importante recuperar, através das espécies silvestres, o acervo genético perdido, já que elas têm a capacidade de se adaptar a essas mudanças.

Agustin lembra ainda que, embora a produtividade continue sendo o principal parâmetro de interesse dos pesquisadores e melhoristas, cada vez mais os mercados estão buscando alimentos com maior qualidade nutricional.

A tecnologia CRISPR-Cas9, de acordo com ele, possibilita atender a essa demanda de forma mais rápida e simples, procurando novos alvos para melhorar as características das culturas.

Com as nossas pesquisas, por exemplo, conseguimos, em um ano, aumentar em 500% o conteúdo de licopeno do tomate, o que foi feito com uma estrutura de laboratório relativamente simples. Introduzimos a modificação em uma única planta e, na geração seguinte, já tivemos mais licopeno, completou.

O professor Agustin Zsögön, do Departamento de Biologia Vegetal da UFV, chegou há cerca de dois meses de um pós-doutorado no Instituto Max Planck, na Alemanha, trazendo na bagagem a participação em um dos documentários da série Follow the food, exibida pela BBC em mais de 100 países. Na série que revela avanços científicos nas práticas agrícolas em diferentes partes do mundo, o professor representou a pesquisa brasileira na área de ciências agrárias.

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Aquecimento global provoca aumento inédito do nível do mar na Nova Zelândia

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Dados sobre o litoral do país mostram que algumas áreas costeiras já cedem entre três e quatro milímetros por ano, o que acelera o processo gerado pelo excesso de emissões de gases que provocam o efeito estufa.
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TOPO
Por RFI

Postado em 02 de maio de 2022 às 11h50m

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O nível do mar está subindo duas vezes mais rápido do que o previsto em algumas regiões da Nova Zelândia, ameaçando as duas maiores cidades do país, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira (2).

Os dados sobre o litoral do país mostram que algumas áreas costeiras já cedem entre três e quatro milímetros por ano, o que acelera o processo gerado pelo excesso de emissões de gases que provocam o efeito estufa. As projeções foram feitas pelo NZ SeaRise, um vasto programa de pesquisa de cinco anos, financiado pelo governo e efetuado por uma equipe de cientistas internacional.

De acordo com as previsões apontadas no estudo, as autoridades têm menos tempo do que o previsto para planejar e se adaptar às consequências do aquecimento global. Um dos principais obstáculos é a o reassentamento dos moradores que vivem nas regiões costeiras.

Segundo Tim Naish, professor da Universidade Wellington, que co-dirigiu o programa, se em termos globais o nível do mar aumentasse cerca de meio metro até 2100, essa altura deveria atingir cerca de um metro em grande parte do arquipélago, já que a terra cede ao mesmo tempo. Essa possibilidade seria catástrósfica para Wellington, que poderia registrar um aumento do nível do mar de 30 centímetros até 2040, o que não esperado antes de 2060.

Algumas áreas costeiras já cedem entre três e quatro milímetros por ano, o que acelera o processo gerado pelo excesso de emissões de gases que provocam o efeito estufa — Foto: Reuters/Yves Herman/File Photo
Algumas áreas costeiras já cedem entre três e quatro milímetros por ano, o que acelera o processo gerado pelo excesso de emissões de gases que provocam o efeito estufa — Foto: Reuters/Yves Herman/File Photo

Graves inundações

Os habitantes de Wellington poderiam, desta forma, serem vítimas, todos os anos, de graves inundações. "Temos menos tempo para agir", declarou Naish, que considera a situação "preocupante". Os dados mostram que o litoral sudeste da ilha do Norte, uma das mais povoadas da Nova Zelândia, é um dos mais expostos. 

O estudo ainda revela que Auckland, com 1,7 milhão de habitantes, também é bastante vulnerável. De acordo com as previsões, o nível do mar aumentará mais 50% perto do centro e de várias periferias, o que terá repercussão no preço das casas e das seguradoras.

O programa do governo criou uma ferramenta que permite aos habitantes e às autoridades verificar a previsão para a área onde vivem, para que seja possível avaliar o risco de inundação e erosão. "Não temos mais tempo de ficar de braços cruzados", disse o cientista, pedindo às autoridades que ajam e pensem na melhor maneira de se adaptar à situação.

A premiê neozelandesa Jacinta Ardern afirmou que o planejamento para enfrentar o aumento do nível do mar já estava em andamento, incluindo o orçamento e a criação de novos locais para receber os habitantes e certas infraestruturas. 

A primeira-ministra também pediu que os neozelandeses façam o possível para reduzir as emissões e limitar as consequências das mudanças climáticas. A elevação do nível do mar é resultado da dilatação térmica do oceano associada ao derretimento das calotas polares.

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domingo, 1 de maio de 2022

Pesquisadores descobrem maior fóssil de dinossauro da família dos 'megaraptors'

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O dinossauro, uma nova espécie chamada Maip macrothorax, tinha entre 9 e 10 metros de comprimento.
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Por g1

Postado em 01 de maio de 2022 às 09h50m

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Os fósseis foram descobertos em março de 2019, na província de Santa Cruz, na Patagônia. — Foto: REUTERS
Os fósseis foram descobertos em março de 2019, na província de Santa Cruz, na Patagônia. — Foto: REUTERS

Paleontólogos argentinos revelaram nesta quarta-feira (27) a descoberta dos restos fossilizados do maior dinossauro pertencente à família dos "megaraptors".

O dinossauro, uma nova espécie chamada Maip macrothorax, tinha entre 9 e 10 metros de comprimento, diferentemente da maioria dos outros "megaraptors", que não chegavam a mais de 9 metros.

A apresentação do animal foi feita no Museu Argentino de Ciências Naturais "Bernardino Rivadavia" (MACN).

De acordo com a equipe de pesquisadores, as características desse novo dinossauro são inéditas, pois além da altura singular, ele pesava aproximadamente cinco toneladas e sua coluna era composta de enormes vértebras, interligadas por um complexo sistema de músculos, tendões e ligamentos, que a equipe conseguiu reconstruir a partir de uma série de sulcos e rugosidades em suas regiões articulares.

"Este animal é muito grande em tamanho e conseguimos recuperar muitos pedaços", contou à Reuters um dos responsáveis ​​pela descoberta, o pesquisador Mauro Aranciaga Rolando.

Silhueta do Maip macrothorax mostrando os ossos preservados em branco. — Foto: A large Megaraptoridae (Theropoda: Coelurosauria) from Upper Cretaceous (Maastrichtian) of Patagonia, Argentina
Silhueta do Maip macrothorax mostrando os ossos preservados em branco. — Foto: A large Megaraptoridae (Theropoda: Coelurosauria) from Upper Cretaceous (Maastrichtian) of Patagonia, Argentina

Os fósseis foram descobertos em março de 2019, na província de Santa Cruz, na Patagônia, dias antes da aplicação das restrições sanitárias da pandemia de Covid-19 na Argentina, disse o Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica do país, ao qual pertencem os especialistas que encontraram o dinossauro.

Além do grupo, dois cientistas japoneses também participaram do estudo. Devido à pandemia, os paleontólogos inicialmente tiveram que distribuir os fósseis entre eles e analisá-los em casa.

Acredita-se que o dinossauro carnívoro tenha habitado o que hoje é o extremo sul da Argentina há 70 milhões de anos, durante o período Cretáceo.

Megaraptors eram animais com um esqueleto ágil, uma cauda longa que lhes permitia manobrar e se equilibrar, um pescoço comprido e um crânio alongado com mais de 60 dentes pequenos, acrescentou Aranciaga Rolando.

À agência argentina CTyS o pesquisador contou ainda que o nome da nova espécie vem da mitologia Tehuelche, de uma criatura que vivia nas montanhas e matava usando o frio.

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