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terça-feira, 11 de janeiro de 2022

IPCA: inflação oficial fecha 2021 em 10,06%, maior alta desde 2015

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Foi a primeira vez desde 2015 que o índice estourou o limite do sistema de metas. Gasolina, item de maior peso no IPCA, acumulou alta de 47,49% ano ano, e o etanol, 62,23%. Veja lista dos vilões da inflação.
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Por Darlan Alvarenga, g1

Postado em 11 de janeiro de 2022 às 14h25m

Post.- N.\ 10.162

Inflação de 2021 fica em 10,06%, quase três vezes a meta para o anoInflação de 2021 fica em 10,06%, quase três vezes a meta para o ano

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do Brasil – fechou 2021 em 10,06%, sob forte influência dos preços dos combustíveis, segundo divulgou nesta terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Essa é a maior taxa acumulada no ano desde 2015, quando foi de 10,67%", destacou o IBGE.

Em 2020, o IPCA foi de 4,52%. Foi também a primeira vez desde 2015 que a inflação ficou acima de 10%.

Em dezembro, porém, o IPCA desacelerou para 0,73%, após ter registrado taxa de 0,95% em novembro.

Quase o dobro do teto da meta

Mesmo tendo desacelerado em dezembro, a inflação de 10,06% no acumulado no ano ficou bem cima do teto da meta para 2021, que era de 5,25%. Quando isso acontece, o Banco Central tem de escrever uma carta pública explicando as razões. Pelo sistema vigente, o IPCA poderia ficar entre 2,5% e 5,25% para a meta ser oficialmente cumprida. O objetivo central oficial era de 3,75%.

Os analistas do mercado financeiro estimavam uma inflação de 9,99% em 2021, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.

A gasolina, subitem de maior peso no IPCA, subiu 47,49%, e o etanol, 62,23%.  — Foto: Economia g1
A gasolina, subitem de maior peso no IPCA, subiu 47,49%, e o etanol, 62,23%. — Foto: Economia g1

Inflação em 2021 para cada um dos 9 grupos

  • Alimentação e bebidas: 7,94%
  • Habitação: 13,05%
  • Artigos de residência: 12,07%
  • Vestuário: 10,31%
  • Transportes: 21,03%
  • Saúde e cuidados pessoais: 3,70%
  • Despesas pessoais: 4,73%
  • Educação: 2,81%
  • Comunicação: 1,38%
Vilões do ano

A inflação de dois dígitos em 2021 foi puxada principalmente pelo grupo "Transportes", que apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 pontos percentuais) no IPCA do ano. Na sequência vieram "Habitação" (13,05%), que contribuiu com 2,05 p.p., e "Alimentação e bebidas" (7,94%), com impacto de 1,68 p.p. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021.

O grupo dos Transportes foi afetado principalmente pelos combustíveis, explicou o gerente do IPCA, Pedro Kislanov. Com os sucessivos reajustes nas bombas, a gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021. Já o etanol subiu 62,23% e foi influenciado também pela produção de açúcar.

Outros destaques de alta no grupo foram automóveis novos (16,16%), usados (15,05%), passagens aéreas (17,59%e transportes por aplicativo (33,75%).

O maior vilão no bolso dos consumidores em 2021 foi o grupo transportes, cujos preços dispararam 21,03%, em razão da alta dos combustíveis. — Foto: Reprodução/RBS TV
O maior vilão no bolso dos consumidores em 2021 foi o grupo transportes, cujos preços dispararam 21,03%, em razão da alta dos combustíveis. — Foto: Reprodução/RBS TV

A disparada da inflação em 2021 também é explicada pela alta de commodities, desvalorização do real frente ao dólar e crise hídrica, que fez disparar o preço das contas de luz.

A inflação castigou de maneira mais intensa a população pobre. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que abrange as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos ficou em 10,16%, acima da inflação oficial

10 itens com maior impacto na inflação do ano:

  • Gasolina: 47,49% (impacto de 2,34 pontos percentuais)
  • Energia elétrica: 21,21% (impacto de 0,98 p.p)
  • Automóvel novo: 16,16% (impacto de 0.48 p.p.)
  • Gás de botijão: 36,99% (0,41 p.p.)
  • Etanol: 62,23% (0,41 p.p.)
  • Refeição: 7,82% (0,29 p.p.)
  • Automóvel usado: 15,05% (0,28 p.p.)
  • Aluguel residencial: 6,96% (0,26 p.p.)
  • Carnes: 8,45% (0,25 p.p.)
  • Produtos farmacêuticos: 6,18% (0,20 p.p)

Nas despesas com habitação, a maior pressão veio da energia elétrica (21,21%)Já o gás de botijão disparou 36,99%.

Nos alimentos, a variação de 7,94% foi menos intensa que a do ano anterior (14,09%), quando esta classe de despesas representou o maior impacto entre os grupos pesquisados. Entre as maiores altas no ano, destaque para café moído (50,24%) e açúcar refinado (47,87%).

O grupo dos vestuários, que tinha sido o único com queda no ano passado, fechou 2021 com a quarta maior variação (10,31%).

Já a inflação de serviços registrou alta de 4,75% em 2021, após variação de 1,73% em 2020, em meio a um cenário de corrosão da renda das famílias e de fraqueza da atividade econômica.

Entenda como a inflação é calculadaEntenda como a inflação é calculada

Índices regionais

A região metropolitana de Curitiba (12,73%) foi a que teve a maior alta em 2021, enquanto que a menor inflação ocorreu na região metropolitana de Belém (8,10%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as taxas foram de 9,59% e 8,58%, respectivamente.

Resultado de dezembro acima do esperado

IPCA de 0,73% em dezembro ficou acima do esperado. A mediana das projeções de 35 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data era de um avanço de 0,65%.

Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em dezembro, com destaque para vestuário (2,06%), que acelerou em relação a novembro (0,95%).

Já o maior impacto (0,17 p.p) no IPCA do mês veio de "Alimentação e bebidas" (0,84%). O IBGE destacou as altas nos preços do café moído (8,24%), das frutas (8,60%) e das carnes, que subiram 1,38% em dezembro após uma queda de 1,38% em novembro.

Já no grupo "Transportes" houve desaceleração (de 3,35% para 0,58%), explicada principalmente pelo recuo no preço dos combustíveis (-0,94%).

Previsão de estouro da meta também em 2022

BC já tinha admitido em setembro, que a meta de inflação não seria cumprida em 2021. Com o estouro da meta, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terá que escrever uma carta ao ministro da Economia, Paulo Guedes, explicando os motivos de o objetivo não ter sido cumprido.

A última vez em que isso aconteceu foi em 2017, porém naquela ocasião, O BC teve de explicar por que a inflação terminou o ano abaixo do piso da meta, e não acima.

previsão do mercado para a inflação em 2022 está em 5,03%. Com isso, a expectativa é de estouro do teto do sistema de metas pelo segundo ano seguido. A meta central para o IPCA deste ano é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.

Atualmente, a taxa Selic está em 9,25% ao ano, maior patamar em mais de quatro anos. E a perspectiva do mercado é que ela termine o ano em 11,75% ao ano.

Para o economista-chefe do Opportunity Total, Marcelo Fonseca, o resultado de dezembro acima do esperado reforça o cenário extremamente desafiador para o Banco Central garantir a convergência da inflação de volta às metas em 2022 e sinaliza a necessidade de novas altas na Selic. "Acreditamos que o BC deverá elevar a taxa Selic novamente em 1,25pp na reunião do mês de fevereiro, encerrando o ano por volta de 12%", destacou.

Em 2023, o objetivo central é de 3,25%, com um piso de 1,75% e um teto de 4,75% por conta do intervalo de tolerância existente.

Brasil tem a 3ª pior inflação do G20

Choques de custos em meio à pandemia afetaram a cadeia de oferta global e provocaram alta dos preços em todo o mundo. A inflação foi um problema global em 2021, mas a taxa do Brasil ficou entre as mais altas do mundo.

Relatório publicado nesta terça-feira pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que entre os países do G20, o Brasil teve a terceira maior inflação no acumulado em 12 meses até novembro, atrás somente da Argentina (51,2%) e da Turquia (21,3%).

Na média dos países do G20 (grupo que reúne os 19 países mais ricos do mundo e a União Europeia), a inflação ficou em 5,9% no acumulado em 12 meses até novembro.

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Maya Angelou: mulher negra estampa pela 1ª vez moeda de dólar nos EUA

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Poeta e ativista afro-americana Maya Angelou aparece na nova geração das 'quarters', as moedas de 25 centavos de dólar, que são as mais utilizadas no país.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 11 de janeirode 2022 às 13h40m

Post.- N.\ 10.161

EUA cunham primeiras moedas com imagem da poeta negra Maya Angelou
EUA cunham primeiras moedas com imagem da poeta negra Maya Angelou

A efígie da poeta e ativista afro-americana Maya Angelou se tornou a primeira mulher negra a estampar moedas de dólar nos Estados Unidos.

Angelou estampará o verso da nova geração das "quarters", as moedas de 25 centavos de dólar, que são as mais utilizadas do país.

Verso do 'quarter' (moeda de 25 centavos de dólar) em homenagem a Maya Angelou, poeta e ativista que é a primeira afro-americana a estampar uma moeda nos Estados Unidos — Foto: Departamento do Tesouro dos EUA via AFP
Verso do 'quarter' (moeda de 25 centavos de dólar) em homenagem a Maya Angelou, poeta e ativista que é a primeira afro-americana a estampar uma moeda nos Estados Unidos — Foto: Departamento do Tesouro dos EUA via AFP

Desde 1932, a moeda de 25 centavos só foi cunhada duas vezes com versões alternativas: a série de 50 moedas representativas de cada estado, na década de 2000, e a série de parques nacionais, entre 2010 e 2021.

Os primeiros exemplares já foram cunhados pela Casa da Moeda americana e exibidos pelo Departamento do Tesouro (veja no vídeo acima).

As "quarters" estão sendo cunhadas em grandes volumes para uso diário nas cidades de Filadélfia e Denver e entrarão em circulação em breve, segundo nota publicada na segunda-feira (10).

A homenagem é o resultado de um projeto de lei aprovado no fim de 2020 de autoria de Barbara Lee, congressista democrata do estado da Califórnia.

Verso do 'quarter' (moeda de 25 centavos de dólar) em homenagem a Maya Angelou, poeta e ativista que é a primeira afro-americana a estampar uma moeda nos EUA — Foto: Reuters
Verso do 'quarter' (moeda de 25 centavos de dólar) em homenagem a Maya Angelou, poeta e ativista que é a primeira afro-americana a estampar uma moeda nos EUA — Foto: Reuters

Homenagem a mulheres

A moeda de Maya Angelou é o primeiro exemplar de uma série denominada "Prominent American Women" ("mulheres americanas proeminentes", em tradução livre), que homenageará várias mulheres ilustres.

Entre elas estão Sally Ride, astronauta e física; Wilma Mankiller, primeira nativa americana líder da Nação Cherokee; Nina Otero-Warren, política e ativista latina; e Anna May Wong, atriz aclamada como a primeira estrela de ascendência asiática.

Maya Angelou

Conhecida por suas memórias e poesia, Maya Angelou é considerada uma das autoras mais emblemáticas sobre as condições das comunidades negras nos EUA.

Maya Angelou sorri em evento em Washington em foto de 21 de novembro de 2008. Poetisa se tornou em 10 de janeiro de 2022 a primeira mulher negra a estampar uma moeda de dólar. — Foto: Gerald Herbert/AP
Maya Angelou sorri em evento em Washington em foto de 21 de novembro de 2008. Poetisa se tornou em 10 de janeiro de 2022 a primeira mulher negra a estampar uma moeda de dólar. — Foto: Gerald Herbert/AP

A poeta escreveu amplamente sobre a vida no sul do país, região onde nasceu que historicamente é marcada pela segregação racial.

Amiga do ativista e líder religioso negro Malcolm X e militante no movimento do líder e pastor Martin Luther King, Marguerite Johnson, seu nome de batismo era Marguerite Johnson.

Angelou morreu em 2014, aos 86 anos.

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Etanol liderou alta de preços em 2021; veja itens que mais subiram no ano

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Combustíveis foram os principais 'vilões' da inflação no ano.
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Por g1

Postado em 11 de janeiro de 2022 às 11h50m

Post.- N.\ 10.160

A inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a taxa oficial do país, fechou 2021 em 10,06%, segundo divulgou nesta terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para surpresa de poucos, os combustíveis ficaram entre os principais vilões da inflação no ano passado. Na liderança, com a maior alta de preços entre todos os itens pesquisados pelo IBGE, aparece o etanol, que ficou 62,23% mais caro. Já a gasolina subiu 47,49%, enquanto o óleo diesel teve alta de 46,04%.

Com isso, os combustíveis para veículos subiram, em média, 49,02% no ano. Foram eles, por sinal, os principais responsáveis pela alta média de 21,03% nos custos com transportes em 2021.

Dentro de casa, pesaram nas contas as altas de alguns alimentos, como café (+50,24%) e açúcar (+47,87%). Mas o grande baque veio mesmo dos preços do gás de botijão, que disparou 36,99%, e da conta de luz, com alta de 21,21%.

Maiores altas em 2021 no IPCA — Foto: Economia g1
Maiores altas em 2021 no IPCA — Foto: Economia g1

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Presidente do Turcomenistão ordena o fechamento de 'Porta do inferno' .

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Cratera arde há mais de 50 anos. Área é rica em petróleo e gás natural e se tornou ponto turístico. Mandatário afirma que as chamas são responsáveis por problemas ambientais e representam risco à saúde da população local.
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Por g1

Postado em 11 de janeiro de 2022 às 09h35m

Post.- N.\ 10.159

Cratera de fogo atrai turistas a deserto do Turcomenistão — Foto: Igor Sasin/AFP
Cratera de fogo atrai turistas a deserto do Turcomenistão — Foto: Igor Sasin/AFP

O presidente do Turcomenistão, Gurbanguly Berdymukhamedov, disse no fim de semana que pretende por fim à famosa cratera de gás natural que queima no país há décadas.

"A cratera afeta negativamente o meio ambiente e a saúde das pessoas que vivem nas proximidades", disse Berdymukhamedov em um pronunciamento televisionado no sábado (8).

Chamado "Porta do inferno", o local é um tradicional destino turístico com 70 metros de diâmetros e chamas que se veem de longe na paisagem desértica.

Cratera pode ser vista de longe, principalmente durante a noite — Foto: Igor Sasin/AFP
Cratera pode ser vista de longe, principalmente durante a noite — Foto: Igor Sasin/AFP

O presidente turcomeno levantou questões ambientais e econômicas para sua decisão de pôr fim ao fogo e pediu ao governo para que se encontrem maneiras seguras de apagar o incêndio.

"Estamos perdendo recursos naturais valiosos, pelos quais poderíamos obter lucros significativos e usá-los para melhorar o bem-estar do nosso povo", defendeu o mandatário.

A área tem uma quantidade significativa de petróleo e gás natural. E o "incêndio" começou quando geólogos da ex-União Soviética perfuravam a região, em 1971, para obter gás. O chão sob a plataforma cedeu e abriu o buraco.

Buraco apareceu em 1971 após ação de geólogos da antiga União Soviética que colocaram fogo nos gases — Foto: Igor Sasin/AFP
Buraco apareceu em 1971 após ação de geólogos da antiga União Soviética que colocaram fogo nos gases — Foto: Igor Sasin/AFP

O poço de fogo foi o resultado de um erro de cálculo simples por cientistas soviéticos, em 1971. Os geólogos perfuraram uma caverna subterrânea para obter gás.

Temendo que a cratera emitisse gases venenosos, os cientistas tomaram a decisão de colocar fogo, pensando que o gás iria queimar rapidamente. Mas as chamas não acabaram em mais de 50 anos, em um símbolo poderoso das vastas reservas de gás do Turcomenistão. Enquanto isso, visitantes viajam até lá para conferir o fenômeno de perto.

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sábado, 8 de janeiro de 2022

Telescópio James Webb, da Nasa, assume forma final no espaço; primeiras imagens devem chegar em 5 meses

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Anúncio foi feito neste sábado (8) pela agência espacial americana.
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Por Lara Pinheiro, g1

Postado em 08 de janeiro de 2022 às 14h00m

Post.- N.\ 10.158

A previsão é de que o James Webb chegue ao seu destino final, a cerca de 1,5 milhão de quilômetros da Terra, daqui a duas semanas. Astrônomos esperam olhar para trás no tempo (veja detalhes mais abaixo) até 100 milhões de anos após o Big Bang.

O telescópio ainda será alinhado e calibrado. Só daqui a 5 meses a agência deverá receber as primeiras imagens imagens dele, segundo anunciou na rede social Twitter:

Na publicação, é possível ouvir um áudio anunciando a implantação dos espelhos do telescópio, e, ao lado, imagens dos cientistas da Nasa comemorando:

Cientistas da Nasa comemoram implantação dos espelhos do telescópio James Webb, que assumiu sua forma final no espaço neste sábado (8). — Foto: Reprodução/Twitter Nasa
Cientistas da Nasa comemoram implantação dos espelhos do telescópio James Webb, que assumiu sua forma final no espaço neste sábado (8). — Foto: Reprodução/Twitter Nasa

O James Webb é tão grande que teve que ser dobrado para caber no foguete que o lançou. A operação mais arriscada ocorreu no início desta semana, quando o protetor contra a radiação solar, do tamanho de uma quadra de tênis, se abriu, fornecendo sombra abaixo de zero para o espelho e os detectores infravermelhos.

Cientistas da Nasa comemoram implantação dos espelhos do telescópio James Webb, que assumiu sua forma final no espaço neste sábado (8). — Foto: Bill Ingalls/Nasa via AP
Cientistas da Nasa comemoram implantação dos espelhos do telescópio James Webb, que assumiu sua forma final no espaço neste sábado (8). — Foto: Bill Ingalls/Nasa via AP

Controladores de voo em Baltimore, no estado americano de Maryland, começaram então a abrir o espelho primário na sexta (7), desdobrando o lado esquerdo como uma mesa suspensa.

O espelho primário é feito de berílio, um metal leve, porém robusto e resistente ao frio, noticiou a agência de notícias americana Associated Press. Cada um de seus 18 segmentos é revestido com uma camada ultrafina de ouro, altamente reflexiva da luz infravermelha:

O espelho de 18 segmentos do Telescópio Espacial James Webb vai capturar a luz infravermelha de algumas das primeiras galáxias que se formaram. — Foto: Reprodução/Twitter Nasa
O espelho de 18 segmentos do Telescópio Espacial James Webb vai capturar a luz infravermelha de algumas das primeiras galáxias que se formaram. — Foto: Reprodução/Twitter Nasa

Os segmentos hexagonais do espelho, do tamanho de uma mesa de centro, devem ser ajustados nas próximas semanas, "para que possam se concentrar em estrelas, galáxias e mundos alienígenas que podem conter sinais atmosféricos de vida", disse a AP.

O que é o James Webb?

O James Webb é o novo telescópio espacial da Nasa (JWST, na sigla em inglês: James Webb Space Telescope). Ele é, basicamente, um grande observatório espacial que consegue enxergar objetos – como estrelas, galáxias e exoplanetas – super distantes no espaço.

Sua massa é de 6,5 toneladas. Ele custou US$ 10 bilhões (cerca de R$ 56,4 bilhões).

Ele vai permitir aos astrônomos, literalmente, enxergar coisas no Universo que eles não conseguiam ver antes – como as primeiras galáxias que surgiram nele.

Telescópio James Webb, da Nasa. — Foto: Reprodução/Twitter Nasa Webb Telescope
Telescópio James Webb, da Nasa. — Foto: Reprodução/Twitter Nasa Webb Telescope

Isso é possível por dois motivos: o primeiro é que o James Webb é muito grande: seu espelho primário tem 6,5m de diâmetro (quase 3 vezes maior que o do telescópio Hubble, seu antecessor).

O segundo é que ele consegue enxergar em infravermelho. O Hubble só enxergava uma faixa limitada desse comprimento de onda.

Como a luz infravermelha tem um comprimento de onda mais longo que os outros, o James Webb vai conseguir olhar mais para trás no tempo – e enxergar as primeiras galáxias que se formaram no início do Universo.

É como olhar para o passado.

James Webb sendo lançado ao espaço em 25 de dezembro. — Foto: Reprodução
James Webb sendo lançado ao espaço em 25 de dezembro. — Foto: Reprodução

"Quanto mais longe [está a galáxia], mais no passado. É um efeito meio maluco de relatividade, mas você pode pensar assim: quando a gente está vendo uma coisa muito distante, está vendo uma coisa que aconteceu há muito tempo atrás – há bilhões de anos – e simplesmente levou muito tempo para a luz chegaàr até aqui", explica o astrônomo Thiago Signorini Gonçalves, do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Nas palavras da própria Nasa, o telescópio vai "alterar de forma fundamental o nosso entendimento sobre o universo".

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Robô Curiosity, da Nasa, chega a área de Marte batizada de Roraima

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Área do planeta vermelho é semelhante ao Monte Roraima, situado na fronteira entre o Brasil, Venezuela e Guiana, por isso leva o nome do estado de Roraima. Imagem foi divulgada nesta terça-feira (4) nas redes sociais do robô.
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Por Yara Ramalho, g1 RR — Boa Vista

Postado em 05 de janeiro de 2022 às 19h40m

Post.- N.\ 10.157

Área em Marte é semelhante ao Monte Roraima. — Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS
Área em Marte é semelhante ao Monte Roraima. — Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS

O robô Curiosity, da Nasa, a agência espacial norte-americana, chegou nesta quarta-feira (5) a um quadrante de Marte que tem o nome de Roraima. O Curiosity também é conhecido como Laboratório de Ciência de Marte (MSL, na sigla em inglês) e está em solo marciano desde 2012.

A região chamada de Roraima em Marte ganhou esse nome porque a área se assemelha ao Monte Roraima, situado na fronteira entre o Brasil, Venezuela e Guiana.

Ao chegar no espaço, o robô publicou no Twitter uma foto em preto e branco do quadrante de mapeamento. Dessa vez, o Curiosity deve seguir em direção a uma passagem estreia delimitada por "algumas mesas planas", conforme a agência espacial.

"Ano novo, nova vista. Cheguei a um quadrante de mapeamento chamado de Roraima. Tem o nome do estado mais setentrional do Brasil e do Monte Roraima. O terreno na região de Roraima na Terra é semelhante a esta área em Marte - colinas de topo plano e algumas encostas íngremes", publicou nas redes.

Área do planeta é semelhante ao Monte Roraima, na fronteira entre o Brasil, Venezuela e Guiana.  — Foto:  NASA/JPL-Caltech/MSSS/Evilene Paixão e Roberto Mebs
Área do planeta é semelhante ao Monte Roraima, na fronteira entre o Brasil, Venezuela e Guiana. — Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS/Evilene Paixão e Roberto Mebs

O Monte Roraima, na Terra, tem 2,8 mil metros de altura e é considerado uma das 50 maravilhas do mundo, conforme o guia Lonely Planet. Por conta das belezas naturais, o Monte também já foi cenário de filmes de animação como "UP - Alta Aventuras" da Disney/Pixar, em 2009.

O local faz parte de um conjunto de montanhas chamadas tepuis, formações em forma de mesa que parecem levantar do solo. Essas montanhas estão entre as mais antigas formações geológicas do planeta. Estima-se que tenham até dois bilhões de anos –para efeito de comparação, a separação dos continentes teve início há cerca de 200 milhões de anos.

Para chegar ao ponto turístico, é necessário fechar um pacote turístico feito por agências brasileiras ou venezuelanas, pois, apesar de também estar no Brasil, o acesso ao Monte Roraima é feito pelo lado venezuelano.

Ainda de acordo com a Nasa, da área chamada de Roraima é possível ver "o quadrante de Torridon e ver as 'terras altas escocesas' de Marte com a bela vista anexa do entalhe Maria Gordon". Além da borda da cratera de Gale na parte central de Marte à distância.

Monte Roraima fica entreo Brasil, enezuela e Guiana — Foto: Evilene Paixão e Roberto Mebs/Arquivo
Monte Roraima fica entre o Brasil, e Venezuela e Guiana — Foto: Evilene Paixão e Roberto Mebs/Arquivo

'Dias marcianos'

O Curiosity está em Marte desde 2012, em uma missão exploratória da Nasa. Desde então, os cientistas que trabalham no programa contam o tempo de estada do robô no planeta vizinho à Terra tanto usando o calendário terrestre tanto com o cálculo de "dias marcianos", que duram 25 horas.

Em 2018, o robô completou 2 mil dias caminhando na superfície de Marte. No mesmo ano, a Nasa fez uma seleção de algumas das imagens mais bonitas do planeta vermelho já enviadas pelo Curiosity.

Robô comemorou 2 mil 'dias marcianos' em 2018. — Foto: NASA/JPL-CALTECH/MSSS
Robô comemorou 2 mil 'dias marcianos' em 2018. — Foto: NASA/JPL-CALTECH/MSSS

A primeira imagem que o Curiosity produziu chegou apenas 15 minutos depois da aterrissagem em Marte, no dia 5 de agosto de 2012. O recebimento das imagens e de outros dados depende de um satélite da Nasa que sobrevoa a órbita de Marte, chamado Mars Reconnaissance Orbiter (MRO).

Um ciclo completo do MRO em torno do planeta vermelho determina um "dia marciano", chamado pelos pesquisadores de "sol".

Até 2018, o robô já havia percorrido 18,4km, desde o ponto onde pousou (batizado de Bradbury) até o cume Vera Rubin (VRR, na sigla em inglês), composta por r altas concentrações de hematita, formado por óxido de ferro.

Foto panorâmica mostra parte do caminho de 18,4 km percorrido pelo Curiosity nos últimos cinco anos — Foto: NASA/JPL-CALTECH/MSSS
Foto panorâmica mostra parte do caminho de 18,4 km percorrido pelo Curiosity nos últimos cinco anos — Foto: NASA/JPL-CALTECH/MSSS

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