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terça-feira, 19 de outubro de 2021

Espada que pode ser das Cruzadas e ter mais de 900 anos é encontrada no mar em Israel

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Objeto estava em uma enseada natural perto da cidade portuária de Haifa, no Mar Mediterrâneo, e foi encontrado por um mergulhador amador.
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Por g1

Postado em 19 de outubro de 2021 às 09h00m


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Espada que pode ser das Cruzadas e ter mais de 900 anos é encontrada em Israel
Espada que pode ser das Cruzadas e ter mais de 900 anos é encontrada em Israel

Um mergulhador amador encontrou no Mar Mediterrâneo, em Israel, uma espada que pode ter mais de 900 anos e ser da época das Cruzadas (veja no vídeo acima).

Ela será limpa e restaurada por especialistas e, depois, ficará exposta.

Acredita-se que a espada pertenceu a um cruzado que navegou para a Terra Santa há quase um milênio, afirmou a Autoridade de Antiguidades de Israel na segunda-feira (18).

As cruzadas foram grandes expedições militares organizadas por potências cristãs da época com o objetivo de reconquistar territórios no Oriente Médio.

Espada que acredita-se ter pertencido a um cruzado que navegou para a Terra Santa há quase um milênio é fotografada em 18 de outubro em 2021 na água perto de onde foi encontrada, no fundo do Mar Mediterrâneo, por um mergulhador amador em Israel — Foto: Ronen Zvulun/Reuters
Espada que acredita-se ter pertencido a um cruzado que navegou para a Terra Santa há quase um milênio é fotografada em 18 de outubro em 2021 na água perto de onde foi encontrada, no fundo do Mar Mediterrâneo, por um mergulhador amador em Israel — Foto: Ronen Zvulun/Reuters

A espada está incrustada por organismos marinhos, mas o mergulhador conseguiu reconhecer o formato da lâmina e do cabo após uma corrente subterrânea retirar parte da areia que a cobria.

Segundo a Autoridade de Antiguidades de Israel, o mergulhador estava em um mergulho de fim de semana no sábado (16) e também encontrou outros artefatos antigos, como âncoras e cerâmicas.

Temendo que sua descoberta pudesse sumir com as correntes marítimas, ele pegou a espada e a entregou a especialistas do governo.

Jacob Sharvit, diretor da Unidade de Arqueologia Marinha da Autoridade de Antiguidades de Israel, segura espada de um metro de comprimento que foi encontrada no Mar Mediterrâneo e especialistas dizem remontar aos cruzados em foto de 19 de outubro de 2021 — Foto: Ariel Schalit/AP
Jacob Sharvit, diretor da Unidade de Arqueologia Marinha da Autoridade de Antiguidades de Israel, segura espada de um metro de comprimento que foi encontrada no Mar Mediterrâneo e especialistas dizem remontar aos cruzados em foto de 19 de outubro de 2021 — Foto: Ariel Schalit/AP

Local do achado

Os objetos estavam em uma enseada natural perto da cidade portuária de Haifa, que fica a cerca de 90 km da capital Tel Aviv e a cerca de 150 km de Jerusalém.

Arqueólogos acreditam que muitos tesouros antigos estão submersos na área.

Kobi Sharvit, diretor da unidade de arqueologia marinha da Autoridade de Antiguidades de Israel, afirma que a enseada provavelmente servia de abrigo para marinheiros.

"Essas condições atraíram navios mercantes ao longo dos tempos, deixando para trás ricos achados arqueológicos", afirma Sharvit.

Veja mais fotos da espada:

Espada antiga é fotografada na água após ter sido descoberta por um mergulhador amador perto de Haifa, no Mar Mediterrâneo, em 14 de outubro de 2021 em Israel — Foto: Autoridade de Antiguidades de Israel via AP
Espada antiga é fotografada na água após ter sido descoberta por um mergulhador amador perto de Haifa, no Mar Mediterrâneo, em 14 de outubro de 2021 em Israel — Foto: Autoridade de Antiguidades de Israel via AP


Espada que acredita-se ter pertencido a um cruzado que navegou para a Terra Santa há quase um milênio é fotografada em 18 de outubro de 2021 na água, perto de onde foi encontrada por um mergulhador amador, no Mar Mediterrâneo em Israel — Foto: Ronen Zvulun/Reuters
Espada que acredita-se ter pertencido a um cruzado que navegou para a Terra Santa há quase um milênio é fotografada em 18 de outubro de 2021 na água, perto de onde foi encontrada por um mergulhador amador, no Mar Mediterrâneo em Israel — Foto: Ronen Zvulun/Reuters


Jacob Sharvit, diretor da Unidade de Arqueologia Marinha da Autoridade de Antiguidades de Israel, segura espada de um metro de comprimento que foi encontrada no Mar Mediterrâneo e especialistas dizem remontar às Cruzadas, em foto de 19 de outubro de 2021 — Foto: Ariel Schalit/AP
Jacob Sharvit, diretor da Unidade de Arqueologia Marinha da Autoridade de Antiguidades de Israel, segura espada de um metro de comprimento que foi encontrada no Mar Mediterrâneo e especialistas dizem remontar às Cruzadas, em foto de 19 de outubro de 2021 — Foto: Ariel Schalit/AP


Espada que acredita-se ter pertencido a um cruzado que navegou para a Terra Santa há quase um milênio é fotografada em 18 de outubro de 2021 na água, perto de onde foi encontrada por um mergulhador amador, no Mar Mediterrâneo em Israel — Foto: Ariel Schalit/AP
Espada que acredita-se ter pertencido a um cruzado que navegou para a Terra Santa há quase um milênio é fotografada em 18 de outubro de 2021 na água, perto de onde foi encontrada por um mergulhador amador, no Mar Mediterrâneo em Israel — Foto: Ariel Schalit/AP

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Não é igual no mundo todo: inflação no Brasil deve fechar ano maior que a de 83% dos países

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Levantamento do Ibre/FGV, com base em relatório do FMI, aponta que disparada dos preços foi mais intensa aqui do que no restante do mundo; explicação, segundo economistas, está na desvalorização do real frente ao dólar devido à crise institucional e às incertezas fiscais.
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Por Bianca Lima e Luiz Guilherme Gerbelli, GloboNews e g1

Postado em 19 de outubro de 2021 às 08h05m


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Inflação do Brasil em 2021 será maior que a de 83% dos países
Inflação do Brasil em 2021 será maior que a de 83% dos países

A inflação é um problema global – mas não é igual no mundo todo. No Brasil, ela deve encerrar o ano maior que a de 83% dos países, segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Os dados utilizados pelo estudo do Ibre foram colhidos do último relatório "World Economic Outlook", elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e divulgado na semana passada – e que alertou para os riscos da alta generalizada de preços.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem afirmado que a alta da inflação é um fenômeno global, e que o Brasil não estaria fora do 'padrão'.

"Países que tinham zero [de inflação], agora estão em 4%, 5%. Países que tinham 4%, 5%, agora estão em 8%, 9%. Isso acontece, mas tem de haver resposta política", afirmou ele no início deste mês.

Os dados mostram, no entanto, que o patamar de inflação por aqui supera – em muito – o visto na maior parte do exterior. E, segundo o diretor do Banco Central Bruno Serra, está em um "nível muito elevado" até para o Brasil, acostumado com pressão sobre os preços.

Estimativas

A estimativa do FMI é a que a inflação brasileira encerre o ano em 7,9% – no acumulado de 12 meses até setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 10,25%. Se a projeção do fundo se confirmar, o Brasil vai registrar uma inflação bem acima da apurada entre os países emergentes (5,8%) e também da média mundial (4,8%).

IPCA tem alta de 1,16% em setembro e atinge 10,25% em 12 meses
IPCA tem alta de 1,16% em setembro e atinge 10,25% em 12 meses

Todos os anos, nos meses de abril e outubro, o FMI atualiza as suas projeções para diversos indicadores macroeconômicos, como inflação, Produto Interno Bruto (PIB) e investimento, para um grupo de quase 200 países.

Ranking da inflação — Foto: Economia g1
Ranking da inflação — Foto: Economia g1

O levantamento deixa evidente que a piora da inflação tem sido mais intensa no Brasil que no restante do mundo. No relatório de outubro do ano passado, por exemplo, a previsão era que a nossa economia teria uma inflação maior que a de 57% dos países. No relatório de abril, esse patamar subiu para 70%. E agora está em 83%.

"O que agrava a situação do Brasil é a nossa moeda, que segue desvalorizando mais do que a média das outras divisas", afirma André Braz, pesquisador do Ibre.

A previsão do FMI para a inflação brasileira pode ser considerada conservadora. No relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, os analistas consultados estimam um IPCA de 8,69% para 2021. Nesse cenário, a alta de preços no Brasil supera a de 86% das nações.

Inflação é problema global

Quase todos os países passaram a lidar com uma alta de preços mais intensa neste ano.

Com a retomada da economia, depois de superada a fase mais aguda da pandemia, a cotação das commodities subiu e se somou ao desarranjo nas cadeias de produção – a crise sanitária paralisou ou reduziu a produção em muitos setores industriais. Essa interrupção provocou uma escassez de produtos, pressionando os custos em todo o mundo.

"O mundo está se recuperando mais rapidamente por causa dos estímulos fiscais adotados pelas grandes economias. São investimentos importantes para aquecer a atividade", afirma Braz. "Mas o efeito colateral desse aquecimento rápido é uma busca muito grande por recursos de commodities, como petróleo e carvão."

A piora do quadro inflacionário em todo o mundo fica evidente no aumento das projeções do FMI - entre os relatórios de outubro de 2020 e deste ano. Aqui, também fica claro que a disparada da inflação no Brasil foi mais intensa do que no restante dos países.

Brasil tem a 3ª inflação mais alta entre os países do G20
Brasil tem a 3ª inflação mais alta entre os países do G20

Por que no Brasil é pior?

Desde o ano passado, a inflação brasileira passou a ser pressionada pela alta dos preços dos alimentos, resultado justamente da valorização das commodities.

Em tese, a alta das commodities deveria fazer com que o real se valorizasse em relação ao dólar, ajudando no combate à inflação. Isso porque o Brasil é um grande exportador de produtos básicos, como soja e milho. Portanto, a entrada de dólares no país deveria fortalecer a moeda brasileira. Mas esse cenário não tem se confirmado: o real segue desvalorizado diante das incertezas nas áreas fiscal e política.

"A causa para a taxa de câmbio apreciar em vez de depreciar foi provocada pela crise institucional e por um certo flerte com a irresponsabilidade fiscal", afirma Luiz Fernando Figueiredo, CEO da Mauá Capital e ex-diretor do BC. "Essas duas incertezas geraram uma percepção de risco dos investidores sobre o Brasil mais alta, e a taxa de câmbio depreciou."

O Brasil ainda lida com uma forte alta dos preços dos combustíveis e da energia elétrica. Em agosto, o governo e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciaram a criação da bandeira tarifária "escassez hídrica", a mais cara desde a criação do sistema de bandeiras, em 2015.

‘Bandeira escassez hídrica’: governo anuncia tarifa ainda mais cara que a vermelha nível 2
‘Bandeira escassez hídrica’: governo anuncia tarifa ainda mais cara que a vermelha nível 2

O objetivo é compensar o custo do uso das termelétricas na geração de energia no país, em razão da ausência de chuvas, que vem reduzindo o potencial das hidrelétricas.

Juros em alta e crescimento em queda

Com a inflação em dois dígitos, o Banco Central tem sido obrigado a subir a taxa básica de juros (Selic) para tentar conter a escalada dos preços.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic subiu 1 ponto percentual e alcançou 6,25%. Os analistas avaliam que mais aumentos devem vir pela frente. No relatório Focus, a previsão é que os juros encerrem o ano a 8,25%.

BC sobe juros para 6,25% ao ano para tentar conter inflação
BC sobe juros para 6,25% ao ano para tentar conter inflação

"O Banco Central está subindo os juros de 1 ponto percentual em 1 ponto. É uma alta forte. E ele está dizendo que vai (subir) até onde precisar", afirma Figueiredo. "Aos números de hoje, a Selic deve ficar entre 8,5% e 8,75%."

Quando o BC sobe os juros, ele quer esfriar a economia, retardando o consumo das famílias e o investimento das empresas, com o objetivo de conter a escalada dos preços. Na prática, todo esse movimento da política monetária faz com que a economia cresça menos. Não à toa, já há economistas projetando um avanço do PIB abaixo de 1% em 2022.

"À medida que a gente tem que forçar o aumento de juros para conter ao máximo o espalhamento das pressões inflacionárias - ainda que não sejam por demanda, mas por fatores de custos de produção, energia e petróleo -, isso gera um desafio para o ano que vem", diz Braz.

"O efeito colateral desse aumento de juros é exatamente ter um crescimento econômico menor. Você está convencendo os agentes econômicos a adiar o investimento, que é fundamental para ter geração de emprego. E está tentando convencer as famílias a não comprar carro, apartamento, a não viajar", acrescenta.

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sábado, 16 de outubro de 2021

Nave da missão Lucy da Nasa decola para jornada de 12 anos até asteroides de Júpiter

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O objetivo é descobrir novas perspectivas sobre a formação do sistema solar, de 4,5 bilhões de anos atrás.
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Por Laís Modelli, g1

Postado em 16 de outubro de 2021 às 11h05m


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A sonda Lucy sobrevoará pela primeira vez um asteroide entre Marte e Júpiter por volta de 2025. Ao todo, ela estudará oito asteroides de uma região conhecida como Tróia. (entenda a importância da região abaixo)

Nave da missão Lucy da Nasa foi lançada da base espacial na Flórida, EUA, na manhã deste sábado (16). — Foto: Nasa
Nave da missão Lucy da Nasa foi lançada da base espacial na Flórida, EUA, na manhã deste sábado (16). — Foto: Nasa

Cerca de uma hora após o lançamento, Lucy se separou do seu foguete e agora segue viagem sozinha rumo aos asteroides. A sonda viaja a uma velocidade de 180 mil km/h.

Para conseguir viajar sozinha pelos próximos anos, ela carrega a bordo dois enormes painéis solares, cada um com quase 7,3 metros de largura - Lucy é a primeira espaçonave movida a energia solar a se aventurar muito longe do Sol.

Os painéis solares se desenrolaram com sucesso cerca de 30 minutos depois da espaçonave se separar do foguete e começaram a carregar as baterias da sonda para alimentar seus subsistemas.

A sonda foi batizada com o nome Lucy em homenagem a um antigo fóssil que ajudou na compreensão da evolução da espécie humana.

Os asteroides troianos

Imagem mostra trajetória realizada pela pelo foguete Atlas V com a nave Lucy a bordo durante o lançamento ocorrido neste sábado (16). — Foto: Nasa
Imagem mostra trajetória realizada pela pelo foguete Atlas V com a nave Lucy a bordo durante o lançamento ocorrido neste sábado (16). — Foto: Nasa

vidências científicas, segundo a Nasa, indicam que os asteróides troianos são remanescentes do material que formou os planetas gigantes, como a Terra. Estudá-los pode revelar informações até então desconhecidas sobre sua formação e a evolução de nosso sistema solar.

Cada um desses asteroides deve "oferecer uma parte da história de nosso sistema solar, de nossa história", disse Thomas Zurbuchen, diretor da divisão científica da agência espacial dos Estados Unidos.

O custo da missão é de cerca de US$ 981 milhões.

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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

A macabra pilha de ossos humanos descoberta em caverna na Arábia Saudita

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Segundo arqueológos, são centenas de milhares de ossos que pertencem a pelo menos 14 tipos de animais e até humanos; eles teriam sido estocados provavelmente por hienas nos últimos 7 mil anos.
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TOPO
Por BBC

Postado em 15 de outubro de 2021 às 10h10m


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Segundo arqueológos, são centenas de milhares de ossos que pertencem a pelo menos 14 tipos de animais e até humanos — Foto: Archeological and anthropological sciences/Via BBC
Segundo arqueológos, são centenas de milhares de ossos que pertencem a pelo menos 14 tipos de animais e até humanos — Foto: Archeological and anthropological sciences/Via BBC

Uma enorme pilha de ossos de animais, provavelmente acumulados por hienas nos últimos 7 mil anos, foi descoberta por arqueólogos no noroeste da Arábia Saudita.

São centenas de milhares deles, que pertencem a pelo menos 14 tipos de animais, incluindo gado, caprídeos, cavalos, camelos, roedores, e até humanos.

Os ossos foram encontrados em Umm Jirsan, uma extensa rede de túneis formados por atividades vulcânicas.

Imagem de catálogo de ossos achados na Arábia Saudita — Foto: Archeological and anthropological sciences
Imagem de catálogo de ossos achados na Arábia Saudita — Foto: Archeological and anthropological sciences

As descobertas dos pesquisadores foram publicadas recentemente na revista científica Archaeological and Anthropological Sciences.

Segundo o autor principal do estudo, Mathew Stewart, zooarqueológo do Instituto Max Plank para a Ciência da História Humana, na Alemanha, o envolvimento das hienas foi constatado a partir da análise de cortes, mordidas e marcas de digestão dos ossos.

"A hiena-riscada (Hyaena hyaena, também conhecida como hiena-raiada ou hiena-listrada) é um acumulador de ossos muito ávido", disse Stewart ao site Gizmodo.

Itens de caverna na Arábia Saudita catalogados — Foto: Archeological and anthropological sciences
Itens de caverna na Arábia Saudita catalogados — Foto: Archeological and anthropological sciences

Os pesquisadores vinham investigando a área, no campo de lava Harrat Khaybar, na Arábia Saudita, desde 2007, mas só se aventuraram nas profundezas da caverna há alguns meses.

Para o estudo, a equipe analisou 1.917 ossos e dentes recuperados do local. E chegou à conclusão de que tinham entre 439 e 6.839 anos, uma clara indicação de que esses animais vêm usando a rede de túneis subterrâneos há muito tempo. Para isso, usou um pequeno número dessas amostras a partir de um processo conhecido como datação por carbono.

Hienas são animais conhecidos por transportarem ossos para suas tocas, para ser consumidos, armazenados ou alimentar os filhotes.

Veja abaixo um vídeo de 2018 sobre a escavação que revelou o primeiro cemitério de São Paulo.

Escavação arqueológica traz à tona primeiro cemitério público de SP
Escavação arqueológica traz à tona primeiro cemitério público de SP

Segundo o estudo, esses mamíferos são tanto caçadores quanto carniceiros, ou seja, matam alguns animais enquanto acumulam restos mortais de outros.

Um sinal de que as hienas estavam por trás da enorme pilha de ossos foi a presença de fragmentos de crânio humano. Os mamíferos são famosos por vasculhar túmulos em busca de comida.

"É sempre a calota craniana (calvária) que sobrevive", disse Stewart ao Gizmodo.

"(As hienas) parecem não estar realmente interessadas em calotas cranianas. Encontramos talvez cinco ou seis calotas cranianas com marcas de mordidas, mas apenas as calotas. Nada mais", acrescentou ele.

Hienas solitárias normalmente comem animais mortos. Mas as matilhas preferem caçar, visando presas como antílopes, lebres, roedores e pássaros.

Umm Jirsan está longe de ser o único exemplo de hienas estocando enormes conjuntos de ossos.

A caverna Srbsko Chlum-Komin na República Tcheca contém mais de 3,5 mil ossos bem preservados de grandes mamíferos coletados pelos carnívoros.

O novo estudo ocorreu como parte do Projeto Paleodesertos, que busca rastrear a migração humana e animal pela Península Arábica. O clima severo da Arábia Saudita torna essa tarefa difícil: as altas temperaturas podem quebrar os ossos, e alguns realmente se desintegram quando tocados.

"O mais surpreendente é quão bem preservado está o material, e quantomaterial existe, visto que na Arábia Saudita não temos restos de animais, na verdade", disse Stewart ao Gizmodo.

No Twitter, o pesquisador escreveu que "Umm Jirsan (e outros locais semelhantes na região) provavelmente contém informações valiosas sobre as ecologias e os ambientes do Holoceno na Arábia. Este estudo é apenas a ponta do iceberg."

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